AS UPS'S EM CURITIBA E OS HOMICIDIOS 2013

Post on 21-Sep-2015

218 views 0 download

description

MAPAS E ANALISE ESPACIAL SOBRE A SITUAÇÃO DAS UPS'S UM MODELO DE POLICIAMENTO REPRESSIVO E MILITARIZADO QUE FRACASSOU.maiores detalhes consultar artigo no site http://www.humanas.ufpr.br/portal/seminariosociologiapolitica/gt-13-controle-social-seguranca-publica-e-direitos-humanos/

Transcript of AS UPS'S EM CURITIBA E OS HOMICIDIOS 2013

  • O PARADOXO SOBRE AS POLTICAS DE METAS DA SEGURANA PBLICA NO ESTADO DO PARAN (2011-2013): O CASO DO

    CONTROLE DE HOMICDIOS NAS UPS'S EM CURITIBA

    Aluno: Vladimir Lus de Oliveira

    e-mail: vladimiroliveira@msn.com

    Orientadora: Prof. Simone Oliveira de Almeida

    RESUMO Procura-se discutir neste artigo as estratgias e as contradies na Segurana Pblica do Estado do Paran na

    poltica de controle de Homicdios que redundou na criao das UPSs Unidades Paran Seguro no municpio de Curitiba. A nfase em modelos puramente repressivos serviu como guia em reas degradadas da cidade mar

    cadas pela anomia e pelas fragilidades das polticas sociais. A discusso principal est na anlise dos resultado

    s ao evidenciar um incremento dos homicdios em razo da constituio destas unidades criadas pela Polcia Mi

    litar do Estado do Paran, com pouco ou nenhum relacionamento com outras esferas da administrao pblica

    ou mesmo com a Polcia Civil do Estado do Paran.

    Palavras-chave: homicdios; segurana pblica; UPS - Unidade Paran Seguro

    METODOLOGIA Anlise de Dados quantitativos de homicdios em bancos oficiais da SESP-PR.

    Anlise espacial do crime (Environmental Criminology)

    Teste estatstico no-paramtrico Teste U de Mann-Whitney.

    Fundamentao terica: crimonologia crtica e criminologia pblica

    Curso de Ps-Graduao em Gesto Pblica EAD Habilitao: Polticas Pblicas

    REFERNCIAS: 1. ADORNO, Srgio. (Et.al.). Segurana pblica e violncia. So Paulo: Contexto, 2008.

    2. ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Pelas mos da criminologia: o controle penal para alm da desiluso. Rio de Janeiro: Revan/ICC, 2012.

    3. ANITUA, Gabriel Ignacio. Histrias dos pensamentos criminolgicos. Rio de Janeiro: REVAN/Instituto Carioca de Criminologia, 2008.

    4. ARROYO, Mario. Evaluando la "Estratega Giuliani": la Poltica de Cero Tolerancia en el Distrito Federal. Project on Reforming the Administration of Justice in Mexico Center For U.S..Mexican Studies, California, 2003.

    5. AZEVEDO, Ana Lusa V. de, RICCIO, Vicente e RUEDIGER, Marco Aurlio. A utilizao das estatsticas criminais no planejamento da ao policial: cultura e contexto organizacional como elementos centrais sua compreenso" in: Cincia da Informao. Braslia: DF, v. 40, N. 1, jan./abr. 2011. Disponvel em: Acesso em: 20/09/2014.

    6. BAUMAN, Zigmunt. Confiana e medo na cidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

    7. BEATO FILHO, Cludio. Polticas pblicas de segurana e a questo social.So Paulo em Perspectiva, So Paulo, v 13, n 4, 1999. Disponvel em: Acesso em: 29/09/2014.

    8. BELLI, Benoni. Tolerncia Zero e a democracia no Brasil: vises da segurana pblica na dcada de 90. So Paulo: Perspectiva, 2004.

