Aula 6 filemom e tito

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AS CARTAS DE PAULO

EPSTOLAS PAULINASwevertontheos@hotmail.comSEMINRIO TEOLGICO DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

FilemomEpstola da Priso

Autoria e DataO autor Paulo, e foi escrita por volta de 60 d.C. na priso em RomaA carta foi levada a Filemom um prospero cidado de Colossos por Tquico, o mesmo mensageiro que levou as cartas aos Efsios e aos Colossenses acompanhado de Onsimo

Filemom era um cristo de Colossos, dos convertidos de Paulo, pessoa abastada. Em sua casa reunia-se uma igreja. Parece que ele e Paulo eram amigos ntimos.Das quatro cartas que Paulo escreveu a indivduos somente a de Filemom no Pastoral, sendo a mais breve de todas.

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Onsimo era o nome de um escravo de Filemom. possvel que fosse um jovem muito talentoso. O exrcito romano, em suas excurses, muitas vezes capturava moos e moas dos melhores e muito inteligentes, e levava-os para vend-los como escravos.

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Tema e PropsitoReconciliao e perdo seriam os temas principais da carta.Tema principal: O amor exemplificadoSeu propsito estritamente pessoal.Um apelo em favor de um escravo fugido

Onsimo, cujo nome significa til, havia sido intil para seu senhor Filemom (v11);O escravo aparentemente havia roubado seu senhor (v18) e fugido para Roma. Na priso se reencontra com Paulo e se converte ao Evangelho.Versculos-Chaves: Fm 17-19

Incalculvel valor como Instruo:Na justia prticaNa fraternidade cristNa cortesia cristNa lei do amorA Epstola Corts

O Servo Intil se Torna til - FilemomFilemom e sua famlia se convertera ao Senhor ainda em feso. Era da cidade de Colossos, e na sua residncia reunia os cristos para os cultos.Ele tinha um escravo Onsimo, que roubara seu amo e fugira para Roma. L na misria espiritual encontra Paulo na priso.Paulo o recebe com bondade e simpatia, e Onsimo, torna-se um cristo. Sua intercesso revela:

I TERNURA (vv. 8,9)Aps honesto e afetuoso louvor a Filemom, Paulo chega ao assunto principal da carta.Pede como Favor aquilo que poderia ordenar como direito:Usar sua autoridade apostlica e ordenar o recebimento e o perdo do irmo Onsimo. Despoja-se dos seus direitos e apela afeio pessoal que Filemom tem para com ele. O melhor lder aquele que pode inspirar e persuadir outros pelo respeito e afeio a sua prpria pessoa.

Paulo apela compaixo de Filemom:Como se dissesse: Filemom, este apelo vem de quem envelheceu no servio do Senhor, de algum que est na priso por amor ao Evangelho. Foi um apelo a um dever primrio: reverncia para com os idosos. Nota-se que, a cada passo, Paulo torna sempre mais difcil para Filemom recusar o seu pedido.

II ESTILO ESPECFICO (vv. 8-12)O apstolo toma o escravo pela mo, por assim dizer, e pede que Filemom o receba de volta, por trs motivos:a) um convertido de Paulo:Meu filho [espiritual] Onsimo, que gerei [cf. G1 4.19] nas minhas prises . Noutras palavras: Levei o seu escravo a Cristo .

b) Onsimo tinha mudado de carter:Onsimo, o escravo, j estava altura do seu nome! (proveitoso).Agora o jovem til de nome e de carter.Poder da Cruz: transformar escravos em filhos de Deus.c) Onsimo muito querido para Paulo:E tu torna a receb-lo como ao meu corao. Essa carta nos ajuda a conhecer a natureza afetuosa de Paulo. Ele amava as pessoas.

III CORTESIA (vv. 13,14)Cortesia: Paulo por afeio teria gostado de ret-lo como ajudante e companheiro; porm, respeitou a autoridade de Filemom; no tirou vantagem disso; Paulo no gostava de se impor sobre os seus amigos.Tato: As palavras contm uma sugesto delicada: Se Onsimo apropriado para servir a Paulo, no pode ser proveitoso a voc tambm?

c) Sabedoria: Paulo foi sbio em mandar o escravo de volta para o seu senhor:Primeiro, era ilegal receber escravos fugitivos; poderiam levantar acusaes de que os cristos encorajavam a fuga de escravos dos seus donos;Segundo, Onsimo deveria mostrar por si mesmo a sua verdadeira converso a Filemom;Terceiro; Onsimo era propriedade legal de Filemom (honestidade e gratido fazem parte da vida da nova criatura)

IV CORAGEM (vv. 15-20)A F de Paulo: o erro de Onsimo o levou a conhecer a Cristo [as coisas cooperam para o bem]. O plano de Deus trouxe Onsimo a Cristo a fim de voltar a Filemom, no como escravo, mas como um irmo na f. Segundo a tradio Onsimo recebeu sua libertao e mais tarde se tornou o bispo de Beria.

