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ATLETISMO

SÃO PAULO

2013

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Sumario

Classificação das Provas...................................................................................4

Técnica de

Corrida.............................................................................................6

Educativos de

Corrida........................................................................................7

Corridas de Resistência.....................................................................................9

Conceitos de Velocidade / Provas Rasas........................................................11

Provas de

Revezamento..................................................................................12

Provas sobre Barreira......................................................................................13

Provas de Campo............................................................................................15

Saltos...............................................................................................................16

Arremessos e Lançamentos............................................................................18

Mini

Atletismo...................................................................................................30

Referências......................................................................................................31

Considerações Finais......................................................................................32

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CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS

O atletismo dispõe de várias modalidades, para melhor as conhecermos falaremos sobre elas. As três modalidades do Atletismo são: Corrida, lançamentos e saltos.

Corridas

As corridas dividem-se em curta distância ou velocidade (tipo rápida) que nas competições oficiais vão de 100, 200 e 400 metros. Temos também a competição médio fundo de 800 e 1500 metros e a de longa distância ou de fundo que é 3000 metros ou mais chegando a ultramaratonas.

A maratona é uma corrida de longa distância ou de fundo realizada parcialmente ou totalmente fora do estádio, é uma corrida que envolve grande resistência física sendo seu percurso estabelecido em 42 quilômetros e 195 metros.

Ainda falando sobre corrida, temos as provas de revezamento. Essas provas são disputadas por grupos de quatro atletas que percorrem um quarto da pista e passam o bastão para o atleta a seguir que dará continuidade a prova até que chega a linha final. A passagem da estafeta e feita após 100 metros percorrido por atleta e numa zona de 20 metros de comprimento. Essa também é uma modalidade realizada por homens e mulheres.

Lançamentos

As disciplinas oficiais de lançamento envolvem arremesso de peso, lançamento de martelo, lançamento de disco e lançamento de dardo.

No Arremesso de peso é utilizado uma esfera metálica que pesa 7.26 kg para homens e 4 kg para mulheres.

Martelo similar a essa esfera, porém, possui um cabo que permite fazer movimentos lineares para que a esfera atinja uma distância maior.

Disco pesa 400 g para mulheres e 600g para homens.

Dardo pesa de 600 g para mulheres e 800g para os homens.

Os lançamentos são executados em uma área delimitada, são círculos demarcados no solo para arremesso e lançamento de peso martelo ou disco, e antes de uma linha demarcada no solo para o lançamento de dardo. A partir dessas marcas é que é contada a distância do lançamento.

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A classificação é a mesma para ambos os sexos. Entretanto, os pesos dos implementos utilizados no arremesso de peso e nos lançamentos de dardo e disco variam de acordo com a classe de cada atleta.

É importante ressaltar que para essas provas de lançamento exista uma rede de proteção ao entorno do espaço em que irá acontecer o evento do esporte. É de fundamental importância para a segurança do público e demais pessoas presentes no espaço.

Saltos

As provas de salto são divididas em salto vertical ou salto horizontal.

Nas provas de salto vertical temos o salto em altura e o salto com vara, e nas provas de salto horizontal o salto triplo e o salto em distância.

Salto com vara: Evento atlético onde os competidores usam uma vara longa e flexível para alcançar a altura que de para passar por cima de uma barra. (homens e mulheres).

Salto em altura: O salto em altura é uma modalidade olímpica de atletismo, onde os atletas procuram superar uma barra horizontal colocada a uma determinada altura. A modalidade integra o programa do decatlo e do heptatlo. ( mulheres e homens).

Decatlo é uma competição de atletismo composta por dez provas. Nos Jogos Olímpicos, é exclusivamente praticada por homens. O equivalente feminino desta prova é o heptatlo, com sete provas. São dois dias de provas, que inclui as seguintes modalidades: 1º dia as modalidades 100 metros rasos, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400 metros rasos. 2º dia, como as modalidades de 110 metros barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1500 metros.

Heptatlo é uma competição com sete provas para as atletas femininas, modalidade também praticada ao ar livre. São dois dias de prova com as seguintes modalidades: 100 metros com barreiras, salto em altura, arremesso de peso, 200 metros rasos, salto em distância ou salto em comprimento, lançamento de dardo e 800 metros.

As provas do Delato e do Heptatlo, também são conhecidas como provas combinadas, por terem várias modalidades para que o mesmo atleta as execute.

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TÉCNICA DE CORRIDA

O melhor caminho para fazer uma boa corrida, ter melhor desempenho e não se lesionar é ter uma boa técnica. Não existe uma regra específica para tal, cada um tem seu estilo, mas existem algumas orientações para a biomecânica e eficiência. Aqui estão algumas:

Postura: correr com postura faz com que economize energia com alguns movimentos desnecessários, focando assim na marcha e ritmo;

Diminuição de lesões: ter um bom calçado e com a biomecânica mais apurada você faz com que o impacto com o seu pé dianteiro na corrida diminua e seja melhor absorvido nos músculo, tendões e ligamentos, minimizando o surgimento de lesões.

Para melhorar a técnica de corrida é preciso treinar. Seguem algumas dicas para correr melhor e lembre-se de estar sempre com o tronco erguido e relaxado.

Cabeça: erguida, sempre com o olhar para frente, 20 ou 30 m de distância;

Ombros: evite balança-los e incliná-los para frente;

Braços: cotovelos em 90 ° com balanço para trás do corpo, antebraços paralelos ao chão, palmas das mãos até a altura do peito e na linha do quadril.

Mãos: relaxadas, como se estivessem pegando em um copo;

Tronco: Manter o corpo sempre alinhado facilita a respiração. O corpo deve ficar inclinado para frente e não o tronco, pois pode causar dores na lombar;

Quadril: manter alinhado;

Pernas: relaxadas;

Pés: sempre apontando para frente, na linha do joelho;

Seguindo essas orientações, o tempo fará de você um bom corredor e trará ótimos benefícios á sua saúde.

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EDUCATIVOS DE CORRIDA

Os exercícios educativos de corrida são importantes para o aprimoramento do gesto esportivo, estes exercícios auxiliam trabalhando principalmente os seguintes aspectos:

- Memória muscular: com estímulos específicos, a musculatura é capaz de recrutar mais fibras durante um determinado movimento e coordená-lo com velocidade e frequência respiratória;

- Ajuste postural: condicionamento da postura ideal durante a corrida, associando a movimentação de membros superiores, alinhamento do tronco, elevação dos joelhos e inclinação do corpo;

- Técnica da corrida: manutenção da amplitude da passada para economia de energia, controle da frequência da passada, elevação dos braços, diminuição do peso do tronco, controle da frequência respiratória e posição dos pés no contato com o solo (ataque);

- Otimização do gasto energético: quando o gesto esportivo é executado de maneira correta, o atleta despende de menos energia durante a corrida.

Os exercícios educativos são simples e não ocupam muito tempo em sua execução, sendo recomendável realizá-los no início dos treinos para melhoria das técnicas, quando o atleta não está sob o efeito da fadiga muscular e apto a receber estímulos; e antes das provas de corridas, como forma de aquecimento.

Skipping alto / para frente: elevação alternada dos joelhos até a altura do abdome, coordenando membros inferiores com superiores também de maneira alternada, correndo no lugar ou em deslocamento;

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Skipping para trás ou Anfersen: com o tronco levemente inclinado a frente, flexionar os joelhos de forma alternada, tocando os glúteos com os calcanhares e coordenando a movimentação dos braços, correndo no lugar ou em deslocamento.

Kick out: movimento ritmado com os joelhos em extensão, tocando a ponta dos pés no solo de forma alternada ao movimento dos braços (que permanecem com o cotovelo em um ângulo de 90°).

Saltitamento: pequenos saltos contínuos, mantendo afastamento das pernas na largura do quadril. Saltos curtos sem tocar os calcanhares no solo.

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Hopserlauf (passeio no parque): corrida alternando saltos com elevação do joelho e do braço contralateral.

