AULA 10 – Abstracionismo, Concretismo, Arte Conceitual, Muralismo e Expressão de Rua

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AULA 10 – Abstracionismo, Concretismo, Arte Conceitual,

Muralismo e Expressão de Rua

O abstracionismo refere-se às formas de arte não administradas pela figuração e pela imitação do mundo, ou seja, não representam objetos próprios da realidade concreta. Ao contrário, se utiliza das relações formais entre cores, linhas e superfícies para produzir a realidade da obra.

Abstracionismo

No Brasil, o Abstracionismo se manifestou nos trabalhos de alguns artistas japoneses que aqui se radicaram entre as décadas de 1930 e 1960. Os mais conhecidos desse grupo são Manabu Mabe (1924-1997) e Tomie Ohtake (1913- ).

Manabu Mabe: sua pintura expressa cores vivas e em pinceladas rápidas e essenciais. Esses elementos combinam-se abstratamente e formam uma composição expressiva e instigante.

Abstrato (1979), de Manabu Mabe.

Tomie Ohtake: passou a pintar telas abstratas a partir da década de 1960, trabalhando apenas com os elementos pictóricos: cor e composição.

Tomie Ohtake se opôs de forma radical ao realismo social. Para ela, embora o artista não deva estar alheio à realidade social em que vive, a obra de arte, em si mesma, não precisa registrar os problemas dessa realidade. É a partir dessa convicção que Tomie cria obras de arte com valores puramente pictóricos, sem nenhuma tentativa de figuração.

Pintura (1969), de Tomie Ohtake.

O Concretismo

Trata-se de uma arte construída objetivamente e em estreita ligação matemática.Max Bill (1908 -), artista suíço, foi muito importante para a arte brasileira contemporânea. A sua participação e premiação na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 1951, deu um grande alento ao movimento concretista que começava a surgir no Brasil.Depois da I Bienal, os concretistas brasileiros começaram a agrupar-se, dando origem a duas tendências principais que ficaram conhecidas como o Grupo do Rio de Janeiro e o Grupo de São Paulo.

O grupo do Rio de Janeiro, formado pelos pintores Ivan Serpa (1923-1973), Lygia Clark (1920-1994), Hélio Oiticica (1937-1980) e Abraão Palatnik (1928-), pelo escultor Franz Weismann (1914-) e pela gravadora Lygia Pape (1929-), não era dogmático quanto à linguagem geométrica do concretismo, pois não a considerava “um ponto de chegada, mas sim um campo aberto à experiência e à indagação”.

Grande Núcleo, NC3, NC4 e NC6 (1960), de Hélio Oiticica.

Franz Weismann, Fita Vermelha, 1985

Montagem, de Lygia Pape

Embalagens de biscoitos desenhadas por Lygia Pape

O Grupo de São Paulo era composto pelos pintores Waldemar Cordeiro (1925-1973), Geraldo de Barros (1923-), Luiz Sacilotto (1924-), Hermelindo Fiaminghi (1920 -), Maurício Nogueira Lima (1930-) e Judith Lauand (1922-), pelo desenhista Lothar Charoux (1919-1987) e pelo escultor Kazmer Fejer (1922-). Esses artistas preocupavam-se mais rigidamente com os princípios matemáticos da arte concreta e exploravam a possibilidade do movimento como efeito óptico de linhas e cores.

Waldemar Cordeiro, Movimento, 1951

Maurício Nogueira Lima, Rhythmic Object 2 (second version), 1953

Lothar Charoux, Sem Titulo, 1971

Kazmer Fejer, Sem Título, dec.

1970

Arte Conceitual

A arte conceitual nada mais é do que uma das inúmeras formas de expressão artísticas possíveis para o desenvolvimento de um trabalho pelo artista plástico.

É uma arte que se desenvolve somente no campo das ideias, abandonando um pouco a materialidade da obra de arte.

As ideias, reflexões e pensamentos do artista seriam mais importantes do que o objeto de arte em si. Como exemplo podemos dizer que na Arte Conceitual uma tela completamente coberta de tinta vermelha pode não ser mais entendida como uma pintura de cor única, mas sim como um suporte das reflexões do artista: para ele, talvez, pintar a tela vermelha seja uma forma de refletir sobre a angústia e a violência no mundo.

Através desse exemplo, podemos entender que a obra de arte conceitual exibida em uma exposição nada mais é do que um documento, um relato das reflexões do artista. Esse documento não usa a linguagem escrita, usa apenas a linguagem visual própria do artista plástico. Ao observador cabe tentar entender ou não essa reflexões.

Letras, obra de Mira Schendel e instalação de Cildo Meirelles, denominada Desvio para o Vermelho.

No Brasil artistas como Artur Barrio, Baravelli, Carlos Fajardo, Cildo Meirelles, José Rezende, Mira Schendel, Tunga e Waltércio Caldas começam a desenvolver um trabalho nessa forma de expressão.

Ponta Cabeça, instalação de Tunga, 1994/97

O termo muralismo, ou pintura mural, foi cunhado a partir das pinturas feitas no início do século 20, no México. Esses trabalhos eram realistas e monumentais.

Contudo, a pintura feita sobre paredes é uma técnica antiga. É uma forma de arte pública, como o grafite, porém, diferentemente deste; tem estreita relação com a arquitetura, podendo explorar o caráter plano de uma parede ou criar o efeito de uma nova área de espaço.

Muralismo

No Brasil, influências do muralismo mexicano podem ser sentidas na obra de Di Cavalcanti (1897 - 1976), Candido Portinari (1903 - 1962). Portinari associa a pesquisa de temas nacionais, com forte acento social e político em trabalhos como Mestiço, de 1934, Mulher com Criança, 1938 e O Lavrador de Café, em 1939. Nas décadas de 1940 e 1950, o artista realiza diversos projetos para painéis: Catequese dos Índios, 1941, para a Library of Congress [Biblioteca do Congresso] em Washington D.C., Jangada do Nordeste, 1953 e Seringueiro, 1954.

O Mestiço, de Portinari.

Catequese (1941), de Portinari.

Expressão de rua

Arte Grafite, Grafiti, Graffiti, Aerosol Art - Expressão artística estética que utiliza como meio a lata de spray e se desenvolve no ambiente urbano. A Arte Grafite reflete a rua. Seu dinamismo, sua duração suas cores.

Coube aos brasileiros, uma inovação: a introdução da tinta látex na feitura do Grafite Hip Hop. Americanos e europeus nunca imaginaram utilizar esta tinta em seus trabalhos.

O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.

O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros por sua vez não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro; o estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.

PICHAÇÃO

A pichação é uma prática que interfere no espaço, muitas vezes, desagradando os que são alvos de comentários, donos de paredes brancas, muros de estabelecimentos etc. A pichação subverte valores, é espontânea, efêmera e gratuita. Prática que tem como sua base as letras e formas diferentes que podem significar: protestos políticos, xingamentos aos que irão ler o que está no muro, protesto de gangs, simples vontade de sujar o espaço alheio entre outras coisas