Post on 17-May-2015
description
Design eDitorial De material para Divulgação Do esporte skateboarD no norte Do paraná
Discente: Danilo MunizDocente: Bernardo Faria
Programação visual
b
skate no brasil6 década de 606 surfistas influenciados por anúncios das revistas de surf da época
justificativa Do projeto6 falta de apoio e de divulgação6 necessidade de abordagem exclusiva da cultura do skate
objetivos Do projeto6 criar um material que interaja com os interessados na cultura do skate6 organizar e hierarquizar o material com o objetivo de estabelecer a melhor relação entre o material e o leitor
revisão De literatura6 gestalt6 design cambiante6 cor6 linguagem visual6 grid6 tipografia
materiais e métoDosanálise de similares
6 revista CemporcentoSkate6 revista Vista6 revista Retta skate6 revista +Soma
materiais e métoDosPesquisa quantitativa - Praticantes
6 70% dos entrevistados só conhecem a internet como meio de divulgação do esporte na região6 40% sentem mais falta de divulgação de campeonatos na região, e 35% sentem falta de divulgação de pistas e ‘picos’
6 40% dos entrevistados acham de grande importância a divulgação dos campeonatos e 35% acham importante a divulgação de profissionais e amadores da região
materiais e métoDosPesquisa quantitativa - Praticantes
materiais e métoDosPesquisa quantitativa - comerciantes
6 80% dos entrevistados não possuem sua marca e/ou produtos divulgados em materiais relacionados ao esporte e não conhecem nenhum material que faça a divulgação na região
6 os entrevistados consideraram a estrutura do material de divulgação e o preço como os pontos mais importantes que os levariam a anunciar no material
materiais e métoDosPesquisa quantitativa - comerciantes
materiais e métoDosPesquisa qualitativa
6 Rogério Lopes “Febem”, profissional do esporte, dono de marca de produtos para skate e juiz de campeonatos6 Luciano Molina, secretário de esportes da cidade de Apucarana
Diretrizes6 valorizar figuras6 estabelecer um grid, mesmo que seja uma desconstrução de grid6 se prevenir de excessos6 utilizar tipografias e diagramação muito variada confundi o leitor
Diretrizes6 contrastes entre texto e fundo6 os elementos visuais podem ser livres, alternativos e mutantes, pois são características do público alvo6 quanto menos elementos na capa, mais ela é valorizada
geração De alternativas6 formato6 estrutura da página6 tipografia6 projeto visual6 marca
geração De alternativasformato
6 inovador e alternativo6 aproveitamento de papel6 desnecessário o destaque no ponto de venda
geração De alternativasformato
(960 x 660mm)430 x 145mm (revista aberta)
geração De alternativasformato
(1020 x 720mm)480 x 170mm (revista aberta)
geração De alternativasformato
(1020 x 720mm)508 x 195mm (revista aberta)
geração De alternativasformato
(1170 x 890mm)508 x 195mm (revista aberta)
geração De alternativasestrutura da Página
6 se diferenciar dos concorentes6 manter identidade no material6 facilitar a interação com o público alvo
geração De alternativasestrutura da Página - margem externa
6 são importantes para o leitor segurar a revista, apoiando o dedo polegar na área sem que atrapalhe a leitura6 área que o leitor tem o primeiro contato visual antes de abrir a revista
geração De alternativasestrutura da Página - margem interna
6 são tidas como menos importante6 não chamam atenção ao leitor por ser a metade que fica escondida6 dificultará a leiturabilidade e legibilidade se forem estreitas
geração De alternativasestrutura da Página - margem suPerior
6 área onde o leitores se concentram quando estão examinando uma revista
geração De alternativasestrutura da Página - margem inferior
6 o homem ocidental faz a leitura da esquerda para a direita e de cima para baixo, ou seja, última área a ser vista por um leitor é a inferior
geração De alternativasestrutura da Página - grid
6 estruturar a revista com uma unidade fixa6 através desta unidade pode ser criado diversas formas de diagramação e de hierarquizar as informações
geração De alternativasestrutura da Página - grid
geração De alternativasestrutura da Página - grid
geração De alternativastiPografia
6 interpretar e comunicar o texto6 legibilidade e leiturabilidade6 família tipográfica
geração De alternativastiPografia
Tipografia Politica
Tipografia Neo Sans
Tipografia Neo Tech
Tipografia Cantoria
geração De alternativasProjeto visual
6 imagens também são notícias
geração De alternativasProjeto visual
6 anúncios devem ter seus espaços reservados
geração De alternativasProjeto visual
6 contrastes facilitam a leitura6 cores auxiliam a navegação
edição 01 |
CARISMA E QUALIDADE DE SKATE ACIMA DO NORMAL
Essas duas características resumem bem Marcelo Amador Vianes, mais
conhecido ( e bota conhecido nisso) como Formiguinha. Precoce na vida
e no skate, ele se diz “old school aos 26 anos”. O menino magrelinho que
dichava como ninguém as bordas do vale do Anhangabaú.
