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RVCC – Áreas de Competência Chave 2009
Domínio de referência – Cidadania e Profissionalidade
Núcleo Gerador
Abertura Moral – DR: 1 e 2
Argumentação e Assertividade – DR 2
Programação – DR 2
Convicção e Firmeza Ética – DR 2
Filipe Conde/S8
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RVCC – Áreas de Competência Chave 2009
CP - Núcleo Gerador – Abertura Moral
DR: 1 e 2
CP - Núcleo Gerador – Argumentação e Assertividade
DR: 2
CP - Núcleo Gerador – Programação
DR: 2
CP - Núcleo Gerador – Convicção e Firmeza Ética
DR: 2
Data: 19/04/2009
Este é um assunto, tolerância e diversidade, que meio mundo apregoa verbalmente mas
que o mundo inteiro não pratica. Deveria ser algo que em todas as nações fosse a regra,
coisa que infelizmente não é, nem nas chamadas democracias. Isto porque o significado
da palavra democracia e do sistema democrático é a representação da autoridade
baseada nos princípios de igualdade e liberdade. Infelizmente é algo quase utópico pois
os valores de tolerância, igualdade, diversidade e da própria liberdade variam consoante
os factores que os produzem. Variam de indivíduo para indivíduo, de raça para raça, de
etnia para etnia, de religião para religião, de cultura para cultura, etc. Tolerar é a
característica mais altruísta de qualquer ser humano pois aceitar e conviver com os
outros mesmo não partilhando das mesmas ideias e comportamentos é algo que denota
aceitação e mente aberta e que por consequência contribui para o bem social. Aceitar as
diferenças dos outros de forma pacífica é uma forma de enriquecimento pessoal. Pode
ser algo bastante altruísta e ao mesmo tempo egoísta quando encarado como
enriquecimento pessoal. Quando se tem a mente aberta e tolerância aprende-se e retira-
se aquilo que nos interessa de bom e deixa-se aquilo com que não concordamos de lado,
para outros cujos interesses sejam inversos aos nossos.
Quanto a mim encaro a tolerância como um valor moral e tento pratica-la. Quando não
tolero algo simplesmente me afasto. Posso contribuir para a diversidade dando a minha
opinião ou agindo de determinada forma tentando que por atracção as pessoas alcancem
a tolerância e a diversidade por elas próprias. Tento pô-la em prática nas mais pequenas
coisas e situações pois julgo que é a melhor forma de evitar futuros grandes problemas.
Na minha rua tento deixar o lugar de estacionamento em frente aos vizinhos vago, pois
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vendo por mim, se parar ao pé de casa é óptimo. Não buzino ou insulto os outros
quando a conduzir fazem asneiras. Como vivo numa comunidade relativamente
pequena, propícia ao falatório, tento simplesmente ser simpático não alimentando
conversas. No meu espaço de trabalho com crianças já recebi e tratei da mesma forma
crianças e os respectivos pais de várias raças e países. Julgo que ser tolerante e aceitar a
diversidade é uma virtude e uma ferramenta para o bom funcionamento das sociedades.
A falta de tolerância, de respeito e de diálogo levam na maior parte das vezes a
consequências extremas. Veja-se o caso das guerras, que tirando aquelas que se iniciam
devido à sede de poder e de domínio, todas as outras têm por base a falta de tolerância e
a falta de respeito pela diversidade.
Uma das características da tolerância é a capacidade de diálogo ou de negociação. A
negociação é algo que deve ter em atenção todos os factores de um processo. Deve ter
em atenção todas as partes interessadas nesse processo bem como os seus interesses. É
algo que deve ser encarado como solução para um problema e que tal como um
problema de matemática por exemplo, tem um trajecto a cumprir até à sua resolução. A
negociação é esse trajecto, quando bem percorrido leva até à solução ou resolução.
