Post on 08-Aug-2015
SENAI – Centro de Formação Profissional“Alvimar Carneiro de Rezende”
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Apresentado à:Coordenação de Estágio Supervisionadodo SENAI Alvimar Carneiro de Rezende
Elaborado por: Jonatan Ribeiro da Costa
Técnico em Mecânica
Contagem, 01 de Janeiro de 2012
NOME: Jonatan Ribeiro da Costa
CURSO: Técnico em Mecânica
EMPRESA: COMAU do Brasil Ind. e Com.
SETOR: FPT - Usinagem
DATA: 01 /01/2012
PROFESSOR ORIENTADOR: Márcia
SUPERVISOR DE ESTÁGIO NA EMPRESA: Albert Virgilio
NOTA (correção do orientador da instituição de ensino):
___________________________________________
ASSINATURA DO ORIENTADOR - SENAI
___________________________________________________________
ASSINATURA DO SUPERVISOR DO ESTÁGIO NA EMPRESA
(com carimbo do CNPJ)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
1.1 O estagiário...................................................................................................... 10
1.2 Delimitação do estágio realizado..................................................................... 10
1.3 O estágio ......................................................................................................... 11
1.3.1. O objetivo do Estágio.................................................................................. 11
2 A EMPRESA COMAU DO BRASIL ................................................................... 12
2.1 História ............................................................................................................ 12
2.2 Área de Atuação............................................................................................... 12
2.3 Presença Mundial............................................................................................ 13
2.4 A organização................................................................................................... 13
2.5 Nossos Clientes............................................................................................... 13
2.6 Nossa Qualidade.............................................................................................. 14
2.7 Tecnologia e Inovação..................................................................................... 15
3 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 16
3.1 Definição da Manutenção................................................................................ 16
3.2 Evolução da Manutenção................................................................................. 17
3.3 Planejamento da Manutenção (PCM) ............................................................. 17
4 PAPEL DO PCM ................................................................................................ 20
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO ............................................... 21
5.1 Descritivo Técnico............................................................................................ 21
5.1.1 Descrição da Ocupação................................................................................ 22
5.1.2 Habilidades Adquiridas................................................................................. 23
5.1.3 Processos e Avaliação ................................................................................. 23
5.2 Ferramentas Utilizadas no Estágio.................................................................. 24
5.2.1 Planilhas........................................................................................................ 24
5.2.2 Métodos e Outros Recursos......................................................................... 24
5.2.3 Sistema Utilizado.......................................................................................... 24
5.3 Treinamentos................................................................................................... 24
6 DISCUSSÃO SOBRE ESTÁGIO ...................................................................... 26
7 CONCLUSÃO ................................................................................................... 27
8 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 28
9 ANEXOS ........................................................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO
1.1. O estagiário
O estagiário tem um importante papel dentro de uma organização, ele é
o futuro da empresa. O estágio é começo de tudo, é a busca pelo aprendizado
prático, pela formação profissional. Na escola, conseguimos visualizar diversas
atividades em vários ramos da área estudada, mas é apenas com o estágio
que nos deparamos com a realidade das fábricas, com o dia-a-dia daquele
caminho que estamos começando a traçar. O estágio é base para o
profissional.
Foi através de uma indicação realizada por um colega de sala, que fui
selecionada entre vários jovens, para estar participando do programa de
estágio da COMAU, umas das maiorias empresas do ramo de prestação de
serviço na área de manutenção. Durante nove meses, convive com a realidade
do chão de fábrica de uma empresa, vivenciando a manutenção de máquinas
para a produção de motores. Atuei na parte de planejamento ao qual foi muito
gratificante.
1.2. Delimitação do estágio realizado
Gerente: Albet Virgilio
Supervisor técnico: Luiz Henrique Matozinhos
Estagiário: Jonatan Ribeiro da Costa
Local de estagio: COMAU do Brasil – Planta FIASA
Supervisor do estagio: Albert Virgilio
Setor (função) do estagio: Engenharia Posicionada Motores
Período do estágio: 08/2009 á 04/2010
Total de dias: 190
Carga horária total: 1140 horas
1.3.O estágio
O estágio realizado na COMAU do Brasil Ltda. transcorreu dentro da
área de manutenção mecânica da Usinagem da área operativa da Engenharia
de Projetos CAD/FPT Powertrain, empresa no qual fornece motores para a
FIAT Automóveis. No decorrer deste estágio foi possível obter um ótimo
aproveitamento devido a esta empresa ser bem conceituada em seu ramo de
negócio e trabalhar com tecnologia de ponta. Existe a integração de todos os
departamentos necessários para desenvolvimento tanto da empresa como de
todos os funcionários.