CORRIDAS DE RESISTÊNCIA

Também conhecida como prova de fundo, as provas de fundo remetem a antiguidade, quando os mensageiros percorriam longas distancias para levar recados. Fazem parte desta modalidade olímpica as provas de 3000 metros com obstáculos, 5000 metros, 10000 metros e maratona.

Quando as provas são realizadas em pista a distancia é representada em metros e quando realizadas em rua sua medição é determinada em kilometros.

O corredor de fundo necessita de um excelente nível de condicionamento de sua capacidade aeróbia, de resistência geral. Para isso, os treinos semanais devem ser de cerca de 20 a 30 kilometros para provas de 5 kilometros, 30 a 40 kilometros para provas de 10 kilometros e 70 a 80 kilometros para provas de maratona.

Visando níveis de competição, a frequência cardíaca deve ser trabalhada em 95% para provas de 5000 metros, 90 a 92% para provas de 10000 metros e 85% para provas de maratona.

O ritmo de corrida é fundamental para as pretensões de qualquer corredor de fundo que se preze. Ao variar demais o ritmo na competição, o corredor promove um gasto de energia excessivo e desnecessário que prejudica o seu desempenho. Assim, quanto mais o corredor se manter fiel a um ritmo equilibrado, sem variações bruscas, maior será a sua possibilidade de desenvolver uma ótima corrida, retardando o surgimento da fadiga.

Técnicas de respiração devem ser levadas em consideração para melhorar a resistência e resultar em melhores desempenhos nas corridas de distância maiores. Devemos respirar com ritmo, manter a respiração curta e superficial, realizar a respiração abdominal e respirar pela boca quando necessário.

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3000 metros com obstáculos

É o nome de uma prova olímpica disputada numa pista de atletismo com 400 metros e possui 5 obstáculos, sendo que um dos obstáculos possui água (conhecido como fosso).

Cada barreira possui 91,4 centímetros de altura para os homens e 76,2 centímetros de altura para as mulheres, pesando de 80 a 100 kilos cada.

O fosso obrigatório em frente a uma das barreiras tem 3,66 metros de comprimento e seu fundo é inclinado, começando com 70 centímetros de profundidade até chegar ao mesmo nível da pista ao final do comprimento, o que significa que quanto mais longe o atleta que a ultrapassa conseguir pular, menos água e pressão contraria pela frente terá nos pés e tornozelos, resultando em vantagem aos melhores saltadores.

É uma prova que possui bastante variação de ritmo.

5000 metros

A prova de 5000 metros esta presente nos jogos pan-americanos, sul-americanos e também no calendário olímpico.

Trata-se de uma prova de corrida masculina e feminina, de pista e o seu percurso consiste em 12 voltas de 400 metros e mais 200 metros (meia volta) para completar os 5000 metros na pista.

Não existem obstáculos, pois se trata de uma corrida de metros rasos.

Essa prova exige resistência principalmente do sistema de energia aeróbia, mas em alguns momentos exige também resistência do sistema anaeróbio.

Sua pratica desenvolve habilidades físicas como resistência, velocidade, força, agilidade e coordenação motora.

10000 metros

É uma modalidade olímpica do atletismo, a prova é disputada em pista e leva 25 voltas na pista de 400 metros para ser completada.

É uma prova de longa distancia muito similar aos 5000 metros, onde o desafio do atleta é manter um bom ritmo durante toda a prova. A respiração e os batimentos cardíacos devem estar controlados, apenas esperando o momento certo para a arrancada final.

A largada ocorre com os atletas alinhados e não ha o respeito pelas raias.

Os competidores dessa prova geralmente são os competidores da prova de 5000 metros.

Os 10000 metros é a prova mais longa realizada na pista de atletismo.

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Maratona

A maratona é a mais célebre das provas de atletismo, originada na lenda da batalha de Marathon, disputada entre gregos e persas em 490 AC. Pela historia, os gregos derrotaram os inimigos e pediram que um bravo soldado, Feidípides, corresse a distancia de 40 kilometros entre Marathon e Atenas para comunicar o feito. Após avisar aos atenienses da vitória, caiu morto em exaustão.

Entre 1896 e 1904 a maratona teve distancias variáveis, sendo que nos jogos de Londres, em 1908 estabeleceu-se o percurso em 42195 metros. Essa era a distancia entre o estádio olímpico e o Palácio de Windsor, onde a família real inglesa exigiu que fosse dado o inicio para acompanhar a largada.

Uma das mais longas, desgastantes e difíceis provas do atletismo, a maratona é, ininterruptamente, uma prova olímpica desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos, em Atenas 1896.

 Popularizada em fins do século XX como corrida de massa, mais de 500 maratonas são realizadas anualmente em todo mundo. Algumas delas são disputadas por apenas algumas dúzias de atletas enquanto outras podem comportar dezenas de milhares deles.

É uma prova disputada em ruas.

É tradicionalmente o último evento dos Jogos Olímpicos.

CONCEITOS DE VELOCIDADE / PROVAS RASAS

As provas de velocidade rasas caracterizam-se por serem provas de curta distância e tem como objetivo percorrer essa distância no menor tempo possível. As provas rasas são divididas em 100 metros, 200 metros, 4x100, 4x400 metros. Os atletas têm que correr a totalidade da prova dentro dos limites da pista que lhe foi atribuída, um atleta é desclassificado se ultrapassar as linhas de sua pista.

Nas provas rasas, há quatro tipos de técnica de velocidade, a fase de reação que ocorre no momento da largada, a fase de aceleração é a qual se pretende atingir a velocidade máxima em um período de tempo mais curto possível, ocorre nos primeiros quatro segundos da prova, a fase de velocidade máxima período que o atleta consiga manter a sua velocidade máxima, ocorre no quinto e no sexto segundo da prova, a fase de resistência de velocidade pode ocorrer nos últimos metros da corrida, ou seja, no sétimo segundo até o final da prova.

Entretanto a aceleração e a velocidade máxima são as fases mais importantes em provas de 100 metros e de 200 metros sendo essas fases são responsáveis pelo resultado final da

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prova, já nas provas de 400 metros a resistência de velocidade e a resistência anaeróbia láctica são responsáveis pelo resultado da prova.

Portanto as técnicas usadas nas provas rasas, são de extrema importância para um bom desempenho de uma corrida de velocidade, essas fases se desenvolvem em ciclos de uma prova e se o atleta consegue desenvolver corretamente as fases de velocidade ele garante uma prova de sucesso.

PROVAS DE REVEZAMENTO

As provas de revezamento são disputadas por quatro integrantes, no feminino e no masculino em provas de 4x100 metros e 4x400 metros. Durante a prova os atletas se revezam correndo partes do circuito.

Os corredores devem passar o bastão de metal ou de madeira ao próximo corredor dentro de uma zona determinada, as trocas de bastão são obrigatórias dentro de uma zona de passagem de 20 metros, cada atleta que recebe o bastão já deve estar correndo em alta velocidade e deve apanhá-lo de costas, e se por algum motivo o bastão cair o corredor pode sair de sua raia para recuperá-lo desde que isso não diminua a distância percorrida.

Na prova de 4x100 metros, todos os corredores devem permanecer nas raias de largada durante toda corrida e são utilizadas três técnicas no revezamento de 4x100, passagem ascendentes, passagem descendentes, passagem lateral. Na passagem ascendente, o bastão é transmitido de baixo para cima, através de movimento ascendente das mãos, o entregador deposita o bastão na mão do receptor de forma que a extremidade livre do bastão seja aquela a ser agarrado pelo corredor, na passagem descendente o bastão é transferido de cima para baixo nas mãos do atleta através de um movimento descendente do braço, entregador coloca a extremidade livre do bastão sobre a mão do corredor que está recebendo, já na passagem lateral o bastão e transmitido ao lado do atleta que esta recebendo, através de um movimento pela lateral do corpo colocando o bastão sobre as mãos do atleta.

