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1 - SISTEMA ELTRICO DE POTNCIA (Noes)
1.1 - Introduo
O Sistema Eltrico de Potncia (SEP) um conjunto de todas as instalaes eequipamentos destinados gerao, transmisso e distribuio de energia
eltrica. (A.B.N.T. NBR-5460 Sistemas Eltricos de Potncia Terminologia).
Objetivo Gerar, transmitir e distribuir energia eltrica atendendo adeterminados padres de confiabilidade, disponibilidade, qualidade, seguranae custos, com o mnimo impacto ambiental.
Confiabilidade representa a probabilidade de componentes, partes esistemas realizarem suas funes requeridas por um dado perodo detempo sem falhar. Representa tambm o tempo que o componente,parte ou sistema levar para falhar (%).
Disponibilidade definida como a probabilidade que o sistema estejaoperando adequadamente quando requisitado para uso. Em outraspalavras, a probabilidade que um sistema no est indisponvelquando requisitado seu uso (%).
Qualidade da energia a condio de compatibilidade entre sistemasupridor e carga atendendo critrios de conformidade senoidal(amplitude da tenso, frequncia, desequilbrios de tenso e corrente eforma de onda).
Segurana est relacionado com a habilidade do sistema de responder
a distrbios que possam ocorrer no sistema. Em geral os sistemaseltricos so construdos para continuar operando aps ser submetido auma contingncia.
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1.1.2 - Gerao
Obtm-se energia eltrica, a partir da converso de alguma outra forma deenergia, utilizando-se mquinas eltricas rotativas (geradores), nas quais seutilizam turbinas hidrulicas ou a vapor para se obter o conjugado mecnico.
1.1.3 - Sistema de Transmisso
Transporta a energia eltrica dos centros de gerao aos de consumo.
1.1.4 - Sistema de Distribuio
1.1.4.1 - Rede de Sub-Transmisso
Tem a funo de transportar a energia eltrica das subestaes de transmissos subestaes de distribuio e aos consumidores, operando em tenses de
34,5, 69, 88 e 138 kV.
1.1.4.2 - Subestaes de distribuio
So supridas pela rede de subtransmisso e so responsveis pelatransformao da tenso de subtransmisso para a de distribuio primria(13,8 kV).
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1.2 - Sistemas de distribuio primria
As redes de distribuio primria (mdia tenso) emergem das SEs dedistribuio e operam, no caso da rede area, radialmente, com possibilidade
de transferncia de blocos de carga entre circuitos para o atendimento daoperao em condies de contingncia, devido manuteno corretiva,preventiva e outras situaes.
1.3 - Redes de Distribuio
As redes de distribuio alimentam consumidores residenciais e industriais demdio e pequeno porte, consumidores comerciais e de servios.
a) Redes de Mdia TensoOs troncos dos alimentadores empregam, usualmente, condutores de seo336,4 MCM permitindo, na tenso de 13,8 kV, o transporte de 12MVA de
potncia mxima, que face a necessidade de transferncia de blocos de cargaentre alimentadores, fica limitada em torno de 8 MVA. Estas redes atendem osconsumidores primrios e aos transformadores de distribuio (estaestransformadoras). Podem ser areas ou subterrneas, sendo que as primeirasso mais difundidas devido ao seu custo menor, e, as segundas tm grandeaplicao em reas de maior densidade de carga (zona central de umametrpole).
b) Redes em Baixa Tenso (BT)
O objetivo das redes em baixa tenso transportar eletricidade das redes demdia tenso para os consumidores de baixa tenso.A rede BT representa o nvel final na estrutura de um sistema de potncia. Umgrande nmero de consumidores, setor residencial, atendido pelas redes emBT. Tais redes so em geral operadas manualmente, nas tenses de 220/127V ou 380/220 V..
A Tabela 1 mostra um diagrama com a representao dos vrios segmentos deum sistema de potncia com seus respectivos nveis de tenso.
Tenso (kV) Campo deaplicao
rea do sistemade potnciaPadronizada Existente
0,220/0,127 0,110 Distribuiosecundria (BT)
Distribuio
0,380/0,220 0,230/0,11513,8 11,9 Distribuio
primria (MT)34,5 22,534,5
88,0Subtransmisso
(AT)69,0138,0138,0
440,0750,0
Transmisso Transmisso230,0345,0
500,0Tabela 1 Tenses usuais em sistemas de potncia.
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1.3.1 - Conceitos bsicos da Distribuio
Rede de Distribuio Area Urbana Parte integrante do Sistema deDistribuio Area, localizada dentro de permetro urbano de cada
localidade.
Rede de distribuio area rural Rede de Distribuio situada fora dopermetro urbano de cidades.
Rede de Distribuio Primria Parte de uma Rede de Distribuio quealimenta transformadores de distribuio e / ou pontos de entrega sob umamesma tenso primria nominal.
Alimentador de Distribuio Parte da Rede de Distribuio Primria quealimenta, diretamente ou por intermdio de seus ramais, os transformadores de
distribuio da concessionria e/ou consumidores.Tronco de Alimentador Parte de um Alimentador de Distribuio quetransporta a parcela principal da carga total.
Ramal de AlimentadorParte de um Alimentador de Distribuio que derivado Tronco de Alimentador e que alimenta diretamente os transformadores dedistribuio e / ou pontos de entrega de consumidores em tenso primria.
Rede de Distribuio Secundria Rede eltrica que leva energia dostransformadores de distribuio aos pontos de entrega.
Ramal de Ligao Conjunto de condutores e acessrios que ligam umaRede de Distribuio Secundria a uma ou mais unidades de consumo.
Carga Instalada Soma das potncias nominais (em kW) dos equipamentosde uma unidade de consumo que, uma vez concludos os trabalhos deinstalao, esto em condies de entrar em funcionamento.
Demanda Potncia (kVA ou kW), requisitada por determinada cargainstalada, durante um intervalo de tempo especificado. Normalmente seconsidera a potncia mdia de 15 minutos.
Demanda Mxima
Maior de todas as demandas registradas ou ocorridasdurante um intervalo de tempo especificado.
Demanda Simultnea Soma das demandas verificadas num mesmointervalo de tempo especificado.
Demanda Simultnea Mxima Maior das demandas simultneasregistradas durante um intervalo de tempo especificado.
Fator de Demanda Relao entre a demanda mxima de uma instalao,verificada em um intervalo de tempo especificado e a correspondente cargainstalada total.
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Fator de Carga Relao entre a demanda mdia obtida com base noconsumo e a demanda mxima no mesmo intervalo de tempo especificado.
Demanda Diversificada Contribuio de um consumidor para a demanda
mxima do grupo a que pertence e que est alimentado pela mesma fonte deenergia eltrica. tambm a demanda resultante da carga, tomada emconjunto de um grupo de consumidores ligados em um mesmo circuito.
Queda de Tenso Diferena entre as tenses eltricas existentes em doispontos distintos de um circuito, percorrido por corrente eltrica, observadas nomesmo instante.
Fator de Potncia Relao entre a potncia ativa e a potncia aparente.
Consumo Quantidade de energia eltrica (kWh) absorvida em um dado
intervalo de tempo.Consumidores Especiais Consumidores cujas cargas ocasionamflutuaes de tenso na rede, necessitando, portanto, de uma anliseespecfica para o dimensionamento eltrico da mesma.
kVA Trmico Potncia limite de carregamento do transformador,estabelecida em funo de suas caractersticas do tipo de curva de carga,adotando mximo de 130 %.
Chaves de Proteo Chaves utilizadas com a finalidade bsica de proteodos circuitos primrios de distribuio ou de equipamentos neles instalados,desligando automaticamente os circuitos ou equipamentos que estejam sobcondies de defeito ou sob tenso ou correntes anormais.
Chaves Fusveis de Distribuio Chaves com funo principal de protegerou isolar automaticamente parte da rede, baseado em princpio trmico,atravs de sobreaquecimento e fuso de um elo condutor fusvel quandoatingido o limite de corrente pr-estabelecido.
Chaves Seccionadoras Tipo Faca Chaves com funo principal de permitirconexo ou desconexo de parte da rede nas manobras por ocasio dasoperaes de fluxo de carga, de manuteno, de reforma ou de construo,
atravs de fechamento ou abertura de um componente em forma de barrametlica basculante condutora, e operado mecanicamente com auxlio de varade manobra.
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2- REDES AREAS DE DISTRIBUIO
2.1 Introduo So redes primrias esecundrias, cujo transporte de energia eltricadas subestaes aos consumidores feito,atravs, de condutores, geralmente de alumnion, instalados em estruturas constitudas depostes, cruzetas, isoladores, ferragens eacessrios.
2.1.1 - Redes areas urbanas
So redes que atendem os consumidoresresidenciais, comerciais e industriais situados narea urbana dos municpios. Utilizam,geralmente, transformadores trifsicos para oabaixamento da tenso, para suprimento dosconsumidores em BT, tanto residenciais, comocomerciais e industriais de pequeno porte.Utilizam, tambm, poste de concreto do tipocircular ou duplo T.
2.1.2 - Redes areas rurais
So aquelas que suprem osconsumidores situados na rea ruraldos municpios. Devido abaixadensidade de carga utilizam-seredes monofsicas (fase/neutro) etransformadores monofsicos. Ospostes das estruturas so,geralmente, de madeira.
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2.2 - MATERIAIS DE REDES DE DISTRIBUIO AREA
Figura 4 Poste de concreto duplo T para distribuio e circular paratransmisso
2.2.1 - POSTES So os elementos bsicos das estruturas. Soespecificados pelas suas dimenses geomtricas (altura), material, forma epela resistncia flexo (mximo esforo horizontal). Exemplo: Poste deconcreto, seo circular, 11 m, 300 Kg. Podem ser de madeira, concreto e ao.