O trabalho consiste na elaboração de atividades
programadas/planejadas, mecânicas e eletrônicas, envolvendo as estratégias
de programação de todos os trabalhos que envolvem manutenção de máquinas
tanto corretivas como preventivas e gestão de materiais para a Engenharia de
Projetos.
1.3.1. Objetivo do Estágio
Meus objetivos foram os desenvolvimentos na parte prática de todos os
conceitos e técnicas aplicadas na elaboração de estratégias na programação
de atividades voltadas para manutenção. Além de conhecer o ritmo de trabalho
dentro de uma empresa e o importante papel do Técnico Mecânico.
2. A EMPRESA – COMAU DO BRASIL
2.1. História
Comau empresa do grupo FIAT está presente no Brasil há
aproximadamente 10 (dez) anos, e em tão pouco tempo de trajetórias, já
alcançou grandes progressos.
Em 1995, entraram no mercado brasileiro, prestando serviços
especializados em engenharia de produtos, atuando também como
fornecedora de sistemas automotivos para a indústria automobilística nas áreas
de carroceria, sistemas de movimentação e robótica.
Em 1998, a Comau passou a oferecer no Brasil serviços de manutenção
industrial por meio de uma nova empresa, a Comau Service foi à primeira
empresa no mundo a disponibilizar este tipo de serviço.
Em 2000, a Comau Service foi absorvida pela Comau do Brasil, que
criou duas divisões a divisão systems e a divisão service.
Em 2001, a engenharia de processos passou a incrementar o leque de
atividades da Comau do Brasil, desenvolvendo importantes projetos para a
fabricação de novos modelos.
2.2. Área de atuação
A Comau possui soluções completas nas áreas de serviços de
manutenção e sistemas de automação industrial, com destaque para a
indústria automotiva. Como solução efetiva na busca de maior produtividade
com melhor desempenho, a Comau oferece o Global Service, onde assume
integralmente a gestão dos ativos de seus clientes.
Desde o início das suas atividades, a Comau vem incorporando e
integrando outras empresas, ampliando a sua presença em todos os
continentes. Ela é hoje a principal parceira da indústria automotiva, atuando no
desenvolvimento de produtos e projetos.
A Comau tem em foco a satisfação do cliente, antecipando suas
necessidades e superando expectativas. O contínuo aperfeiçoamento de
produtos, processos e serviços, através das mais avançadas soluções
tecnológicas, permitem a Comau contribuir de forma efetiva para a
competitividade de seus clientes.
Há dez anos no Brasil, a empresa tem oferecido soluções para as
necessidades da nossa indústria. Soluções que nasceram de uma tecnologia
de sucesso internacional, aperfeiçoada para atender as exigências do mercado
brasileiro.
2.3. Presença mundial
De sua sede em Turin, na Itália, a Comau exporta experiência e
assistência através de suas unidades locais, escritórios e instalações em todo o
mundo.
A empresa está apta a cumprir os mais altos requisitos de um mercado
em constante evolução global, através de uma sólida estrutura, capaz de
fornecer desde um simples produto a um sistema altamente complexo.
2.4. A organização
A oferta de serviços completos, desde a engenharia de produto aos
serviços de manutenção e a organização global integrada, permitem a Comau
uma presença competitiva no mercado global.
A Comau do Brasil está dividida em seis Unidades de Negócios (BU),
com o suporte de Funções Centrais, operando em todo o Brasil. Uma dessas
Unidades se localiza em Betim, na FIAT.
2.5. Nossos clientes
Os principais clientes da Comau operam no setor automotivo,
petroquímico, papel e celulose, siderurgia, mineração entre outros.
Para atender a seus clientes de forma plena e satisfatória a Comau se faz
presente desde o co-design com abrangente abordagem para o
desenvolvimento de alternativas de produção, oferecendo um pacote completo
de serviços. Da engenharia à manufatura e da montagem a serviços de
manutenção.