Na prova de 4x400, o corredor iniciante deve permanecer na raia durante toda a volta, o primeiro corredor realiza a saída do bloco de partida e corre em raia marcada, o segundo corre apenas a primeira curva em raia marcada, o terceiro e quarto correm em raia livre nesse revezamento a técnica utilizada é a visual o bastão é transmitido para o atleta que recebe o bastão, que se posiciona no início da zona de passagem de 20 metros, olhando

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para trás, todos que recebem o bastão com a mão esquerda passam para o companheiro com a mão direita, nessa passagem o bastão é transmitido de cima para baixo ou descendente.

PROVAS SOBRE BARREIRAS

Homens e mulheres competem em corridas com barreiras curtas e longas, corrida com barreiras curta padrão tem 110 metros para homens e 100 metros para mulheres e a corrida com barreiras longa padrão tem 400 metros para ambos, homens e mulheres.

Existem duas alturas de barreira padrão: alta e intermediária, sendo que as corridas com barreiras curtas usam barreiras com 1,7 metros de altura para homens e 84 cm de altura para as mulheres. As corridas com barreiras longas usam barreiras com 90 cm de altura para homens e 76 cm de altura para as mulheres.

Regras para os 110 m com barreiras para homens

Dez barreiras são espaçadas igualmente para os 110 m com barreiras para homens e as barreiras dos 110 m são iniciadas fora dos blocos. A primeira barreira fica a 13,72 m da linha inicial e as próximas 9 barreiras mantêm uma distância de 9,14 m umas das outras. A última barreira fica a 14,02 m da linha de chegada. Os corredores não são desclassificados se tocam ou derrubam uma barreira desde que não se julgue que foi mal intencionado.

Regras para os 100 m com barreiras para mulheres

Dez barreiras são espaçadas igualmente nos 100 m com barreiras para mulheres e as barreiras dos 100 m são iniciadas fora dos blocos. A primeira barreira fica a 13 m da linha inicial e as próximas 9 barreiras mantêm uma distância de 8,5 umas das outras. A última barreira fica a 10,5 m da linha de chegada. As corredoras não são desclassificadas se

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tocam ou derrubam uma barreira desde que não se julgue que foi mal intencionado.

Regras para os 400 m com barreiras

Dez barreiras são espaçadas igualmente nos 400 m da corrida com barreiras. As barreiras dos 400 m são iniciadas fora dos blocos. Os corredores não são desclassificados se tocam ou derrubam uma barreira desde que não se julgue que foi mal intencionado.

Pontuação

O competidor com o tempo final mais rápido é declarado o vencedor.

Lista de modalidades olímpica

110 metros com barreiras para homens400 metros com barreiras para homens100 metros com barreiras para mulheres400 metros com barreiras para mulheres

História das corridas com barreiras

As corridas com barreiras constituem uma especialidade relativamente nova do atletismo, se comparadas com outras provas, como as corridas rasas, o arremesso do disco e do dardo e o salto em extensão, que já eram praticadas na antiga Grécia, vários séculos antes da nossa era.

As primeiras referências encontradas por nós sobre as corridas com barreiras datam do ano de 1837, quando foi celebrado esse tipo de prova no Eton College (EUA). Em 1853, temos uma menção sobre uma competição entre afeiçoados do atletismo: uma das provas era uma corrida desenvolvida sobre 50 obstáculos de 1,06m de altura. O dado mais autêntico sobre a primeira marca conseguida em uma corrida com barreiras é de 17"7, alcançada por A.W.T. Daniel em 1864, em uma competição entre Oxford e Cambridge.

Pouco depois, parece que foi aceita a prova com passagem sobre 10 barreiras de 1,06m de altura, como se faz nos 110m atuais. Logo no ano de 1866, em reunião realizada em Oxford, ficou estabelecido que a barreira-padrão teria a altura de 1,06 metros, porém muitos corredores tiveram sérias contusões ao esbarrar nesses obstáculos, por serem fixos no chão e também por serem coletivos, isto é, tomavam toda a largura da pista. Algum tempo depois, os obstáculos passaram a ser individuais, tendo a forma de um cavalete maciço, o que constituía também um perigo para aqueles que o tocassem no transcorrer da prova, pois fotos tiradas do corredor Maloney, de Chicago, deixam transparecer que todos os obstáculos ultrapassados por ele em uma prova desse tipo estavam derrubados no solo, vendo-se também claramente que várias partes do seu corpo encontravam-se ensanguentadas, decorrência do contato direto do corpo do atleta com as barreiras antes de derrubá-las.

Já no início do nosso século, o interesse pelas corridas sobre barreiras aumentou

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grandemente. Obstáculos foram trocados por um tipo mais leve, que, ao ser tocado pelo corredor, caía ao solo, era a barreira baixa (0,75 m); caso o barreirista derrubasse três delas, era desclassificado.

PROVAS DE CAMPO

O atletismo se divide em provas de campo e provas de pista. As provas de campo são os arremessos e lançamentos, e os saltos. E temos as provas de pista, que são as corridas com barreiras, com obstáculos e corridas rasas. Além dessas, existem as provas combinadas, que são o Heptatlo para as mulheres e o Decatlo para os homens.

Porém, o objetivo deste capitulo é descrever as provas que integram as provas de campo. São elas:

Saltos

As provas de saltos se dividem em saltos em distância e saltos em altura.

Salto em Distância: No salto em distância o atleta corre 40 metros em uma pista e pula sem auxílio de nenhum instrumento em uma caixa de areia. A distância do salto é medida do início da caixa até sua primeira marca na areia. Nessas modalidades não existe diferença entre homens e mulheres, apesar de competirem em categorias separadas.

Para se conseguir uma boa performance, é necessário que o aluno/atleta aprenda as técnicas de voo, que são o Estilo Grupado e o Estilo em Arco. Estilo Grupado: o atleta leva as suas pernas a se juntarem logo após a impulsão e continua o restante do voo em uma posição sentada, com ambas as pernas estendidas ou com os joelhos flexionados em um ângulo mais ou menos reto. Estilo em Arco: O atleta se lança para a frente com sua perna dianteira e em seguida, movimenta-a rapidamente para baixo e para trás até que esteja com ambas as pernas juntas e um pouco além da linha de seu corpo, produzindo uma reação contrária na parte superior do corpo, estendendo-o, para que fique quase na vertical.

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Salto em Altura: No salto em altura o atleta corre numa pista de no mínimo 20 metros para então saltar com a ajuda de uma vara sobre um obstáculo, ele pode tocar com o corpo no sarrafo, desde que este não caia. Cada salto que ele consegue a altura vai aumentando, vencendo o atleta que saltar mais alto sem derrubar o sarrafo.

A técnica mais moderna e utilizada no salto em altura é o flop ou estilo fosbury, onde saltador ultrapassa a fasquia de costas, passando primeiro com os ombros de rosto virado para o céu, depois com o resto do corpo.

Arremesso de peso

È uma modalidade olímpica de atletismo, onde os atletas competem para arremessar uma bola de metal o mais longe possível. As qualidades principais do atleta campeão são a força e a aceleração. Técnica de arremesso: Na técnica de deslocamento linear o atleta deve (partindo de uma posição em que está de costas para a área de arremesso), dar um pontapé para trás e depois para baixo com a perna contrária a sua perna de apoio, e em seguida projeta-se o quadril para a frente e para cima girando o tronco e ficando de frente para a área de lançamento e, esticando o braço que deverá segurar o peso contra o pescoço, lançar o peso para a frente, utilizando o seu corpo para aumentar o impulso.

Lançamento de Disco

O objetivo da prova consiste em lançar um disco na distância mais longa possível. Técnica de lançamento: O atleta segura o disco plano contra os dedos da mão e o antebraço do lado do lançamento, logo gira sobre si mesmo rapidamente e lança o disco ao ar estendendo o braço.

Lançamento de Dardo

O objetivo da prova consiste em lançar um dardo na distância mais longa possível. Técnica de lançamento: O atleta corre para tomar impulso e lança o dardo numa pista de lançamento com 34,9 metros de comprimento e 4 metros de largura. O lançador faz um giro rápido com o quadril e lança.