Figura 5 Armao do suporte de ferro do poste de concreto circular
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Figura 6 Teste de esforo mecnico do poste de concreto circular
Figura 7 Colocao da armao de ferro na forma do poste de concreto
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2.2.1.1 - Poste de Madeira Usado em linhas rurais, devido ao aspectoesttico. mais barato, mais leve (cerca de 65% do peso do poste deconcreto) e de fcil manuseio.So usadas as madeiras de pinho, eucalipto,etc. Com a proibio do uso da madeira de lei, ficou muito difundido o uso damadeira branca, porm, para seu uso a PB-45 da ABNT, determina que todoposte que no for de madeira de lei, dever ser tratado e levar bandagens comarame galvanizado no seu topo e no p. O tratamento feito com apenetrao de um produto a base de alcatro, para evitar o apodrecimento, oaparecimento de fungos e de cupins.
2.2.1.2 - Poste de Concreto Usado em todo tipo de redes areas. maispesado, mais frgil em seu manuseio, e mais caro que o de madeira, porm,suporta esforos mecnicos maiores que o poste de madeira. Podem ser:
Circular; Duplo T.
Os postes de concreto tipo duplo T tm maior resistncia mecnica e por istoso usados em linhas de vos maiores.
2.2.1.3 - Poste de ao mais utilizado para iluminao ornamental. Somais leves, de fcil manuseio e mais caros que os postes de concreto erequerem manuteno constante (pintura).
Observao: Preferencialmente, devero ser instalados em poste de concreto,equipamentos como: chave faca, chave fusvel, banco de capacitores, estao
transformadora, religador, seccionalizador, regulador de tenso, entradaprimria.
Altura (m) Cd. da concessionria Esforo mximo (kgf)
10,5
14 300
15 600
18 1000
12
20 300
23 600
25 1000
Tabela 1 Tipos de postes de concreto de uma concessionria de energiaeltrica
Deve-se frisar que o esforo horizontal mostrado na Tabela 9.1 suposto a 20cm do topo do poste.
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Locao dos postes
Definido o traado da rede, deve-se partir para a determinao da localizaodos postes. Para isto algumas regras bsicas devem ser seguidas tais como:
As observaes feitas no levantamento de campo, devidamentemarcadas em planta, devem ser respeitadas;
Utilizar vo bsico igual a 35 m melhorando desta maneira os nveis deiluminao pblica. Para regies rurais o vo bsico poder ser igual a70 m, prevendo-se expanses futuras onde ser locado um posteintermedirio der tal modo que o vo bsico seja reduzido a 35 m;
Nas vias pblicas onde existam curvas, evidentemente a distncia entrepostes poder ser menor, evitando-se que condutores atravessem
propriedades particulares; Prever para que a poste no se localize em frente as portas, janelas,
sacadas , marquises, garagens, rebaixamentos de guias ou postos degasolina. Para isto, devem-se observar os afastamentos mnimosimpostos pelos manuais de padronizao da concessionria local;
Os postes devem ser locados no lado onde houver menor arborizao;
Em ruas onde a grande maioria dos consumidores se localizam em umcerto lado, os postes devem ser colocados neste mesmo lado.
2.2.2 CRUZETAS Elemento onde so colocados os pinos para fixao dosisoladores. Normalmente so de madeira, medindo de 2 a 2,4 m, podendo,tambm, ser de concreto, pouco usadas, de ferro, usadas em casos especiaistais como travessias de ferrovias, rodovias, etc. ou de fibra de vidro paraatmosfera agressiva, com alto ndice de poluio. Proporcionam oespaamento entre os condutores da rede primria. Para sua fixao ao posteutiliza-se parafuso de cabea quadrada, porcas e arruelas, tambm,quadradas. Para anular o balano, usa-se mo francesa.
Figura 8 Poste de rede de distribuio equipado com cruzetas
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2.2.3 ISOLADORES Os isoladores so elementos slidos dotados depropriedades mecnicas capazes de suportar os esforos produzidos peloscondutores. Eletricamente, exercem a funo de isolar os condutores,submetidos a uma diferena de potencial em relao terra (estrutura dosuporte) ou em relao a um outro condutor de fase. De maneira geralclassificam-se em duas categorias: apoio e de suspenso.
2.2.3.1 - Isoladores de apoio So aqueles nos quais se apiam oscondutores. No caso de redes de distribuio, os condutores so fixados aosisoladores atravs de laos pr-formados, de forma a permitir um pequenodeslocamento devido ao trabalho durante o ciclo de carga.
2.2.3.2 - Isolador roldana utilizado predominantemente nas redes dedistribuio urbana e rural secundria (220 ou 380 V). Podem ser encontradostanto em porcelana vitrificada, como em vidro recozido.
Figura 9 Isolador tipo roldana para rede secundria (BT)
2.2.3.3 - Isolador de Pino utilizado geralmente em redes de distribuiourbana e rural, primrias, at tenses de distribuio de 34,5 KV. Podem serfabricados em porcelana vitrificada ou vidro temperado.
Figura 10 Isoladores para redes de distribuio
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2.2.3.4 - Isoladores de suspenso So aqueles, quando fixados estrutura, permitem o livre deslocamento em relao vertical, atravs darotao do seu dispositivo de fixao. A fabricao dos isoladores, ainda, estrestrita a utilizao de trs matrias bsicas:
Cermica (porcelana marrom vitrificada)
Vidro (temperado ou recozido)
Fibra (epxi, fibra de vidro ou resinas)
2.2.3.5 - Isolador de disco Ou isolador de suspenso, so utilizados emredes de distribuio urbana e rural primria, em estruturas de ancoragem eamarrao. Podem ser construdos tanto em porcelana vitrificada, como emvidro temperado.
Figura 11 Isolador de disco para redes primrias de distribuio (MT)
Figura 12 Isoladores diversos para redes primrias de distribuio (MT)
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2.2.3.6 - Isolador tipo castanha utilizado para separar mecanicamente ocircuito secundrio (BT) ou ainda para isolar o cabo do estai. Normalmente fabricado em porcelana vitrificada. Alm do tipo, o isolador deve ser definidopele sua classe de isolao, por suas caractersticas mecnicas, geomtricas eensaios padronizados.
Figura 13 Isolador tipo castanha para rede secundria (BT) e estai
Figura 14 Ala pre-formada utilizada na amarrao dos condutores de redesareas de distribuio
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2.4 - FERRAGENS DE ESTRUTURAS BSICAS (Rede Convencional)
Segue abaixo uma descrio de algumas ferragens utilizadas na rede area dedistribuio:
Afastador de armao secundria ferragem instalada no poste naqual fixada uma armao secundria, para aumentar a distncia destaao poste.
Armao secundria ferragem de que se fixa num poste e, na qual,so fixados condutores de uma rede de BT em condutores tipo roldana.
Cinta ferragem que se fixa em torno do poste para proporcionar umapoio rgido para uma outra ferragem ou equipamento.
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Mo francesa ferragem de linha area que se impede a rotao deuma cruzeta em torno de seu ponto de fixao num poste, segundo umplano vertical.
Pino de isolador ferragem de linha area que se fixa numasuperfcie, em geral a face superior de uma cruzeta, no qual fixado umisolador de pino.
Sela para cruzeta ferragem de linha area que se apia uma cruzeta
num poste de concreto circular.
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Suporte para transformador ferragem utilizada para apoiar umtransformador de distribuio.
2.4 - FERRAGENS DE ESTRUTURAS BSICAS (Rede Compacta)
Brao Tipo L ferragem, em formato L, presa ao poste, com a funo desustentao do cabo mensageiro da rede compacta, em condio de tangnciaou com ngulos de deflexo de at 6.
Brao Tipo C ferragem, em formato C, presa ao poste, com a finalidadede sustentao das fases em condies de ngulo e de final de linha,derivaes e conexo de equipamento rede.
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Suporte Z ferragem, em formato Z, com a funo de fixao de chave fusvele/ou de pra-raios ao brao tipo C.
Cantoneira Auxiliar para Brao Tipo C ferragem utilizada paraencabeamento das fases, na extremidade superior do brao tipo C ou parainstalao de chaves fusveis ou de pra-raios.
Estribo para Brao Tipo L ferragem complementar ao brao tipo L cuja funo
a sustentao do espaador junto ao brao.
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2.5 CondutoresO cabo de alumnio (CA) um encordoado concntrico decondutores, composto de uma ou mais camadas helicoidais (coroas) de fios dealumnio, usualmente de mesmo dimetro. As camadas helicoidais sucessivasso enroladas em sentidos opostos. A primeira camada (fio central) constituda por um nico fio, a segunda camada contar com 6 fios e a cadacamada subsequente so adicionados 6 fios, de modo que se ter no total 7,19, 37, 61 fios conforme o cabo disponha de 2, 3, 4 ou 5 camadas.
Para cabos de alumnio com alma de ao (CAA) a construo similar excetopelo fato que nas camadas iniciais utilizam-se fios de ao e nas mais externas,fios de alumnio.
Na figura 15, apresenta-se a seo reta de um cabo CA (a), com 19 fios dealumnio, e de um CAA (b), com 7 fios de ao e 30 fios de alumnio. Os cabosCAA so identificados, dentre outros elementos, pelo nmero de fios de
alumnio e de ao, assim, para o caso da figura 21 (b) teremos cabo CAA 30Al/7 Ao, ou, mais simplesmente, cabo CAA 30/7.
Figura 15 Cabos CA (a) e CAA (b)
Os cabos CAA so utilizados, mais correntemente, em linhas de transmissoque apresentam os maiores vos. Nas redes de distribuio em mdia tensourbanas, estando o vo limitado a cerca de 30 a 40 m, utilizam-se cabos CA.Para as redes rurais podem-se utilizar os dois casos em funo dascaractersticas da rea onde a rede se desenvolve. Finalmente, nas redes debaixa tenso utilizam-se cabos CA protegidos ou nus.
