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ESTUDOS DE COORTEESTUDOS DE COORTE
““Cohorte”Cohorte”
A definição do termo coorte vem do Latim A definição do termo coorte vem do Latim “cohorte”, que significa uma parte de uma “cohorte”, que significa uma parte de uma legião entre os antigos romanos. legião entre os antigos romanos.
Hoje, o termo é utilizado para designar um Hoje, o termo é utilizado para designar um grupo de pessoas com características grupo de pessoas com características comunscomuns
SinonímiaSinonímia LongitudinalLongitudinal HorizontalHorizontal ProspectivoProspectivo Estudo de seguimentoEstudo de seguimento Estudo de follow-upEstudo de follow-up
DefiniçãoDefinição
• Estudo epidemiológico observacional onde Estudo epidemiológico observacional onde um grupo de pessoas é identificado e a um grupo de pessoas é identificado e a informação pertinente sobre a exposição de informação pertinente sobre a exposição de interesse é coletada.interesse é coletada.
• O grupo é seguido com o intuito de O grupo é seguido com o intuito de determinar a ocorrência da doença em foco determinar a ocorrência da doença em foco e de verificar a relação com a exposição de e de verificar a relação com a exposição de interesse.interesse.
CaracterísticasCaracterísticas Unidade de observação e análise: IndividualUnidade de observação e análise: Individual
Papel do investigador: Passivo (Observação)Papel do investigador: Passivo (Observação)
Direção Temporal das Observações: Direção Temporal das Observações: SerialSerial
Estudos prospectivos e retrospectivosEstudos prospectivos e retrospectivos
Propósito do Estudo: AnalíticoPropósito do Estudo: Analítico
Direção Temporal das ObservaçõesDireção Temporal das Observações
ProspectivoProspectivoss
RetrospectivoRetrospectivoss
TRANSVERSAL
CoorteCoorteCaso-Caso-controlecontrole
CaracterísticasCaracterísticas
Não há alocação aleatória da exposiçãoNão há alocação aleatória da exposição
Grupos formados por: Grupos formados por: ““observação” das situações da vidaobservação” das situações da vida alocação arbitrária de uma intervençãoalocação arbitrária de uma intervenção
Doentes
Doentes
Não doentes
Não doentes
Expostos
Não expostos
População
Início
Futuro
Avaliação e classificação
Avaliação do(s) efeito(s)
Livre da doença
Seg
uim
en
to
Presente
Delineamento do EstudoDelineamento do Estudo
DOENÇA AUSENTE (d)
NÃO EXPOSTOS
DOENÇA PRESENTE (c)
DOENÇA DOENÇA
AUSENTE (b)AUSENTE (b)
EXPOSTOS
DOENÇA PRESENTE (a))
ExposiçãoExposição Ambiental – química, física (radiação, Ambiental – química, física (radiação,
ocupacional)ocupacional) Comportamentos relacionados a Comportamentos relacionados a
saúde (tabagismo, dieta, atividade saúde (tabagismo, dieta, atividade física)física)
Características biológicas – PA, Características biológicas – PA, colesterolcolesterol
Fat socioeconômicos - escolaridadeFat socioeconômicos - escolaridade
DesfechoDesfecho MortalidadeMortalidade IncidênciaIncidência Mudanças ao longo do tempo em Mudanças ao longo do tempo em
marcadores biológicos (CD4)marcadores biológicos (CD4) Comportamentos relacionados a Comportamentos relacionados a
saúdesaúde
Exposição X DesfechoExposição X Desfecho
ObesidadeObesidade Dieta e atividade física = obesidadeDieta e atividade física = obesidade Obesidade = desenvolvimento de Obesidade = desenvolvimento de
HA, mortalidadeHA, mortalidade
Tipos de CoorteTipos de Coorte
Coorte fixaCoorte fixa
População fixa: conjunto de pessoas que População fixa: conjunto de pessoas que apresenta um apresenta um evento comumevento comum (restrito (restrito no tempo e no espaço) que caracteriza a no tempo e no espaço) que caracteriza a sua admissão na coortesua admissão na coorte
Coorte fechada: mesmos indivíduos Coorte fechada: mesmos indivíduos durante todo o protocolodurante todo o protocolo
População fechadaPopulação fechada
0100200300400500600700800900
1000
Tempo
fechada
fixa
Tipos de CoorteTipos de Coorte Coorte dinâmicaCoorte dinâmica
População dinâmica: conjunto de pessoas População dinâmica: conjunto de pessoas que apresenta um que apresenta um estadoestado que define a que define a sua participação na população durante o sua participação na população durante o tempo em que apresente esta tempo em que apresente esta característicacaracterística
