APOSTILA SAPATAS

Post on 07-Dec-2015

127 views 15 download

description

Definição de Sapatas e como calculá-las.

Transcript of APOSTILA SAPATAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO - FATEC SP –

Sapatas

DISCIPLINA: ESTRUTURAS II

DEPARTAMENTO: EDIFÍCIOS

PROFESSOR: JOSÉ NAGIB MIZIARA FILHO

2014 1

Sumário

- Sapatas

1- Introdução

2- Classificação das Sapatas

3- Distribuição de Tensões no Solo

4- Dimensionamento das Sapatas

4.1- Sapatas corridas sob muros

4.2- Sapata contínua sob pilares

4.3- Dimensionamento da sapata corrida

5- Sapata Isolada Retangular (Carga Centrada)

6- Sapata Isolada Retangular (Carga Bi excêntrica)

7- Sapatas Associadas

7.1- Viga de Rigidez

8 - Bibliografia

2

Sapatas 1- Introdução

• As sapatas são elementos estruturais de concreto armado,

com altura pequena em relação à sua base e constituem um

tipo bastante frequente. São empregadas quando o terreno

apresenta em sua superfície, uma resistência média ou alta

em relação às cargas da estrutura e é suficientemente

homogêneo de forma a não se temer recalques diferenciais

apreciáveis. Classificam-se em:

3

a) Sapata Corrida:

• Sob paredes ou muros;

• Sob pilares próximos, alinhados.

4

b) Sapata Isolada:

• Reta

• Escalonada

• Piramidal

• Troncocônica

5

c) Sapata Associada:

d) Sapata Excêntrica:

6

2- Classificação das Sapatas

A sapata é dita rígida se satisfazer a seguinte condição e

deverá ser calculada pelo método das bielas.

Será considerada flexível se e deverá ser calculada pela

resistência dos materiais.

αO

l

αo ≈ 30°

ho ≈ 10cm

l

7

3- Distribuição de Tensões no Solo

A distribuição de tensões no solo depende do tipo de solo e da rigidez

da sapata.

8

Na prática, empregamos os seguintes casos de distribuição:

9

Para o cálculo das sapatas adotaremos as seguintes distribuições

(aproximadas) de tensões:

a) Para Cargas Centradas

10

b) Para Cargas Excêntricas

11

4- Dimensionamento das Sapatas

4.1 Sapatas Corridas sob muros

a) Carga Centrada:

12

b) Carga Excêntrica:

13

i. Distribuição Trapezoidal

14

ii. Distribuição Triangular

(Parte da sapata não transmite pressões ao terreno)

No equilíbrio:

15

4.2 Sapata Contínua sob pilares

16

Um procedimento suficientemente correto consiste em se calcular a

sapata com uma viga sob apoios elásticos. Na prática, é usual a

adoção do diagrama simplificado indicado:

17

4.3 Dimensionamento da Sapata Corrida

a) Dimensões Recomendadas:

, onde ∅l = Diâmetro da Armadura longitudinal do pilar.

l

α ≈ 30o

18

b) Disposições Construtivas:

19

c) Cisalhamento (compressão diagonal):

A altura h da sapata deverá ser fixada visando dispensar a armadura

do cisalhamento.

20

Onde:

• τsd – tensão de cisalhamento de cálculo;

• Vl - força cortante no perímetro do pilar (por segurança pode ser a

força normal no pilar);

• μp – perímetro ao longo do contorno do pilar;

• d = altura últil;

• τrd2 – tensão de cisalhamento resistente de cálculo;

21

d) Armadura de Flexão:

Os momentos fletores serão verificados na seção I, como indicado na

figura:

22

N, P, cargas por unidade de comprimento da sapata.

Yf = coeficiente de mojaração das ações

d = h – 5 cm

fyd = resistência de cálculo da armadura

As = área da seção transversal da armadura

Observar que não se leva em conta o peso próprio da sapata (P).

23

e) Colocação da Armadura:

• Diâmetro mínimo das barras (∅ ∅ ≥ 10 mm (ou 8 mm

excepcionalmente)

• Espaçamento máximo entre barras 20 cm (armadura principal)

• A ancoragem da armadura deverá ser contada a partir da face do

pilar mais a altura h.