Figura 16 Caractersticas mecnicas de linhas areas
Sees da srie mtrica
as normas brasileiras definem que a identificaodos condutores, quanto rea da seo transversal, feita pela sua seo
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nominal em mm2. Na Tabela 1 apresenta-se a srie de sees nominaisnormalizadas.
Sees nominais normalizadas (mm )
0,5 0,75 1 1,5 2,5 4 6 10 16
25 35 50 70 95 120 150 185 240
300 400 500 630 800 1000 1200 1600 2000
Tabela 1 Sees nominais em mm2
Sees definidas pela American Wire Gage (AWG) mesmo no sendo
aceita pelas normas brasileiras merece detalhamento, pois que seu uso extremamente difundido em sistemas eltricos de potncia.
Cada seo nominal identificada por um cdigo numrico seqencial (bitola)que se estende desde o cdigo 36 (seo de menor dimetro) at o cdigo 1.
Conta ainda com os cdigos adicionais 0 (1/0), 00 (2/0), 000 (3/0) e 0000 (4/0).
Para cabos maiores do que o 4/0 AWG substitui-se a srie AWG pela rea desua seo reta em MCM. Assim, define-se o circular mil, CM, que representaa rea de um condutor circular cujo dimetro um milsimo de polegada, isto:
ou
Sendo essa unidade muito pequena, define-se, seu mltiplo, o MCM, que
corresponde a 1000 CM, isto , 1 MCM = 0,506707 mm2.
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Condutores padronizados para redes de distribuio Os condutorespadronizados para uso nas redes primrias das concessionrias, em geral, soos seguintes:
Cabo de alumnio n, sem alma de ao, nas bitolas 1/0 AWG, 3/0 AWG,e 336.4 MCM;
Cabo de alumnio n, com alma de ao, nas bitolas 1/0 AWG, 3/0 AWG,e 336.4 MCM;
Cabo de alumnio, semi isolado atravs de capa de PVC, ou XLPE nasbitolas 1/0 AWG 3/0 AWG e 336.4 MCM;
Cabo pr-reunido de alumnio, isolado em XLPE ou EPR, formaotriplex com cabo mensageiro, na bitola 240 mm;
Cabo isolado, subterrneo, de cobre, bitola 500 MCM (exclusivamentepara as sadas de ETDs).
Cabo dotado de cobertura protetora extrudada (XLPE), nas bitolas 70mm2 e 185 mm2; Cabo Mensageiro, cordoalha composta por fios de ao zincado, dimetro
9,54 mm (3/8), utilizado para sustentao da Rede Compacta;
Cabo de Alumnio Multiplexado, auto sustentado, neutro n em alumnioe fases em alumnio isolado, em XLPE 0,6/1 kV, nas bitolas 70 mm2 e120 mm2.
Normalmente dever ser utilizado o condutor n de alumnio, sem alma de ao,
sendo os demais aplicados em situaes especiais:
Cabo de alumnio n com alma de ao: o ao confere maiorcapacidade de serem suportados os esforos mecnicos que solicitam ocondutor. Neste caso tm-se maior segurana contra o rompimento decondutores tornando-os adequados para travessias de rios, rodovias,ferrovias, etc. Ou sempre que for necessrio uma tenso (mecnica)sobre os postes acima do limite indicado para o cabo sem alma de ao;
Cabo pr-reunido deve ser utilizado nos casos em que hajarestries ao uso de redes areas convencionais, tais como:
Nas regies arborizadas em que a continuidade de servio sejaessencial. O cabo pr-reunido um cabo isolado e portanto fornecemelhor proteo do que o semi isolado Entretanto, devido ao custorelativamente elevado, nesta aplicao ele deve ser usado apenas emcasos excepcionais, quando seja comprovadamente necessrio;
Nas sadas de ETD ou em outras situaes em que seja necessria apassagem de mais do que um circuito na mesma posteao;
Nos casos em que no seja possvel garantir o afastamento mnimoentre fase e massa como, por exemplo, nos locais onde no seconsegue o afastamento mnimo de sacadas ou marquises. Aformao triplex deste cabo dispensa, claro, o espaamento entre
fase e massa.
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Por ser um cabo triplexado no deve se utilizado em trechos ondeexista, ou seja previsvel, a necessidade de derivao do circuito.
Cabo dotado de cobertura protetora extrudada (XLPE), nas bitolas
70 mm2 e 185 mm2 Este padro construtivo deve ser aplicado nasseguintes ocasies: Todas as redes de distribuio de empreendimentos particulares; Regies densamente arborizadas; Regies com altos ndices de descargas atmosfricas, pois o cabo
mensageiro serve como elemento atenuante para as descargasatmosfricas;
Sada de ETDs, viabilizando, de acordo com as necessidades, umaalternativa tcnico econmica s redes isoladas multiplexadas etrechos de redes subterrneas;
Para otimizao do espao disponvel na estrutura fsica da rede area dedistribuio.
Seo
AWG/MCMmm2
Corrente (A)
Admissvel Operao
336.4 170,6 430 292
3/0 85,0 275 206
1/0 53,5 200 150
Tabela 2 Carregamentos mximos admissveis para condutores
2.6 Acessrios
2.6.1 Rede Compacta
Figura 17 - Afastador losangular
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Figura 18 - Afastador vertical
Figura 19 Flying-Tap de Rede Compacta
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2.6.2 - Conectores
Com alta condutibilidade eltrica, O conector tipo cunha fabricado em liga dealumnio, para utilizao nas conexes bimetlicas (Al/Cu) e de condutores
Al/Al (com ou sem alma de ao), slidos ou multifilares. A aplicao realizada atravs de ferramenta apropriada, com a deflagrao decartuchos de plvora, projetados de acordo com o dimensionamento doconector. Se houver necessidade, o conector poder ser removido semdanificar os condutores.
Com a utilizao de um dos dois modelos de ferramentas disponveis, paracartucho plstico ou metlico, a aplicao do CADC bastante simples, sendoa ferramenta escolhida carregada com o cartucho correspondente e fixada noconector.
Aplicao do conector tipo cunha
Com cartucho metlicoPara a opo do cartucho metlico, a ferramenta utilizada possui um gatilhodisparador, dispensando o uso do martelo.
Com cartucho plsticoNa aplicao do conector com o cartucho plstico, utilizado um martelo paraacionamento do disparador da ferramenta.
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Derivaes e Ligaes de Equipamentos
Nas derivaes, dever ser utilizado conector tipo cunha alumnio com protetorde conector, inclusive no conector com estribo para ligao de equipamentos,onde dever ser feita uma fenda no protetor de conector para instalao do
estribo.
Figura - Aplicao do protetor de conector tipo cunha derivao
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3 - EQUIPAMENTOS DE REDES AREAS
3.1 - Transformadores de Distribuio
Figura 21 Transformador de distribuio trifsico
O transformador de distribuio (ou Estao Transformadora E.T.) reduz atenso primria, ou mdia tenso, para a de distribuio secundria, ou baixatenso.
Contam com pra-raios para a proteo contra sobretenses, e elos fusveispara a proteo contra sobrecorrentes, instalados no primrio.
De seu secundrio deriva-se sem proteo alguma, a rede secundria. Nasredes areas urbanas utilizam-se, transformadores trifsicos instaladosdiretamente nos postes.
Em geral, suas potncias nominais so fixadas na srie padronizada, isto :
15 30 45 75 112,5 - 150 225 e 300 kVA.
No Brasil, a tenso de distribuio secundria est padronizada nos valores de220/127 V e 380/220 V, havendo predomnio da primeira nos estados dasregies sul e sudeste e da segunda no restante do pas.
O esquema mais usual consiste na utilizao de transformadores trifsicos,com resfriamento a leo, estando os enrolamentos do primrio ligados emtringulo e os do secundrio em estrela, com centro estrela aterrado.
Utilizam-se ainda, em alguns sistemas, transformadores monofsicos e bancosde transformadores monofsicos.
Na figura 22, ilustra-se uma montagem de estrutura de transformador trifsicoem rede convencional.
Nas redes subterrneas, a E.T., usualmente utilizando transformador trifsico,pode ser do tipo pad mounted (figura 23), quando o transformador instalado
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abrigado em estrutura em alvenaria ao nvel do solo, ou em cubculosubterrneo, vault, quando o transformador deve ser do tipo submersvel.
Figura 22 Estao Transformadora Trifsica em poste de concreto
Figura 23Transformador tipo Pad Mounted
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Componentes construtivos
Os transformadores so constitudos basicamente de uma parte ativa e deacessrios complementares.
I - Parte ativa
Compreende as bobinas (enrolamentos do primrio e do secundrio) e oncleo ferromagntico. Para que haja um funcionamento eficaz, necessrioque seus componentes sejam prensados e devidamente calados, a fim desuportarem as mais diferentes condies ambientais a que so submetidos.Os enrolamentos so constitudos de fios de cobre, de seo retangular oucircular, isolados com esmalte ou papel. Os enrolamentos de BT e AT (Figura24) normalmente so concntricos, onde a BT ocupa a parte interna e a AT aparte externa, sendo estes fracionados em bobinas de menor nmero deespiras, chamadas panquecas, por motivo de isolao, facilidade demanuteno e retirada das derivaes para conexo ao comutador.
(a) (b)
Figura 24 Enrolamentos de um transformador: (a) BT; (b) AT
Figura 25 Disposio dos enrolamentos no ncleo do trafo.
O ncleo constitudo de lminas de material ferromagntico, contendo em
sua composio o silcio, que possui excelentes caractersticas demagnetizao e baixas perdas por histerese. O empilhamento das lminas,
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isoladas entre si e do ncleo, feito para minimizar a ao das correntesparasitas provenientes da variao de fluxo ocorridos sobre o material, que condutor.
II - Acessrios complementares a) Tanque Serve de invlucro da parte ativa e do lquido isolante.
