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ANÁLISE DE RESISTÊNCIA E MICROESTRUTURA EM CONCRETOS COM SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DE AREIA NATURAL POR AREIA DE FUNDIÇÃO

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Geannina dos Santos Lima, Pedro Goecks, Cristiane dos Santos e Gabriela Blatt

PEC I - Primeiro Painel Temático de Pesquisa da Engenharia Civil da UNIJUÍ

14 de Outubro de 2014

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

1. Introdução

2. Objetivos

3. Fundamentação Teórica

4. Metodologia

5. Resultados

6. Referências

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

1. Introdução

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA:

É possível a utilização da areia de fundição na fabricação de concreto?

Existem influencias significativas nas propriedades do concreto com uso deste resíduo?

A areia de fundição poderá afetar a resistência do concreto?

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

O trabalho tem como objetivo analisar a composição física e química dos

materiais utilizados, a resistência à compreensão e a microestrutura do concreto

com a substituição parcial da areia natural por areia de fundição, em referência

ao concreto moldado com apenas areia natural, a fim de propor uma solução técnica e economicamente viável para a reutilização desse resíduo industrial.

Realizar os ensaios de caracterização dos materiais, tais como: ensaio de

granulométrica, massa específica, massa unitária, módulo de finura, etc.;

Realizar os ensaios da dosagem em diferentes traços ;

Analisar diferentes teores de substituição do agregado miúdo natural pelo

agregado reciclado proveniente do processo de fundição (10%, 20% e 30%) no

que tange às seguintes propriedades: Resistência à Compressão e Microscopia

Eletrônica de Varredura.

2. Objetivos

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

É um dos materiais mais utilizados no mundo, amplamente disseminado e o

principal componente das estruturas. Após seu endurecimento, atua junto

com as armaduras na constituição de pilares, vigas, lajes e escadas.

Consumo Mundial:

11 bilhões de toneladas, consumo médio de 1,9 tonelada de concreto por

habitante por ano;

Consumo no Brasil:

30 milhões de metros cúbicos de concreto.

Fonte: Revista Concreto e Construções (2009);

Federación Iberoamericana de Hormigón Premesclado - FIHP (2009) ;

Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem - ABESC

3. Fundamentação Teórica

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

Materiais Constituintes

O concreto é um material composto constituído por mistura de um

aglomerante (formado por cimento e água), na qual são adicionados no

concreto partículas ou fragmentos de agregados (areia e brita).

Deve oferecer condições de plasticidade que facilitem as

operações de manuseio indispensáveis ao lançamento nas

formas, adquirindo com o tempo a coesão e a resistência

Fonte: MEHTA, Providar Kumar.; MONTEIRO, Paulo . Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo: PINI, 1994.

HELENE, Paulo; TIBÉRIO, Andrade. Concreto de Cimento Portland. In: Geraldo Cechella Isaia (org.). Materiais de construção civil e

princípios de ciência e engenharia de materiais, cap.29. São Paulo: Ibracon, 2010.

3. Fundamentação Teórica

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

Três fases são de grande importância na microestrutura: agregado, matriz

da pasta de cimento e interface bem definida entre estas, denominada

Zona de Transição (ZT).

A quantidade de água e a idade do concreto são fatores que deve-se levar

em consideração no estudo da microestrutura.

Zona de Transição é o elo fraco entre

o agregado e a pasta de cimento, ou

seja, é a fase de limite de resistência

do concreto.

Fonte: MEHTA, Providar Kumar.; MONTEIRO, Paulo . Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo: PINI, 1994.

KELM, Tamile Antunes. Análise da resistência e microestrutura em concretos com substituição parcial de cimento por

microssílica da cinza de casca de arroz. 2011. 56 f.

3. Fundamentação Teórica

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

Define-se resistência de um material como a capacidade deste resistir à

tensão sem ruptura.

Para se realizar o ensaio de resistência são feitos corpos de provas,

analisando sempre suas dimensões, geometrias e o estado de umidade, se

houver alguma variação dos mesmos, pode vir a alterar a resistência.