O Pedido de Paulo: Assim, pois, se me tens por companheiro. Paulo fala com firmeza e apela ao senso de companheirismo de Filemom.Recebe-o, como a mim mesmo. Temos aqui um tipo de identificao de Cristo com os seus discpulos: Quem vos recebe a mim me recebe (Mt 10.40).Assim somos aceitos no Amado, e Deus nos recebe por amor a Cristo.

A Garantia de Paulo: Talvez Onsimo tivesse furtado algo do seu mestre. No tendo dinheiro, no poderia fazer restituio, e, sendo um escravo, nenhuma corte o aceitaria como devedor normal, com respeito ao seu senhor. Paulo, portanto, se oferece para fazer a restituio: toma para si, legalmente, o pagamento da dvida.Na verdade, o devedor era Filemom [da obra de Paulo]. Assim, como somos devedores do amor de Cristo e de sua obra redentora.

A salvaguarda e a limitao da autoridade (v8): limitamos nosso direito pela autoridade em Cristo.Em nome do amor (v9): o maior motivo para a nobre ao.Vs sois todos um em Cristo Jesus. Paulo, apstolo; Filemom, homem de posses; Onsimo, escravo todos, UM em Cristo, filhos de Deus.Em algemas, porm livre. A priso no motivo para ficarmos inativos na obra da evangelizao.Lies Prticas

Tito Epstola Pastoral

Tito uma carta pastoral devido ao seu contedo na organizao da igreja.Tito um filho na f, do apstolo, semelhantemente como o Timteo (Tt 1.4).Tito acompanhou a Paulo em uma de suas viagens a Jerusalm e muito o ajudou contra os judaizantes.

Tito era gentil, de nacionalidade grega.Alguns anos mais tarde, aparece como apstolo em feso, de onde enviado a Corinto para investigar certas desordens e iniciar o levantamento da oferta para os crentes pobres de Jerusalm, 2Co 8.6,10.Ao regressar encontra Paulo na Macednia e, depois de lhe expor a situao, foi mandado de volta quela cidade, na frente do apstolo.

Levou a Segunda Epstola aos Corntios, para preparar o caminho ida de Paulo e terminar o levantamento da oferta, (2 Co 2.3,12,13; 8.16-18; 12.14,18). O fato de ser Tito escolhido para investigar a situao aflitiva em Corinto indica que Paulo devia consider-lo um lder cristo de muita capacidade, prudente, confivel, abnegado e maneiroso.

Autoria e DataEscrita por Paulo cerca de 65 a 66 d.C. quando estava em Nicpolis, na costa ocidental da Grcia.Paulo e Tito trabalharam juntos por um breve perodo na ilha de Creta (a sudoeste da sia Menor, no Mar Mediterrneo), no perodo entre a 1 e a 2 priso de Paulo em Roma.

PropsitoInstruir Tito na sua tarefa de:Pr em ordem o que Paulo deixara inacabado nas igrejas de Creta (instituio de presbteros 1.5);Ajudar as igrejas a crescerem na f, no conhecimento da verdade e santidade(1.1);Silenciar falsos mestres (1.11)Vir at Paulo, uma vez substitudo por rtemas ou Tquico (3.12)

Tema principal: a S Doutrina e as Boas ObrasTema secundrio: A Ordem na IgrejaPaulo ensina a respeito do carter e das qualificaes espirituais necessrias a todos os que so separados para o ministrio da igreja.

Paulo descreve para Tito o devido papel dos ancios, das mulheres idosas, das mulheres jovens, dos homens jovens e dos servos.As boas obras e uma vida de retido so o devido fruto da f genuna.Texto-Chave: Tito 2.11-14

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Palavras ChavesDilignciaCompromissoResponsabilidade

DESTAQUESO Versculo Pastoral 2.2: O que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiis, que sejam idneos para tambm ensinarem a outros.Foi o ltimo escrito de Paulo e contm sua emocionante despedida (4.7.8).