Nele encontramos os suportes para fixao em postes, ganchos olhaisde suspenso, tampa de inspeo, conector de aterramento, fios depassagem das buchas, placa de identificao, radiadores, dispositivosde drenagem do lquido isolante, visor de nvel do leo, etc.
b) Buchas So dispositivos que permitem a passagem doscondutores constituintes dos enrolamentos para o meio externo (redeseltricas). So constitudos de corpo isolante (porcelana), condutorpassante (cobre ou lato), terminal (bronze ou lato) e vedaes
(borracha e papelo). c) Radiadores O calor gerado na parte ativa se propaga pelo leo,
sendo dissipado na tampa e laterais do tanque (Figura 26). Em casosespeciais (potncia elevada e ventilao insuficiente) ostransformadores so munidos de radiadores, que aumentam a rea dedissipao, ou adaptados com ventilao forada.
d) Comutador um dispositivo mecnico que permite variar onmero de espiras dos enrolamentos de alta tenso, como mostra aFigura 27. Sua finalidade corrigir o desnvel de tenso existente nasredes de distribuio, devido queda de tenso ocorrida ao longo dasmesmas.
Figura 26 Radiador Figura 27 - Comutador
e) Placa de identificao Construda em alumnio ou ao inoxidvel,onde constam todas as informaes construtivas resumidas enormatizadas do aparelho, conforme exemplo da Figura 28.
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Entre as informaes fornecidas pela placa encontram-se:
nome e dados do fabricante; numerao da placa; indicao das NBRs; potncia (kVA); impedncia equivalente (%); tenses nominais (AT e BT); tipo de leo isolante; diagramas de ligaes; diagrama fasorial; massa total (kg); volume total do lquido (l).
Figura 28 Exemplo de placa de identificao de transformador.
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3.2 - Banco de Capacitores
Figura 29 Banco de Capacitores de rede de distribuio
Introduo
Fluxo de reativos indesejvel na rede pode ser detectado pelo fator depotncia. Um circuito pode, ento, apresentar problemas por queda de tenso,por fator de potncia baixo, ou ambos.
As solues em tais casos so buscadas na seguinte ordem:
a) Circuito com fator de potncia baixo:
aplicao de banco capacitores.
b) Circuitos com fator de potncia baixo e queda de tenso fora dos limitesaceitveis:
aplicao de banco de capacitores;
aplicao de reguladores de tenso, caso ainda necessrio.
c) Circuitos com fator de potncia acima do limite mnimo aceitvel e queda detenso fora dos limites aceitveis:
aplicao de regulador de tenso;
diviso de circuito.
Tipos de Bancos de Capacitores
De acordo com a forma de ligao e operao, os bancos podem serclassificados como:
Diretos ou fixos so ligados diretamente no circuito primrio atravsde equipamento de proteo e manobra (chave fusvel). So tambmchamados de fixos porque funcionam permanentemente na rede.
Automticos so acionados atravs de equipamento automticoacoplado chave a leo. O acionamento pode ser feito em horrio pr-estabelecido (rel de tempo) ou numa determinada referncia de tenso(rel conjugado).
Esses bancos encontram-se instalados em circuitos primrios 13,8 kV.
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Exemplo de Aplicao: processo de determinao das potncias dos bancosde capacitores a serem instalados e da sua localizao preliminar no circuitoprimrio, cujos perfis de carga so mostrados para as condies de cargamnima (Figura 30 Perfil a) e carga mxima (Figura 31Perfil a).
Figura 30 Compensao reativa na condio de mnima carga (perfil a)
Figura 31 Compensao reativa na condio de mxima carga (perfil a)
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Inicialmente so locados os bancos do tipo direto, procurando-se compensartodo perfil de carga relativa na condio mnima carga (Figura 30).
O total a ser compensado 2.500 kVAr.
O perfil a mostra que existe carga reativa concentrada de 700 kVAr no final docircuito. Instala-se ento um banco direto de 600 kVAr no ponto A, obtendo-seo perfil compensado b.
A seguir, como h um trecho do circuito com carga distribuda de maneiraaproximada uniforme, pode-se instalar um banco direto de 1.200 kVAr no pontoB conforme mostrado na Figura 30, obtendo-se o perfil c.Finalmente, instala-se outro banco direto de 600 kVAr no ponto C, resultando operfil d.Conforme pode ser observado no perfil d, o efeito final resistivo foi conseguido.O passo seguinte a instalao dos bancos automticos a partir do perfil de
carga reativa na condio de mxima carga. (Figura 31).O perfil a refere-se carga reativa sem os bancos diretos. Com a instalaodos bancos diretos obteve-se o perfil b. O critrio atual da empresa buscar ofator de potncia unitrio tambm para a carga mxima. Por isso, nesteexemplo, o total a ser compensado por meio de bancos automticos 2460kVAr.A instalao de dois bancos automticos de 1200 kVAr nos pontos D e Epermite a obteno do perfil c, com efeito final resistivo.
Os bancos de capacitores trazem os seguintes benefcios para a rede.
Diminuio das perdas no alimentador
Melhoria no fator de potncia
Aumento da disponibilidade de carga do sistema
Elevao do nvel de tenso
Os bancos automticos provocam um benefcio adicional que a regulao detenso. Os automticos com comando de tempo s podem ser usados emcircuitos com ciclo de carga bem definido. E os automticos com comando detempo x tenso (rel conjugado) permitem faixas de regularizao diferentesnos perodos de carga leve e pesada.
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3.3 Pra-raios
Figura 30 Pra-raios polimrico de rede de distribuio
Introduo
As linhas de transmisso e redes areas de distribuio urbanas e rurais soextremamente vulnerveis s descargas atmosfricas que, em determinadascondies podem provocar sobretenses elevadas no sistema (sobretensesde origem externa), ocasionando a queima de equipamentos, tanto da
concessionria, quanto do consumidor de energia eltrica.
Para que se protejam os sistemas eltricos dos surtos de tenso, que tambmpodem ter origem durante manobras de chaves seccionadoras e disjuntores(sobretenso de origem interna) so instalados os pra-raios que devemreduzir essa sobretenso para valores compatveis com a suportabilidadedesses sistemas.
Partes componentes dos pra-raios
Os pra-raios utilizam as propriedades de no-linearidade dos elementos deque so fabricados para conduzir as correntes de descarga associadas s
tenses induzidas nas redes e em seguida interromper as correntessubseqentes, isto , aquelas que se sucedem s correntes de descarga apsa sua conduo terra.
Atualmente temos 2 tipos de elementos de caractersticas no-lineares queso: carboneto de silcio (SiC) e xido de zinco.
Pra-raios de carboneto de silcio (SiC)
Utilizam como resistor no-linear o carboneto de silcio (conduz alta corrente dedescarga com baixa tenso residual, mas oferece impedncia correntesubseqente do sistema) e tem em srie com este um centelhador formado porvrios gaps (espaos vazios).
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Partes
A) Resistor no-linear conseguida dos fabricantes de pea deesmerilhamento (carborundo), centelhadores de liga de cobre, nitrognio
sobre presso (estanqueidade);B) Corpo de porcelana porcelana vitrificada de alta resistncia
mecnica e dieltrica, quando submetido a uma descarga aumenta-se asua temperatura;
C) Centelhador srie um ou mais espaadores entre eletrodos em sriecom o resistor com a finalidade de assegurar uma rpida extino decorrente subseqente fornecida pelo sistema;
D) Desligador automtico elemento resistivo em srie com umacpsula explosiva protegida por um corpo de baquelite. projetado para
no operar na descarga e sim desligar o pra-raio defeituoso atravs desua auto-exploso (indicador visual de defeito);
E) Protetor contra sobre-presso destinado a aliviar presso internadevido a falhas ocasionais e permite o escape dos gases antes que hajao rompimento da porcelana e cause acidentes.
Figura 31 - detalhes construtivos dos pra-raios
F) Mola de compresso fio de ao de alta resistncia mecnica, tem afuno de reduzir a resistncia de contato entre os blocos cermicos.
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Pra-raios de xido de zinco (ZnO)
Figura 32 Detalhes de montagem de pra-raios
Ao contrrio do Carboneto de silcio, no possuem centelhadores srie.
PartesA) Resistor no-linear xido de zinco possui excelentes caractersiticas
de no-linearidade e no necessita de centelhadores;
Vantagens
No existe corrente subseqente; Maior capacidade de absoro de energia;
Por no possuir centelhadores, a curva de atuao dos pra-raios xido de zinco no apresentam transitrios;
B) Corpo de porcelana porcelana vitrificada de alta resistnciamecnica e dieltrica, quando submetido a uma descarga aumenta-se asua temperatura;
C) Corpo polimrico borracha de silicone (no possuem vaziosinteriores como os de porcelana) sendo que o risco de liberao defragmentos no caso de uma exploso muito menor;
D) Desligador automtico alguns no possuem desligador(identificao olho nu praticamente impossvel), para evitar essetranstorno os mais modernos so dotados de indicador de falta;
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Figura 33 Pra-raios de corpo polimrico
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3.4 - Reguladores de Tenso
Figura 32 Reguladores de Tenso de rede de distribuio
O regulador de tenso um equipamento destinado a manter um determinadonvel de tenso em um sistema eltrico, quando submetido a uma variao detenso fora dos limites especificados. um autotransformador dotado de certonmero de derivaes no enrolamento srie.
As faixas de tenso adequadas, precrias e crticas no ponto de entrega devematender Resoluo 505 da ANEEL, conforme Tabela abaixo. Para aexecuo do projeto, deve ser observada a faixa adequada.
Tabela 3 Faixa de tenses admissveis para consumidores atendidos em M.T.
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Tabela 4 Faixa de tenses admissveis para consumidores atendidos em B.T.
Tabela 5 Faixa de tenses admissveis para consumidores atendidos em B.T.
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No mercado h dois tipos de equipamentos destinados correo de tensonas redes de distribuio, ou seja:
Regulador de tenso autobooster;
Regulador de tenso de 32 degraus.