    9. BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Elsvier/Campus, 2004.

    10. BRANDO, Junito de Souza. Mitologia Grega. v. I-II-III. Petrpolis: Vozes, 2009.

    11. BRASIL. ENASP - Estratgia Nacional de Segurana Pblica. Meta 2: A impunidade como alvo - Diagnstico da investigao de homicdios no Brasil, Braslia: CNMP, 2012.

    12. BRASIL. Ministrio da Justia. Anurio Brasileiro de Segurana Pblica. So Paulo: Frum Brasileiro de Segurana Pblica, 2013.

    13. CNT/MDA Confederao Nacional do Transporte. Relatrio Sntese:Pesquisa CNT/MDA. Rodada 119. Perodo: 08/08/2014-14/08/2014. 14. CARVALHO, Monique Batista. A poltica de pacificao de favelas e as contradies para a produo de uma cidade segura. In: O Social em Questo. Rio de Janeiro: PUC-RJ,Ano XVI - n 29 2013. Disponvel em: Acesso em: 01/10/2014. 15. CLARKE, Ronald V. FELSON, Marcus.Routine activity and Rational choice. London: Transaction Publishers 1993.

    16. CLARKE, Ronald; ECK, John E. Crime Analysis for problem solvers. In 60 Small Steps. Center for Problem. U.S. Department of Justice. Washington, 2003.

    17. CLARKE, Ronald. Situational crime prevention: successful case studies. NY: Harrow and Heston, 1997.

    18. COSTA, Arthur Trindade Maranho. Entre a lei e a ordem: violncia e reforma nas polcias do Rio de Janeiro e Nova York. Rio de Janeiro: FGV, 2004.

    19. DINIZ, Eli. Crise, reforma do Estado e governabilidade. Rio de Janeiro: FGV, 1999.

    20. FIORI, Jos Lus. O vo da coruja: uma leitura no-liberal da crise do Estado desenvolvimentista. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1995.

    21. FIGUEIREDO, Lucas. O Ministrio do Silncio: a histria do Servio Secreto Brasileiro de Washington Lus Lula (1927-2005). Rio de Janeiro: Record, 2005.

    22. FLEURY, Sonia.Militarizao do social como estratgia de integrao: o caso da UPP do Santa Marta. In: Sociologias, Porto Alegre, ano 14, n.30, mai./ago. 2012, p. 194-222. Disponvel em: Acesso em: 02/10/2014.

    23. GARLAND, David. A cultura do controle: crime e ordem social na sociedade contempornea. Rio de Janeiro: Revan, 2008.

    24. HARRIES,Keith. Mapping Crime: Theory and practice. NY: National Institute of Justice, 1999. Disponvel em: Acesso em: 01/10/2014.

    25. HAESBAERT, Rogrio. O mito da desterritorializao: do fim dos territrios multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009.

    26. HARVEY, David. Condio ps-moderna. So Paulo: Loyola, 1989.

    27. MISSE, Michel (org.). O inqurito policial no Brasil. Rio de Janeiro: UFRJ/Booklink, 2010.

    28. MORAES, P. R. B. Juventude, medo e violncia. Ciclo de Conferncias Direito e Psicanlise: novos e invisveis laos sociais, 2004, p. 1 - 17. Disponvel em: Acesso em: 05/07/2014.

    29. PARAN. Relatrio da Pesquisa de Vitimizao na cidade de Curitiba. CRISP/SESP-PR: Curitiba, Agosto/2006.

    30. PAULA, Ana Paula Paes de. Por uma nova gesto pblica. Rio de Janeiro: FGV, 2011.

    31. RAWS, John. Uma teoria da justia. So Paulo: Martins Fontes, 2002.

    32. SANTOS, Juarez Cirino dos. O adolescente infrator e os direitos humanos. ICPC: Curitiba, 2012. Disponvel em: Acesso em:04/10/2014.

