Aula 4 população

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GEOGRAFIA

Suely Takahashi

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Migrações Internas no Brasil

As migrações internas que impelem a população a se deslocar pelo espaço de forma permanente ou temporária ocorrem por alguns motivos recorrentes. RETIRANTES DA SECA

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ECONÔMICOS

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NATURAIS

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CULTURAIS

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RELIGIOSOS

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Os ciclos econômicos influenciaram diretamente as

migrações internas no Brasil de quais formas?

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Migrações Internas no Brasil

1. Penetração do gado pelo Sertão nordestino;2. Ciclo do café no

Sudeste;3. Ciclo da borracha no

Norte;4. Atividades de

mineração; 5. Expansão da fronteira

agrícola no Sul.

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Ocorreu durante o século XVII, tem um valor histórico pelo pioneirismo na ocupação do interior do Nordeste brasileiro e foi responsável pela formação das primeiras cidades no interior do Nordeste.

1. A penetração do gado pelo Sertão nordestino

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2. O prolongamento da fronteira agrícola em função da cultura do café, que se alastrou pelo Vale do Rio Paraíba do Sul (1810-1860), tendo no seu período áureo (1850-1929) atingido o Oeste paulista e, em seguida, o Norte do Paraná.

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O café foi o primeiro produto de exportação controlado principalmente por brasileiros, possibilitando o acúmulo de capital no país.

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A expansão da lavoura do café levou à ampliação das vias férreas, principalmente em São Paulo; os portos do Rio de Janeiro e de Santos foram modernizados para sua exportação.

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As ferrovias paulistas - a primeira das quais, ligando Santos a Jundiaí é de 1867 -, abrindo caminho para o oeste, acompanharam a fronteira verde. E foram plantando cidades em seu avanço. Só em São Paulo, entre 1891 e 1900, foram criados 41 municípios.

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FAZENDA PARAÍZO - RIO DAS FLORES /RJ

FAZENDA BANANAL - RIO DAS FLORES/RJ

FAZENDA VISTA ALEGRE – VALENÇA/RJ

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3 . Primeiro ciclo da borracha

Ocorreu um deslocamento de levas sucessivas de nordestinos para a Amazônia durante o primeiro ciclo da borracha (1870-1912) quando a concorrência vantajosa dos seringais plantados no Sudeste asiático provocou a decadência da produção amazônica.

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Segundo ciclo da borracha

Ocorreu a afluência de novas levas de nordestinos à Amazônia, em especial ao Acre e a Rondônia, durante o período de 1942-1945. Período que se tentou reerguer a produção, pois os seringais asiáticos estavam tomados pelos japoneses.

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Construções extravagantes, matéria

prima importada e edificações que se

constituíam réplicas da engenharia européia da época, são alguns

dos traços que se pode encontrar na arquitetura

de Manaus. TEATRO AMAZONAS

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TEATRO AMAZONAS

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A riqueza do látex proporcionou uma reviravolta estrutural na cidade, implantando serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, sistema de telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante.

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SERINGUEIRA

PORTO EM MANAUS - AM

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Destaca-se os movimentos migratórios em direção à Amazônia na década de 1970, como conseqüência do surgimento de grandes projetos agropecuários, de mineração e da construção de rodovias de integração.

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4. A ocupação do Planalto Mineiro, de MT e de GO, durante a fase de mineração (1700-1760), provocou um afluxo de populações e recursos do Nordeste e do Planalto Paulista. Foi o primeiro grande movimento interno de população registrado para o interior do Brasil.

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MINERAÇÃO

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Serra Pelada - PA

Em 1980 estourou a corrida do ouro no garimpo de Serra Pelada, no Pará.

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Serra Pelada - PA

Mais de 25 mil homens se

amontoavam numa grande

cratera e chegavam a

tirar uma tonelada de

ouro por mês.

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SERRA PELADA - PA

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Serra Pelada - PAO povoado de Serra Pelada - 20 anos depois - parece uma cidade fantasma. A grande cratera foi inundada pela água e se transformou num enorme lago.

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A mobilidade da população brasileira aumentou nas últimas décadas. Várias são as razões dessa elevada mobilidade, a começar pelas grandes diferenças espaciais do país.

Considerações sobre Migrações

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... pelos problemas socio-econômicos de muitas áreas, combinados com atrativos que outras áreas passam a oferecer.

Considerações sobre Migrações

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5. A expansão da Fronteira Agrícola Brasileira para a Região Sul, a partir da década de 1950, influenciada pela explosão demográfica que se registrava no Brasil, a partir dos anos 40, forçou o governo a criar subsídios para uma agricultura voltada para a produção de alimentos, o que provocou a ocupação daquela região.