Figura 33 Detalhe do Regulador de Tenso
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4 - DISPOSITIVOS DE PROTEO E MANOBRA
4.1 - Religadores automticos
Figura 34 Religador Automtico (Cooper)
Dispositivo autocontrolado automtico que interrompe e religa um circuito decorrente alternada com uma sequncia pr-determinada de abertura efechamento seguido por uma reinicializao, permanecendo fechado oubloqueado de acordo com as suas instrues operativas.
Na ocorrncia de faltas os religadores so sensibilizados por sobrecorrentesiniciando o ciclo de operao. Caso a sobrecorrente persista a sequncia deabertura e fechamento dos contatos repetida at trs vezes consecutivas e,aps a quarta abertura, os contatos ficam abertos e bloqueados, isolando aparte defeituosa do sistema. Caso o defeito desaparea aps o primeiro,segundo ou terceiro intervalo de religamento, e decorrido o tempo de
reinicializao, o mecanismo rearma-se automaticamente tornando o religadorapto a realizar novamente a sequncia completa de operaes ajustadas noreligador.
4.2 - Chave fusvel indicadora unipolar
Introduo
Chave fusvel um equipamento destinado proteo de sobrecorrentes docircuito primrio, utilizada em redes areas de distribuio urbana e rural e empequenas subestaes de consumidor e concessionrias. dotada de umelemento fusvel que responde pelas caractersticas bsicas de sua operao.So tambm denominadas corta-circuitos e so fabricadas em diversosmodelos para diferentes nveis de tenso e corrente.
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Figura 35 - Chave fusvel de isolador de corpo nico
A figura abaixo mostra um tipo de chave fusvel de construo especial.
Denominada chave fusvel religadora, destinada proteo de redesareas de distribuio contra curtos-circuitos transitrios.
Principalmente indicadas para aplicao nas derivaes importantes do tronco.
A troca de um simples elo fusvel em locais de difcil acesso, devido s grandesdistncias ou estradas intransitveis ou ainda de equipes de manuteno nodisponveis no momento necessrio, faz elevar o tempo de interrupo econseqentemente o custo da mesma. A chave reduz o tempo de retorno dofornecimento de energia eltrica. composta de trs chaves fusveis tipo C naqual a corrente do sistema flui apenas pela primeira chave do conjunto. No
caso de um curto-circuito, o fusvel da primeira chave funde-se, ocasionando aqueda do porta fusvel que aciona o mecanismo de transferncia da correntepara a chave central. Permanecendo o defeito, o processo se repete,transferindo o fluxo da corrente para a terceira chave..
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Figura 36 - Chave fusvel religadora de abertura monopolar
As chaves fusveis unipolares so normalmente operadas atravs de varas demanobra. As partes internas da vara de manobra so preenchidas compoliuretano expandido, para aumentar a estabilidade e impedir o acmulo deumidade. So constitudas de sees com encaixe preciso e travamentoatravs pinos elsticos, com cabeote mvel.
Figura 37 - Vara de manobra de fibra de vidro
Gancho da ferramenta de abertura em carga (load buster)
As chaves fusveis no devem ser operadas em carga, devido inexistncia de
um sistema de extino de arco. No entanto, com a utilizao da ferramenta deabertura em carga (load buster) pode-se operar a chave fusvel.
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Figura 38 Ferramenta de abertura em carga na posio fechada
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Figura 39 - Ferramenta de abertura em carga na posio de operao
Figura 40 - Expulso dos gases do interior do cartucho
Figura 41 Porta fusvel
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Figura 42 - Chave fusvel de base tipo C
4.3 - Elo fusvel
um elemento metlico no qual inserida uma parte sensvel correnteseltricas elevadas, fundindo-se e rompendo-se num intervalo de tempoinversamente proporcional grandeza da referida corrente. O elo fusvel utilizado no interior do cartucho ou porta fusvel, preso nas suas prpriasextremidades.
Elo fusvel de boto so aqueles que possuem na extremidade superior umboto metlico que deve ser preso na parte superior do porta fusvel, mostrado
na figura a seguir, para elos de corrente entre 1 a 50 A.
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Figura 43 Tipos de elos fusveis: boto e argola
Elemento fusvel constitudo de uma liga de estanho e representa a partefundamental do elo fusvel.
Tubinho constitudo de material isolante e se destina proteo doelemento fusvel.
Rabicho constitudo de um condutor estanhado composto de vrios fiosde pequeno dimetro, devendo ser altamente flexvel para no interferir nofuncionamento da chave fusvel.
Caractersticas eltricas
Os elos fusveis so caracterizados pelas curvas de atuao tempo x correnteque permitem classific-los em vrios tipos:
Elo fusvel do tipo H utilizado na proteo primria do transformador dedistribuio e fabricados para correntes de at 5 A. So considerados elosfusveis de alto surto, isto , apresentam um tempo de atuao lento paraaltas correntes.
Elo fusvel do tipo K
largamente utilizado na proteo de redes areas de distribuio urbanas erurais. Estes elos so considerados fusveis de atuao rpida e tm famliade curva x corrente apresentada na figura.
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Figura 44 Curva tempo x corrente dos elos fusveis tipo H
Para que se escolha adequadamente o elo fusvel destinado proteo de umdeterminado transformador, basta consultar a Tabela 1.
Elo fusvel do tipo H utilizado na proteo primria do transformador dedistribuio e fabricados para correntes de at 5 A. So considerados elosfusveis de atuao lenta e sua principal finalidade proteger ramais primriosde distribuio.Para que possa utilizar com boa tcnica os elos fusveis nas redes dedistribuio areas, deve-se proceder a coordenao de vrios elementosinstalados ao longo do alimentador.
Figura 45 Posies dos elos fusveis protegidos e protetores
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Potncia do transformador (kVA) 13,8 kV
15 1 H
30 2 H
45 3 H
75 5 H
112,5 6 K
150 8 K
225 10 K
300 15 K
Tabela 3 Escolha dos elos fusveis K e H
Elo Fusvel Protegido (tipo K)
EloFusvelprotetor(tipo
K)
12 15 20 25 30 40 50 65 80 100 140 2006 350 510 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 92008 210 440 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
10 300 540 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 920012 320 710 1050 1340 1700 2200 2800 3900 5800 920015 430 870 1340 1700 2200 2800 3900 5800 920020 500 1100 1700 2200 2800 3900 5800 920025 660 1350 2200 2800 3900 5800 920030 850 1700 2800 3900 5800 920040 1100 2200 3900 5800 920050 1450 3500 5800 920065 2400 5800 920080 4500 9200
100 2000 9100140 4000Tabela 4 Coordenao entre elos fusveis K
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5 - PROJETOS DE REDES DE DISTRIBUIO AREA URBANAS
5.1 - Roteiro para elaborao de projetos
5.1.1 Obteno dos dados preliminares Consiste na obteno dosdados necessrios elaborao do projeto, tais como:
a) Objetivo do projeto a ser elaborado Consiste em determinar o tipode projeto a ser elaborado e sua finalidade (expanso, reforma oureforo).
b) Obteno da planta da rea, com arruamento, etc. devem serobtidas as caractersticas do circuito, arruamento, edificaes, alm dereas ambientais da rea a ser atendida.
No caso de atendimento a novas reas, por exemplo, um novoloteamento, deve ser obtida uma planta georeferenciada, em escalaadequada (normalmente 1:1000), junto ao responsvel peloempreendimento.
c) Estudo bsico da rea Para novas reas devem ser feito umestudo bsico considerando as condies do local, o grau e tipo deurbanizao, tipo de arborizao, dimenses dos lotes e caractersticasda rea a ser atendida.
d) Planos e projetos previamente existentes para a rea Devem serlevantados provveis projetos anteriormente elaborados para a reaabrangida, ainda no construdos ou em construo, e que possam serconsiderados no projeto em elaborao.
5.1.2 Levantamento da carga e determinao de demandas Consisteno levantamento da carga a ser atendida e na determinao da demanda total.
5.1.3 - Locao dos postes Consiste na locao fsica dos postes,observando-se os requisitos de espaamento, de segurana, de iluminaopblica desejvel, etc.
5.1.4 - Dimensionamento eltrico Refere-se definio da configurao do
circuito, carregamento e seo transversal dos condutores da rede primria esecundria, localizao e dimensionamento de transformadores e proteocontra sobretenso.
5.1.5 - Dimensionamento mecnico Refere-se ao dimensionamento depostes e tipos de estruturas.
5.1.6 - Relao de material e oramento Relao dos materiaisnecessrios construo da rede e elaborao do oramento correspondente.
5.1.7 - Apresentao do projeto Consiste do conjunto de desenhos,
clculos, formulrios, etc., que compem o projeto.
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5.2 - TIPOS DE PROJETOS
Os projetos de Redes de Distribuio Areas Urbanas devem ser dosseguintes tipos:
1) CONEXO (atendimento ao mercado)
So projetos para atendimento a novos consumidores:
Extenso de redes: envolve o prolongamento da rede existente;
Modificao: no envolve extenso, mas exige mudanas na rede.
2) REFORMA (melhoria)
So considerados projetos de reforma os que envolvem obras relacionadas a:
Aspectos de segurana (ex: afastamento de redes);
Melhoria dos indicadores de desempenho DEC/FEC:
Flexibilidade operativa (ex: interligao de alimentadores e by-passde localidades);
Reduo de interrupes (ex: substituio de rede nua paraprotegida em local com algum tipo de interferncia na rede como,
por exemplo, arborizao); Balanceamento de fases;
Melhoria do nvel de tenso;
Adequao do nvel de carregamento dos transformadores.