Seu jeito desbocado e alegre contagia a todos graças a isso, é certamente um
dos mais carismáticos skatistas do Brasil. Muitos podem não se lembrar
quem venceu o campeonato, mas com certeza se recordam do Formiguinha
fazendo sua volta, acompanhado por uma banda de Hardcore.
Soma-se à personalidade o seu talento colossal. Se tivesse tentado uma
carreira na gringa seria um dos brasileiros mais valorizados no skate
internacional. Alguém duvida? “one of a kind” (algo como “único na
espécie”) é um termo que seria muito utilizado para descrevê-lo. Mas ele
não foi. Ficou no Brasil, e nessa entrevista dá pistas do porquê: quer ser
reconhecido aqui. Vê a necessidade da construção dos ídolos nacionais,
e parece bastante inclinado a brigar por isso. Mesmo que não saiba ele
já está quase lá: respeitado por skatistas, rappers, mídia, empresários,
mendigos e políticos, Formiguinha virou uma quase-unanimidade do skate
nacional. E vai além, extrapolando os limites do skate e convertendo-se
num legítimo ícone da cultura urbana paranaense, fique tranquilo Marcelo,
seu lugar na história já está garantido.
Destaq
ue
edição 01 |10 | Destaque
geração De alternativasmarca
6 porta de entrada de qualquer produto6 através da marca que a revista passa sua identidade, seu caráter, estilo, etc6 identifica o público alvo
geração De alternativasmarca
geração De alternativasmarca
geração De alternativasmarca
geração De alternativasmarca
alternativa aDotaDa6 formato6 estrutura da página6 tipografia6 projeto visual6 marca
alternativa aDotaDaformato
6 inovador e alternativo6 aproveitamento de papel6 desnecessário o destaque no ponto de venda
alternativa aDotaDaformato
508 x 195mm (aberta)254 x 195mm (fechada)
alternativa aDotaDaformato
1020 x 720mm
alternativa aDotaDaestrutura da Página - margens
superior: 23,3mminferior: 12,2mmexterna: 17,2mminterna: 27,8mm
alternativa aDotaDaestrutura da Página - grid
módulos: 30,9 x 28,1mm respiro: 4,6mm
alternativa aDotaDaestrutura da Página - grid
A TRANFER tem quatro curadores: você, Fabio Zimbres, Alexandre Cruz e Christian Strike. Como foi a escolha desse grupo?A curadoria geral é minha, mas escolhi outros
curadores para trabalhar em eixos específicos
da mostra. Escolhi-os porque são mestres” No
eixo Mauditos, o Alexandre cuidou da parte do
skate, principalmente resgatando a importância
e qualidade da arte do Billy Argel, enquanto o
Zimbres focou nos artistas fanzineiros, gênios
da arte underground do Brasil, conhecidos ou
não. O Strike veio para mostrar os gringos,
nessa parceria com o projeto Beautiful Losers. A
ideia foi chegar em um panorama complexo, um
recorte do que dá pra chamar de cultura urbana,
onde aparecem diversas expressões criativas
muito diferentes umas das outras, mas com
uma atitude, raízes e às vezes até estética em
comum. É uma mostra de arte urbana brasileira
contemporânea que busca suas raízes e a
relação com os Estados Unidos.
área de texto 159mmdividida por 34 linhasresultou em baselines de 4,8mm de distância
alternativa aDotaDatiPografia
6 criada pelo designer e tipógrafo Sebastian Lester6 em 2000, Lester se juntou a empresa Monotype
alternativa aDotaDatiPografia
6 na Monotype ele foi parte da equipe de desenvolvimento de fontes para uma ampla gama de clientes, incluindo Waitrose, BG Bank da Dinamarca e da Opel.
alternativa aDotaDatiPografia
6 mancha tipográfica
alternativa aDotaDatiPografia
6 mancha tipográfica
Blockhead
a B c d e f g H i j K l m n o P q r s t u
v W x Y Z a b c d e f g h i j k l m n o p q
r s t u v w x y z 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 ( !