    33. SENNET, Richard. A cultura do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2006.

    34. SILVEIRA, Vladmir Oliveira da; SANCHES, Samyra Naspolini. Direito Penal Mnimo e Direitos Humanos na Poltica Criminal de Eugenio Raul Zaffaroni. Revista Direito & Paz. So Paulo, v. 1, n. 1 (2012). Disponvel em: Acesso em: 06/jul./2014.

    35. SOARES, Luiz Eduardo; GUINDANI, Mirian K..Aspectos bablicos do debate contemporneo sobre a questo criminal no Brasil. In: ZALUAR, Alba (et.al.)Tenses contemporneas da represso criminal. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.(Kindle E-book Edition)

    36. WACQUANT, Luic. As prises da misria. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

    37. WACQUANT, Luic. Punir os pobres: a nova gesto da misria nos EUA. Rio de Janeiro: Revan, 2003.

    38. WAISELWICZ, Jacobo. Mapa da violncia 2014: os jovens do Brasil. Braslia: FLACSO, 2014.

    39. WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Braslia: UNB, 2009.v.2

    40. WENDEL, Travis; CURTIS, Ric. "Tolerncia zero" e a m interpretao dos resultados.Horizontes Antropolgicos, Porto Alegre, ano 8, n. 18, p. 267-278, dezembro de 2002

    41. ZAVERUCHA, Jorge. La militarizacin de la seguridade pblica en Brasil. Revista Nueva Sociedad. n. 213, enero-febrero de 2008, ISSN: 0251-3552.

    42. ZAVERUCHA, Jorge. FHC, foras armadas e polcia: entre o autoritarismo e a polcia (1999-2002). Rio de Janeiro: Record, 2005.

    RESULTADOS / CONCLUSES OU CONSIDERAES FINAIS O sistema de justia criminal e o sistema de segurana pblica foram constitudos em perodos autoritrios da Repblica brasileira. Aps o fim do Regime Militar (1964-85) e com a Constituio cidad de 1988, a herana autoritria ainda perdura. O Brasil um pas marcado por altos indicadores de violncia criminal e policial. O artigo chama a ateno sobre os crimes de homicdios e as estratgias

    repressivas baseadas em uma modernizao conservadora.

    As UPSs foram criadas com o objetivo de reduzir os indicadores criminais. Ao total foram criadas 10 UPSs em Curitiba no ano de 2012. A concluso que este programa, baseado apenas em estratgias repressivas, alheio a outros programas sociais, colaborou com o aumento de letalidade nos

    polgonos territoriais do programa UPS de Curitiba.

    2011 rank 2011 2013 rank 2013

    1 1 3,5 6 1 3,5 2 1 3,5 10 2 9 3 1 3,5 11 2 9 4 1 3,5 12 3 12,5 5 1 3,5 13 3 12,5 7 2 9 15 4 14,5 8 2 9 17 7 17,5 9 2 9 18 7 17,5

    14 4 14,5 19 9 19 16 5 16 20 15 20

    soma ranks 75 soma ranks 135 Valor U1 = 80 Valor U2 = 20

    Teste U de Mann-Whitney

    Rnk UPS total/2011 total/2012 total/2013 var (%) 2013-2011

    1 UPS UBERABA 1 4 9 800

    2 UPS OSTERNACK 1 10 4 300

    3 UPS TRINDADE 4 14 15 275

    4 UPS PAROLIN 2 5 7 250

    5 UPS NSL 1 3 3 200

    6 UPS CAIUA 1 5 2 100

    7 UPS LUDOVICA 2 2 3 50

    8 UPS V VERDE 5 15 7 40

    9 UPS SABARA 2 3 2 0

    10 UPS V SANDRA 1 1 1 0

    Total 20 62 53 165

    HOMICDIOS DOLOSOS NAS UPS DE CURITIBA (2011-2012-2013) -SCOL/CAPE/SESP-PR