Lançamento de Disco

O objetivo da prova consiste em lançar um martelo na distância mais longa possível. Técnica de lançamento: Segurando a alça com as duas mãos e mantendo os pés imóveis, o atleta faz a bola girar três ou quatro vezes, num círculo que passa por cima e por baixo da sua cabeça. Quando o martelo alcança velocidade, o atleta gira sobre si próprio duas ou três vezes para acelerar mais a bola e logo a solta para cima e para frente.

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SALTOS

Saltos em altura

O salto em altura e uma disciplina do atletismo que consiste na transposição de uma fasquia. O aparecimento do Fosbury Flop, a técnica mais utilizada nos dias de hoje pelos atletas de alta competição e um exemplo paradigmático. E a técnica que devemos utilizar na escola porque permite uma evolução mais rápida e eficaz dos alunos. A técnica de tesoura não deve ser usada, nem como forma de iniciação ao Fosbury, porque inclui uma sequencia de movimentos completamente diferentes em todas as fases do salto.

A sequencia de movimentos que precede o salto tem por objetivo potenciar ao maximo a impulsão vertical e pode ser dividida nas seguintes fases: Corrida de aproximação, Impulsão, Transposição e Queda.

A barra de transposição mede cerca de 1 metro e o colchão para a queda mede 3x3.

Salto abaixo de 1 metro o individuo cai com a perna afastada para evitar lesões principalmente de joelho. (Atleta tem três chances).

Quando o individuo tem pernas mais longas, o centro de gravidade se eleva facilitando a impulsão durante o salto. O salto se for com a perna de impulsão esquerda, o atleta se posiciona do lado direito.

Nas aulas praticas realizada em ambiente de sala de aula, foram realizados aulas de transposição usando cones, no qual foram realizados saltos com elevação de joelho, alternadamente e com elas conjuntas. Realizou-se com o uso de cordas, com altura inferior a 1 metro transposições.

Perfil: Magro, alto e pernas longas.

Salto em distancia

O salto em distancia e uma prova de potencia, sua performance esta diretamente relacionada com a velocidade de impulso. Os fatores que influenciam os resultados são:

Velocidade horizontal (corrida de impulsão); Velocidade vertical (impulsão); Trajetória de centro de gravidade do corpo e os fatores mencionados para as corridas.

A sequencia completa de um salto em distancia compõem de corrida de impulsão, impulsão, voo e queda.

Salto com vara

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E o tipo de salto mais complexo.

Competidor se desloca em uma pista de corrida com exatos 35 metros de comprimento e no final dela uma caixa de encaixe da vara e colchões para a queda.

As varas são compostas por material avançado de fibra de carbono e para isso a mesma precisa de 3 principais itens sendo eles: Envergadura, peso e data de validade.

Nos saltos com vara os saltos e suas respectivas alturas são ajustáveis de acordo com a altura do competidor.

Perfil: Competidor não tão alto (estatura media), Forca de braço e agilidade.

Salto Triplo

Este salto utiliza as mesmas regras do salto em distancia, com exceção de que a tabua e a linha limite do salto ficam no mínimo a 11 metros da caixa de areia. Principais básicos são: velocidade, potência, coordenação, equilíbrio e flexibilidade.

Compõem-se de: Corrida de aproximação, Salto (hop): chamada voo e queda, Salto Step ou parada.

Perfil: Indivíduos altos, pernas longas e ágeis.

ARREMESSOS E LANÇAMENTOS

Arremesso de peso

A maior característica do lançamento do peso é a de ser reservada para pessoas fortes, em todas as épocas. Tanto isto é verdade, que os povos antigos praticavam o arremesso usando pesadas pedras, que com o passar dos anos foram substituídas pelo atual peso. Após esta época, nos seus tempos livres, os soldados lançavam balas de canhão, numa evolução posterior do lançamento que era realizado pelos celtas e escoceses.

Jim Fuchs (USA), após 1940, utilizando uma técnica diferente da até então conhecida ortodoxa (cuja posição inicial, deslocamento e posição final eram realizados na posição lateral), conseguiu superar o recorde mundial, com 17.95 m. Este novo estilo, iniciava o arremesso em posição lateral, terminando o deslocamento com as costas voltadas para a direita do lançamento.

Observando a técnica de Fuchs, um homem que marcou época na história desta prova, outro americano, Parry O'Brien, partiu para o seu estilo próprio. Este atleta, vencedor dos

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Jogos Olímpicos de 1956 e 1960, se convenceu que seria o primeiro homem a arremessar um peso de 7.257 kg acima de 20 metros.

Tamanha era a sua obsessão, que transportava um peso dentro do seu carro e onde quer que parasse, treinava horas a fio. O’Brien concluiu que poderia iniciar o deslocamento com o corpo de costas para a direção do lançamento, o que daria ao peso, um maior caminho dentro do círculo, lhe permitindo maior impulso e velocidade. Até hoje, esta técnica é a preferida pela maioria dos arremessadores, embora uma outra, a do arremesso com giro, surgida com o atleta russo. Alexander Baryschikov, em 1972, conseguindo um número considerável de adeptos, com bons resultados.

A Técnica do arremesso de peso: Para nosso estudo, vamos analisar a técnica desenvolvida por Parry O'Brien. Nela, na posição inicial, o atleta está de pé, virado para trás, em relação ao sentido do lançamento. Esta posição facilita a aceleração continuada do engenho ao longo de uma linha reta.Para que se possa compreender melhor, dividiremos a técnica em fases de acordo com os diversos movimentos realizados na execução do arremesso. Desta forma, temos:

Empunhadura: O atleta pega o peso de modo que o mesmo fique repousado sobre a base (calo) dos dedos. O mínimo e o polegar servem de apoio lateral, enquanto que os outros três dedos da mão ficam ligeiramente afastados. O peso não deve ser seguro com contração da mão, também não pode rolar na sua palma.Desta forma, o peso é levado na cavidade do pescoço, abaixo do maxilar inferior. A palma da mão, está sob o implemento, flexionada no punho, com o cotovelo ligeiramente levantado e puxado para adiante. O braço aponta para frente e para baixo, enquanto que a cabeça é conservada na sua posição normal.Com o cotovelo e antebraço exatamente abaixo do peso, esta posição se manterá desde a inclinação do atleta para adiante, até o final do deslizamento.

Posição inicial: O arremessador posiciona-se de pé, em afastamento antero-posterior das pernas na parte posterior do círculo e de costas para o setor de arremesso. O peso do corpo recai sobre a perna direita, enquanto que a esquerda fica ligeiramente afastada atrás, apoiada na ponta dos dedos.

Deslocamento: O corpo do atleta na posição acima descrita tem um certo grau de inércia que para ser quebrado, requer movimentos preliminares, antes de iniciar o deslocamento propriamente dito. Assim o atleta flete o tronco para adiante e compensando esta flexão, leva a perna esquerda para trás e para cima. Quando o tronco e a perna esquerda estiverem quase paralelos ao solo, a perna direita flexionada e a outra é trazida para junto dela. A inclinação do tronco aumenta e o quadril é levado para trás provocando um desequilíbrio.

Após esta sequencia, inicia-se o deslocamento, quando a perna esquerda é lançada energicamente para trás e para baixo, ao mesmo tempo em que a perna direita sofre um deslocamento para trás, no sentido do arremesso. O pé direito vai assentar-se no centro do círculo, com a sua polpa planar com a ponta voltada para a esquerda.

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Desta forma, o pé esquerdo lançado para trás e para baixo, assenta-se a seguir próximo ao anteparo, também com a sua ponta voltada para a esquerda. O peso deve ser mantido sobre a parte posterior do círculo o maior tempo possível. O quadril gira um pouco para a esquerda, acompanhando a estrutura criada pelas pernas, com o tronco e a linha dos ombros ainda voltados para o sentido oposto ao lançamento. Assim é formada a conhecida posição em “T”.

Posição de arremesso: Esta fase técnica se caracteriza logo após o deslocamento, com o assentamento de ambos os pés no solo. Sua correta execução é de importância fundamental para o êxito do arremesso. O peso do corpo fica sobre a perna direita flexionada, no centro do círculo. O lado direito do quadril se flexiona, em uma torção preparando a impulsão final para cima e para frente, enquanto o pé esquerdo se coloca próximo da borda interna do anteparo. Assim o corpo se coloca em posição para o arremesso. A posição do tronco em relação aos membros inferiores é correta, quando as costas, a nádega esquerda e a perna esquerda, formam uma linha reta.