3) AMPLIAO
So considerados de ampliao os projetos ligados a obras de:
Alteraes vinculadas alta tenso ou subestaes (ex.:novassubestaes e/ouaumento do nmero de alimentadores);
4) MANUTENO
Recuperao fsica da rede (ex: substituio de cabo recozido);
Poda de rvores;
Substituio de materiais com defeito (ex: isolador quebrado, cruzeta
podre, equipamento com ponto quente, etc); Substituio de condutores (ex: subst. de cabo de cobre x alumnio);
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5.3 - TIPOS DE REDES E CRITRIOS DE APLICAO
1) Tipos de redes
So os seguintes os tipos de redes em uso nas concessionrias:1.1) Redes primrias:
Redes de Distribuio Protegidas (compactas);
A concepo da Rede Compacta uma soluo tecnolgica que possibilitamelhorar o nvel de qualidade da energia distribuda, aumentando aconfiabilidade do sistema;
A sustentao da rede compacta atravs do cabo mensageiro, fixado aospostes por meio de braos metlicos e espaadores losangulares
polimricos instalados em intervalos ao longo do vo;Os espaadores, por sua vez, exercem a funo de compactao e separaoeltrica dos cabos cobertos, que ficam dispostos em formato triangular.
Desta forma todo o esforo mecnico aplicado sobre as estruturas provm docabo mensageiro, considerando que devido pequena distncia entre osespaadores, os cabos cobertos requerem traes de montagem reduzidas secomparadas s do cabo mensageiro.
Podero ser instalados dois ou mais circuitos em rede protegida compactanuma mesma posteao, de acordo com as necessidades de espao fsico decada local;
Outros exemplos de locais para instalao da rede de distribuio areaprotegida compacta so:
Todas as redes de distribuio de empreendimentos particulares;
Regies densamente arborizadas;
Regies com altos ndices de descargas atmosfricas, pois o cabomensageiro serve como elemento atenuante para as descargasatmosfricas;
Sada de ETDs, viabilizando, de acordo com as necessidades, uma
alternativa tcnico econmica s redes isoladas multiplexadas, trechos
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de redes subterrneas e otimizao do espao disponvel na estruturafsica da rede.
5.4 - ESTRUTURAS
CE1 instalao emvos retos
CE1Ainstalao a cada 250 m (aprox. 7 vos) e emvos com 6.
CE2 instalao em vos com 30.
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CE3 finais de linha.
CE4 instalao para reduo de tenso mecnica ou mudana de bitola com 60.
Redes de Distribuio Multiplexada de Mdia Tenso (pr-reunido);
As redes de distribuio area com cabos multiplexados devem ser instaladascomo alternativa econmica utilizao de cabos subterrneos nos seguintescasos:
Sadas de subestaes, a fim de evitar congestionamento deestruturas com circuitos areos convencionais;
Travessias sob viadutos e linhas de transmisso;
Travessias sobre rios, atravs de pontes, como alternativa
tcnica em relao ao circuito areo convencional emestruturas especiais.
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permitida a colocao de no mximo 4 circuitos multiplexados em cadaposte, obedecendo a distncia de 30 cm entre circuitos.
ESTRUTURAS PARA CABOS PR-REUNIDOSPMS (suporte simples)
PMSD (suporte duplo) 10o
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PMA 45o
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Redes de Distribuio Areas Convencionais.
Redes secundrias:
Redes Convencionais de Baixa Tenso Rede secundria comcabos de alumnio nus em disposio vertical, equipamentos, iluminaopblica (IP), ramal de ligao e medio.
Redes Isoladas de Baixa Tenso Rede secundria com cabosisolados multiplexados, equipamentos, iluminao pblica (IP), ramal deligao e medio.
Locao de postes A locao dos postes ao longo das ruas e avenidasdeve ser iniciada pelos pontos forados (por ex: futuras derivaes, esquinas,etc.), levando-se em conta os seguintes aspectos:
a) Evitar desmate de rvores e demais formas de vegetao, em reas depreservao;
b) Procurar locar, sempre que possvel, na divisa dos lotes;
c) Quando o eixo da rua estiver no sentido Norte-Sul, locar a rede no ladoOeste;
d) Quando o eixo da rua estiver no sentido Leste-Oeste, locar a rede no ladoNorte;
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Figura 46 - Posicionamento da Rede em reas Novas
e) Cruzamentos areos existindo desnvel acentuado no terreno emcruzamento de ruas/avenidas, os postes devem ser locados,preferencialmente, nas esquinas. No sendo possvel, a distncia mximaentre o eixo do poste e o ponto de cruzamento da rede no deve sersuperior a 15 m. Deve ser avaliado, pelo projetista, o nivelamento doponto de conexo. O ponto de cruzamento deve estar eqidistante emrelao aos postes. Ver Figura 46.
Cruzamento de redes areas convencionais de mdia tenso os
postes de um mesmo alinhamento devem ter a mesma altura. Noentanto, a distncia entre as redes no ponto de cruzamento deve estarentre 0,80m e 1,2m, para 15 kV. Postes de alinhamentos diferentesdevem ter alturas diferentes. Ver Figura 47.
Figura 47 Cruzamento Areo Rede Convencional
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Cruzamento de redes de distribuio protegidas Os postes docruzamento devem ter a mesma altura. Excepcionalmente, as alturasdos postes de um mesmo alinhamento podem ser diferentes, desde queseja assegurado o nivelamento no ponto de conexo.
Exemplos:
H1 e H4 = 10 m e H2 e H3 = 12 m.
Figura 48 Cruzamento Areo Rede Protegida
2) Disposio A posteao pode ser unilateral, bilateral alternada oubilateral frente a frente.
A disposio escolhida deve permitir atender os consumidores dentro dasexigncias previstas nas normas das concessionrias, e os requisitos deiluminao pblica.
3) Vo O vo mdio deve ser de 35 m para redes convencionais eprotegidas. Para redes primrias isoladas o vo mximo deve ser de 40 m;
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6 - DIMENSIONAMENTO ELTRICO DOS CONDUTORES DE B. T.
6.1 - Introduo
Este clculo permite dimensionar as bitolas (sees) dos condutores da redesecundria dos diversos circuitos da rede de distribuio area, levando-seem considerao as demandas diurnas e noturnas dos consumidoresendereados em cada poste, bem como a potncia nominal dotransformador de cada circuito.
As demandas dos consumidores residenciais sero tomadas em funo dafaixa de consumo mensal de cada tipo de consumidor (ver tabelas 1 e 2).
Tipos de consumidores
(em funo do consumo)Faixa de consumo mensal em kWh
Baixo (P) De 0 a 75
Mdio (M) De 76 a 150
Alto (G) De 151 a 300
Altssimo (GA) Acima de 300
Tabela 1 Demanda de consumidores
Para esta tabela considerar 100% para a demanda residencial noturna e 50%para a demanda residencial diurna.
Nmero deconsumidoresresidenciaisno circuito
Demanda noturna de consumidores residenciais por faixa deconsumo
P M G GA
01 a 05 0,35 0,70 1,38 4,62
06 a 10 0,33 0,62 1,28 4,04
11 a 15 0,31 0,54 1,17 3,47
16 a 20 0,29 0,49 1,07 2,90
21 a 25 0,28 0,45 0,97 2,50
26 a 30 0,27 0,42 0,87 2,13
31 a 40 0,26 0,39 0,78 1,75
Acima de 40 0,25 0,36 0,71 1,39
Tabela 2 Demanda de consumidores residenciais.
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Para a demanda noturna acrescentar a demanda da iluminao pblica contidana tabela 3.
Tipo de lmpada Demanda (kVA)
VM 80 (vapor de mercrio 80 W) 0,10
VM 125 (vapor de mercrio 125 W) 0,15
VM 250 (vapor de mercrio 250 W) 0,29
VM 400 (vapor de mercrio 400 W) 0,46
VSO 70 (vapor de sdio ovide 70 W) 0,10
VSO 150 (vapor de sdio ovide 150 W) 0,19
VSO 250 (vapor de sdio ovide 250 W) 0,31
VSA 400 (vapor de sdio tubular 400 W) 0,48
Tabela 3 Demanda de iluminao pblica.
Rede
(mm2)
Sistema 220/127 V
FP = 0,92 FP = 1,00
3P12 (70) 0,0635 0,067
3P70 (70) 0,1156 0,1174
3P50 (50) 0,1503 0,1537
2 (CA) 0,2051 -
3A10(10) 0,1412 0,1249
3A30(10) 0,0918 0,0720
3A33(30) 0,0582 0,0361
2/0 (CA) 0,1183 -
4/0 (CA) 0,0851 -
Tabela 4 Coeficiente de queda de tenso (% / kVA x hm) condutores dealumnio isolados multiplexados e ns.
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Cabo XLPECoeficiente de queda de tenso
(%/kVA x hm)
3 x 10 mm2 0,313
3 x 16 mm2 0,200
3 x 25 mm2 0,130
3 x 35 mm2 0,096
2 x 10 mm2 0,323
2 x 16 mm2 0,210
2 x 25 mm2 0,139
2 x 35 mm2 0,105
Tabela 5 Coeficiente de queda de tenso (% / kVA x hm) condutores de cobreisolados multiplexados.
Clculos:
1) Num circuito secundrio, determinar o valor da sua demanda noturna,diurna e total de acordo com os valores abaixo fornecidos:
14 consumidores tipo M;
9 consumidores tipo P;
8 consumidores tipo G;
2 consumidores tipo GA;19 luminrias de vapor de mercrio de 125 W.
Consumidor tipo M: Demanda diurna = 14 x 0,27 = 3,78 kW
Demanda noturna = 14 x 0,54 = 7,56 kW
Consumidor tipo P: Demanda diurna = 9 x 0,165 = 1,485 kW
Demanda noturna = 9 x 0,33 = 2,97 kW
Consumidor tipo G: Demanda diurna = 8 x 0,64 = 5,12 kW
Demanda noturna = 8 x 1,28 = 10,24 kW
Consumidor tipo GA: Demanda diurna = 2 x 2,31 = 4,62 kWDemanda noturna = 2 x 4,62 = 9,24 kW
Iluminao Pblica: 19 lum. de 125 W: Demanda noturna = 19 x 0,15 = 2,85 kW
Demanda diurna total = 15,005 kVA
Demanda noturna total = 32,86 kVA
Demanda total do circuito = 32,86 kVA (considera-se a maior demanda)
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6.2 - Nveis de tenso
A tenso nominal da rede secundria alimentada por transformadores trifsicos
de 220/127V. A rede alimentada por transformadores monofsicos temtenso secundria de 240/120V.