? $ ç á é)
alternativa aDotaDatiPografia
6 de John Hersey. Ele participou da Art Center College of Design, em Pasadena, Califórnia6 a Blockhead foi utilizada no filme “Juno”
alternativa aDotaDatiPografia
6 suas fontes mais populares são as famílias Blockhead e Thingbat6 uma tipografia que é da era digital mas com traços manuais
edição 01 |
CARISMA E QUALIDADE DE SKATE ACIMA DO NORMAL
Essas duas características resumem bem Marcelo Amador Vianes, mais
conhecido ( e bota conhecido nisso) como Formiguinha. Precoce na vida
e no skate, ele se diz “old school aos 26 anos”. O menino magrelinho que
dichava como ninguém as bordas do vale do Anhangabaú.
Seu jeito desbocado e alegre contagia a todos graças a isso, é certamente um
dos mais carismáticos skatistas do Brasil. Muitos podem não se lembrar
quem venceu o campeonato, mas com certeza se recordam do Formiguinha
fazendo sua volta, acompanhado por uma banda de Hardcore.
Soma-se à personalidade o seu talento colossal. Se tivesse tentado uma
carreira na gringa seria um dos brasileiros mais valorizados no skate
internacional. Alguém duvida? “one of a kind” (algo como “único na
espécie”) é um termo que seria muito utilizado para descrevê-lo. Mas ele
não foi. Ficou no Brasil, e nessa entrevista dá pistas do porquê: quer ser
reconhecido aqui. Vê a necessidade da construção dos ídolos nacionais,
e parece bastante inclinado a brigar por isso. Mesmo que não saiba ele
já está quase lá: respeitado por skatistas, rappers, mídia, empresários,
mendigos e políticos, Formiguinha virou uma quase-unanimidade do skate
nacional. E vai além, extrapolando os limites do skate e convertendo-se
num legítimo ícone da cultura urbana paranaense, fique tranquilo Marcelo,
seu lugar na história já está garantido.
Destaq
ueedição 01 |10 | Destaque
alternativa aDotaDatiPografia
seção, 72ptTítulo, bold, 20pt
Subtítulo, medium, 10pt
Perguntas (diálogo), regular, 9pt
texto, light, 9pt
legenda, light italic, 11pt
edição 01 |
SEXO, CINEMA E SKATEBOARDLarry Clark fotógrafo consagrado na cena
underground, mas com trabalhos em exposições
permanentes nos melhores museus em
torno do mundo, encluindo The Museum Art
de São Francisco, The Whitney Museum em
Nova Iorque, The Guggenheim e Museum
og Contemporary Art em Los Angeles. Além
de participar de inúmeras exposições, como
Beautiful Losers.
A estréia no livro fotográfico Tulsa (1971) já
proclama seu futuro na fotografia, cinema
ou qualquer outro meio de expressão. O
livro retrata principalmente o uso de drogas,
a violência e relações sexuais no círculo de
amizades de sua cidade natal. As fotos foram
tiradas em três séries, entre 1963 e 1971,
mostrando uma sequência de narrativas, cheia
de intimidade e tensão emocional. O novo
estilo de documentário mostra, com pouca luz,
a natureza ilícita dos observados. Mas que isso,
este trabalho é uma extensão da vida de Larry
Clark. O livro abre com o depoimento: “Eu nasci
em Tulsa, Oklahoma em 1943, quando tinha 16
anos comecei a injetar anfetaminas. Injetava
todos os dias com meus amigos durante três
anos e depois saí da cidade. Porém, sempre
voltei lá durante minha vida. Uma vez preso,
você nunca mais a deixa”.
Ao segundo livro de Larry, Teenage Lust (1983),
foi dado o subtítulo de “A autobiografia de
Larry Clark”, apesar de não ser diretamente Para
lelo
22 | Paralelo edição 01 |
alternativa aDotaDaProjeto visual
6 hierarquia edição 01 |
SEXO, CINEMA E SKATEBOARDLarry Clark fotógrafo consagrado na cena
underground, mas com trabalhos em exposições
permanentes nos melhores museus em
torno do mundo, encluindo The Museum Art
de São Francisco, The Whitney Museum em
Nova Iorque, The Guggenheim e Museum
og Contemporary Art em Los Angeles. Além
de participar de inúmeras exposições, como
Beautiful Losers.