Arremesso propriamente dito: A ação do arremesso, conduzido pela perna direita, inicia-se com uma extensão clara de ambas as pernas e uma rotação e elevação do tronco. É aí que se verifica a maior velocidade do peso. Nos movimentos que se sucedem é importante o emprego sucessivo da perna direita, do lado direito do quadril e do tronco. O lado esquerdo do corpo é fixado nas articulações, constituindo o eixo de rotação do lado direito do corpo.

Ao começar a extensão da perna e ao erguer-se o tronco, o peso encontra-se ainda encostado no pescoço do atleta. O movimento de extensão do corpo é ajustado pelo braço esquerdo que gira para a esquerda e para trás, até que os eixos dos ombros e da bacia fiquem paralelos, desfazendo assim a torção. Aí tem início a extensão do braço direito.

Durante a elevação e rotação, o ombro esquerdo está mais elevado. O peso do corpo passa a perna esquerda, que tem ainda a função de deter o avanço da pélvis, acentuando a elevação e a rotação do tronco.

Desta forma o peso é impelido com uma extensão total e simultânea das pernas, tronco e braço direito. O ombro direito se eleva acima do esquerdo e assim o peso perde contato com o arremessador pelas pontas dos dedos cuja mão acompanha o movimento até o final, na ação vulgarmente denominada de “tapinha”, num ângulo aproximado de 40º.

Reversão: A ação final coloca o arremessador de frente para a direção do arremesso, animado de uma grande velocidade, em consequência das ações anteriores. Isto ocasiona um desequilíbrio para frente, com o adiantamento do centro de gravidade, para que o arremesso não queime, devido à falta que o atleta pode cometer, torna-se necessário retomar o equilíbrio. Nesta volta ao equilíbrio, há necessidade de uma ação especial que se denomina reversão. Consiste numa troca das posições das pernas, com a esquerda puxada para trás, enquanto o pé direito assenta-se no solo, próximo ao anteparo. A perna direita flexiona-se absorvendo o impacto do peso do corpo e o abaixamento do centro de gravidade. O tronco gira para a esquerda e o braço direito é conduzido contra o corpo. Esta reversão deve ser muito rápida, mas nitidamente separada do movimento de impulsão para o arremesso.

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Característica do arremessador do peso: Principalmente para formação de base, qualquer atleta (independente da idade, da estatura ou do peso), pode aprender esta prova. No entanto, para obtenção de resultados, as características acima citadas não podem ser desprezadas. Muitos dos grandes arremessadores de peso são pessoas altas e corpulentas, com muita força e velocidade.Ao passo que outras características físicas podem ser desenvolvidas à custa de muito treino, a estatura não admite alterações e o peso só pode ser modificado até certo limite. O jovem atleta antes de decidir praticar o arremesso de peso, para obtenção de resultados, deve ponderar os fatores citados.O lançamento do peso é uma prova em que, muitas vezes, só se alcança o máximo de performance, ao cabo de uma longa carreira. Portanto, não é invulgar ver um atleta que começou aos 15 ou 16 anos alcançar o seu máximo apenas depois dos 8 a 13 anos de treino intensivo. Entre os melhores especialistas mundiais de ambos os sexos há alguns com 25 anos ou mais. Perry O’Brien (USA) obteve um recorde mundial com 28 anos e G. Zybina (URSS) o elevou o seu máximo quando já tinha 31 anos de idade.As qualidades físicas mais importantes para o arremessador de peso são a força e a velocidade.

Lançamento de disco

Ao que parece, o lançamento do disco foi descoberto pelos pescadores que lançavam placas chatas de pedras sobre a superfície da água, para que estas deslizassem. Ainda hoje, é bastante comum ver nossas crianças praticarem esta brincadeira.

A popularidade do lançamento do disco na antiga Grécia, com a variedade de posições que adota o corpo em seus movimentos, serviu de inspiração para os artistas da época.

Foram criadas obras maravilhosas, como por exemplo, o discóbolo calculando seu lançamento, de Alcamenes, que até hoje se encontra no Museu do Louvre, de Paris.

Antigamente o arremesso do disco era praticado de uma forma muito diferente, da que é utilizada atualmente. A plataforma de arremesso era denominada Balbis e se o disco caísse da mão no momento em que ia ser lançado, o atleta era desclassificado. Partindo daí, o desenvolvimento da técnica do arremesso do disco tem consistido em recorrer a técnicas antigas, já obsoletas, para torná-las efetivas.

No princípio dos Jogos Olímpicos modernos (Atenas, 1896), a forma de arremessar o disco pouco tem em comum a atual. O atleta se colocava sobre um pedestal, não permitia nenhuma volta e era obrigado a saltar deste pedestal após o lançamento.

O americano Garret resolveu poucos dias antes dos Jogos Olímpicos participar da prova, uma vez que faltava um elemento na equipe e marcou o recorde mundial da época com 29,15 metros. Foi estabelecida uma nova regra logo depois (1897) na qual o atleta poderia usar um círculo de 2,13m de distância e daí começaram a surgir os grandes nomes que marcaram época. A primeira grande estrela foi um vigoroso policial nova-iorquino, de origem irlandesa que em apenas 10 anos (1901/1911) quebrou sete recordes mundiais sendo que

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sua máxima distância alcançada foi de 43,08m. Porém, o maior herói olímpico do lançamento do disco, ainda é Al Oerter. Este atleta, um gigante de 1,93m e 125 quilos era famoso por seus nervos de aço. Recordista mundial venceu quatro olimpíadas (Melbourne, Roma, Tóquio e Cidade do México). Embora a sua vitória em Tóquio não fosse uma grande surpresa o sucesso repetido em 1966, foi emocionante.

Considerado “velho” conseguiu, no entanto 64,78 metros e novo recorde mundial. Melhores implementos e instalações, bem como um treinamento, tem melhorado bastante o índice técnico desta prova.

Técnica do lançamento do disco: Uma análise dos movimentos do lançamento do disco mostra as seguintes fases:

Empunhadura: O disco deve ser seguro de uma maneira bem descontraída, ficando apoiado pelas falanges distais e afastamento dos dedos, com exceção do polegar que não participa desta sustentação, mas ajuda no seu equilíbrio. O indicador se posiciona aproximadamente sobre o seu diâmetro, enquanto existe uma ligeira flexão do pulso, permitindo que a parte superior toque o antebraço. Assim se obtém a conveniente descontração e evita que o disco caia da mão do atleta, durante os movimentos seguintes.

Posição inicial: O atleta toma a posição na parte posterior do setor de lançamento, de costas voltadas para o sentido que este vai se realizar o afastamento dos pés, formando a base, é igual à largura dos ombros. O peso é equitativamente distribuído em ambas as pernas, com o disco ao lado do corpo. Após a colocação do corpo nessa posição, iniciam-se os balanceamentos preparatórios (três geralmente), onde o disco é levado de um lado para o outro do corpo, que o acompanha descontraidamente com participação total. Estes balanceios, além da quebra da inércia, têm por objetivo concentrar o atleta para a realização do arremesso e também auxiliar a impulsão favorecendo a velocidade do giro.

Giro ou deslocamento: A finalidade do giro é acelerar o disco de forma continuada, ao longo de um percurso tão extenso quanto possível, anterior aos movimentos do lançamento propriamente dito. Uma das principais forças atuantes no lançamento é a força centrífuga, que é aumentada durante o giro, pois o caminho que o disco percorre em torno do eixo representado pelo lançador, é bem maior.

O giro é iniciado com as pernas. A esquerda começa a girar sobre a planta para se dirigir ao sentido do lançamento, neste exato instante, o corpo começa a se deslocar e o arremessador leva, então, o seu peso sobre o pé esquerdo, que será o eixo do giro. O pé direito permanece no solo até o momento em que o lançador se encontre equilibrado sobre o pé esquerdo. Após perder o contato com o chão, é lançado em direção ao centro do círculo. No momento em que o pé direito se aproxima do seu objetivo, o esquerdo perde o contato com o solo, havendo assim uma fase de suspensão. Este movimento é na realidade um salto rasante e veloz.