Figura 1 – Distribuição dos Clientes
2.6. Nossa qualidade
A preocupação da Comau do Brasil com a qualidade dos seus serviços é
um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da empresa. Fica
comprovado, com a conquista da certificação ISO 9000, que atesta o Sistema
da Qualidade implantado na Comau do Brasil, que nós utilizamos métodos e
ferramentas de gestão que possibilitam ganhos de eficiência e maior satisfação
para nossos clientes.
Assim, a ISO 9000 é também uma forma de melhorar nossos processos
internos, além de ser uma maneira de demonstrar ao mercado nossa
preocupação com a melhoria contínua de nossos serviços prestados. A Comau
do Brasil possui dois Certificados divididos por BU (Busines Unit), a Service e a
Systems.
ESCOPO:
BU SERVICE - Serviço de Manutenção de Máquinas e Equipamentos para
plantas industriais; Engenharia de Manutenção; Gestão de Materiais e Serviços
de Terceiros; Operação e Manutenção de Utilidades; e de Unidade de
Tratamento Ambiental; Serviços de Manutenção Civil e Predial; Serviços de
Engenharia; Usinagem; Construção; Montagem; Instalação e Try-out de peças,
máquinas, dispositivos e instalações industriais; Projeto e Desenvolvimento de
Instalações Prediais.
BU SYSTEMS - Gerenciamento de projeto e de construção através dos
escritórios técnicos para sistemas de carrocerias, montagem final, mecânica,
movimentação de materiais e automação de linha de produção para a indústria
da mobilidade.
2.7.Tecnologia e Inovação
A Comau é comprometida com o desenvolvimento de novas tecnologias
e com o aprimoramento de processos de fabricação. Novos métodos e
materiais são desenvolvidos para possibilitar uma maior eficiência, garantindo e
respeitando todas as salvaguardas ambientais. Em sua incessante busca pelo
aprimoramento, a Comau trabalha próxima aos parceiros de negócios,
desenvolvendo e testando novas soluções.
Como resultado de sua liderança em inovação, a Comau detém diversas
patentes e uma variedade de campos relacionados à fabricação. As patentes
foram desenvolvidas e utilizadas dentro dos Sistemas de Fabricação
distribuídos pela Comau as seus clientes em todo o mundo.
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO
3.1.Definição da Manutenção
As empresas sempre buscam o aumento da produtividade, qualidade e
segurança e estão sempre em busca de inovações tecnológicas para alcançar
os seus objetivos, mas um departamento que contribui para o alcance desses
objetivos é a Manutenção, pois de acordo com a estratégia adotada pela
empresa a manutenção deve mudar a forma de trabalhar e então passa a ser
vista como função estratégica da organização.
A missão da manutenção no contexto organizacional deve
estar alinhada com as estratégias de produção. Os métodos e as
metas da manutenção serão diferentes, conforme estratégia de
produção priorize: custo, qualidade, flexibilidade, serviço ou entrega.
A manutenção deve reconhecer as prioridades e planejar suas
atividades apropriadamente. (FOGLIATTO; RIBEIRO, 2009, p. 241).
A seguir algumas definições para Manutenção:
“Medidas necessárias para a conservação ou a permanência de alguma
coisa.” (AURÉLIO, 2005).
“A forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas ao cuidar de
suas instalações físicas”. (SLACK, 2008, p. 643).
“manter as características e capacidade dos equipamentos ao longo do
tempo.” (XENOS, 1998, p. 20).
“todas as ações técnicas e administrativas que visem preservar o estado
de um equipamento ou sistema.”. (GIL BRANCO FILHO, 208. p.5).
Mas a função manutenção de hoje possui um conceito mais abrangente,
de acordo com Kardec & Nascif (2001):
[...] garantir a disponibilidade da função dos equipamentos e
instalações de modo a atender a um processo de produção ou de
serviço, com confiabilidade, segurança, preservação do meio
ambiente. (KARDEC & NASCIF, 2001, p. 22).
3.2.Evolução da Manutenção
Segundo Kardec & Nascif (2001), a atividade manutenção tem passado
por grandes mudanças nas últimas três décadas onde as pessoas da
manutenção estão aceitando e acompanhando as mudanças de formas
positiva.
Ainda segundo Kardec & Nascif (2001) a partir da década de trinta
podemos dividir a Manutenção em quatro gerações distintas:
Primeira Geração: caracterizada pela manutenção do equipamento após
a falha, manutenção corretiva.
