5. verminose suína

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PROFº M Sc. GUILHERME COLLARES

DOENÇAS PARASITÁRIAS DOS SUÍNOS

ASCARÍDEO

Ascaris suun

Ascarídeo do ID

Morfologicamente indistingüível do Ascaris lumbricoides humano

Medem cerca de 15 – 40 cm

Podem ocorrer infecções cruzadas entre A. lumbricoides em suínos e A. suum em humanos

A via de transmissão mais importante é a ingestão de ovos infectantes presentes no solo contaminado ou aderidos nas mamas de porcas

Larvas podem causar inflamação no fígado, destruição do tecido e hemorragia

Geralmente levam a uma resposta de hipersensibilidade – eosinofilia marcante

Lesões típicas no fígado – manchas leitosas – indicação de infecção recente

Em múltiplas infecções o fígado pode ficar fibrótico

Migração de larvas nos pulmões – lesões hemorrágicas, infiltrações eosinofílicas, edema, enfisema

Suínos jovens podem apresentar dificuldade respiratória

Durante a migração das larvas para os pulmões pode não haver ovos nas fezes

Necrópsia – fragmentos pulmonares examinados pelo método de Baermann – evidenciação de larvas

Principais sintomas aparecem durante o PPP

Em infecções mais antigas pode-se encontrar ovos nas fezes – flutuação em sal

Menor crescimento dos leitões

Aumento da condenação de órgãos em abatedouros, especialmente fígado

Tratamento dos animais, principalmente das porcas

Lavagem das porcas antes da maternidade – remoção de ovos aderidos nas tetas

Criação em piso cimentado e higienizações freqüentes

ESTRONGILÍDEOS

Estrongilídeos de suínos

• Os estrongilídeos de maior importância na suinocultura são:

• Hyostrongylus rubidus – parasita do estômago (hematófago)

• Oesophagostomum spp. – parasitas do intestino grosso

(formam nódulos na mucosa do intestino grosso

prejudica a absorção de nutrientes e motilidade intestinal).

Hyostrongylus rubidus

• Vermes finos e avermelhados, de 5 a 8 mm de comprimento

• Extremidade anterior: pequena vesícula cefálica

Hyostrongylus rubidus

• Extremidade anterior: pequena vesícula cefálica

Fonte: uk.merial.com

Hyostrongylus rubidus

Macho

Fêmea

• Macho com bolsa copulatória evidente e espículos

Hyostrongylus rubidus

Ciclo biológico:

• Direto

• Semelhante aos demais estrongilídeos

• Infecção restringe-se a suínos com acesso a pastos ou em baias com palha

• Período pré-patente: 3 semanas.

Hyostrongylus rubidus

Patogenia:

• L3 penetram nas glândulas gástricas.

• Células parietais são substituídas nódulos na mucosa.

• Infecções maciças causam elevação do pH, podem ocorrer ulcerações e hemorragias nas lesões nodulares.

• Infecções leves são mais comuns, causando hiporexia e piora da conversão alimentar.

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Hyostrongylus rubidus

Sintomatologia clínica:

• Inapetência, anemia, debilidade, redução no ganho de peso

• Infecções maciças: gastroenterite

Epidemiologia:

• Acomete animais com acesso ao pasto ou mantidos em baias com palha.

• Infecção mais comum em fêmeas jovens e porcas.

• Pode ocorrer hipobiose sazonal (climas temperados) ou associada à resposta imunológica.

Hyostrongylus rubidus Diagnóstico:

• Histórico (acesso a pastos) associado à sintomatologia clínica.

• Exame de fezes (pesquisa de ovos).

• Coprocultura (para diferenciar as L3 de outros nematóides).

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Hyostrongylus rubidus

Tratamento: benzimidazóis, ivermectina (remove larvas

hipobióticas)

Controle:

• Rotação anual de pasto com outras espécies ou cultivos

• Proceder tratamento preventivo e repeti-lo 3 a 4

semanas mais tarde.

• Criação em confinamento

Oesophagostomum spp.

Verme do IG

Ovo elíptico, de casca fina e fase de mórula nas fezes

Liberação de L1 no MA, evolução até L3 infectante

Infecção por alimentos e água

Strongyloides ransomi

Fêmeas pertenogenéticas ID

Ovos de casca fina, elípticos e larvados

L3 infectante no solo – penetração ativa através da pele íntegra

Migração por órgãos internos de filhotes e adultos

PREVENÇÃO E CONTROLE

Prevenção e Controle

Utilizar taxa de lotação adequada;

Separar animais por faixa etária;

Estimular o uso de piso de cimento - Maternidade e leitões;

Drenar adequadamente as pastagens;

Utilizar sistema de rotação de Pastagens;

Remover fezes. Usar esterqueiras;

Realizar exames de fezes em períodos regulares;

Utilizar sistema de vermifugação preventiva;

Manter nível adequado de nutrição dos animais;

Estimular a criação de raças geneticamente resistentes.

Principais anti-helmínticos do mercado

HELMINTOS GRUPO QUÍMICO DROGA

Nematódeos Imidazotiazóis Levamisol, Tetramisol

Benzimidazóis Tiabendazol, Fembendazol, Oxfendazol, Albendazol, Febantel

Avermectinas Ivermectina, Doramectina, Abamectina, Milbemicina

Salicilanidas Nitroscanato, Closantel

Organofosforados Diclorvós, Triclorfon

Tetraidropirimidinas Pirantel

Trematódeos Salicilanidas Nitroxinil, Rafoxanida, Closantel

Benzimidazóis Tricalbendazol, Albendazol, Netobimin

Cestódeos Salicilanidas Niclosamida

Outros Grupos Praziqualtel, Arecolina