A estréia no livro fotográfico Tulsa (1971) já
proclama seu futuro na fotografia, cinema
ou qualquer outro meio de expressão. O
livro retrata principalmente o uso de drogas,
a violência e relações sexuais no círculo de
amizades de sua cidade natal. As fotos foram
tiradas em três séries, entre 1963 e 1971,
mostrando uma sequência de narrativas, cheia
de intimidade e tensão emocional. O novo
estilo de documentário mostra, com pouca luz,
a natureza ilícita dos observados. Mas que isso,
este trabalho é uma extensão da vida de Larry
Clark. O livro abre com o depoimento: “Eu nasci
em Tulsa, Oklahoma em 1943, quando tinha 16
anos comecei a injetar anfetaminas. Injetava
todos os dias com meus amigos durante três
anos e depois saí da cidade. Porém, sempre
voltei lá durante minha vida. Uma vez preso,
você nunca mais a deixa”.
Ao segundo livro de Larry, Teenage Lust (1983),
foi dado o subtítulo de “A autobiografia de
Larry Clark”, apesar de não ser diretamente Para
lelo
22 | Paralelo edição 01 |
alternativa aDotaDaProjeto visual
6 legibilidade edição 01 |
o mais importante é a força do sucesso e
influência deles. Faz os desavisados pararem e
prestar atenção. Ali estão alguns dos principais
nomes da arte contemporânea mundial, alguns
dos designers e cineastas mais cultuados. E
fica bem clara a importância do skate e sua
cultura na formação desses artistas. Muda a
maneira das pessoas de perceber o que está
acontecendo até aqui no Paraná.
A escultura skatável traz pro ambiente de uma galeria aquilo que acontece todos os dias nas ruas da cidade, mas nem sempre é visto como arte por aqueles que não andam de skate. A intenção era essa?Acho que boa parte dos próprios skatistas não
percebe o skate como arte, como expressão
criativa, mesmo que alguns vivenciem o
skate dessa maneira, inconscientemente. E,
principalmente no Brasil, o skate pode ser
encarado como esporte, com skatistas que
se portam como atletas, treinam, competem,
etc. Nunca foi oque me interessa. O que
buscamos em TRANSFER, definitivamente,
é o lado criativo, do skatista que se expressa
individualmente através de seus movimentos,
que busca seu próprio estilo e manobras no
meio da cidade.
Quem desenhou a escultura?Na verdade é mais um experimento arquitetônico
do que uma escultura, bem aquilo que propus
quando escrevi o meu Dando Idéia pra revista
Cemporcento (ed. 99)! É um projeto do coletivo
Noh, que é eu, o Mateus Grimm, Tiago Bagnati,
Ana Vettoretti e Fabio Zimbres, ou seja, um
grupo de skatistas, artistas e arquitetos. Para
TRANSFER, trabalhamos em conjunto com o
arquiteto Pedro Mendes e sua equipe, o que
trouxe idéias mais legais e difíceis de andar,
pois eles não entendiam nada de skate. No final,
saiu um espaço muti-uso belo, bem acabado,
e muito bom para a prática do skate, sem ser
óbvio nem fácil.
A TRANFER tem quatro curadores: você, Fabio Zimbres, Alexandre Cruz e Christian Strike. Como foi a escolha desse grupo?A curadoria geral é minha, mas escolhi outros
curadores para trabalhar em eixos específicos
da mostra. Escolhi-os porque são mestres” No
eixo Mauditos, o Alexandre cuidou da parte do
skate, principalmente resgatando a importância
e qualidade da arte do Billy Argel, enquanto o
Zimbres focou nos artistas fanzineiros, gênios
da arte underground do Brasil, conhecidos ou
não. O Strike veio para mostrar os gringos,
nessa parceria com o projeto Beautiful Losers. A
ideia foi chegar em um panorama complexo, um
recorte do que dá pra chamar de cultura urbana,
onde aparecem diversas expressões criativas
muito diferentes umas das outras, mas com
uma atitude, raízes e às vezes até estética em
comum. É uma mostra de arte urbana brasileira
contemporânea que busca suas raízes e a
relação com os Estados Unidos.
O que representa a participação do grupo Beautiful Losers nessa Expo?