A própria vida é um processo de negociação constante, todos nós passamos por
situações ao longo da vida em que por vezes temos que abdicar de algo para conseguir
algo, ou reivindicamos alguma coisa para conseguir outra. São processos de que muitas
vezes nem nos apercebemos que os estamos a fazer. Mas sempre que estabelecemos
diálogo com vista a obter algo, estamos a encetar uma negociação. A nível pessoal por
exemplo, o meu próprio processo de divórcio foi uma negociação. Tive primeiro que
negociar os termos de regulação do poder paternal em relação ao nosso filho para depois
passar à fase de divórcio. A nível profissional, para abrir o espaço de apoio
psicopedagógico para crianças tive que estabelecer vários processos de negociação e de
diálogo. Primeiro a nível pessoal, entre mim e a minha esposa para tomar a decisão de
início, depois foram muitas as negociações. Com a Segurança Social para determinar as
especificações tanto técnicas como físicas e jurídicas do espaço. Quando inicialmente
abrimos o espaço foi em Palmela numa casa relativamente pequena, a Segurança Social
enviou uma equipa constituída por um arquitecto e duas assistentes sociais para
observar e orientar quanto às alterações que deveriam ser feitas. Havia apenas uma casa
de banho com banheira, sanita e bidé e um lavatório. Foi-nos dito que teríamos de
retirar a banheira e colocar duas sanitas separadas por portas. Assim o fizemos, pois era
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o necessário para podermos funcionar. Dois meses depois contactamos a Segurança
Social para constatar a alteração. Quem apareceu foram novamente duas assistentes
sociais e um novo arquitecto que nos disse que para aquela área de trabalho não se
justificavam duas sanitas mas sim uma e um polibã. Foi uma situação um bocado
delicada pois havíamos seguido as instruções que nos haviam sido dadas pela equipa
anterior, tempo e dinheiro tinham sido gastos inutilmente, argumentamos nesse sentido
mas a resposta foi que teria havido um mal entendido, ou nosso ou deles e que assim
teria que ser feito se quiséssemos o aval da instituição. É óbvio que cumprimos
escrupulosamente para que tudo corresse perfeitamente. O passo seguinte foi com o
Centro de Emprego que nos propôs a elaboração de um projecto I.L.E. (Iniciativa Local
de Emprego), com apoios a nível estrutural e financeiro. A inserção de pessoas inscritas
no Centro de Emprego a nível profissional proporcionou também apoios no primeiro
ano.
Com o banco para a compra de um espaço adequado ao que pretendíamos. Esta foi uma
negociação delicada e que demorou algum tempo. De início exigiram-nos fiadores que
não tínhamos. Tivemos que procurar uma maneira de demonstrar que o financiamento
era sustentado. Comecei por apresentar um projecto económico daquilo que se iria
montar, mostrando que a zona onde pretendíamos instalar o espaço era vantajosa por ser
uma zona residencial em expansão com uma escola de primeiro ciclo modelo e perto de
vias de comunicação. Demorou um certo tempo mas os resultados foram positivos. O
financiamento foi aprovado e o espaço existe e funciona. A escolha da casa também
passou por negociações, a partir do momento que o banco me deu resposta positiva,
pude entrar em contacto com os donos da habitação, dizer que a queria, que já tinha o
financiamento mas que por um preço mais acessível. Após vários encontros chegou-se a
um consenso. Os proprietários baixaram consideravelmente o valor se a escritura fosse
feita por um valor inferior. É algo que não se deve fazer mas que naquele momento foi a
saída possível.
Resumindo acho que a tolerância, o respeito, a capacidade de diálogo e de negociação
são, bem como a mente aberta e a aceitação características que se postas em prática,
tanto individualmente como colectivamente, proporcionam ambientes sociais saudáveis.
Antes ainda da liberdade e da democracia, pois havendo tolerância e aceitação tudo se
resolve com diálogo e negociação.