No concreto a resistência é relacionada com a tensão requerida

para causar a fratura e é sinônimo do grau de ruptura no qual a

tensão aplicada alcança seu valor máximo

Fonte: NEVILLE, Adam Matthew. Propriedades do concreto. São Paulo: Pini, 1997. 150 p.

KELM, Tamile Antunes. Análise da resistência e microestrutura em concretos com substituição parcial de cimento por

microssílica da cinza de casca de arroz. 2011. 56 f.

3. Fundamentação Teórica

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

As areias tem um amplo uso nas fundições, não só na fabricação de

moldes para o vazamento do metal, mas como também dar a forma ao

metal.

SÃO UTILIZADAS PELAS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS

baixo custo;

alta capacidade refratária;

facilmente aglutinável quando misturados com argila.

Fonte: SCHEUNEMANN, Ricardo. Regeneração de areia de fundição através de tratamento químico via processo fenton. Dissertação de

Mestrado.

3. Fundamentação Teórica

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

A areia de fundição é um dos principais problemas enfrentados pelas

empresas atualmente. Depois de utilizada em moldes a areia normal fica

contaminada por metais pesados, dependendo do material de fundição, e

por resinas poliméricas empregadas na compactação para a formação das

peças.

Fonte: Associação Brasileira de Fundição – ABIFA (2009)

3. Fundamentação Teórica

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

Quando não é possível mais reaproveitar está areia no processo de fundição, é

necessário que os resíduos sejam depositados no aterro industrial da empresa

Fonte: Associação Brasileira de Fundição – ABIFA (2009)

3. Fundamentação Teórica

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

RESÍDUOS DE CLASSE I

PERIGOSOS: são aqueles que

por suas características podem

apresentar riscos para a

sociedade ou para o meio

ambiente

RESÍDUOS DE CLASSE II

NÃO PERIGOSOS: não

apresentam nenhuma das

características dos resíduos de

Classe I

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 10.004. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro,

1987. 33 p.

3. Fundamentação Teórica

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

A indústria da construção civil apresenta-se com um grande potencial para a

solução dos problemas dos descartes dos resíduos gerados pelas industrias de

fundição, possibilitando assim a redução dos custos dos produtos, além de

contribuir para a diminuição da emissão de resíduos ao meio ambiente.

BONET (2002) realizou pesquisa no reaproveitamento da areia residual de

fundição como agregado fino no (CBUQ) e Coutinho (2004) estudou a

possibilidade de utilizá-la em misturas asfálticas densas; o primeiro recomendou

a utilização de 8% do resíduo, na mistura asfáltica. Já Coutinho (2004) concluiu

que até 15% de incorporação de areia na mistura asfáltica, produz materiais com

boas propriedades mecânicas sem impactos ambientais significativos.

3. Fundamentação Teórica

Fonte: BONET, Ivan Ideraldo. Valorização do resíduo areia de fundição (RAF): incorporação nas massas asfálticas do

tipo C.B.U.Q. 2002. 149 f. Dissertação Mestrado;

COUTINHO, Benedito Neto. Avaliação do reaproveitamento de areia de fundição como agregado em misturas

asfálticas densas. 2004. 261 f. Tese Doutorado.

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

Matérias Utilizados

4. Metodologia

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

Classificação Química - Areia de Fundição

Segundo os diagnósticos realizados a areia de fundição se

apresentou dentro dos limites permitidos pela NBR 10004

(2004). No ensaio de lixiviação pela ABNT NBR 10005 (2004) os

parâmetros satisfazem os limites permitidos, o resíduo

apresentou-se como NÃO TÓXICO, com esses resultados

comprovou-se que esse resíduo pode ser reutilizado como

matéria prima, por ser uma areia de fundição de Classe II A –

não inertes.

4. Metodologia

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

Traço de Referência – corpos de prova moldado somente com

areia natural; Traço A10 – com 10% de substituição de areia natural por

areia de fundição; Traço A20 – com 20% de substituição de areia natural por

areia de fundição; Traço A30 – com 30% de substituição de areia natural por

areia de fundição.