.Segunda Geração: crescente disponibilidade e maior vida útil dos
equipamentos, manutenção preventiva baseada no tempo, planejamento
manual da manutenção.
Terceira Geração: aumento da disponibilidade dos equipamentos, maior
confiabilidade, manutenção baseada na condição, uso de software para
planejamento da manutenção.
Quarta Geração: a manutenção passa a ter influência nos resultados do
negócio e a gerenciar os ativos da empresa, começa a trabalhar na diminuição
das falhas prematuras dos equipamentos.
3.3. Planejamento de Manutenção (PCM).
O processo de manutenção industrial compreende inspeções, medições,
substituição de peças e até melhorias. Para que estas tarefas ocorram de
maneira satisfatória e necessária um planejamento eficiente. Para Takahashi
(1993), a manutenção planejada com antecedência pode ser realizada de
forma mais rápida comparando-se com a manutenção ocasionada por uma
pane inesperada.
Para Xenos (2004), o planejamento contribui de forma satisfatória para o
gerenciamento da manutenção garantindo também a confiabilidade das ações
preventivas e previsibilidade dos recursos necessários (mão de obra e pecas
de reposição). Para isso as variáveis envolvidas no processo (pessoas,
ferramentas e pecas sobressalentes) devem estar disponíveis para reduzir a
probabilidade de erro ou perdas significantes ao processo produtivo da
organização.
“... através do planejamento da manutenção podemos
programar os serviços com transferências de tecnologias para todas
as equipes de trabalho, para desenvolvimento do planejamento da
rotina, plano de manutenção especificação do material e
sobressalente e de serviços e escopo de contratação com foco no
resultado”. (Francisco, Góes e Souza, 2008, pg.6).
Branco filho (2008) considera o PCM como um conjunto de ações para
preparar, programar e verificar a execução das atividades de manutenção com
objetivo de reduzir as panes inesperadas.
A função do PCM é composta por três atividades essenciais:
planejamento (conjunto de ações que visam a consecução dos objetivos
estabelecidos), programação (e o plano de trabalho a ser executado em um
determinado período) e controle (Fiscalização exercida sobre as atividades,
incluindo correção de eventuais desvios).
Para Nascif e Dorigo (2009) a função do PCM é garantir a confiabilidade
e disponibilidade dos ativos, otimizando a utilização dos recursos (mão de obra
e material), executando, também, o controle sobre as causas e efeitos como
pode ser observado na figura 2.
Figura 2: Função PCM.
Fonte: Adaptado Nascif; Dorigo, 2009.
4. PAPEL DO PCM
O analista de planejamento de manutenção (PCM) tem como
responsabilidade, a execução de diversas tarefas, nas quais são de suma
importância para a manutenção.
Uma delas é a programação de tarefas de Manutenção Preventiva em
conjunto com os supervisores de manutenção das equipes de produção,
visando programar dentro do tempo estipulado as atividades pendentes dos
equipamentos, visando garantir maior eficiência dos ativos e posteriormente
aumentando a disponibilidade das máquinas.
Desenvolver procedimentos padrões para todos os trabalhos repetitivos,
e descrever as ações necessárias para que os colaboradores possam executar
as atividades da mesma forma, também pode ser inserida como função.
O analista de planejamento deve desenvolver arquivos de Back-log de
duração para as tarefas executadas ao longo do tempo e manter estes
arquivos atualizados.
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO
O estágio foi executado em uma equipe de manutenção eletromecânica
onde tive a oportunidade de trabalhar em uma série de atividades que
envolvem conceitos e técnicas de planejamento de manutenção, aplicando-as
na gestão e execução das atividades preventivas e no gerenciamento do plano
de manutenção dos ativos da planta.
Acompanhei todo trabalho de elaboração das estratégias necessárias
para a execução das tarefas que envolviam a equipe como: revisão do plano
de manutenção periódico mecânico dos equipamentos, levantamento de
materiais necessários para recuperação das máquinas verificada através das
inspeções executadas pela equipe de manutenção, assim como, execução da
análise de tempo previsto para a realização de cada atividade e programação
das datas de execução juntamente com os supervisores de produção e de
manutenção, além da participação na aplicação do WCM.
