Post on 17-Jan-2016
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FARMACOLOGIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
1860- 1º Anestésico local: COCAÍNA (Albert Niemann)
1868- Moreno y Maiz – uso potencial da cocaína como AL.
1884- Carl Koller utilização em cirurgia oftalmológica.
1890- Ritsert sintetizou benzocaína (ácido Benzóico)
1905- Einhorn e Braun síntese da procaína.( ác. Para- aminobenzóico); < toxicidade e mais hidrossolúvel 1943- Löfgren Lidocaína (ác. Dietilaminoacético)
Bloqueio reversível do impulso nervoso.
Membrana neuronal é o sítio de ação.
Excitação/condução eletroquímica do impulso nervoso. Diferença de potencial da menbrana.
Permeabilidade seletiva. Diferenças de concentração de Na e K
REPOUSO
- Discretamente permeável aos íons Na+
- Livremente permeável aos íons K+
- Livremente permeável aos íons Cl¯
Durante a desp. Os canais de Na sofrem alterações estruturais e tornam-se seletivamente permeáveis aos íons Na.
Nervo em repouso- canais parcialmente ocluídos
Despolarização- canais abertos e íons Na hidratados
1- Formação de uma corrente elétrica auto alimentada.
2- Estimulação contínua, e permeabilidade iônica nas diversas áreas da membrana celular.
3- Condução saltatória- nervos mielinizados. Impulsos mais rápidos (Nódulos de Ranvier)
Propagação do impulso nas fibras mielinizadas e não mielinizadas
Ocorre rapidamente após a passagem de um impulso de um nódulo para outro.
Estado refratário absoluto- Impossibilidade de ser reestimulado.
Estado refratário relativo- Estimulado apenas por um estímulo mais potente que o anterior.
Alteração do potencial de repouso básico da membrana nervosa.
Alteração do potencial limiar.
Diminuindo a velocidade da despolarização
Prolongamento da velocidade de despolarização.
Teoria da expansão da membrana
Estágios de transição do canal de Sódio
RNH+
aberto fechado tamponado
MODO E LOCAL DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
Teoria do receptor específico
RNH+
aberto fechado tamponado
1. Deslocamento dos íons Ca++ do receptor do canal de NA+, o que
permite...
2. Ligação da molécula do anestésico local a este receptor, o que
determina...
3. Bloqueio do canal de Sódio e....
4. Redução da condutância do Sódio que leva a ....
5. Depressão da velocidade da despolarização elétrica e...
6. Inexistência de potenciais de ação propagados o que é chamado
BLOQUEIO DA CONDUÇÃO NERVOSA
Não é necessário estar em grandes concentrações no plasma.
Absorção no local de injeção é inversamente proporcional a sua atuação no controle da dor.
Capacidade de atuar nos diversos sistemas do corpo.
ABSORÇÃO *Todos são vasoativos (vasodilatação).
Cocaína é exceção; vasoconstricção longa e intensa *Procaína potente vasodilatador-usada ia
para compensar o espasmo causado pelo (Tiopental)
* Tetracaína, Cloroprocaína, Propoxicaína tbm. São usadas como vasodilatadores de menor potência
Cocaína- inibição da absorção de catecolaminas.(ex: Noradrenalina)
Não acontece com outros anestésicos como
Lidocaína, e Bupivacaína. Relação inversamente proporcional, entre a
vasodilatação e afeito local de controle da dor, e a toxicidade sistêmica.
Fatores de interferência: Via de administração
Local de injeção.- vascularização
Dose – limitações para cada droga selecionada
Concentração- seleção do anestésico de acordo com a
concentração
Estado geral do paciente - debilidade de diversas ordens
Atravessam facilmente a barreira hemato-encefálica, dural, bem como a placentária ( ligação protéica).
Mepivacaína menor difusão placentária, e Prilocaína maior.
Ph da solução- quanto menor/menor potencialização. São adequados ao fisiológico quando injetados
Bases fracas, pouco hidrossolúveis, e instáveis, são comercializadas sob a forma de sais.
Distribuição do anestésico após a absorção
Muito perfundidos: cabeça, pulmão, cérebrorins, fígado etc. Pouco perfundidos: músculos esqueléticos, tecido gorduroso
Fatores de influência da concentração em orgãos “alvos”
* Velocidade de absorção para o sistema cardiovascular.