Quando a perna direita fletida tiver o contato com o solo (ao centro do círculo e sobre a planta do pé), passa a ser o pivô. A perna esquerda é conduzida adiante, na parte anterior do círculo, formando assim a posição de lançamento.

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Como sempre acontece durante todo o giro, o braço de lançamento continua atrasado, com relação ao eixo da linha dos ombros.

Posição final ou de lançamento: Na posição de lançamento ambos os pés assentados no solo, numa distância aproximada (dependendo da estatura do atleta) de 70 a 80 cm, em afastamento antero-posterior. O peso do corpo está sobre a perna direita no centro do círculo formando um ângulo de 150º em relação à direção do lançamento. O pé esquerdo apoia ao lado do anteparo, a cerca de 10 cm com um ângulo em torno de 90º, relacionado com a direção do lançamento. O braço que segura o disco está ainda bem atrás, para o lado direito, permitindo assim uma impulsão máxima do disco. O tronco forma uma linha do ombro esquerdo até o pé esquerdo, sendo ainda que o ombro esquerdo fica na mesma linha vertical do joelho e ponta do pé direito.

Lançamento propriamente dito: Esta é a mais importante fase de toda técnica do lançamento do disco. Assemelha-se muito com a técnica do arremesso do peso, com exceção da diferença da posição do braço arremessador. O mecanismo de impulsão é quase idêntico nos dois casos.

Primeiramente, a perna esquerda freia o lado esquerdo do corpo, enquanto que, sob a impulsão da perna direita e do tronco, o corpo se volta, elevando-se bruscamente, arrastando o braço que arremessa, o qual atua em atraso com relação ao peito, que se encontra de frente. A perna esquerda freia o movimento do lado esquerdo do quadril, enquanto que a direita impulsiona o quadril para o alto e para a frente. A pélvis acentua seu avanço sobre o tronco (formando um arqueamento). Este se manifesta através de uma rápida rotação para frente.

Os ombros se abrem e o braço arremessador prolonga a sua demora antes de efetuar uma rápida “Chicotada” para frente e para o alto. No instante em que se solta o disco, o peito está voltado para frente. O braço esquerdo flexionado, a cabeça elevada, a perna esquerda completamente estendida e o braço arremessador quase na horizontal, tendo a palma da mão voltada para baixo, no prolongamento do eixo dos ombros. Desta forma, o disco abandona a mão, sofrendo por último a ação do dedo indicador e sai girando no sentido dos ponteiros do relógio num ângulo próximo dos 40º.

Devemos observar que durante o giro, o disco não fica muito longe do corpo, mas na sua trajetória final, estará bem afastado.

Reversão: Após soltar o disco, devido à grande velocidade com que o mesmo é arremessado, a tendência do corpo (o tronco em especial) é de desequilibrar para frente.Com isto, caso não consiga recuperar o equilíbrio, o atleta pode cometer uma falta que anulará a sua tentativa. Para que isto não ocorra, fará a reversão, que consiste numa inversão da posição das pernas. Com isso, ele coloca a perna direita flexionada à frente e puxa a esquerda atrás. Alguns continuam girando sobre a perna direita, após a reversão.

Características do lançador do disco: O principal atributo físico para o atleta que se dedica ao lançamento do disco é a velocidade. Porém, a mobilidade, a agilidade, a estatura, o peso e a idade, também são de importância fundamental.

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O tipo de movimento do lançamento do disco exige grande habilidade, que permite ao atleta executar, em rigorosas condições competitivas e de modo rápido e correto, uma ação relativamente complexa no aspecto técnico, como esta. Para a grande torção exigida, é necessário possuir boa flexibilidade nas articulações dos quadris e dos ombros.

A estatura, peso e idade, são também atributos físicos importantes para um atleta que deseja alcançar resultados de nível máximo. Por exemplo, os valores médios da estatura e peso dos seis melhores atletas dos Jogos Olímpicos de 1972, foram estes:

Masculino: 1,92 m / 110,5 kg

Feminino: 1,74 m / 84,4 kg

O pretendente ao nível internacional deve ter pelo menos 1,85m de estatura quando começar o treino de aperfeiçoamento. As mulheres que se dedicam a esta prova, devem ter pelo menos 1,74m. Dada a estatura e considerando o aumento de volume muscular e de força que o treino provoca, o peso mínimo de um especialista do disco será de 95 a 100 quilos e 70 a 75 para as mulheres.

A experiência mostra que o atleta pode manter-se em boa forma e continuar a obter bons resultados durante bastante tempo. Os melhores resultados costumam ser alcançados entre os 26 e 30 anos de idade.

Lançamento de martelo

O lançamento do martelo é uma prova do atletismo bastante antiga que tem séculos de existência. Segundo conta a história, os primeiros martelos eram de pedra, fixados por um cabo de madeira rígida e só mais tarde vieram a ser substituídos por um martelo de ferro.Já no século XIII, o lançamento do martelo era muito popular na Irlanda e na Escócia. Ao que parece, o rei Henrique VIII foi um entusiasta lançador de martelo. Naquele tempo, o lançamento realizava-se sem molinetes e com um único giro.Muito mais tarde, a regulamentação do lançamento do martelo foi-se aperfeiçoamento até chegar aos nossos dias.

Esta disciplina atlética foi introduzida nos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses, para se difundir posteriormente ao mundo todo. Ultimamente, foi na Alemanha que o martelo passou a ser estudado cuidadosamente em seus princípios mecânicos, aplicação das energias e movimentos humanos, contribuindo assim para o aparecimento de novas técnicas, que vieram melhorar consideravelmente a performance nesta prova.

Desta forma, hoje os martelos altamente desenvolvidos sob o ponto de vista técnico, estão sendo aperfeiçoados pelos estudiosos e com eles os atletas com muita força, poderão atingir uma distância que se aproxima dos 100 metros. Desta maneira, os estádios tornaram-se pequenos, enquanto que os riscos de acidentes aumentam. Então, a exemplo do que aconteceu com o dardo, que teve a sua aerodinâmica modificada, para assim encurtar a distância do lançamento, o mesmo acontecerá fatalmente com o martelo.

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A técnica do lançamento do martelo: O lançamento do martelo é sem dúvida uma das provas mais difíceis do atletismo. É necessário um longo processo de exercitação e de treino para poder se dominado completamente.Nele podemos encontrar as seguintes fases técnicas:

Empunhadura: A anilha (manopla) é tomada primeiramente com a mão esquerda, pelas flanges distais, que deve estar protegida por uma luva especial. A mão direita se coloca sobre a esquerda, de tal modo que ambos os polegares se cruzam. Esta empunhadura deve ser firme mas sem contrações.

Posição de partida: O atleta se encontra na parte do círculo, de costas voltadas para a direção do lançamento, em afastamento lateral das pernas de aproximadamente da largura dos ombros. O eixo do círculo passa entre as duas pernas, cujo peso do corpo se divide proporcionalmente sobre elas.

Balanceios para os molinetes: Existem dois tipos de balanceios para acelerar o martelo, preparando-o para os molinetes, que são:

O martelo é levado à direita e atrás, podendo ainda ser dentro ou fora do círculo de lançamento. Desta forma, partindo de uma flexão lateral do tronco, tem-se uma extensão, iniciando-se assim o molinete.No outro tipo de balanceio antes dos molinetes, o martelo encontra-se elevado à frente do atleta e oscila para trás, entre suas pernas. Aproveitando o impulso adquirido, faz-se um novo balanceio para frente e para cima. A seguir, o martelo é dirigido para trás e a direita, fazendo uma rotação do tronco para acompanhar o implemento (que neste caso, fica elevado e não baixo como o outro tipo de balanceio) e tem início os molinetes.

Molinetes: Após realizar os balanceios descritos acima, as pernas começam a se estenderem parcialmente, dirigindo e girando o tronco para a esquerda, momento em que o martelo é arrastado para cima e à esquerda.