Na área técnica minhas atividades se deram no auxilio a criação de
procedimentos para a padronização das atividades de manutenção e
introdução de metodologias da qualidade como: análise de falhas e TPM,
programação de reformas de máquinas incluindo mão de obra e materiais e
ainda gestão de custos de manutenção através de estudos de índice de
quebra, peças de reposição, tempos de manutenção e de máquina parada e
criação de planilhas para controles de ordens.
Todos esses trabalhos sempre sendo executados em equipe com os
supervisores de produção, supervisores de manutenção e com
acompanhamento de um gerente de oficina, além do PCM responsável pelo
planejamento em todas as partes.
5.1.Descritivo Técnico
Estágio Técnico Mecânico – Planejamento da Manutenção
5.1.1. Descrição da Ocupação
O estagiário em Planejamento da Manutenção acompanha o PCM em
todas as atividades, desde a emissão e elaboração de ordens programadas até
a reintegração de materiais no estoque.
Nas primeiras semanas conheci todo o processo, como são criadas as
ordens (planejadas, programas, corretivas e preditivas), porque é criada, como
devem ser realizadas. Verifiquei também como se dá o processo do plano de
manutenção e a criação de reservas. Além de ficarem duas semanas na área
acompanhando um mecânico especializado, onde verificamos a importância do
planejamento da manutenção.
Após esse período, comecei a auxiliar o Planejador na elaboração de
ordens, reserva de materiais, manutenção dos planos, reintegração dos
materiais, participação de reuniões semanais, criação de Machine Leader, e
outras atividades. Também elaborei planilhas para controle de notas, Lição de
um ponto (OPL), procedimentos e normalização de materiais. Tudo isso sendo
realizadas através de análise nas máquinas, pesquisas em documentação
técnica e contanto com fornecedores.
Durante os noves meses de estágio, fiz uma migração para área de
Usinagem da Comau onde fiquei acompanhando um mecânico durante 2
meses e vi pessoalmente suas dificuldades no dia a dia de trabalho. Nessa
área visualizei que a manutenção que ocorria era só corretiva, não tinha um
planejamento nem um controle de falhas e quebra do equipamento. Nesses
dias pude ver a falta que faz um Planejamento de Manutenção em uma oficina,
pois quando uma maquina quebrava determinada peça, na maioria das vazes
eles não tinham em seu estoque para troca, nem um fornecedor especifico
pronto para atender nas horas mais criticas, tudo seria feito na hora que desse
a quebra ou falha do Equipamento. Na minha área especifica esse trabalho já
estava sendo feito antes que a maquina quebrasse ou desse alguma falha.
Voltando a área continuei com o processo de planejamento cujo minha
função nesse plano era garantir peças de reposição da maquina, desenhos
construtivos mecânicos, desenhos de peças comerciais e suas possíveis
montagens (válvulas, rolamentos, acoplamentos).
5.1.2. Habilidade Adquiridas
Visão de uma produção direto do chão de fábrica;
Visão da manutenção em meio a pressão estabelecida pela produção;
Conhecimento sobre Excel, AutoCAD e outros softwares;
Conhecimentos sobre pneumática, hidráulica, e outros, todos os
treinamentos realizados;
Visualização de métodos para encontro e eliminação de causas raízes;
Conhecimento de um almoxarifado e todo seu processo de gestão;
Conhecimento de novos materiais, dimensões, funções, e outros;
Visualização de diversas máquinas, seus componentes e sua função;
Visualização de desenhos técnicos e a leitura dos mesmos.
Conhecimento na parte de compras de peças de reposição de maquina.
Contato direto com fornecedores, fabricantes nacionais e internacionais.
Conhecimento na operação Sistema SAP.
Conhecimento em outros programas internos da Fiat.
5.1.3. Processo de Avaliação
Desde o inicio do estágio foi passado que a efetivação iria ocorrer a
partir do 8º mês até 12º mês e para ser realizada, seria necessária uma
avaliação a cada três meses, onde deveríamos alcançar em 40 pontos 32 e ter
uma quantidade mínima de mini cursos.
Dentre os critérios de avaliação estavam: Busca pelo conhecimento,
desenvoltura na atividade, relação com a equipe, inovação e outros. Todos
avaliados pelo supervisor do estágio e com passagem de feedback.
Essa avaliação seria repassada ao setor de RH e de acordo a solicitação
da área ocorreria à efetivação.
