Angina Peito e Enfarte Agudo do Miocárdio

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Angina Peito e Enfarte Agudo do Miocárdio

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Angina de Peito&

Enfarte Agudo do Miocárdio

Bernardo Coutinho Fábio SimõesInês SofiaMariana Carnim Nádia Bastos

Formador:Diogo Neves

Angina de Peito

A angina, ou angina de peito, é uma dor

torácica transitória ou uma sensação de

pressão que se produz quando o músculo

cardíaco não recebe oxigénio suficiente.

Angina de Peito

•As necessidades do coração em oxigénio dependem do esforço

que tem de efetuar.

•Os esforços físicos e as emoções aumentam a atividade do

coração, que, por essa razão, necessita de mais oxigénio.

•Quando as artérias se tornam mais estreitas ou existe uma

obstrução que impeça o aumento da chegada de sangue ao

músculo cardíaco para satisfazer a maior necessidade de

oxigénio, pode produzir-se a isquemia e, como consequência,

dor.

Angina de Peito - Causas

•A angina é o resultado de uma doença das

artérias coronárias.

•É também o resultado de outras causas, como

anomalias da válvula aórtica, especialmente a

estenose (estreitamento da válvula aórtica), a

insuficiência (regurgitação através da válvula

aórtica) e a estenose subaórtica hipertrófica. 

Angina de Peito – Causas

•Dado que a válvula aórtica está próxima da entrada das

artérias coronárias, estas anomalias reduzem o fluxo de

sangue para as mesmas.

•O espasmo arterial (estreitamento súbito e transitório de

uma artéria) também pode causar angina de peito.

•Por outro lado, a anemia grave pode reduzir o

fornecimento de oxigénio ao músculo cardíaco e

desencadear um episódio de dor.

Angina de Peito – Sintomas

•Uma pessoa com uma isquemia nem sempre

tem angina de peito.

•A isquemia sem angina de peito chama-se

isquemia silenciosa.

•Até agora não se conseguiu compreender

porque é que a isquemia é, às vezes, silenciosa.

Angina de Peito – Sintomas

•Frequentemente, o doente sente a angina de

peito como uma pressão ou dor por baixo do

externo (o osso do meio do peito).

•A dor também se manifesta no ombro esquerdo

ou por debaixo da parte interna do braço

esquerdo, nas costas, na garganta, no maxilar ou

nos dentes.

Angina de Peito – Sintomas

•A angina de peito aparece de forma característica

durante um esforço físico, dura só alguns minutos e

desaparece com o repouso. Algumas pessoas podem

prevê-la, pois conhecem com que grau de esforço ela

lhes aparece, mas para outras os episódios são

imprevisíveis. A angina de peito é, com frequência,

mais grave quando o esforço se faz depois de comer.

Angina de Peito – Sintomas

•Além disso, agrava-se, geralmente, com o frio.

Caminhar contra o vento ou sair de uma casa quente

para um espaço onde o ar seja frio pode provocar

angina de peito.

•O stress emocional também pode desencadear uma

angina ou fazê-la piorar, uma emoção forte, mesmo que

se esteja em repouso, ou um pesadelo durante o sono

provocam o aparecimento de angina.

Angina de Peito – Sintomas

Angina Variante•É provocada por um espasmo das grandes artérias

coronárias que percorrem a superfície do coração. Chama-se

variante porque se caracteriza pelo aparecimento de dor em

repouso, não com o esforço, e pela existência de certas

alterações no eletrocardiograma (ECG) durante o episódio de

angina.

Angina de Peito – Sintomas

Angina Instável•É uma situação em que o padrão dos sintomas da angina

varia. Dado que as características da angina em cada

pessoa são, de um modo geral, constantes, qualquer

alteração é importante (como uma dor mais forte, ataques

mais frequentes ou ataques que se verificam com menor

esforço físico ou durante o repouso).

Angina de Peito – Sintomas

Angina Instável•Estas alterações nos sintomas refletem uma progressão

rápida da doença das artérias coronárias, devido a um

aumento da obstrução de uma artéria coronária pela

rutura de um ateroma ou pela formação de um coágulo. O

risco de sofrer um enfarte é elevado. A angina instável é

uma urgência médica (que deve ser tratada o mais

depressa possível).

Angina de Peito - Sintomas

Depósitos de gordura numa artéria coronária

À medida que os sedimentos gordos se acumulam numa artéria

coronária, o fluxo sanguíneo reduz-se e o oxigénio não chegam ao

músculo cardíaco.