Desta forma, o martelo começa a impulsionar-se através de dois ou três giros. Para que o raio eficaz de rotação do martelo seja o maior possível e o atleta tratará de manter os braços em extensão, durante tanto tempo quanto puder. Para satisfazer esta exigência, todos os bons especialistas abaixem um pouco o ombro esquerdo.

Durante os molinetes existe um arqueamento do corpo, com transferência do peso, para o lado contrário à posição do martelo. Isto, para atuar contra a força centrífuga. Assim, no momento em que o implemento se encontra em seu ponto baixo (lado direito do arremessador), o quadril se desloca para a esquerda, com a perna deste lado semiflexionada,a direita estendida e vice-versa, quando o martelo estiver na sua trajetória alta.

Giros: Uma aceleração inicial que é criada nos molinetes, em um sistema de forma centrífuga, onde o lançador faz o papel de eixo fixo, tem nos giros esta aceleração aumentada, onde ainda o atleta continua como o eixo.

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No momento em que a cabeça do martelo se encontra na diagonal, à direita do seu ponto mais baixo de trajetória, após o último molinete, começa o primeiro giro de impulso. Partindo daí, o arremessador transfere o peso do corpo para a perna esquerda, que nunca abandona o solo, passando a ser pivô de todos os giros (geralmente três), que são executados para dar a impulsão necessária ao arremesso, momento em que é produzido um desequilíbrio controlado para a esquerda e atrás.

Os pés trabalham de forma que o esquerdo gire sobre o calcanhar e parte externa, a seguir para a esquerda, em direção ao lançamento, enquanto que o direito gira sobre a planta, dando assim meia volta.

A segunda meia volta do pé esquerdo se fará sobre o posterior do mesmo, para terminar no plano do solo. O pé direito sai do chão novamente, passando rapidamente e muito próximo em volta da perna, buscando novo apoio no solo, colocando-se paralelamente ao esquerdo, propiciando outra vez o “duplo apoio”. Quanto mais rápido se apoia o pé direito no solo tanto mais tempo pode-se levar o martelo para baixo e tanto maior será a sua velocidade.

Todos os giros são semelhantes e a velocidade deve ser tecnicamente crescente para que o arremessador possa colocar seu peso cada vez com maior força contra a força centrífuga do martelo, evitando assim ser arrastado ou derrubado.

É importante a extensão dos braços durante os giros, bem como não projetar o peito à frente, nem estender as pernas, durante o apoio do direito, após a fase do primeiro apoio.

Nunca se deve transportar o peso do corpo para a perna direita ou cair sobre ela. Com a rotação progressiva, com consequência da elevada velocidade no segundo e terceiro giro, a colocação dos pés se torna cada vez mais estreita, de rotação para rotação, de forma que a perna direita possa percorrer um caminho mais curto e veloz.

Lançamento propriamente dito: Após a última rotação, depois do assentamento da perna direita no solo, e com o terço anterior, o lançador encontra-se junto ao limite anterior do círculo, de costas para a direção do lançamento. O peso do corpo encontra-se sobre a perna esquerda e ambas as pernas estão fletidas.

Neste momento começa o arremesso, especificamente com as pernas e não com os braços.Ambos os pés continuam girando para a esquerda, 90º, para a então começar o impulso simultâneo das duas pernas, juntamente com o tronco e os quadris. Isto após a passagem do martelo pelo ponto baixo de sua trajetória.

A enorme velocidade em que se encontra o martelo neste momento faz com que ele adiante a sua posição em relação àquela que possuía no final de cada volta. Devido a isto, o atleta atua rapidamente, levando o tronco para trás, exercendo com ambos os braços a ação de tracionar o martelo, levando-o para trás e para cima, sem que a ação diminua o raio de giro.

O martelo é largado à altura dos ombros e a 90º, o ombro esquerdo aponta no sentido do lançamento e as costas estão bem arqueadas.O ângulo de saída aconselhável varia de 42º a 44º.

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Reversão: Com a finalidade de não transpor o limite do círculo de lançamento, o atleta absorve o impacto, através de uma inversão da posição das pernas. A esquerda é retirada para trás enquanto alguns flexionam a direita. Outros continuam girando sobre a perna direita, levando o pé esquerdo para o centro do círculo.

Características do lançador do martelo: É errada a idéia, ainda hoje corrente, de o lançador do martelo necessitar de grande corpulência de tronco e pernas. Claro que o lançamento do martelo é a disciplina em que, mais do que nas outras, se necessita de grande força muscular, especialmente das pernas. A força explosiva e a velocidade são bons critérios para se avaliar a aptidão de um atleta para esta prova.

Quanto à estatura e ao peso as exigências postas por esta disciplina não são tão grandes como no peso ou no disco. O atleta que decida especializar-se no lançamento do martelo deve considerar critérios já consagrados pela experiência. Em princípio, só deve dedicar-se ao lançamento do martelo, quem tiver uma estatura igual ou superior a 1,80. Nos jovens é suficiente pesar entre 75 e 80 quilos, ao longo dos vários anos de treino é previsível um aumento de 20 a 25 quilos.

Nos Jogos Olímpicos de 1972, os finalistas do martelo tinham a estatura de 1,87 m e o peso de 106,1 quilos. Isto mostra que, quanto à corpulência, os melhores especialistas do martelo podem ser comparados com os do peso e do disco. Como nas demais provas de lançamento, os requisitos físicos mais importantes para o lançamento do martelo são a força e a velocidade.

Lançamento do dardo

A história do lançamento do dardo pode ter sua origem na pré-história. Empregado, inicialmente na caça e, posteriormente na guerra, como arma de combate. É uma das provas mais antigas do atletismo, sendo disputada nos Jogos Olímpicos da Velha Grécia.

Nos Jogos Olímpicos da era moderna, a primeira menção que se tem do dardo data de 1886, quando o sueco A. Wiger estabeleceu o primeiro recorde mundial, com a marca de 33.81 metros.

Como esporte internacional seu aparecimento se verificou em 1906, durante os Jogos Olímpicos de Atenas, onde outro sueco, Eric Kleinning, saiu vencedor, com 53,89 metros.Dentro deste predomínio passou para os finlandeses, com o surgimento de verdadeiros campeões, como Eino Pentila e Matti Jarvineu. Bud Helder foi o primeiro norte americano a estabelecer um recorde mundial, em 1953, com 80,41 metros. Ele e seu irmão Dicck em 1952 desenharam um dardo com 27% de comprimento a mais, com relação ao sueco, o qual dava um maior deslizamento.

O vencedor olímpico de 1976, húngaro M. Nemeth obteve a marca de 94,58 metros (notável em relação aos primeiros recordes) após a normalização do dardo.

Hoje também os soviéticos se destacam, além dos americanos. Tanto isto é verdade que o dardo foi lançado por um russo há mais de 104,00 metros, um feito realmente fantástico

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ainda mais se considerando que a marca dos 100 metros não seria atingida ainda neste século.

Isto porém trouxe um problema: o perigo que o dardo poderia oferecer, devido a demanda de espaço cada vez mais crescente. Desta forma, um novo dardo foi desenhado com uma aerodinâmica que lhe permite descer mais rápido, atingindo obviamente uma distância menor com relação ao antigo.

A técnica do lançamento do dardo: Como nas demais provas de campo, a ação total do arremesso deve ser realizada como uma só unidade, que precisa ser ensinada o mais cedo possível. Não obstante, a natureza do arremesso admite que se enfoque passo por passo, o que permite ganhar tempo. Os detalhes do método podem ser divididos em fases técnicas e descritos da seguinte maneira.Empunhadura: A empunhadura ou pega, é a maneira correta de segurar o dardo. É feita na extremidade posterior do encordoamento, o que possibilita no lançamento uma transposição favorável da força atrás do centro de gravidade, enquanto que dos dedos encontraram uma melhor resistência e apoio. Existe três tipos de empunhaduras mais comuns:

Finlandesas, nesta, o polegar e as duas primeiras articulações do dedo médio encontram-se atrás do encordoamento. O indicador fica estendido ao longo do dardo, na sua parte de baixo.