Além de ser a primeira vez que muitos desses
artistas gringos têm obras expostas no Brasil,
32 | Se liga
alternativa aDotaDaProjeto visual
6 legibilidade | edição 01edição 01 |20 | Destaque Destaque | 21
alternativa aDotaDaProjeto visual
6fotografia
alternativa aDotaDaProjeto visual
6 navegação
C 0
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10 | Se liga
se li
ga
Para
lelo
30 | Paralelo
alternativa aDotaDaProjeto visual
6 navegação
C 50
M 0
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C 0
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K 0mete
a bo
ca
40 | Paralelo
Pare
ce f
ácil
Marcos Soninho
| Flip
Pare
ce f
ácil
Pare
ce f
ácil
Raf
ael C
aju
| Fs
flip
alternativa aDotaDaProjeto visual
6 seção mutante
alternativa aDotaDaProjeto visual
6 anúncios
edição 01 |
o mais importante é a força do sucesso e
influência deles. Faz os desavisados pararem e
prestar atenção. Ali estão alguns dos principais
nomes da arte contemporânea mundial, alguns
dos designers e cineastas mais cultuados. E
fica bem clara a importância do skate e sua
cultura na formação desses artistas. Muda a
maneira das pessoas de perceber o que está
acontecendo até aqui no Paraná.
A escultura skatável traz pro ambiente de uma galeria aquilo que acontece todos os dias nas ruas da cidade, mas nem sempre é visto como arte por aqueles que não andam de skate. A intenção era essa?Acho que boa parte dos próprios skatistas não
percebe o skate como arte, como expressão
criativa, mesmo que alguns vivenciem o
skate dessa maneira, inconscientemente. E,
principalmente no Brasil, o skate pode ser
encarado como esporte, com skatistas que
se portam como atletas, treinam, competem,
etc. Nunca foi oque me interessa. O que
buscamos em TRANSFER, definitivamente,
é o lado criativo, do skatista que se expressa
individualmente através de seus movimentos,
que busca seu próprio estilo e manobras no
meio da cidade.
Quem desenhou a escultura?Na verdade é mais um experimento arquitetônico
do que uma escultura, bem aquilo que propus
quando escrevi o meu Dando Idéia pra revista
Cemporcento (ed. 99)! É um projeto do coletivo
Noh, que é eu, o Mateus Grimm, Tiago Bagnati,
Ana Vettoretti e Fabio Zimbres, ou seja, um
grupo de skatistas, artistas e arquitetos. Para
TRANSFER, trabalhamos em conjunto com o
arquiteto Pedro Mendes e sua equipe, o que
trouxe idéias mais legais e difíceis de andar,
pois eles não entendiam nada de skate. No final,
saiu um espaço muti-uso belo, bem acabado,
e muito bom para a prática do skate, sem ser
óbvio nem fácil.
A TRANFER tem quatro curadores: você, Fabio Zimbres, Alexandre Cruz e Christian Strike. Como foi a escolha desse grupo?A curadoria geral é minha, mas escolhi outros
curadores para trabalhar em eixos específicos
da mostra. Escolhi-os porque são mestres” No
eixo Mauditos, o Alexandre cuidou da parte do
skate, principalmente resgatando a importância
e qualidade da arte do Billy Argel, enquanto o
Zimbres focou nos artistas fanzineiros, gênios
da arte underground do Brasil, conhecidos ou
não. O Strike veio para mostrar os gringos,
nessa parceria com o projeto Beautiful Losers. A
ideia foi chegar em um panorama complexo, um
recorte do que dá pra chamar de cultura urbana,
onde aparecem diversas expressões criativas
muito diferentes umas das outras, mas com
uma atitude, raízes e às vezes até estética em
comum. É uma mostra de arte urbana brasileira
contemporânea que busca suas raízes e a
relação com os Estados Unidos.
O que representa a participação do grupo Beautiful Losers nessa Expo?
Além de ser a primeira vez que muitos desses
artistas gringos têm obras expostas no Brasil,
32 | Se liga | edição 01
Anúncio
alternativa aDotaDamarca - nome
6 falta de divulgação na região6 melhorar e facilitar a comunicação 6 forma de os praticantes andarem
alternativa aDotaDamarca
6 elementos geomêtricos6 movimentação6 continuidade6 clareza6 aplicação e cores mutante
alternativa aDotaDamarca
alternativa aDotaDamarca
alternativa aDotaDamarca
revista easy
revista easy
revista easy
Se li
ga
SKATISTAS À OBRA!União e muito trabalho no Zerão
Idéia na cabeça, união muito trabalho: esta foi
a receita dos skatistas do grupo Big Oh para
revitalizar a antiga quadra de vôlei do Zerão,
que nos dias 24 e 25 de outubro serviram de
palco para o I Campeonato de Street Skate
Big Oh, o qual reuniu mais de cem atletas de
Londrina e região durante todo o dia.