* Velocidade de distribuição para os tecidos.(saúde geral) Insuficiência cardíaca congestiva
* Eliminação da droga pelas vias excretoras
MEIA-VIDA, É O TEMPO NECESSÁRIO PARA UMA DROGA SER REMOVIDA DO SANGUE
1.0 - FORMAS ATIVAS DE ANESTÉSICOS
LOCAIS
COOR1 N
R2
R3
NHCO N
R4
R4
Parte lipofílica Cadeia
intermediária Parte Hidrofílica
R2
Éster
Amida
Mecanismo de equilíbrio entre a velocidade de absorção nos tecidos locais de injeção, e a velocidade com que ela é removida do sangue, e metabolizadas para em fim serem excretadas. Diferença significativa entre os dois grupos de anestésicos locais.
AL tipo Éster: Hidrólise plasmática pela PSEUDOCOLINESTERASE Velocidade de hidrólise/ toxicidade (CLOROPROCAÍNA)
(TETRACAÍNA) PROCAÍNA- Toxicidade causada pelo( PABA) DEPOIS DA
HIDRÓLISE. Forma atípica da pseudocolinesterase. SUCCINILCOLINA –relaxante muscular usada na indução
geral, e hidrolisada pela pseudocolinesterase. Qualquer história familiar de problemas com anestesia geral,
deve-se ficar alerta para eventual complicação com anestésicos locais.
Contra-indicações relativas e absolutas
Biotransformação primária hepática- Lidocaína, Mepivacaína, Articaína, Etidocaína, Bupivacaína
Prilocaína é mtabolizada no fígado, epossivelmente no pulmão.
Função hepática importante na toxicidade.
* fluxo sangüíneo hepático menor(hipotensão, insuficiência cardíaca congestiva) ou função hepática deficiente (cirrose) levam a metabolização das amidas de forma anômala ou insatisfatória.
A ARTICAÍNA tem meia-vida mais curta por ser parcialmente metabolizada no sangue pela colinesterase.
METEMOGLOBINEMIA
Aumento indesejável de metemoglobina em conseqüência da presença de ortotoluidina por administração de longa duração de Prilocaína
SEDAÇÃO
Situação indesejável causado pelo uso de Lidocaína na presença de Monoetilglicinexilidida, e glicinexilidida
Excreção renal para a maioria dos anestésicos.
Pequenas quantidades de ésteres encontradas na urina.
PABA derivado da procaína é encontrado na urina.
Disfunção renal crônica pode contra indicar uso de anestésicos( contra-indicação relativa)
2 - PRORPRIEDADES QUÍMICAS DAS MOLÉCULAS DO ANESTÉSICO LOCAL –
considerações
• Os anestésicos locais preparados em laboratórios são
compostos alcalinos, tendo pequeno ou nenhum valor
clínico. (pH entre 7,5 e 10)
• Os anestésicos locais usados para injeção são fornecidos
como sais, mais comumente Cloridratos, dissolvidos em
solução salina estéreis. (pH entre 2 e 4)
Ex. Cloridrato de prilocaína a 2%
Cloridrato de mepivacaína a 3%
4. - Classificação dos anestésicos locais
4.1 - ÉSTRES DO ÁCIDO BENZÓICO
Butacaína.
Cocaína
Tetracaína
Procaína
Propocaína
3 - Implicações clínicas do pH e a atividade anestésica local
Área inflamada
pH da solução anestésica local =
3,3
Acidificação do
tecido em regiões
infectadas ou
inflamadas
pH do tecido normal é em trono de 7,4
pH do tecido inflamado ou infectado é de 4 a 5
4.2 – AMIDAS
•Articaína
•Bupivacaína
•Etidocaína
•Lidocaína
•Mepivacaína
•Prilocaína
5 - Considerações sobre os anestésicos tipo ÉSTER
• Biotransformação: sofrem hidrólise no plasma, influenciando na sua toxicidade.
• As reações alérgicas são maiores do que os anestésicos tipo amida. ( metabólito PABA)
• 1 em cada 2800 pessoas possuem forma atípica da pseudocolinesterase, responsável pela hidrólise dos anestésicos tipo éster.
• Não encontrados sob a forma em tubetes odontológicos no Brasil
• Encontrado somente sob a forma tópica: Benzocaína
6 - Considerações sobre os anestésicos tipo AMIDA • Biotransformação hepática
• Os produtos da biotransformação podem determinar atividade clínica significativa: Ex :
PRILOCAÍNA ORTOTOLUIDINA METAHEMOGLOBINA
LIDOCAÍNA GLICINOXILIDINA = SEDAÇÃO
• Não ha. história de hipersensibilidade por anestésicos a base de amida
• São encontrados em larga escala para uso odontológico
• Somente a lidocaína pode ser encontrada na forma tópica
SELEÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS
a) AGENTES DE CURTA DURAÇÃO DO EFEITO Procaína Cloroprocaína
b) AGENTES DE DURAÇÃO INTERMEDIÁRIA
Lidocaína Mepivacaína Prilocaína
c) AGENTES DE LONGA DURAÇÃO DO EFEITO Bupivacaína Ropivacaína Etidocaína
LIDOCAÍNA a 2% – considerações
Início do efeito: entre 2 e 3 min (rápido)
Pode ser considerado como o anestésico padrão com o qual os outros são comparados.
