Post on 01-Jun-2015
Aspectos importantes que devem ser considerados no controle da HAS em
pessoas idosasCurso “Doenças Crônicas nas Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde” Redes de Atenção à Saúde”
Ministério da SaúdeMinistério da Saúde
A hipertensão é uma doença com alta prevalência entre os idosos, acometendo cerca de 50% a 70% das pessoas nessa faixa etária. É um fator determinante de morbidade e mortalidade, entretanto, se adequadamente controlada, reduz significativamente as limitações funcionais e a incapacidade nos idosos (BRASIL, 2007).
Alterações próprias do envelhecimento determinam aspectos diferenciais na PA como, maior freqüência de “hiato auscultatório”, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, geralmente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff, resultando em valores falsamente baixos para a sistólica ou falsamente altos para a diastólica.
Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010
A “pseudo-hipertensão”, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra de Osler, ou seja, quando a artéria radial permanece ainda palpável, após a insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial.
Neste caso, deverá se investigar melhor os verdadeiros níveis
pressóricos do paciente e também avaliar se há necessidade de alteração
na terapia medicamentosa.
Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010
Também deve-se ter atenção para situações como:
- maior ocorrência de efeito do avental branco;
- hipotensão ortostática e pós-prandial;- presença de arritmias, como a fibrilação
atrial,podem dificultar a medida da PA nos indivíduos idosos.
Fonte: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, 2010
A abordagem multiprofissional no
tratamento da hipertensão O tratamento da hipertensão e a
prevenção das complicações crônicas exigem uma abordagem ampla e multiprofissional. Assim como todas as doenças crônicas, a hipertensão arterial necessita de um processo contínuo de motivação para que a pessoa não abandone o tratamento.
Tratamento não-farmacológico
As principais estratégias para o tratamento não-farmacológico da HAS incluem:
Controle do excesso de peso; Adoção de hábitos alimentares saudáveis; Redução do consumo de bebidas alcoólicas; Abandono do tabagismo; Realização de uma prática corporal /
atividade física regular.
Fonte: BRASIL, 2007
Cuidados especiais no tratamento da HAS no idoso:
Em algumas pessoas muito idosas é difícil reduzir a pressão abaixo de 140 mmHg, mesmo com boa adesão e múltiplos agentes. Nestes casos, afastadas causas secundárias, pode-se aceitar reduções menos acentuadas de pressão arterial sistólica.
Fonte: BRASIL, 2007
Acompanhamento e cuidado continuado:
A partir da instituição do tratamento medicamentoso para HAS a equipe deve acompanhar o idoso de forma mais frequente devido a necessidade de verificar a resposta ao tratamento e presença de efeitos colaterais.
Fonte: BRASIL, 2007
ATENÇÃO!!!
A administração de medicamentos em qualquer faixa etária pode gerar reações indesejadas, entretanto, a incidência dessas aumenta proporcionalmente com a idade.
Fonte: BRASIL, 2007
Alguns dos objetivos da assistência à pessoa idosa são: entender as limitações decorrentes do processo natural de envelhecimento, orientar os cuidadores estabelecendo uma parceria, adotar esquemas terapêuticos simples e maximizar a eficiência terapêutica do medicamento, minimizando o surgimento de eventos adversos.
Quando for necessário o uso de drogas anti-hipertensivas, algumas
noções básicas devem ser lembradas:
Iniciar sempre com doses menores do que as preconizadas;
Lembrar que determinadas drogas anti-hipertensivas demoram de quatro a seis semanas para atingir seu efeito máximo, devendo-se evitar modificações do esquema terapêutico, antes do término desse período;
Fonte: BRASIL, 2007
Quando for necessário o uso de drogas anti-hipertensivas, algumas
noções básicas devem ser lembradas:
Não introduzir nova droga, antes que a dose terapêutica seja atingida, evitando efeitos colaterais;
Investigar a ocorrência de hipotensão postural ou pós-prandial antes de iniciar o tratamento;
Fonte: BRASIL, 2007
Quando for necessário o uso de drogas anti-hipertensivas, algumas
noções básicas devem ser lembradas:
Estimular a medida da PA no domicílio, sempre que possível;
Orientar quanto ao uso do medicamento, horário mais conveniente, relação com alimentos, sono, diurese e mecanismos de ação;
Fonte: BRASIL, 2007
Quando for necessário o uso de drogas anti-hipertensivas, algumas
noções básicas devem ser lembradas:
Antes de aumentar ou modificar a dosagem de um anti-hipertensivo, monitorar a adesão da pessoa ao tratamento (medicamentoso e não medicamentoso). A principal causa de A principal causa de Hipertensão Arterial resistente é a Hipertensão Arterial resistente é a descontinuidade da prescrição descontinuidade da prescrição estabelecida.estabelecida.
Fonte: BRASIL, 2007
A qualidade de vida da pessoa idosa deve ser avaliada antes e
durante otratamento, considerando
ainda: Participação em grupos
operativos/terapêuticos para conhecer a natureza do problema e seu monitoramento e também para trocar experiências;
Intervenções educativas tanto para o paciente quanto para seus cuidadores favorecendo a adesão ao tratamento;
Fonte: BRASIL, 2007
A qualidade de vida da pessoa idosa deve ser avaliada antes e
durante otratamento, considerando
ainda: A orientação e acompanhamento da família, especialmente, tratando-se de idosos frágeis e dependentes, nos quais a probabilidade de efeitos secundários é enorme e a necessidade de supervisão é imperativo;
O impacto financeiro do tratamento (quando for
necessário utilizar medicações não disponibilizadas pelo SUS), que é determinante para a adesão terapêutica.
Fonte: BRASIL, 2007
A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa possui um espaço para o registro do controle da Pressão
Arterial com o objetivo de facilitar o acompanhamento e
controle da HAS.
ReferênciasReferências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Série A. Normas e Manuais Técnicos Cadernos de Atenção Básica, n. 19, Brasília, 2007.
Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 95(1 supl.1): 1-51, 2010.