Rifar peças e camisetas de skate foi a saída que o
skatista amador Wagner Ruth encontrou para
reformar o espaço, que já vinha sendo usado
pela turma há mais de dez anos. Com os cerca
de R$350,00 arrecadados, eles pintaram o chão
e contruíram alguns obstáculos de concreto. “Os
próprios meninos pintaram a quadra e bateram
massa para montar os obstáculos”, descreveu
Ruth, contando que o trabalho durou cerca de
duas semanas e envolveu dez skatistas.
Ele lembra que desde 1995 o grupo dividia espaço
com o voleibol, manobrando nas lateris da
quadra. “jogadores de vôlei decidiram usar
a quadra de areia do Igapó II e tive a ideia
de revitalizar o espaço para uso do skate.
Convoquei a rapaziada e avisei que, como
iríamos gastar muito, teria que ser de uma vez
só”, comentou o skatista, cansado de manobrar em obstáculos de madeira
improvisados.
Mas o dinheiro arrecadados na rifa só foi suficiente para colocar em prática
parte da ideia do grupo, que realizou o campeonato nos dias 24 e 25 para
pagar pelo menos o restante das melhorias, que incluem novo alambrado,
lixeiras e mais obstáculos e já têm aprovação da Prefeitura. “Pelo menos
150 atletas competem nas categorias iniciante, amador II e amador I,
conforme a idade e a experiência no skate, e três juizes profissionais de
Londrina avaliam o desempenho dos meninos”, explicou Ruth, reforçando
que os dez melhores de cada categoria ganhariam materiais de skate.
No final da tarde, a competição terminaria com a categoria best trick, que
decide quem fez a melhor manobra do dia, e um show de rock instrumental.
“Londrina tem bastante atleta com potencial, mas o incentivo é pouco.
Maioria viaja e é reconhecida fora da cidade, ao mesmo tempo que o
município valoriza quem é de fora”, avaliou Wagner Ruth, para quem o
esporte está “evoluindo”: “Skate está entrando no meio social e a federação
nacional está até tentando encaixá-lo como esporte olímpico”, completou.
edição 01 |06 | Se liga
revista easy
Se li
ga
SKATISTAS À OBRA!União e muito trabalho no Zerão
Idéia na cabeça, união muito trabalho: esta foi
a receita dos skatistas do grupo Big Oh para
revitalizar a antiga quadra de vôlei do Zerão,
que nos dias 24 e 25 de outubro serviram de
palco para o I Campeonato de Street Skate
Big Oh, o qual reuniu mais de cem atletas de
Londrina e região durante todo o dia.
Rifar peças e camisetas de skate foi a saída que o
skatista amador Wagner Ruth encontrou para
reformar o espaço, que já vinha sendo usado
pela turma há mais de dez anos. Com os cerca
de R$350,00 arrecadados, eles pintaram o chão
e contruíram alguns obstáculos de concreto. “Os
próprios meninos pintaram a quadra e bateram
massa para montar os obstáculos”, descreveu
Ruth, contando que o trabalho durou cerca de
duas semanas e envolveu dez skatistas.
Ele lembra que desde 1995 o grupo dividia espaço
com o voleibol, manobrando nas lateris da
quadra. “jogadores de vôlei decidiram usar
a quadra de areia do Igapó II e tive a ideia
de revitalizar o espaço para uso do skate.
Convoquei a rapaziada e avisei que, como
iríamos gastar muito, teria que ser de uma vez
só”, comentou o skatista, cansado de manobrar em obstáculos de madeira
improvisados.
Mas o dinheiro arrecadados na rifa só foi suficiente para colocar em prática
parte da ideia do grupo, que realizou o campeonato nos dias 24 e 25 para
pagar pelo menos o restante das melhorias, que incluem novo alambrado,
lixeiras e mais obstáculos e já têm aprovação da Prefeitura. “Pelo menos
150 atletas competem nas categorias iniciante, amador II e amador I,
conforme a idade e a experiência no skate, e três juizes profissionais de
Londrina avaliam o desempenho dos meninos”, explicou Ruth, reforçando
que os dez melhores de cada categoria ganhariam materiais de skate.
No final da tarde, a competição terminaria com a categoria best trick, que
decide quem fez a melhor manobra do dia, e um show de rock instrumental.
“Londrina tem bastante atleta com potencial, mas o incentivo é pouco.