Admite-se 5% como a mxima queda de tenso na rede secundria (entre abucha de BT do transformador e a ltima estrutura da rede de BT), emcondies normais de operao.
Este valor mximo fixado para verificao da possibilidade de ligao denovos consumidores sem necessidade de modificao de rede, dentro dohorizonte de planejamento considerado (cinco anos).
As faixas de tenso adequadas, precrias e crticas no ponto de entrega devem
atender Resoluo 505 da ANEEL, conforme Tabela abaixo.Para a execuo do projeto, deve ser observada afaixa adequada.
Classificao da Tenso de Atendimento (TA)Faixa de variao da Tenso de Leitura (TL)
em relao Tenso Contratada (TC)Adequada 0,93 TC TL 1,05 TC
Precria 0,90 TC TL 0,93 TCCrtica TL < 0,90 TC ou TL > 1,05 TC
Tabela 3 Pontos de entrega ou conexo em 1 kV < VN< 69 kV
Tabela 4 Faixa de tenses admissveis para consumidores atendidos em B.T.
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6.3 - CLCULO DE QUEDA DE TENSO
Para calcular a queda de tenso, adota-se a seguinte sequncia:
a) Definir o posicionamento dos postes na planta em funo da largura darua ou avenida;
b) Desenhar os postes na planta observando a distncia dos cruzamentosareos e dos vos dos postes;
c) Enderear as cargas dos consumidores nos postes (ver item 12),observando o limite mximo de ramais de ligao por poste, e adistncia mxima permitida do ramal de ligao do consumidor;
d) Somar as cargas endereadas em cada poste, noturna e diurnaseparadamente (ver item 6), no esquecendo de somar a demandanoturna da luminria de cada poste. Depois, somar as cargas noturnas ediurnas de vrios postes determinando, pela maior demanda, a potnciado transformador que atender este circuito;
e) Posicionar o transformador, sempre que possvel, no centro das cargasdo circuito. Desenhar os cabos de BT e determinar as suas bitolas emfuno da potncia do transformador;
f) Antes de fazer o clculo de queda de tenso do circuito para confirmarou no as bitolas estimadas no item anterior, faz-se necessriodesenhar o esquema unifilar do circuito, representando cada poste pormeio de um ponto e colocando em cada um as demandas noturnas (N) ediurnas (D) endereadas neste poste. Depois, colocar letras nos pontosprincipais do circuito: transformador (incio do clculo), cruzamentosareos, mudana de bitolas e finais de circuitos. Deve-se representar adistncia dos vos, e os postes dos cruzamentos areos devero estarmais prximos entre si no esquema unifilar.
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Para concluir, faz-se o clculo de queda de tenso baseado no diagramaunifilar do circuito:
Figura Planilha de clculo de queda de tenso.
Legenda explicativa da planilha de clculo de queda de tenso.
tem 1 Designao: corresponde ao incio e ao fim do trecho do qual sercalculada a queda de tenso.
exemplo T-A
tem 2 hm: corresponde ao comprimento do trecho designado, emhectmetro (m/100).
exemplo 0,35 hm
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tem 3 Distribuida (D): corresponde carga existente entre os extremos dotrecho designado.
exemplo 0 kVA
tem 4 Concentrada (C): corresponde carga existente fora do trechodesignado, incluindo o ponto.
exemplo 25 kVA
tem 5 Total: corresponde ao valor total da carga no trecho designado. determinado pela frmula: (D/2) + C.
exemplo (0/2) + 25 = 25 kVA
tem 6 Condutores: corresponde bitola dos condutores que faro aalimentao do trecho designado.
exemplo 3 x 20 (20)tem 7 kVA x hm: corresponde multiplicao do valor da carga total(definido no item 5) com o valor do hm (definido no item 2).
exemplo 25 x 0,35 = 8,75 kVA x hm
tem 8 Queda unitria: coeficiente determinado em funo da bitola do caboe do fator de potncia do circuito. Os coeficientes de queda de tenso unitriaencontram-se nas tabelas de coeficiente de queda de tenso no incio destecaptulo.
exemplo 0,1183 (coeficiente unitrio para bitola 2/0 do trecho T-A)
tem 9 Queda parcial: corresponde multiplicao do valor do kVA x hm(definido no item 7) com o valor da queda de tenso unitria (item 8).
Ex. 8,75 x 0,1183 = 1,035% ( o valor da queda parcial no ponto A)
tem 10 Total: corresponde soma das quedas de tenso nos trechosdesignados. No exemplo, a queda de tenso total igual parcial (1,035%para o trecho T-A), pois este foi o primeiro trecho calculado, sendo necessriocontinuar o clculo para determinar as quedas de tenso nos outros trechos (A-C, A-B e A-D), e determinar as quedas de tenso do transformador at os finsde circuito. Se fosse o trecho A-B, o valor da queda de tenso parcial no ponto
B somaria com a queda de tenso total no ponto A para se ter a queda a quedade tenso total do ponto B. Agora, se a queda de tenso total no final docircuito for maior que 5% ou de um valor predefinido, troca-se a bitola do trechopara uma imediatamente superior, refazendo novamente o clculo. Porexemplo, se no ponto H ocorre uma queda de tenso total maior que 5%, troca-se a rede secundria de 3x 20(20), para 3 x 40(40) e refaz-se os clculos dostrechos E-H e E-G para verificar se ficaram menores ou iguais a 5%. H casosem que necessria a troca da posio do transformador para um poste maisprximo do ponto onde ocorreu a queda de tenso.
tem 11 Carga diurna: corresponde soma de todas as demandas diurnas
dos consumidores (ver item 16). 32,5 kVA
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Item 12 Iluminao Pblica: corresponde soma de todas as demandasdas lmpadas de cada poste (ver tabela 3 no item demandas dos circuitos debaixa tenso).
Exemplo 0,10 x 8 = 0,8 kVA.Item 13 Carga Noturna: corresponde soma de todas as demandasnoturnas dos consumidores (ver item 16).
Exemplo 40 kVA.
Item 14 Aproveitamento diurno: quanto do transformador est sendosolicitado no perodo diurno.
Exemplo 72,2 %.
Item 15 Aproveitamento noturno: quanto do transformador est sendo
solicitado no perodo noturno (somatrio das cargas noturnas com a iluminaopblica).
Exemplo 90,66 %.
Item 16 Desenho do esquema unifilar do circuito.
Legenda:
(D) = Demanda diurna em kVA;
(N) = Demanda noturna em kVA.
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Calcule a queda de tenso do circuito secundrio representado abaixo em queo local foi considerado como demandas residenciais os valores:
G = 1,38 kVA;
M = 0,62 kVA (ver tabela 2);
Demandas das lmpadas:
VMC-125W = 0,15 kVA (ver tabela 3).
A queda de tenso mxima considerada de 5%.
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No esquema unifilar deve-se representar os postes nmeros (9 e 2) e (12 e 5)o mais prximos entre si, pois representam dois postes que esto a 5 metrosda esquina. Exemplo: (9 e 2)
Representao do circuito secundrio de um transformador com a indicaodas demandas dos consumidores.
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Alerta:
Para melhor identificao do circuito secundrio da pgina com o esquemaunifilar desta planilha, a letra B mostra o poste no7, e a letra F o poste no 13.
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Quando colocamos o asterisco ao final de uma queda de tenso totalqueremos dizer que se trata de um final de rede secundria, em que mostrado se ela ficou ou no abaixo de 5% (mximo admitido).
Faa o clculo de queda de tenso do circuito abaixo, determinando antes apotncia do transformador e as bitolas da rede secundria.
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Alerta:
Se em algum ponto a queda de tenso for maior que 5% (queda mximautilizada nos exerccios do livro), troca-se a bitola por uma imediatamente
superior, tendo como limite a bitola do tronco do transformador.Primeiramente some as demandas e determine a potncia nominal dotransformador. Depois, indique as bitolas do tronco e dos ramais secundrios(ver tabela da pgina 54). Como no foi definido se carga noturna ou diurna,utilizar todas as linhas disponveis na planilha.
6.4 - CLCULOS DE ESFOROS MECNICOS NOS POSTES
Para dimensionamento correto de um poste necessrio conhecer a sua
resistncia nominal, sua altura e determinar os esforos externos que atuamnele, como o esforo de flexo que devido ao tracionamento dos cabos. Esteesforo atua nos suportes (isoladores) e nas amarraes fixadas no poste,podendo inclin-lo ou flamb-lo.
Um poste mal-dimensionado poder sofrer inclinao (fora do prumo) porultrapassar o limite de resistncia do engastamento, mas se o engastamentosuportar esse esforo, o poste poder flambar (entortar) por ter excedido o seulimite de resistncia nominal.
Quando o poste possui flexo e inclinao (poste flambado e fora do prumo)tem ambos os limites excedidos, ou seja, o do poste e do seu engastamento.Para se evitar esses inconvenientes necessrio calcular os esforosmecnicos que atuam no poste para poder determin-lo corretamente. Paraesse clculo ser necessrio conhecer a altura do poste a ser aplicado emfuno da rede de distribuio area (RDA), o tipo, a bitola e o nmero decondutores usados nessa rede, alm da profundidade do engastamento. Oposte seo circular como simtrico tem sua resistncia nominal igual emtoda a sua periferia. Portanto, trabalharemos com o poste seo duplo T por terduas faces (lisa e cavada) que requer algumas tcnicas quanto ao seuposicionamento.