Empunhadura Americana, o polegar e o indicador é que pressionam o dardo, atrás do encordoamento, enquanto que os demais dedos o envolvem.

Empunhadura em "V" ou tenaz, onde o dardo é seguro entre o dedo indicador o médio.

Corrida de aproximação: A 1ª parte, chamada de corrida de aproximação, abrange cerca de 2/3 da distância total, é uma corrida de aceleração progressiva e retilínea, que vai levar o atleta a uma velocidade ótima. Pode ter, conforme o atleta, de 7 a 13 passos:

O dardo é transportado à altura da testa, não importando se a ponta está um pouco para cima ou para baixo. Este não é fixado na perpendicular ao eixo dos ombros, mas sim com a ponta voltada um pouco para dentro, o que permite um recuo em linha reta com maior facilidade.O braço de lançamento move-se pouco, enquanto que o livre trabalha ao ritmo da corrida.

Corrida preparatória: Ao atingir a marca intermediária, inicia-se a segunda parte da corrida, que podemos chamar de corrida preparatória (Fig. 10b). Esta parte da corrida é de fundamental importância, porque é dela que depende o maior ou menor sucesso do lançamento, no aspecto técnico.

Dos ritmos de passadas conhecidas nesta fase (três, cinco ou sete) vamos adotar o segundo, por ser o mais empregado. O início é delimitado pela marca intermediária, a qual é alcançada pela perna esquerda (para os atletas destros, o ritmo das cinco passadas é o seguinte: esquerda direito esquerda direito esquerda e lançamento).

Esta fase é a preparação para o arremesso propriamente dito e compreende:

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O recuo do implemento: O dardo inicia seu recuo logo após o atleta atingir a marca intermediária para se completar no terceiro passo.

Isto deve acontecer gradativamente e durante esse tempo, o tronco executa uma rotação para a direita, sendo que o braço é levado atrás em alinhamento com o eixo dos ombros. A palma da mão encontra-se voltada para cima, no prolongamento do antebraço. A corrida mantém-se no seu alinhamento, sendo que as pernas e o quadril continuam voltados para a direção da corrida, o braço esquerdo acompanhando a rotação do tronco, vai para a frente do peito, ligeiramente flexionado.

O passo impulsor: Segundo as técnicas mais modernas, é necessário que o quarto passo seja rápido e ativo, porém rasante.A perna esquerda impele o :corpo de modo rasante na execução do quarto passo, evitando que o centro de gravidade se eleve durante o contanto do pé direito, cuja perna é flexionada, ao receber o peso do corpo. Agora sim, o eixo dos quadris e o pé direito giram para o lado direito acompanhando a rotação do tronco, já existente. É o chamado passo cruzado, seguido de um apoio dos pés, com a perna esquerda à frente, terminando assim a corrida e formando a nova fase técnica que passamos a ver em seguida.

Posição de lançamento: A posição de lançamento verifica-se no momento em que ambas as pernas fizeram o contato com o solo, brecando a corrida, o peso do corpo recai sobre a perna direita flexionada e o tronco inclinado para trás.O pé esquerdo toca o solo, primeiro com o calcanhar, alguns centímetros para a esquerda da linha de direção do lançamento, com sua ponta ligeiramente voltada para dentro ou para frente.

O braço direito e o dardo não mudam de posição durante o passo impulsor nem durante a posição de lançamento. Nesta fase, é importante que a mão esteja perfeitamente no prolongamento do antebraço e não poderá haver flexão absolutamente nenhuma do pulso.

Lançamento propriamente dito: O lançamento começa com uma extensão para a frente e para cima da perna direita, pelas articulações do tornozelo e do joelho, conduzindo à frente o lado direito do quadril, enquanto que a perna esquerda, um pouco fletida, assentada primeiramente pelo calcanhar tendo primeiro uma ação de apoio e depois de elevação, bloqueia o lado esquerdo do quadril.

Desta forma, o tronco é impelido para frente, originando a tensão em arco, através da qual é possível o emprego da força de ambas as pernas, tronco e braço de lançamento.Primeiramente, a perna de apoio é levemente fletida e em seguida, fortemente esticada (ação de apoio e alavanca). A perna de trás desliza e no ato do lançamento, encontra-se apoiada pela ponta dos dedos, na sua lateral direita. O peso do corpo já passou da perna de trás para a perna da frente.

Quando o braço lançador começa a atuar, é levantamento a nível da cabeça, apontado no sentido do lançamento, palma da mão para cima.Nesta altura o braço e antebraço estão em ângulo reto e o dardo já sofreu a ação dos quadris e da rotação do tronco.

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Exatamente no momento em que o lado direito do corpo ultrapassa o esquerdo, o braço esquerdo que se encontra fletido na altura do peito, tem o seu movimento para trás bloqueado. O lançamento tem lugar mais ou menos de saída de 31º a 36º.

Reversão: Não tem influência direta no resultado do lançamento. Sua finalidade é brecar a velocidade do atleta e recuperar o equilíbrio, impedindo que ele transponha o limite regulamentar. Consiste depois de soltar o dardo, como num salto, inverter a posição das pernas, sendo que o pé direito deve assentar transversalmente à direção do lançamento, com a perna fletida. O tronco deve inclinar-se para adiante, o que causará o abaixamento do centro de gravidade. A perna esquerda deve ser levantada e puxada para trás. Para tal, é necessária uma distância de 1,5 a 2 metros do arco.

Características do lançador de dardo: Enquanto que o arremessador de peso necessita de força máxima, o lançador de dardo precisa, principalmente de desenvolver a força explosiva (força rápida). Ela é a qualidade física fundamental, decisiva para a eficácia do atleta nesta prova.

A velocidade de um especialista do dardo é importante, mas não pode ser avaliada exclusivamente nos 100 metros rasos. O que determina o resultado é a capacidade do atleta acelerar nos primeiros 30 metros e obter a velocidade ótima. A agilidade, importante em todas as provas de lançamento, mas no dardo e no martelo, é maior.

Como a primeira parte da corrida é um movimento cíclico e a segunda (ritmo dos cinco passos) é acíclica, há modificação do ritmo, o que exige do atleta um alto grau de agilidade.

No lançamento do dardo, a mobilidade é a capacidade de utilizar completamente os movimentos de articulações dos quadris e dos ombros.

Das provas de lançamento, os especialistas do lançamento do dardo, são os mais leves. A estatura também é menor, porém todos estes atletas são dotados de velocidade na aplicação da força e com boa agilidade e mobilidade. São estes atletas possuidores destas características físicas os que têm conseguido resultados de nível mundial.

MINI ATLETISMO

O mini atletismo tem como objetivo criar atividade que auxiliem na prática do atletismo em criança até 11 anos de idade utilizando material adaptado. Os jogos de Atletismo darão às crianças a oportunidade de obter maior benefício da prática do esporte, quanto a saúde e educação e também tonar o mini atletismo: atraente, acessível e instrutivo, para dar oportunidade as crianças,federadas ou não federadas,de praticar o esporte e se prepararem para o futuro no atletismo de modo mais eficiente.Com o objetivo de:

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Um grande número de crianças possa estar ativo ao mesmo tempo.

Sejam experimentadas formas de movimentos básicos e variados.

Não só as crianças mais fortes e velozes deem contribuições para um bom resultado.

Que as exigências de habilidades variem de acordo com a idade e o requisito das capacidades coordenativas.

Se dê ao programa um espírito de aventura, oferecendo uma aproximação adequada do Atletismo às crianças.

Que a estrutura e pontuação das atividades sejam simples e baseadas na ordem de posição das equipes.

Se precise de poucos assistentes e/ou árbitros.

Que o Atletismo seja oferecido como uma atividade de equipes mistas (meninas e meninos juntos).

Seja trabalhado em equipe visando cooperação e integração social.

O conceito no mini atletismo: correr, saltar, brincar e lançar nas condições inatas do homem de competir, sem agredir o desenvolvimento físico e pisco da criança.

REFERÊNCIAS

Arnhein DD, Prentice WE. Princípios de treinamento atlético. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

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