Maioria viaja e é reconhecida fora da cidade, ao mesmo tempo que o
município valoriza quem é de fora”, avaliou Wagner Ruth, para quem o
esporte está “evoluindo”: “Skate está entrando no meio social e a federação
nacional está até tentando encaixá-lo como esporte olímpico”, completou.
edição 01 |06 | Se liga
revista easy
conseguir andar bem mais um tempo, ainda vou dar muita manobra. Quando
ficar um pouco mais velho, vou estar mais maduro e vou conseguir fazer
muito mais.
Você é muito considerado por quem anda na rua, e também consegue se dar em campeonatos, sem pegar a má fama de campeonateiro...Eu andei muito em pista e depois começei a andar na rua. Então eu fundi
o skate da rua com o skate da pista, e acabei conseguindo me dar bem nos
eventos. Mas não tem nada a ver uma coisa com a outra. Campeonato é da hora,
você aparece mais, fica na mídia, etc. Mas eu quero mais é fazer a coisa da rua
mesmo...
No vídeo 100PLANOS, de 2002, você já fazia um monte de combos, bem antes de virar moda...Os caras já faziam combos antigamente, nos vídeos que eu falei. É que, naquela
época, eles andavam nuns obstáculos muito pequenos, em Santa Monica
(califórnia), se não me engano. Então não podemos dizer que o combo
é novo. Voltando ainda mais no tempo, o primeiro cara que eu vi dando
manobra de combo foi o Xan (da banda Caballero): dava tailslide shovit
tailslide. Foi o primeiro cara combo que vi. E talvez seja por isso que eu
comecei a me adaptar nesse negócio de combo. Aconteceu que eu aprendi a
correr bastante as manobras, e fui percebendo que dava pra sair de manual,
que dava pra passar pra grind, etc. Então não é que “eu sei dar combo”, eu
fui simplesmente me adaptando. Eu gosto do meu jeito de andar de skate,
me sinto bem assim. E não é só pelo elogio das pessoas que andam de
skate: como ando bastante no Vale, acontece de uns engravatados, que
trabalham por ali, ou até os próprios mendigos, me incentivarem. “Pô, bem
louco!” São eles que me empurram.
E agora, o mestre dos combos do Brasil entrou na Lakai, a marca que lançou o vídeo que trouxe os combos de volta. Como é essa coincidência? E quais são suas expectativas com esse patrocínio novo?Eu já tinha um certo envolvimento com o Felipe Vital, e ele começou a trabalhar
representando a DVS e a Lakai. E me levou junto, pra fazer esse trabalho
material e fazer um documentário, pra que um dia eu possa ser... sei lá, o
Tony Hawk! Pra que eu seja conhecido mesmo, até quando eu estiver velho.
Falta no Brasil a cultura de documentar a história do skate?Tem que mostrar os caras velhos. Porque eles ficam esquecidos. Mas tem
também aqueles que se esquecem porque quer. Mas basta sair nas ruas
pra achá-los. Eles ainda estão aí! Mas estão à margem, pois não são
reconhecidos. E eu acho que deveriam ser, tipo o Wilson Neguinho, por
exemplo.
Você acha que isso está ligado à cultura do brasileiro? De não reconhecer o ídolo nacional e só reconhecer o que vem de fora, que está longe?É por isso que não vou pra gringa! Eu não tenho vontade de ir pra gringa.
Mas na sua entrevista anterior, aqui na revista, você disse que tinha planos de ir pra gringa...Acho que eu estava bêbado (risos). Os meus amigos (Gian, Paulinho) foram pra
gringa, mas são poucos que foram pra gringa e estão em evidência. Tem
que ter as costas quentes. Planos eu tenho, mas só no dia em que estiver
estável no Brasil, depois de ter construído alguma coisa aqui. Não quero ir
pra lá e ter que começar do zero, fazer um novo trabalho... Eu trabalhei tanto
pelo skate, que meu trabalho hoje é reconhecido no mundo inteiro. Porque
vêm pessoas no Vale e me filmam, então têm imagens minhas em tudo
quanto é lugar. E na revista também, que dá a maior força.
Passar quinze dias na gringa, fotografando e filmando, está tão longe assim do seu alcance?Não , não está longe do meu alcance. Até mesmo através da Lakai, talvez role
de ir pra gringa. Mas primeiro vou pra Barcelona. mas não é algo do tipo
“eu tenho que ir pra gringa andar naqueles lugares”. Não tem disso porque
os lugares estão todos aqui. Tem muito pico pra andar aqui, em São Paulo,
no interior... E tem pico que ninguém nunca andou. E como meu skate é
diferenciado, posso andar nuns lugares que a maioria nunca vai andar. Eu
tenho certeza que com essa minha estatura, magrinho, levinho, ainda vou
| edição 01 Destaque | 19
revista easy
conseguir andar bem mais um tempo, ainda vou dar muita manobra. Quando
ficar um pouco mais velho, vou estar mais maduro e vou conseguir fazer
muito mais.