Existe na forma infiltrativa e também tópica
Pode ser encontrado com ou sem vasoconstrictor
Tempo de analgesia: Utilizado também por via endovenosa para tratar arritmias cardíacas em centros de cuidados intensivos
a) pulpar sem vasoconstrictor: 5 a 10 min
b) tecidos moles sem vasoconstrictor: 60 min
LIDOCAÍNA A 2%
LIDOCAÍNA A 2%- com ADRENALINA
1:50000; 1:80000; 1:100.000
LIDOCAÍNA A 2%-
Com Adrenalina
1: 50.000
LIDOCAÍNA A 2%-
Com ADRENALINA 1:100.000
LIDOCAÍNA 2% – considerações
- Pulpar com vasoconstrictor: 60 minutos
-Tecidos moles com vasoconstrictor: 2 a 3 horas
- recomendação 4mg/Kg
- Nomes comerciais: Xilocaína, Novocol, Lidostesin
Exodontia
APICETOMIA
APICETOMIA
antes Freio Lingual depois sutura
Frenectomia Lingual
Qual a quantidade máxima em tubetes de
lidocaína a 2% estaria indicado para um
indivíduo de 60 Kg ? Dose Máxima 4 mg/Kg
• Lidocaína a 2% .............. Em cada ml 20
mg
• Cada tubete possui 1,8 ml
1 ml .................. 20 mg
1,8 .......................X X = 36mg
4 mg..................1kg
X ........................60 Kg X = 240 mg
1 tubete .............36 mg
X tubetes...........240mg X = 6,6
tubetes
MEPIVACAÍNA – considerações
- Início do efeito: entre 2 e 3 min (rápido)
- Produz pouca vasodilatação (tempo do efeito maior)
- Só existe na forma infiltrativa
- Pode ser encontrado com ou sem vasoconstrictor
- Tempo de analgesia:
a) pulpar sem vasoconstrictor: 20 a 40 min
b) tecidos moles sem vasoconstrictor: 2 a 3h
Indicação:
Em pacientes onde não há indicação de vasoconstrictor
Procedimentos odontológicos onde não se exige anestesia pulpar prolongada
MEPIVACAÍNA A 3% 2% c/ Levonordefrina;
Norepinefrina; Epinefrina
MEPIVACAÍNA A 3%
MEPIVACAÍNA A 2% C/ lEVONORDEFRINA
INDICAÇÕES: PROCEDIMENTOS DE LONGA DURAÇÃO NECESSIDADE DE ANALGESIA PÓS-OPERATÓRIA
CARACTERÍSTICAS: INÍCIO DO EFEITO É MAIS TARDIO EM RELAÇÃO A
LIDOCAÍNA POTÊNCIA 4 VEZES MAIOR SE COMPARADA A
LIDOCAÍNA ACIDENTES EM OBSTETRÍCIA INEXISTENTES EM
ODONTOLOGIA DIMINUIÇÃO DO USO DE OPIÓIDES
BUPIVACAÍNA A 0,5%
COM ADRENALINA A 1:200.000
Convencionais incapazes de penetrar em pele intacta
Concentrações muito altas- mais tóxicas
AL usados por injeção são ineficazes topicamente (articaína, mepivacaína, prilocaína, procaína)
Anestesia 2 a 3 mm de profundidade
Geléia e spray( desvantagens)
Anestésicos contendo Benzocaína
EMLA- Mistura Eutética de Anestésicos Locais
Bases cristalinas de lidocaína(2,5%)+ prilocaína(2,5%).
Menor irritação local e sistêmica; analgesia mais competente
Ponto de fusão inferior ao dos seus componentes
Formulação: creme
30-45 min antes do procedimento
Não usada em pediatria (menos de 1 mês)
Usada também em mucosas embora resultados discutíveis.
AMPLA UTILIZAÇÃO NA ODONTOLOGIA
INDICADA QUANDO EXISTEM RESTRIÇÕES
AO USO DE AMINAS SIMPATOMIMÉTICAS.
ÚNICA DISPONÍVEL NO BRASIL QUE CONTÉM FELIPRESSINA
METEMOGLOBINEMIA CAUSADA PELO METABÓLITO