Anginas de Peito - Diagnóstico

•O tipo de dor, a sua localização e a sua relação com

o esforço, as refeições, o clima e outros fatores

facilitam o diagnóstico.

•No entanto, alguns exames podem ajudar a

determinar a gravidade da isquemia e a presença e

extensão de uma doença das artérias coronárias. 

Anginas de Peito - Diagnóstico

Prova de esforço

•Prova na qual o doente caminha sobre uma

passadeira móvel enquanto se regista o EGC e permite

a avaliação da gravidade da doença das artérias

coronárias e da capacidade do coração para responder

à isquemia. Os resultados também podem ser uma

ajuda para determinar a necessidade de uma

arteriografia coronária ou de uma operação cirúrgica.

Anginas de Peito - Diagnóstico

• Estudos com Isótopos Radioativos• São combinados com a prova de esforço e podem

proporcionar uma informação valiosa acerca da angina

de peito de uma pessoa. As imagens que se obtêm não

só confirmam a presença da isquemia, mas também

identificam a zona e a extensão do músculo cardíaco

afetado, assim como o volume do fluxo sanguíneo que

chega ao coração.

Anginas de Peito - Diagnóstico

• Ecocardiograma de Esforço•É uma prova na qual se obtêm imagens do coração

(ecocardiogramas) por reflexão de ultrassons.

•O exame é inócuo e mostra o tamanho do coração, os movimentos

do músculo cardíaco, o fluxo de sangue através das válvulas

cardíacas e o seu funcionamento.

•Os ecocardiogramas obtêm-se em repouso e depois de um exercício

de esforço máximo.

•Quando existe isquemia, observa-se que o movimento de

bombeamento da parede do ventrículo esquerdo é anormal.

Anginas de Peito - Diagnóstico

• Coronariografia • Arteriografia das artérias coronárias pode efetuar-se quando o

diagnóstico de doença das artérias coronárias ou de isquemia não

é seguro.

• No entanto, é mais frequente que este exame seja utilizado para

determinar a gravidade da doença das artérias coronárias e para

avaliar se é necessário levar a cabo um procedimento adicional

com o fim de aumentar o fluxo de sangue (uma cirurgia de

derivação coronária ou uma angioplastia).

Anginas de Peito - Diagnóstico

• Registo Contínuo do ECG•Com um monitor Holter (um aparelho portátil de ECG

que funciona com pilhas) revela as anomalias que

indicam uma isquemia silenciosa em algumas pessoas.

•O ECG também ajuda a diagnosticar a angina variante,

dado que é capaz de detetar certas alterações que se

produzem quando a angina aparece em repouso.

Anginas de Peito - Diagnóstico

• Angiografia•  (radiografias consecutivas das artérias efetuadas

após a injeção de um produto de contraste), pode

detetar um espasmo nas artérias coronárias que

não têm um ateroma. Há casos em que se

administram certos fármacos para causar o

espasmo durante a angiografia.

Anginas de Peito - Prognóstico

•Os fatores-chave para prever o que pode acontecer às pessoas com

angina incluem a idade, a extensão da doença das artérias coronárias,

a gravidade dos sintomas e, na maioria dos casos, o grau de função

normal do músculo cardíaco.

•Quanto mais forem as artérias coronárias afetadas ou mais grave for

a sua obstrução, mais desfavorável será o prognóstico.

•O prognóstico é surpreendentemente bom numa pessoa com angina

estável e uma capacidade normal de bombeamento (função do

músculo ventricular).

Anginas de Peito - Tratamento

• Nitratos (vasodilatadores)• Betabloqueadores (interferem nos efeitos das hormonas

adrenalina e noradrenalina sobre o coração e outros órgãos)• Antagonistas do Cálcio (evitam que os vasos sanguíneos

se contraiam)• Fármacos Antiplaquetários (importantes para a formação

do coágulo e para a resposta dos vasos sanguíneos às lesões)

• Cirurgia de Derivação (bypass) das Artérias Coronárias (pode aumentar a tolerância ao exercício, reduzir os sintomas e diminuir a dose requerida de um fármaco)

• Angioplastia Coronária

Cirurgia de Derivação Coronária (Bypass Coronário)

Angioplastia

Enfarte Agudo do Miocárdio

EAM

•O enfarte do miocárdio dá-se quando a irrigação sanguínea do

músculo cardíaco diminui ou é suprimida após a oclusão de uma ou

mais artérias coronárias. O coração, sem oxigénio, morre.

•O enfarte do miocárdio é uma doença que na Europa afeta por ano

quase um milhão de pessoas e em 1/3 dos casos leva à morte.