4. Metodologia

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

ENSAIOS LABORATORIAIS:

Análise Granulométrica dos Agregados

NBR 7217 (2001) e NBR NM 248 (2001)

Determinação da Massa Específica

Agregado Miúdo - NBR 9776 (2003)

Agregado Graúdo - NBR NM 53 (2009)

4. Metodologia

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

3. Metodologia 4. Metodologia

ENSAIOS LABORATORIAIS:

Determinação da finura de cimento Portland

NBR 11579(1991)

Determinação da massa específica de cimento Portland

NBR NM 23 (1998)

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4. Metodologia

ENSAIOS LABORATORIAIS:

Determinação dos tempos de início e fim de pega da pasta do cimento.

NBR NM 65 (2002)

Preparação da pasta de consistência normal

NBR NM 43 (2003)

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

4. Metodologia

ENSAIOS LABORATORIAIS:

O método de dosagem utilizado para realizar está pesquisa será o da

ABCP. Para a utilização deste método é necessário que se tenha as

informações: da massa específica, granulométrica, dimensão máxima,

modulo de finura, etc.

O abatimento de tronco estabelecido para a pesquisa será de 80 a 100

mm. A quantidade de água para se obter um determinado abatimento

irá depender: do tamanho máximo, da forma , da textura e da

granulométrica do agregado graúdo.

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

4. Metodologia

0,57

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

4. Metodologia

Consumo de água aproximado (l/m3)

Dmáx agregado graúdo (mm)Abatimento(mm) 9,5 19,0 25,0 32,0 38,0

40 a 60 220 195 190 185 180

60 a 80 225 200 195 190 185

80 a 100 230 205 200 195 190

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

4. Metodologia

NBR 5738 (1984)

Dimensão Cilíndricos (d)

10 cm

NBR NM 67 (1996)

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

4. Metodologia

NBR 5739 (2007)

Após 24 horas depois de serem moldados

os corpos de provas, deverão ser levados

até a camará úmida, e permanecerão na

mesma até os 3,7,14, 21 e 28 dias, no qual serão submetidas ao ensaio de

compressão buscando analisar o desempenho dos corpos de provas de

concreto em função a sua resistência.

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

5. Resultados

0.00

5.00

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15.00

20.00

25.00

30.00

3 7 14 21 28

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Concreto Macharia

Concreto Natural

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5. Resultados

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Concreto Macharia

Concreto Natural

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6. Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIÇO DE

CONCRETAGENS. Informação sobre o concreto dosado em central.

Disponível em: <http://www.abesc.org.br>. Acesso em: 7 mar. 2014.

BONET, Ivan Ideraldo. Valorização do resíduo areia de fundição (RAF):

incorporação nas massas asfálticas do tipo C.B.U.Q. 2002. 149 f. Dissertação

Mestrado em Engenharia Química - Universidade Federal de Santa Catarina -

Florianópolis, 2002.

COUTINHO, Benedito Neto. Avaliação do reaproveitamento de areia de

fundição como agregado em misturas asfálticas densas. 2004. 261 f. Tese

(Doutorado em Engenharia de Transportes) – Escola de Engenharia de São Carlos

– Universidade de São Paulo. São Paulo, 2004.

NEVILLE, Adam Matthew. Propriedades do concreto. São Paulo: Pini, 1997. 150

p.

VIVER APRENDER TRANSFORMAR

6. Referências

HELENE, Paulo; TIBÉRIO, Andrade. Concreto de Cimento Portland. In: Geraldo

Cechella Isaia (org.). Materiais de construção civil e princípios de ciência e

engenharia de materiais. Cap.29. São Paulo: Ibracon, 2010. Disponível em:

<http://www.concretophd.com.br/imgs/files/ConcretoCap27Materiais2010.pdf>.

Acesso em: 20 mar. 2014.

KELM, Tamile Antunes. Análise da resistência e microestrutura em concretos

com substituição parcial de cimento por microssílica da cinza de casca de

arroz. 2011. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia

Civil) - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí,

2011.

MEHTA, Providar Kumar.; MONTEIRO, Paulo . Concreto: estrutura,

propriedades e materiais. São Paulo: PINI, 1994.