Aula 3 - Madeira - Coberturas

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Aulas de Estruturas de Madeira

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PUC – Campinas

CEATEC

Estruturas de Madeira

COBERTURAS DE MADEIRA

Profa.: Ana Elisabete P. G. A. Jacintho1

Bibliografia

MOLITERNO, A. Caderno de projetos de telhados em estruturas de madeira. Editora BLUCHER. São Paulo. 2009.

Notas de aula.

2

Definições

Telhado:

Destina-se a proteger o edifício contra a ação das

intempéries:

Chuva; Vento;

Sol; Neve;

Poeira; Ruído.

Provém do uso de telhas, mas nem todo

sistema de proteção superior é um telhado:

Lajes com espelho d’água;

Terraços;

Jardins suspensos.3

Definições

O telhado compõe-se de duas partes

principais:

Cobertura:

Impermeável à água e resistente á ação do vento e

intempéries;

Telhas cerâmicas, telhas de concreto, chapas onduladas

de fibrocimento, aço galvanizado, PVC, fiberglass;

Telhas de ardósia e chapas de cobre foram

praticamente banidas da nossa arquitetura.

Armação:

Conjunto de elementos estruturais → ripas, caibros,

terças, tesouras e contraventamentos.

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Terminologia

Terminologia dos Construtores:

Ripas → peças pequenas de madeira que

sustentam as telhas e se apoiam nos caibros;

Caibros → sustentam as ripas e se apoiam nas

terças;

Terças → sustentam os caibros e se apoiam nas

tesouras ou nas paredes;

Cumeeira → terça da parte mais alta do telhado;

Contrafrechal → terça da parte inferior do telhado;

Frechal → viga de madeira colocada em todo o

perímetro superior da parede para amarração e

distribuição da carga concentrada da tesoura. 5

6

Terminologia

Terminologia dos Construtores:

Guarda-pó → forro empregado sobre os caibros, numa largura de 30cm a 60cm, junto à platibanda, destinado ao apoio da calha;

Platibanda → prolongamento do alinhamento da parede externa, acima dos frechais, para camuflagem dos telhados. A platibanda é sempre contornada por calha e rufo.

Lanternim → empregado em edifícios industriais, quando a iluminação e ventilação forem consideradas insuficientes;

Beiral → prolongamento da cobertura, fora do alinhamento da parede.

7

8

Terminologia

Terminologia Estrutural:

Terças → vigas de madeira (apoiadas nas tesouras);

Mãos francesas → escoras empregadas para aliviar a flexão das terças. Também servem para travar os nós inferiores da tesoura;

Tesoura → viga principal da cobertura em treliça;

Contraventamento Vertical → barras cruzadas dispostas perpendicularmente ao plano das tesouras;

Contraventamento Horizontal → barras cruzadas dispostas no plano abaixo da cobertura, para amarração do conjunto tesoura-terças;

9

Terminologia

Terminologia Estrutural:

Oitões → paredes extremas paralelas às tesouras;

Espigão → aresta saliente inclinada do telhado,

quando é horizontal é cumeeira.

10

11

Comparação com projetos executados

e apropriados

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PARTICULARIDADES DE

RESISTÊNCIA PARA

ESTRUTURAS DE MADEIRA

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Anisotropia

(ani: não, iso: igual, tropia: volta)

“É a característica que um material ou

substância possui em que uma certa

propriedade física varia com a direção”

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Prof. Magid Elie Khouri EEC/UFG 15

Madeira

Propriedades a Serem Consideradas

Densidade:Peso específico da madeira;

Peso próprio do madeiramento

Resistência:

Rigidez ou módulo de elasticidade

Umidade.

16

Classes de Resistência

17

Resistência de Algumas Madeiras

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Resistência de Cálculo

Para se obter a resistência de cálculo das

estruturas de madeira usa-se:

Onde:

w = é o coeficiente de ponderação da resistência da

madeira;

Kmod = é o coeficiente modificador, produto de 3

coeficientes.

19

w

kd

fKf

mod

Coeficientes de ponderação

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Coeficientes Modificadores

Kmod = Kmod1 Kmod2 Kmod3

Onde:

Kmod1 leva em conta o efeito da duração do

carregamento.