•Se o enfarte afetar somente uma zona muito limitada do músculo

cardíaco, as consequências não são graves. Por vezes não há

sintomas: neste caso o enfarte é silencioso. Se a lesão do músculo

cardíaco for muito grande pode provocar a morte ou uma deficiência.

EAM - Sintomas

• O primeiro sintoma do enfarte do miocárdio é a dor:– Dor espontânea ou provocada por esforço, emoção, stress;

– Dor leve ou sensação de opressão ou de aperto no peito, de ardor ou de

inchaço;

– Dor no meio do peito que se estende em direção das costas, do queixo ou do

braço esquerdo;

– Perturbações do ritmo cardíaco (arritmia), palpitações;

– Suor frio, enjoo, vómito, ansiedade ou dificuldade na respiração podem

acompanhar a dor.

• Qualquer sintoma de enfarte do miocárdio exige o internamento

imediato!

EAM - Causas

•São muitas as razões que contribuem para aumentar

o risco de ser acometido por enfarte do miocárdio:–Idade;

–Precedentes familiares de enfarte em idade precoce;

–Colesterol alto;

–Hipertensão;

–Diabetes;

–Obesidade;

–Fumo.

EAM - Causas

– Sexo Masculino

•Os pacientes que sofrem enfarte do miocárdio, são

geralmente do sexo masculino, pois são mais suscetíveis

(sofre impressões e/ou alterações com facilidade), que as

mulheres.

•Acredita-se que as mulheres tenham um efeito “protetor”

devido à produção da hormona ( estrogénio), sendo que após

a menopausa, devia à falta de produção dessas hormonas, a

incidência de enfarte na mulher aumenta consideravelmente.

EAM - Causas

•O enfarte do miocárdio é quase sempre causado

pela formação de um coágulo de sangue que

obstrui uma artéria coronária.

•Trata-se neste caso de uma trombose coronária.

É mais raro acontecer que o estreitamento ou a

contração temporária de uma artéria coronária

possa provocar um enfarte.

EAM - Tratamento

• Quando consultar um médico?– Na presença de quaisquer sintomas assinalando o início de um enfarte, dirija-se

a um médico imediatamente ou com a maior urgência para hospital mais

próximo.

• O que faz o médico?– Faz um exame clínico completo e manda fazer eletrocardiogramas para medir a

função e o ritmo cardíacos e um exame do sangue para medir as enzimas

expelidas durante o enfarte.

• Qual o tratamento para o enfarte do miocárdio?– Até alguns anos atrás o tratamento consistia em aliviar a dor, subministrar

remédios que servissem para regularizar o ritmo cardíaco e, fazer uma

reanimação cardíaca com estimulações elétricas ou químicas.

EAM - Tratamento

•Hoje em dia os remédios mais avançados são substâncias

que conseguem não só evitar a formação de coágulos mas

também derreter rapidamente os que provocam a maioria

dos enfartes.

•A eficácia dessas novas substâncias depende da rapidez

da sua subministração; para reduzir o risco de lesões

musculares graves devem ser tomadas, no mais tardar,

dentro de três horas a partir do momento do início da crise.

EAM - Tratamento

•O que fazer por si só?–Consultar um médico o mais rapidamente possível: toda e

qualquer demora pode causar a morte. Chamar, no caso de

urgência, uma ambulância.

EAM - Evolução

•As células do músculo cardíaco que, devido à interrupção do

afluxo do sangue ficam sem oxigénio, começam a morrer.

•Um enfarte leve dura menos de uma hora e não tem

consequências graves. Um tratamento apropriado faz com que o

músculo cardíaco recupere a sua função com sequelas que

podem ser insignificantes.

•As crises mais graves destroem uma área relevante

provocando uma deficiência permanente ou até mesmo a morte.

EAM - Evolução

•As consequências de um enfarte, mesmo se não for muito

grave, podem ser muito sérias: ritmo cardíaco acelerado e

irregular impedindo o coração de desempenhar a sua

tarefa vital: bombear o sangue.

•Porém, 50% das pessoas afetadas por enfarte do

miocárdio voltam a ter uma vida normal após poucos

meses. Tomar regularmente doses mínimas de aspirina

reduz o risco de recaída e de complicações.

EAM - Prevenção

•Deixar de fumar;

•Manter o peso normal para o próprio físico;

•Alimentação com pouca gordura animal;

•Atividade física regular mas sem excessos;

•Manter no nível normal a tensão arterial, o colesterol, a

glicemia.

Nota: Não esqueça que uma em cada três pessoas acometidas por enfarte pode morrer.