Você é muito considerado por quem anda na rua, e também consegue se dar em campeonatos, sem pegar a má fama de campeonateiro...Eu andei muito em pista e depois começei a andar na rua. Então eu fundi
o skate da rua com o skate da pista, e acabei conseguindo me dar bem nos
eventos. Mas não tem nada a ver uma coisa com a outra. Campeonato é da hora,
você aparece mais, fica na mídia, etc. Mas eu quero mais é fazer a coisa da rua
mesmo...
No vídeo 100PLANOS, de 2002, você já fazia um monte de combos, bem antes de virar moda...Os caras já faziam combos antigamente, nos vídeos que eu falei. É que, naquela
época, eles andavam nuns obstáculos muito pequenos, em Santa Monica
(califórnia), se não me engano. Então não podemos dizer que o combo
é novo. Voltando ainda mais no tempo, o primeiro cara que eu vi dando
manobra de combo foi o Xan (da banda Caballero): dava tailslide shovit
tailslide. Foi o primeiro cara combo que vi. E talvez seja por isso que eu
comecei a me adaptar nesse negócio de combo. Aconteceu que eu aprendi a
correr bastante as manobras, e fui percebendo que dava pra sair de manual,
que dava pra passar pra grind, etc. Então não é que “eu sei dar combo”, eu
fui simplesmente me adaptando. Eu gosto do meu jeito de andar de skate,
me sinto bem assim. E não é só pelo elogio das pessoas que andam de
skate: como ando bastante no Vale, acontece de uns engravatados, que
trabalham por ali, ou até os próprios mendigos, me incentivarem. “Pô, bem
louco!” São eles que me empurram.
E agora, o mestre dos combos do Brasil entrou na Lakai, a marca que lançou o vídeo que trouxe os combos de volta. Como é essa coincidência? E quais são suas expectativas com esse patrocínio novo?Eu já tinha um certo envolvimento com o Felipe Vital, e ele começou a trabalhar
representando a DVS e a Lakai. E me levou junto, pra fazer esse trabalho
material e fazer um documentário, pra que um dia eu possa ser... sei lá, o
Tony Hawk! Pra que eu seja conhecido mesmo, até quando eu estiver velho.
Falta no Brasil a cultura de documentar a história do skate?Tem que mostrar os caras velhos. Porque eles ficam esquecidos. Mas tem
também aqueles que se esquecem porque quer. Mas basta sair nas ruas
pra achá-los. Eles ainda estão aí! Mas estão à margem, pois não são
reconhecidos. E eu acho que deveriam ser, tipo o Wilson Neguinho, por
exemplo.
Você acha que isso está ligado à cultura do brasileiro? De não reconhecer o ídolo nacional e só reconhecer o que vem de fora, que está longe?É por isso que não vou pra gringa! Eu não tenho vontade de ir pra gringa.
Mas na sua entrevista anterior, aqui na revista, você disse que tinha planos de ir pra gringa...Acho que eu estava bêbado (risos). Os meus amigos (Gian, Paulinho) foram pra
gringa, mas são poucos que foram pra gringa e estão em evidência. Tem
que ter as costas quentes. Planos eu tenho, mas só no dia em que estiver
estável no Brasil, depois de ter construído alguma coisa aqui. Não quero ir
pra lá e ter que começar do zero, fazer um novo trabalho... Eu trabalhei tanto
pelo skate, que meu trabalho hoje é reconhecido no mundo inteiro. Porque
vêm pessoas no Vale e me filmam, então têm imagens minhas em tudo
quanto é lugar. E na revista também, que dá a maior força.
Passar quinze dias na gringa, fotografando e filmando, está tão longe assim do seu alcance?Não , não está longe do meu alcance. Até mesmo através da Lakai, talvez role
de ir pra gringa. Mas primeiro vou pra Barcelona. mas não é algo do tipo
“eu tenho que ir pra gringa andar naqueles lugares”. Não tem disso porque
os lugares estão todos aqui. Tem muito pico pra andar aqui, em São Paulo,
no interior... E tem pico que ninguém nunca andou. E como meu skate é
diferenciado, posso andar nuns lugares que a maioria nunca vai andar. Eu
tenho certeza que com essa minha estatura, magrinho, levinho, ainda vou
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