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Expansão da Fronteira Agrícola

Fonte: Agbrasil.com.br

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Uma grande parte do fluxo migratório de nordestinos foi atraída para o Centro-Oeste (após 1960) e para a Amazônia (depois de 1970), que se tornaram, assim, áreas de considerável imigração.

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O grande pólo de atração está no Sudeste, especialmente São Paulo, que é estado que recebe o maior número de migrantes, principalmente nordestinos. O Paraná e o Rio de Janeiro também acolhem muitos imigrantes, embora anualmente já não sejam tão atraentes como foram até alguns anos atrás.

Migrações Atuais

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Fluxos Migratórios Atuais

Como acontece desde muito tempo, o Nordeste é a principal área de emigração, pois todos os Estados que formam a região tem um balanço migratório altamente negativo, ou seja, perdem muito mais habitantes do que recebem.

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Fatores que influenciam a emigração no Nordeste:

• Precárias condições sócio e econômicas da região;

• Desigualdades na distribuição da riqueza;

• As secas no Sertão agravam as condições de vida da maioria da população e estimulam fortes levas migratórias.

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Na última década, por exemplo, Rondônia foi o estado brasileiro que teve a maior taxa anual de crescimento demográfico, devido, é claro, ao afluxo de imigrantes.

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Um dos motivos que influenciou o fluxo populacional em direção ao Centro-Oeste e ao Norte do Brasil foi a construção das rodovias que cortam estas regiões, com destaque especial para a rodovia Cuiabá-Porto Velho.

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Uma parte da população recebida pelo Centro-oeste e pela Amazônia vem diretamente do Nordeste. Outra parte vem do Sudeste e do Sul, especialmente do Rio Grande do Sul, que há algumas décadas tornou-se um Estado de emigração.

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Muitos imigrantes que saem do Sudeste com

destino ao Mato Grosso, Goiás, Acre, e outros estados, são

nordestinos que há muito

abandonaram sua região de origem.

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“Quando se trata de migração nordestina, tudo se passa como se

fosse uma decorrência econômica e social natural, levando-se em conta

a construção imaginária do tripé Nordeste/ seca/ migração. Essa

construção imaginária "destina" ao homem nordestino a condição e

migrante, pobre e flagelado”.

Isabel Cristina Martins Guillen

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VAQUEIRO

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“De certo modo, essa representação social contribui para

criar a invisibilidade histórica em torno do migrante, deslocando as questões para outros campos que não favoreciam o surgimento de

uma história social que os incluísse”.

Isabel Cristina Martins Guillen

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"Quem é pobre, pouco se apega, é no giro-o-giro nos vagos dos gerais, que nem os pássaros e rios e lagoas. O senhor vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho e habilidoso.

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Pergunto: - "Zé-Zim, por que é que você não cria galinhas de angola, como todo o mundo faz?" - "Quero criar nada não" - me deu resposta: - "Eu gosto muito de mudar..."

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Em 1957 começa a construção de Brasília, e ocorre uma efervescência de êxodos rurais de diversos pontos do Brasil para o Planalto Central. Desta vez, o fluxo se dirige das áreas rurais de diversos estados do Brasil além dos estados do Nordeste.

BRASÍLIA - DF

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CANDANGOS

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CATEDRAL

BRASÍLIA- DF

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SUPERQUADRAS

BRASÍLIA- DF

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“A partir dos cálculos relativos às oportunidades de emprego disponíveis em outros mercados de trabalho, computados também os custos ligados à migração, os trabalhadores escolheriam a opção que maximizaria seus ganhos... ”

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“Tais custos poderiam ser de ordem material (preço da passagem, da mudança em si, etc.), de busca de informações (quanto mais longe é uma localidade, maior a incerteza e a dificuldade de obtenção de informações)”

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“de ordem psíquica (pela separação de amigos e de familiares, do espaço físico da infância etc.), de oportunidade (tempo gasto para mudar durante o qual o migrante não está exercendo atividades produtivas), de adaptação (novo habitat, nova profissão), etc”.

(STILLWELL e CONGDON, 1991).

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Referências Bibliográficas

SALLES JR, Walter. Central do Brasil, 1998.

SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas Básico. São Paulo: Editora Ática, 2002.

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Referências Bibliográficas

STILLWELL, J., CONGDON, P. Migration modeling: concepts and contents. In: STILLWELL, John, CONGDON, Peter (Eds.) Migration models: macro and micro approaches. London; New York: Belhaven, c1991. p.1-16.

OBRIGADA!

suelysc@gmail.com

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