Poste de concreto seo duplo T
Para este tipo de poste, o fabricante garante a 15 cm do topo (incio da furaopara fixao das estruturas primrias) conforme a posio da sua montagem(face lisa ou cavada), quanto da sua resistncia nominal ele suporta, conformedescrito abaixo:
Face cavada: o poste suporta um esforo mecnico no superior metade da sua resistncia nominal.
Exemplo: o poste B/300 kgf/10,5 m suporta, a 15 cm do topo na facecavada, 150 kgf.
Face lisa: o poste suporta um esforo mecnico at 40% maior que a
sua resistncia nominal.
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Exemplo: o poste B/300 kgf/10,5 m suporta, a 15 cm do topo na facelisa, 420 kgf.
Rn = Resistncia nominal.
Para iniciar o clculo de esforos mecnicos nos postes precisaremos, antes,conhecer o que sejam e como atuam numa estrutura instalada no poste. Paraisso, lembrar o que foi mencionado no incio deste livro sobre o posteamento eas estruturas da rede primria e secundria, pois ficar mais fcil acompreenso sobre a atuao dos cabos na estrutura fixada ao poste.
Duas situaes que devemos entender quanto aos esforos mecnicos naestrutura do poste:
1) Momento no poste: a fora de trao (tensionamento) que os cabosexercem no poste multiplicada pela distncia do brao (primrio ousecundrio). A Fsica diz que momento a fora aplicada pela suadistncia do ponto de fixao. Frmula: M = F x d;
2) Trao dos cabos: o tensionamento dado em cada cabo depende de sua
bitola, conforme as tabelas 1 e 2 deste item. No momento da instalaodos cabos na rede de distribuio area exige-se que a empreiteirapossua um equipamento chamado dinammetro, para que o valorunitrio de tensionamento de cada cabo possa ser respeitado.
Tabela 1 Tensionamento unitrio dos cabos de alumnio
Tabela 2 Resistncia unitria dos cabos de ao.
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Para iniciar os clculos devemos lembrar que momento a fora aplicada noposte (tracionamento dos cabos), multiplicada pela distncia do solo ao pontode sua fixao. O ponto de fixao do poste depende do seu engastamento,como j vimos anteriormente, e a partir dessa diferena que determinamos obrao primrio, j que o brao secundrio fixado em 7,0 metros.
No desenho a seguir, vemos que o brao do primrio de 8,70 metrosdescontados o engastamento (1,65 m) e os 15 cm do topo (onde se encontra oprimeiro furo de fixao de uma estrutura). O valor do brao do secundrio fixado em 7,00 m e dos cabos de telecomunicaes em 5,00 m. Veja oesquema representativo do poste de 10,50 m.
Alerta
No esquecer da frmula do engastamento que se encontra no captulo 3: C =(l/10) + 0,60 m.
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Rede primria e rede secundria
Na rede primria o esforo j se encontra fixado a 15 cm do topo, portanto,para saber o tensionamento da rede primria basta multiplicar a quantidade de
cabos primrios pelo seu tensionamento unitrio (tabela 1) conforme abaixo:Ep = 3 x tcp
Onde:
Ep = esforo dos cabos da rede primria (kgf)
tcp = tensionamento dos cabos da rede primria (kgf)
O fator de multiplicao 3 representa a quantidade de cabos primrios(circuito trifsico).
Para o clculo na rede secundria, multiplicamos a quantidade de cabos
secundrios pelo seu tensionamento unitrio e esse pela distncia do braosecundrio, dividindo tudo pela distncia do brao primrio, conforme a frmulaa seguir:
ES = 4 x tcs x ds
ES = esforo dos cabos da rede secundria (kgf)
tcs = tensionamento dos cabos da rede secundria (kgf)
ds = distncia do brao da rede secundria (m)
dp
= distncia do brao da rede primria (m)
O fator de multiplicao 4 representa a quantidade de cabos secundrios(circuito trifsico + neutro).
O esforo total resultante dos cabos das redes primria e secundria no poste o somatrio de seus esforos, e a resistncia nominal da face usada do posteescolhido deve ser superior ao esforo total resultante:
Et = Ep + Es
Et = esforo total dos cabos no poste (kgf)
Na abertura de circuito secundrio com cabos de mesma bitola no h
necessidade de efetuar o clculo j que a resultante nula.Vejam o exemplo abaixo:
Se a abertura dos circuitos secundrios for com cabos 3 x 02(02) ou 3 x 20(20),o cabo de ao do estai de poste a poste deve ser de bitola 6 mm. A bitola 9 mm
somente utilizada quando a abertura de circuitos for de cabos 3 x 40 (40)
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devido ao esforo resultante desses cabos (901 kgf) ser superior resistnciado cabo de ao 6 mm (715 kgf), conforme as tabelas 1 e 2.
Para abertura de circuito com bitolas diferentes, deve-se deixar de topo o poste
do lado do esforo maior e que a resistncia desse poste anule a diferena dosesforos mecnicos.
A diferena entre os circuitos (901 566 = 335 kgf), onde colocamos do ladode maior esforo um poste cuja resistncia nominal seja superior a essadiferena, ou seja, um B/300 kgf/10,5 m de topo que suporta 420 kgf (40% amais na resistncia nominal).
Para a abertura de circuito secundrio no mesmo poste, o critrio a ser seguido o mesmo, conforme o desenho abaixo:
Clculo de esforos mecnicos em postes com estruturas em nguloPara que possamos iniciar um clculo de esforos mecnicos dos cabos numaestrutura em ngulo num poste devemos lembrar algumas regras bsicas:
a) Adio de vetores de mesma direo
b) Adio de vetores de direes diferentes
c) Decomposio de foras em componentes ortogonais (90)
d) Para ngulos diferentes de 90
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Clculo da resistncia do estai de contraposte
Considerando:
Poste B/600 kgf/5 m
Face lisa Rn (600 kgf) + 40% = 840 kgf
Restai 840 kgf x cos 30o = 727,5 kgf
Restai resistncia do estai no contraposte (B/600 kgf/5 m)
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Veja um clculo do dimensionamento de estruturas em ngulo num poste de10,5 m, no qual devemos sempre deixar a face lisa, que a de maiorresistncia, voltada para a resultante dos esforos mecnicos:
Composio de foras
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Soluo: projetar um poste seo duplo T do tipo B-1,5/1000 kgf/10,5 m parasuportar a resultante de 1070 kgf.
Exerccios
1) Calcular o esforo mecnico dos cabos das redes primria e secundriaque terminam num poste de 10,5 m de altura. As redes so trifsicas de
bitola 2 AWG para o primrio e 4/0 AWG para o secundrio. Determinaro tipo de poste a ser usado para suportar o esforo total (Et) das redes eem que posio (normal ou topo) deve ficar em relao a elas.
2) Determinar quais postes de 10,5 m e 12,0 m a serem utilizados parasuportar os esforos mecnicos representados no desenho, numaabertura de circuito secundrio trifsico no mesmo poste. Desenhe aposio que deve ficar o poste.
3) Uma rede primria trifsica de cabos 336,4 MCM termina num poste de12, 0 m que est na posio de topo. Qual a resistncia nominal desteposte para que suporte esse esforo mecnico?
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4) Observando os desenhos da rede de distribuio area, calcule osesforos mecnicos dos cabos e determine quais postes devem serusados:
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7 - Desenho de redes de distribuio
7.1 - Introduo
Neste captulo abordaremos a maneira como deve ser representado o desenho
do projeto de rede de distribuio area, sua simbologia e a localizao dasespecificaes do mesmo. Tambm faremos alguns exerccios direcionados deprojetos de redes de distribuio area urbana e de iluminao pblica, quepodem ser usados como parmetro para o desenvolvimento do aprendizado doaluno.
Exemplo de um projeto de redes de distribuio urbana.
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Exemplo de um projeto de iluminao pblica.
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Segue a simbologia de redes de distribuio adotada:
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Simbologia de redes de distribuio.
No projeto, os equipamentos e as bitolas das redes podem ser representadosde trs maneiras: existente, projetado e a ser retirado.
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7.2 - Representao da simbologia
Quando a rede de distribuio e os equipamentos forem existentes no local, asua simbologia representada normalmente do jeito que desenhada. Veja
alguns exemplos:
Simbologia de redes de distribuio.
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Quando a rede de distribuio e os equipamentos no existem no local, ouseja, esto sendo projetados na planta para serem futuramente instalados, sorepresentados como vemos a seguir:
Alerta: Se o poste for projetado, coloca-se o crculo somente nele,dispensando-se o crculo nos demais elementos a instalar no mesmo.
Todos os demais elementos projetados so colocados dentro de um retngulo,como vemos a seguir:
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Nas redes de distribuio e nos equipamentos a serem retirados, colocar umx em cima dos mesmos.
Exemplos:
Quando a rede de distribuio e os equipamentos forem substitudos poroutros, adotar os procedimentos a seguir:
Exemplos:
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Simbologia invertida
adotada quando a quantidade de postes projetados for superior quantidadede postes existentes. A regra representar no projeto tudo o que for projetado
como sendo existente e vice-e-versa. Se for adotada esta forma derepresentao deve-se indicar no desenho, sobre a legenda o texto, no projetofoi adotado a simbologia invertida.
Localizao das especificaes no projeto
Nomes das ruas ou avenidas
Estas especificaes devem ser colocadas dentro da quadra, afastadas dasrepresentaes dos consumidores e de acordo com o esquema representado aseguir:
Bitolas dos condutores
Devem ser colocadas conforme o esquema abaixo, porm, prximas aos traosque representam os condutores. Observar a inclinao da rua para posicionar aescrita, conforme quadro abaixo:
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Equipamentos e/ou postes especiais (no possuem simbologia prpria)
As especificaes devem ser colocadas junto ao equipamento ou posteespecial e paralelas rede primria.
Exemplo:
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8 - Bibliografia
Cezar Piedade Jr., Eletrificao Rural, Editora Cobel;
Romildo Alves dos Prazeres, Redes de Distribuio de Energia Eltrica eSubestaes, Editora Base;