• A armadura secundária deverá ser de pelo menos 1/5 da armadura

principal (no mínimo 3 barras por metro)

24

f) Verificação ao Tombamento e ao Deslizamento:

Para verificação ao tombamento toma-se a relação:

25

Para a verificação ao deslizamento toma-se a relação

sendo µ = tg ѱd com ѱd = 2/3 ѱ

Ѱ (ângulo de atrito interno do solo ≈ 30º)

N+P = Carga vertical

Ho = Carga horizontal

Ou seja,

26

•5- Sapata Isolada Retangular (Carga Centrada)

•Dimensionamento da Sapata Isolada:

27

a)

b)

∅l Diâmetro da armadura longitudinal do pilar

28

c) Dimensionamento à flexão (Seção I-I):

29

30

6- Sapata Isolada Retangular (Carga Bi-Excêntrica)

Se a sapata é rígida, e, no caso mais geral, que a resultante na base

da sapata seja bi-excêntrica, pode-se aplicar a tabela apresentada a

seguir. Nesta, entra-se com as excentricidades relativas ex/a e ey/b

e tira-se as tensões extremas que ocorrem no solo.

31

0,34 4,17 4,42 4,69 4,98 5,28 5,62 5,97

0,32 3,70 3,93 4,17 4,43 4,70 4,99 5,31 5,66 6,04 6,46

0,30 3,33 3,54 3,75 3,98 4,23 4,49 4,78 5,05 5,43 5,81 6,23 6,69

0,28 3,03 3,22 3,41 3,62 3,84 4,08 4,35 4,63 4,94 5,28 5,66 6,08 6,56

0,26 2,78 2,95 3,13 3,32 3,52 3,74 3,98 4,24 4,53 4,84 5,19 5,57 6,01 6,51

0,24 2,56 2,72 2,88 3,06 3,25 3,46 3,68 3,92 4,18 4,47 4,79 5,15 5,55 6,01 6,56

0,22 2,38 2,53 2,68 2,84 3,02 3,20 3,41 3,64 3,88 4,15 4,44 4,77 5,15 5,57 6,08 6,69

0,20 2,22 2,36 2,50 2,66 2,82 2,99 3,18 3,39 3,62 3,86 4,14 4,44 4,79 5,15 5,66 6,23

0,18 2,08 2,21 2,35 2,49 2,64 2,80 2,98 3,17 3,38 3,61 3,86 4,15 4,47 4,84 5,26 5,81 6,46

0,16 1,98 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,80 2,97 3,17 3,38 3,62 3,88 4,18 4,53 4,94 5,43 6,04

0,14 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,80 2,97 3,17 3,39 3,64 3,92 4,24 4,63 5,09 5,66

0,12 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,63 2,80 2,98 3,18 3,41 3,68 3,98 4,35 4,78 5,31 5,97

0,10 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,20 2,34 2,48 2,63 2,80 2,99 3,20 3,46 3,74 4,08 4,49 4,99 5,62

0,08 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,48 2,64 2,82 3,02 3,25 3,52 3,84 4,23 4,70 5,28

0,06 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,34 2,49 2,66 2,84 3,06 3,32 3,62 3,98 4,43 4,98

0,04 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,35 2,50 2,68 2,88 3,13 3,41 3,75 4,17 4,69

0,02 1,12 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,21 2,36 2,53 2,72 2,95 3,22 3,54 3,93 4,42

0,00 1,00 1,12 1,24 1,36 1,48 1,60 1,72 1,84 1,96 2,08 2,22 2,38 2,56 2,78 3,03 3,33 3,70 4,17

0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,24 0,26 0,28 0,30 0,32 0,34

VALORES DE u

TABELA – BETON-KALENDER

32

33

7- Sapatas Associadas

Quando existe interferências nas sapatas dos pilares e alinhamento

dos mesmos, costuma-se fazer um único elemento de fundação,

capaz de transmitir as cargas dos pilares ao solo. Este elemento é

denominado “SAPATA ASSOCIADA”.

34

Condições

A.B > Área nec

A > 2a (para todos os pilares ficarem contidos na sapata)

35

7.1 Viga de Rigidez

Para a uniformização das cargas no sentido longitudinal, utilizamos o

elemento estrutural denominado “VIGA DE RIGIDEZ”, cuja

finalidade é transformar as cargas concentradas dos diversos

pilares em carga uniformemente distribuída linearmente.

36

A viga de rigidez é uma viga isostática, portanto, podemos calcular os

esforços na seção S.

Após a uniformização longitudinal, calcula-se a sapata associada como

sapata acorrida, distribuindo transversalmente as cargas do solo.

37

38

39

8- Bibliografia

• CARVALHO, Roberto Chust. FIGUEIREDO FILHO, Jasson

Rodrigues de. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de

concreto armado. Volume II. São Carlos: Edufscar, 2010.1ed.

590p.

• ABNT NBR 6118:2007 – Projeto de Estruturas de Concreto –

Procedimento.