5.2. Ferramentas Utilizadas no Estágio
5.2.1. Planilhas
Durante o período de estágio, elaborei algumas planilhas para controle de
ordens, reservas e outros. Todas bem vistas pelo instrutor e de extrema
importância para o planejamento.
5.2.2. Métodos e Outros Recursos
Entre métodos e outros recursos, estão alguns procedimentos
estipulados pela supervisão da manutenção que são obrigatórios sua
elaboração. Alguns desses apresentados em reuniões e até em auditorias.
5.2.3. Sistema Utilizado
O Sistema utilizado é o POWERSAP, nele fazemos a gestão de
materiais e de ordens. Para utilização obtive um breve treinamento devido ao
sistema ser de fácil manuseio. Utilizei para abertura de notas, manutenção do
plano, criação de reservas, verificação de materiais em estoque, entre outros.
5.3.Treinamento
Durante o período de estágio tivemos vários treinamentos básicos e
alguns mais complexos. Eles foram realizados por funcionários mais
experientes e empresas especializadas. Alguns, realizados fora da fábrica, mas
a maioria foi dentro em uma área própria para o mesmo.
Em todos os treinamentos foram passados apostilas, testes, tudo para
um grande aprendizado. Dentre os principais temas estavam: Pneumática e
Hidráulica, Elétrica Básica, SAP, Informática Básica, Rolamentos e Mancais,
Lubrificação, Planejamento da Manutenção, WCM – Pilar PM, etc.
Todos tiveram um aproveitamento muito grande, pois amplia para o
uso desses itens na indústria, no qual usamos no dia-a-dia.
6. DISCUSSÃO SOBRE O ESTÁGIO
Durante o período de estágio houve muitas similaridades nas
habilidades desenvolvidas com o que foi evidenciado nas literaturas utilizadas
durante todo o desenvolver do curso de Técnico Mecânico, isso porque a
empresa onde o estágio foi realizado está plenamente alinhada com as teorias
e técnicas de planejamento e controle da manutenção utilizada recentemente.
O setor de Planejamento e controle da manutenção está fortemente
inserido dentro da organização, pois é através dele que se busca conquistar
um grande ganho na confiabilidade dos equipamentos, sendo assim
aumentando o número de intervenções preventivas e obtendo um controle mais
eficiente dos intervalos previstos para as manutenções nos equipamentos e
reduzindo o número de quebras inesperado através das manutenções
corretivas que ocasionam grande perda no processo produtivo.
Também no gerenciamento de recursos de mão de obra e de materiais,
o cargo em questão que é o planejador de manutenção tem um papel
extremamente importante dentro da organização, pois é através de relatórios
consistentes que será identificado a necessidade de contratação ou dispensa
de mão de obra e também se o fluxo e controle dos materiais necessários nas
intervenções dos equipamentos estão atendendo com vigor as necessidades
do setor de manutenção.
7. CONCLUSÃO
Durante a realização do meu estágio consegui analisar o quanto à
prática está relacionado com as teorias e conceitos que foram lecionados
durante a realização do curso de Técnico Mecânico do SENAI.
É imprescindível a todo o momento recorremos às técnicas e literaturas
que temos à disposição para que nossas ações na prática sejam sempre bem
fundamentadas em padrões específicos para cada situação.
Houve também um grande ganho com relação à percepção crítica da
organização na busca de novas tecnologias e novas metodologias que ajudam
o planejamento de manutenção a realizar um trabalho consistente e a melhorar
a eficiência dos equipamentos dos nossos clientes.
8 - BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Administração, Teoria, processo e prática. 4.
Ed. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier, 2007.
NASCIF, Julio; DORIGO, Luiz Carlos. Gestão, Planejamento,
Coordenação e Controle da Manutenção. 1 Ed. Belo Horizonte: TECEM
Tecnologia Empresarial LTDA., 2009.
BRANCO FILHO, Gil. Organização, o planejamento e o controle da
manutenção. 1. Ed. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2008.
ANEXO 1
PLANILHA CONTROLE DE ORDENS PLANEJADAS
ANEXO 2
CASOS DE SUCESSO
ANEXO 3
REUNIÃO AO PÉ DA MÁQUINA
ANEXO 4
POWERSAP SISTEMA
AVALIAÇÃO DO ORIENTADOR: