A biodiversidade ameaçada no Brasil: como garantir a sua ... · Slide 1 • Unidades de...

Post on 12-Nov-2018

218 views 0 download

Transcript of A biodiversidade ameaçada no Brasil: como garantir a sua ... · Slide 1 • Unidades de...

A biodiversidade ameaçada no Brasil: como garantir a sua proteção?

José Maria Cardoso da Silva &

Adriano PagliaConservação Internacional-Brasil

Biodiversidade no Brasil

Biodiversidade em vários níveis

Fonte: IBGE & CI

Diversidade dentro de espécies

Diversidade entre espécies

Diversidade entre ecossistemas

Brasil é um país megadiverso

AmazôniaCaatinga

CerradoPantanal Mata

Atlântica

Pampa

País mais biodiverso do planetaPelo menos 1.8 milhão de espécies (14% mundo)Um número muito pequeno de espécies nativas estudadas para fins econômicosSeis regiões naturais terrestresMaior região de florestas tropicais do mundo (Amazônia)Maior savana da América do Sul (Cerrado)100% da região de florestas secas mais diversa da América do Sul (Caatinga)

Fonte: IBGE & CI

As regiões naturais diferem muito em área

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

4.500.000

Amazônia Cerrado Mata Atlântica Caatinga Pampa PantanalRegiões

Área (e

m km2 )

Fonte: IBGE

A riqueza de espécies difere entre as regiões

Fonte: Silva (2007)

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Amazônia MataAtlântica

Cerrado Caatinga Pampas Pantanal

Regiões

Número

de Es

pécies

de Av

esRiquezaNúmero de Endemismos

Pressões sobre a biodiversidade brasileira

Áreas antropizadas totalizam 280 milhões de hectares

Fonte: IBGE

Natural5,692,891 km2

Antropizada2,821,986 km2

O nível de alteração humana difere entre as regiões

Fonte: MMA (2006)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Amazônia Caatinga Cerrado Mata Atlântica Pantanal PampaRegiões Naturais Brasileiras

% da Á

rea da

Regiã

oNaturalAntropizada

Identificando a biodiversidade brasileira ameaçada

Lista de EspLista de Espéécies cies da Fauna Brasileira da Fauna Brasileira

AmeaAmeaççada de Extinada de Extinççãoão

Dezembro de 2002Dezembro de 2002

Espécies ameaçadas estão nas regiões mais alteradas

0

10

20

30

40

50

60

Mata Atlântica Cerrado Amazônia Pampa Caatinga Pantanal

Regiões

% E

spéc

ies

Am

eaça

das

650 espécies terrestres e de água doce

Áreas críticas para a biodiversidade ameaçada do BrasilBaseada em 2.633 registros de 249 espécies ameaçadas de extinção de vertebrados

1.164 áreas identificadas

35,7% das espéciesencontradas em uma ou duasáreas

Alta concentração de áreas(40%) na Mata Atlântica

Como conservar a biodiversidade ameaçada brasileira?

Slide 1• Unidades de Conservação

– Públicas– Privadas (RPPNs)

• Reservas Legais• Áreas de Proteção

Permanente• Terras Indígenas

Sistema de Áreas Protegidas

Terras Indígenas Kayapó

De áreas isoladas a corredores de biodiversidade

A - Tradicional – Unidades de Conservação Isoladas

C –Ligação entre áreas protegidas (corredor ecológico)

B – Unidades de Conservação com zonas de

amortecimento

D – Mosaico de usos de terra compondo um corredor de

biodiversidade

O que é um corredor de biodiversidadeUma rede de áreas protegidas e outras áreas de uso menos

intensivo, gerenciada de maneira participativa e integrada, visando garantir a manutenção das espécies e dos processos ecológico-evolutivos em uma região e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de uma economia regional diversificada e resiliente baseada em

atividades econômicas compatíveis com a conservação da biodiversidade.