Provas da Graa Divina2.11 3.9Tito instrui: s doutrina e boas obras. A doutrina e a vida se acompanham. A doutrina sem as obras isenta de realidade; as obras sem a doutrina no possuem vitalidade. No propsito de Deus, a doutrina e a vida formam um conjunto, e ningum deve separar o que Deus juntou.

I A Obra da Graa (2.11-15)Na primeira parte do captulo, Paulo exorta todos os tipos de pessoas na igreja a viverem piedosamente. Por qu? Porque a graa de Deus se h manifestado, trazendo salvao a todos os homens. A graa nos traz:A Salvao. Essa graa veio oferecer a salvao a todos os homens, isto , se eles a aceitarem.A Educao. A graa no somente faz nascer filhos espirituais como tambm ensina, disciplina, corrige e castiga.

A salvao segue o ensinamento da alma:(1) renunciar os caminhos maus: Renunciando impiedade [o viver sem Deus] e s concupiscncias mundanas [tais como egosmo, orgulho, ambies errneas]; (2) a escolha do caminho certo: Vivamos neste presente sculo sbria, justa e piamente [reconhecendo a presena de Deus na vida diria].

A Glorificao. A primeira vinda de Jesus trouxe graa para salvar e santificar; a sua segunda vinda trar graa para glorificar.Fala disto, e exorta, e repreende com toda a autoridade. Ningum te despreze. Tito tinha que explicar essas doutrinas at deix-las claras; exortar, para impression-las na conscincia; repreender os que violavam essas doutrinas; e, sobretudo, reforar as suas palavras com uma vida consistente.

II Provas da Graa (3.1-19) a) Lealdade ao Governo. Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeam e estejam preparados para toda boa obra (cf. Rm 13.1-7; 1 Pe 2.13). O governo uma instituio divina, no sentido que da vontade de Deus que todos vivam sob um governo. Mesmo um governo ruim melhor do que a anarquia.

b) A Gentileza e a Humildade Para Com os Homens. Que a ningum infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda mansido para com todos os homens. Os cristos so pecadores salvos pela graa, e no devem assumir atitudes de superioridade para com os no-cristos.Um bom remdio para o orgulho lembrar-se dos pecados e falhas do passado (cf. 1 Tm 1.12-14).

Onde existe base para a jactncia e o orgulho? Fomos salvos no pelas obras de justia que houvssemos feito, mas pela bondade e amor de Deus, segundo a sua misericrdia (v. 5). O carter no produz a salvao; a salvao produz o carter. As pessoas so salvas no porque vivem corretamente; vivem corretamente porque so salvas.

O homem nasce da gua (ou seja, passa pela purificao) e do Esprito (ou seja, recebe a vida nova). A salvao, portanto, a morte para a antiga vida do pecado e o nascimento para uma vida de retido. Essas verdades so simbolizadas no batismo na gua (Rm 6).

Justificados pela sua graa - declarados justos pelo dom gratuito de Deus. O governador de um estado pode perdoar um criminoso, mas no pode declar-lo um homem bom.Deus, porm, pode perdoar o pecador e declar-lo justo diante dEle. Para que, sendo justificados pela sua graa, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperana da vida eterna.A vida eterna a plenitude que jaz no futuro; nesta vida, o cristo recebe o Esprito Santo como sinal ou primeira parte daquela herana (Ef 1.13,14; Rm 8.23).

c) Boas Obras. Fiel a palavra, e isso quero que deveras afirmes, para que os que creem em Deus procurem aplicar-se s boas obras; essas coisas so boas e proveitosas aos homens. (3.8)A pregao do Evangelho da graa salvadora (vv. 5-7) produzir f, e a f, por sua vez, produzir boas obras.Aquilo que uma pessoa verdadeiramente cr influencia a sua conduta.

Mas no entres em questes loucas, genealogias e contendas e nos debates acerca da lei; porque so coisas inteis e vs. (vv. 9)Uma das coisas que tomaram difcil a tarefa de Tito foi a presena de mestres judeus que estavam obscurecendo os fundamentos do Evangelho com suas mesquinhas disputas acerca de cerimnias, tradies e assuntos no-essenciais.

d) Ensinamentos PrticosComo o cristo deve viver:Em relao a si mesmo sensatamente;Em relao a outros justamente;Em relao a Deus piedosamente;