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Estes dois últimos parágrafos que escrevi são para mim algo que deve ser tido como
uma norma de bom senso e um valor moral e que deve ser posto em prática para com os
outros e principalmente para com nós próprios. Isto porque se conseguirmos ser
tolerantes, respeitadores e assertivos para connosco, conseguimos automaticamente sê-
lo para com os outros. Procuro na minha vida tanto pessoal como profissional que assim
seja, pois tenho muito tempo ocupado profissionalmente mas também tenho uma família
e eu próprio. Tenho que tentar conjugar ambas de forma harmoniosa. Uso para tal uma
agenda electrónica que me permite planificar o mês, a semana e até o dia. Utilizo-a
apenas como ajuda para que não me esqueça de certas coisas, e não como algo que deve
ser cumprido à risca e que me controla os passos. Tento ter as coisas minimamente
programadas para que exista sempre uma certa flexibilidade de movimentos. Tento ir
programando diária e semanalmente de modo a ir conseguindo ter uma panorâmica do
mês. Deste modo consigo estabelecer prioridades tanto profissionais como pessoais
diariamente, e se for necessário altera-las. Junto duas imagens para ilustrar a minha
programação, uma semanal e outra diária.
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Devido à natureza das minhas ocupações profissionais tenho que gerir muito bem o meu
tempo. Para conjugar o tempo profissionalmente e pessoalmente utilizo a agenda, para
planificar o meu tempo de trabalho executo algumas escalas. No espaço de apoio a
crianças proporciono também o transporte de e para casa, e de e para a escola. Num
núcleo de trinta crianças que frequentam anos e escolas diferentes esses percursos têm
que ser bem traçados e escalados. Temos uma carrinha de nove lugares e uma de sete,
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temos crianças a estudar em Palmela e em Aires e tudo isso tem que ser conjugado
harmoniosamente entre mim e a minha esposa. Tenho duas escalas
semanais, uma para a escola de Aires e outra para a de Palmela. Sendo que para Palmela
normalmente viajo eu com a carrinha de nove lugares, para a qual se tem que ter uma
licença de condução de crianças, tendo sido eu a fazer a formação para tal. Para a escola
de Aires vai a minha esposa com a carrinha de sete lugares, e ao fim do dia, 17h 30m,
vou também eu com a de nove lugares. Tudo tem que funcionar perfeitamente de modo
a que ninguém chegue atrasado aos seus compromissos, as crianças à escola e nós nos
nossos afazeres. Junto as duas escalas que utilizamos para que nada falhe.
Escala Transporte Crianças Palmela
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
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Ricardo Valente
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Bruna
Alexandre
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Catarina
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Bernardo
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David Lopes
Ricardo Valente
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Pedro Correia
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Alexandre
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Ricardo Valente
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Jorge Osório
Bernardo
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Francisco
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Luana
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Ricardo Valente
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Luana
Pedro Charrão
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Bernardo
Bruna
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Bernardo
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Pedro Charrão
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Bernardo
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Jorge Osório
Bernardo
Bruna
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Alexandre
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Bruna
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Ricardo Valente
David Lopes
Pedro Correia
Gonçalo
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Pedro Correia
Gonçalo
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Ricardo Valente
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Pedro Correia
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Bernardo
Jorge Osório
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Ricardo Valente
David Lopes
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Diogo
Francisco
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Bruna
Miguel
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Catarina
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Ricardo Valente
David Lopes
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Escala Transporte Crianças Aires
Levar
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Diana Sousa
Joana Coutinho
Daniela Fonseca
Igor
Inês Silva
Afonso Gamito
Bruna Matias
João Silva
Levar
Entradas 9:30
Erica Ribeirinho
Francisco Malveiro
João Palma
Afonso Coutinho
Guilherme
Carolina (vizinha)
Buscar Almoço 12:00Daniela Fonseca
João Conceição
Buscar Almoço 12:30 João Palma
Levar do Almoço 13:30 – 13:15
Daniela Fonseca
João Conceição
Diana Sousa
Buscar 15:00Afonso Fernandes
Joana Coutinho
Buscar 15:30
Bruna Matias
João Conceição
Ana Carolina Pereira
Afonso Coutinho
Guilherme
Buscar 17:30
Afonso Gamito
Gustavo Lima
João Silva
Cristiana Silva
Tatiana Cavaleiro
Daniela Fonseca
Buscar 18:15
Afonso Nunes
Diana Sousa
Carolina (vizinha)
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Fontes Pesquisa
http://pt.wikipedia.org
www.cne.pt/dl.cfm
http://cidadania-e-profissionalidade.blogspot.com
http://livre-pensamento.blogspot.com
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