O papel da setor de agroenergia para resgatar uma biota da extinção: o caso do Centro de Endemismo Pernambuco

A Mata Atlântica é composta de vários centros de endemismo

As florestas do Centro de Endemismo Pernambuco são pequenas e fragmentadas e pertencem as grandes

usinas

Brasil

Nordeste do Brasil

Fragmentos de floresta contém espécies únicas e muito ameaçadas

Aechmea gustavoi

Glaucidium mooreorum

A reação do setor de agroenergia para evitar um episódio de extinção em massa

• Em 1996, 37 usinas criam o Instituto de Preservação da Mata Atlântica.

• De 2001 em diante estabelecem parceria com CEPAN e CI-Brasilpara desenvolvimento de pesquisas sobre espécies ameaçadas e planos de conservação na escala regional.

• Até momento, criaram 6 RPPNs e planejam criar mais 20 RPPNs.• Identificaram 1.500 hectares de lugares críticos de florestas

para restauração visando garantir conectividade entre as manchas de floresta.

• Meta: extinção zero

Quatro metas básicas para um programa ambiental do setor de agroenergia

Meta 1: Nenhum hectare de ecossistema natural

alterado

Estratégia: expandir sobre os 280 milhões de

hectares já alterados no Brasil

Fonte: IBGE

Pecuária177.700.000 ha

Agricultura 43.317.000 haOutros

58.983.000 ha

Meta 2: Nenhuma propriedade ilegal

Estratégia: restaurar reservas legais e áreas de proteção permanente usando a melhor

tecnologia existente para manejo de paisagens e controlar poluição

Meta 3: Extinção Zero

Estratégia: Criar RPPNsem áreas críticas para a biodiversidade e integrá-las com propriedades adjacentes formando extensos corredores de

biodiversidade

Fonte: IBGE

Meta 4: Dar sustentabilidadefinanceira para conservação

Estratégia: Criar fundo nacional para apoiar a criação e o manejo efetivo de RPPNs do setor de agroenergia

Fonte: IBGE

Das metas para indicadores ambientais para a certificação de sistemas

integrados de produção

Indicador Descrição1 2 3 4 5 6

A Redução gases estufa-operação 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

B Redução gases estufa-queima 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

C APP & RL demarcadas 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

D APP & RL convertida em UCs 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

E Corredores implementados 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

F KBA convertido em UC 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

G Planos de spp IUCN apoiados 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

H Estabilidade proteção spp IUCN 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

IDesmatamento evitado por aumento de produtividade

0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

JDesmatamento evitado por

incorporação de área degradada0% da meta 20% 40% 60% 80%

100% da meta atingida

KPropriedades controlando spp

invasorasNenhuma

propriedade20% 40% 60% 80%

Todas propriedades

L Propriedades com ISO 14001Nenhuma

propriedade20% 40% 60% 80%

Todas propriedades

M Consumo agrotóxico 0% da meta 20% 40% 60% 80%100% da meta

atingida

NSustentabilidade UC

implementadaNenhuma UC 20% 40% 60% 80% Todas as UC

OCarbono fixado por áreas

recuperadas0% da meta 20% 40% 0.6 80%

100% da meta atingida

Nível

0

2

4

6A

B

C

D

E

F

GHI

J

K

L

M

N

O

0

2

4

6A

B

C

D

E

F

GHI

J

K

L

M

N

O A Redução gases estufa-operaçãoB Redução gases estufa-queimaC APP & RL demarcadasD APP & RL convertida em UcsE Corredores implementadosF KBA convertido em UCG Planos de spp IUCN apoiadosH Estabilidade proteção spp IUCNI Desmatamento evitado por produtividadeJ Desmatamento evitado por area degradadaK Propriedades controlando spp invasoraL Propriedades com ISO 14001M Consumo agrotóxicoN Sustentabilidade UC implementadaO Carbono fixado por áreas recuperadas

A Redução gases estufa-operaçãoB Redução gases estufa-queimaC APP & RL demarcadasD APP & RL convertida em UcsE Corredores implementadosF KBA convertido em UCG Planos de spp IUCN apoiadosH Estabilidade proteção spp IUCNI Desmatamento evitado por produtividadeJ Desmatamento evitado por area degradadaK Propriedades controlando spp invasoraL Propriedades com ISO 14001M Consumo agrotóxicoN Sustentabilidade UC implementadaO Carbono fixado por áreas recuperadas

Tempo 1

Tempo 2