21

Coeficientes Modificadores

Kmod2 leva em conta o efeito da umidade do

ambiente:

22

Coeficientes Modificadores

Kmod3 leva em conta o efeito da categoria da madeira

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SOLICITAÇÕES NORMAIS

24

Tração

Condição de segurança:

25

tdtd f Para 6º

dttd ff , Para > 6º

2

90

2

0

900

cosfsenf

fff

Fórmula de HANKINSON

Obs: a fórmula de HANKINSON leva em consideração a influência

da inclinação das tensões normais em relação às fibras da

madeira, para quando esta inclinação for maior que 6º

Compressão

< 40 (peças curtas)

Compressão paralela às fibras

Na compressão normal às fibras

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cdcd f

i

kL

Comprimento de flambagem

Raio de giração

A

Ii

dccd f ,90

ndcdc ff ,0,90 25,0

Compressão

O coeficiente n para correção da

resistência normal às fibras é igual à 1,0

quando a extensão da aplicação da carga

na direção das fibras for maior ou igual a

15cm;

Quando menor e a carga estiver afastada

pelo menos 7,5cm da extremidade da peça,

usa-se a tabela a seguir que também se

aplica ao caso de arruelas, tomando-se

como extensão da carga o seu diâmetro ou

lado.27

Compressão

28

Estabilidade

Nas peças comprimidas com esbeltez igual

ou superior à 40, a verificação deve ser feita

por flexocompressão admitindo-se que a

força normal seja aplicada com uma

excentricidade que leva em conta as

excentricidades acidentais da peça e do

carregamento, e os acréscimos em

decorrência dos efeitos de segunda ordem;

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Estabilidade

A excentricidade acidental mínima é:

E a excentricidade inicial devido ao

carregamento é:

Excentricidade de primeira ordem:

30

300

kLea

d

di

N

Me 1

ia eee 1

Peças Medianamente Esbeltas

A verificação é feita por:

Onde:

31

8040

1,0,0

dc

Md

dc

Nd

ff

ddd eNM

dE

Ed

NF

Fee 1

2

,0

2

kL

IEF

efc

E

Peças Esbeltas

A verificação é feita por:

Onde:

A excentricidade ec leva em consideração

os efeitos da fluência da madeira.

32

14080

1,0,0

dc

Md

dc

Nd

ff

dE

Eefdd

NF

FeNM ,1 caief eeee ,1

Flecha

Estado Limite de Deformação Excessiva:

Adota-se o módulo efetivo, calculado a partir do

valor médio fornecido pela Norma para cada classe

de resistência:

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mcef EKE ,mod

Ações à Considerar Deslocamentos

Calculados

Deslocamentos

Limites

Construções

Correntes

Permanentes + variáveis em

combinação de longa duração

Em um vão L entre

apoios

L/200

Em balanço de vão L L/100

Construções

com Materiais

frágeis não

estruturais

Permanentes + variáveis em

combinação de média e curta

duração

Em um vão L entre

apoios

L/350

Em balanço de vão L L/175

Variáveis em combinação de

média e curta duração

Em um vão L entre

apoios

L/300 < 15mm

Em balanço de vão L L/150 < 15mm

Dimensionamento da treliça

H I J K L

Dados:

Linha(banzo inferior) – 6 x 16 (cm)

Perna(banzo superior) – 6 x 16 (cm)

Tirantes(montantes) e Diagonais – 6 x 12 (cm)

Terças – 6 x 12 (cm)

Madeira espécie – Eucalipto Citriodora – Densidade = 999 kg/m3

fc = 62 MPa

ft = 123,6 MPa

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Barra Comprimento

(m)

Seção

(cm)

Carga

(kgf)

AB = FG 1,69 6 x 16 -1840

BC = EF 1,69 6 x 16 -1520

CD = DE 1,69 6 x 16 -968

AH = LG 1,66 6 x 16 +1990

HI = KL 1,66 6 x 16 +1990

IJ = JK 1,66 6 x 16 +1580

BH = FL 0,33 6 x 12 0

CI = EK 0,67 6 x 12 80

DJ 1,00 6 x 12 400

BI = FK 1,67 6 x 12 -420

CJ = EJ 1,79 6 x 12 -580

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Dimensionamento das barras

tracionadas

w

wk

wd

fkf

mod

ft = 12,36 kN/cm2

Kmod = Kmod1 * Kmod2 * Kmod3 = 0,48

Kmod1 = 0,6

Kmod2 = 1

Kmod3 = 0,8

w = 1,8

ftd = 3,296 kN/cm2

36

Dimensionamento das barras

comprimidas

w

wk

wd

fkf

mod

fc = 6,2 kN/cm2

Kmod * Kmod1 * Kmod2 * Kmod3 = 0,48

Kmod1 = 0,6

Kmod2 = 1

Kmod3 = 0,8

w = 1,4

fcd = 2,126 kN/cm2

37

38

Tipo de elementoMedidas

(cm)

Comprimento

(m)

Ripas1,5 x 5,0

2,0 x 5,02 a 5,5

Pontalete 7,0 x 7,0 3 a 6,0

Caibros

4,5 x 5,0

5,0 x 5,0

5,0 x 7,0

2 a 7,5

Vigas5,0 x 11,0

5,0 x 15,02 a 7,5

Tábuas

2,3 x 15,0

2,3 x 20,0

2,3 x 25,0

2,3 x 30,0

2 a 7,5

Sarrafo2,3 x 7,0

2,3 x 10,02 a 7,5

Pranchas

6,0 x 20,0

6,0 x 25,0

6,0 x 30,0

2 a 7,5