Coorte aberta: muda com o tempo, Coorte aberta: muda com o tempo, permite entrada e saída de indivíduos do permite entrada e saída de indivíduos do estudoestudo
População Aberta em equilíbrioPopulação Aberta em equilíbrio
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tempo
Nú
mer
o d
o su
jeit
o
UsosUsos
Avaliação da etiologia de doenças (fumo X CA Avaliação da etiologia de doenças (fumo X CA pulmão)pulmão)
Avaliação da história natural de doenças (HIV Avaliação da história natural de doenças (HIV +)+)
Estudo do impacto de fatores prognósticos Estudo do impacto de fatores prognósticos (marcadores tumorais X evolução de CA)(marcadores tumorais X evolução de CA)
UsosUsos
Avaliação do impacto de intervenções Avaliação do impacto de intervenções diagnósticas (colpocitologia X mortalidade por diagnósticas (colpocitologia X mortalidade por CA uterino)CA uterino)
Avaliação do impacto de intervenções Avaliação do impacto de intervenções terapêuticas (Trat cirúrgico de fratura de terapêuticas (Trat cirúrgico de fratura de fêmur em idosos X mortalidade)fêmur em idosos X mortalidade)
SubtiposSubtipos
Concorrente (follow-up)Concorrente (follow-up) Coorte fixaCoorte fixa Coorte dinâmicaCoorte dinâmica
Não-concorrenteNão-concorrente Retrospectiva (Histórica)Retrospectiva (Histórica)
EXPOSIÇÃO DOENÇA
?
EXPOSIÇÃO DOENÇA
?
?
Coorte prospectiva
Coorte retrospectiva
Doença presenteDoença ausente
? = a ser determinado
Base para seleção dos grupos no início do estudo
?
ConcorrenteConcorrente
Coorte prospectivaCoorte prospectivaO início do estudo coincide historicamente O início do estudo coincide historicamente
com o início do acompanhamento da coortecom o início do acompanhamento da coorte
O grupo é acompanhado desde a exposição O grupo é acompanhado desde a exposição até o desfechoaté o desfecho
O efeito ainda não ocorreu, mas a exposição O efeito ainda não ocorreu, mas a exposição pode ou não ter ocorridopode ou não ter ocorrido
Inferência: é uma conexão indireta entre assuntos.É uma ilação ou dedução
Fator de risco presente
Fator de risco ausente
O PRESENTE O FUTURO
Doença
Doença
Não DoençaNão Doença
Amostra
PopulaçãoCoorte Prospectiva
ESTUDOS DE COORTE: POSSIBILIDADES DE COORTES RETROSPECTIVAS
Estudar os expostos à bomba de Hiroshima e segui-los até o presente para ver alguns desfechos como morte, câncer, etc
Identificar um grupo exposto ao raio-x in útero e outro que não sofreu exposição
Depois procurar saber quantos, de cada grupo, adquiriram câncer durante a infância ou adolescência
ESTUDOS DE COORTE: LEMBRAR
Os critérios de inclusão/exclusão, e os pontos de coorte devem ser estabelecidos a priori e mantidos ao longo do estudo;
Apenas os fatores de risco definidos e medidos no início do estudo podem ser utilizados;
A equipe encarregada do estudo pode ser alterada ao longo do mesmo, porém estas mudanças devem ser avaliadas para que isso não implique na inviabilidade e/ou invalidade do estudo.
Coorte Prospectiva
Vantagens Definir Incidência Permite inferir Causalidade Seqüência
Cronológica Variável Complexa Hábito Alimentar Não sofre influência de viés de lembrança Doença Fatal Antecedentes
Coorte ProspectivaCoorte Prospectiva
DesvantagensDesvantagens CaroCaro Inadequado para doenças raras, análise de Inadequado para doenças raras, análise de
fatores prognósticos ou doença sub-clínicafatores prognósticos ou doença sub-clínica
Não-concorrenteNão-concorrente
Retrospectiva (Histórica)Retrospectiva (Histórica)O desenvolvimento da pesquisa e a evolução dos O desenvolvimento da pesquisa e a evolução dos
fatos ocorre em tempos históricos distintosfatos ocorre em tempos históricos distintos
Os dados sobre causa e efeito já ocorreram sendo Os dados sobre causa e efeito já ocorreram sendo encontrados na memória das pessoas em encontrados na memória das pessoas em registros, atestadosregistros, atestados
De posse desses dados o investigador mantém o De posse desses dados o investigador mantém o desenho de coorte formando grupos de expostos desenho de coorte formando grupos de expostos e não expostos conservando o princípio do estudoe não expostos conservando o princípio do estudo
Fator de risco presente
Fator de risco ausente
O PASSADO O PRESENTE
Doença
Doença
Não DoençaNão Doença
Amostra
PopulaçãoCoorte Coorte
RetrospectivaRetrospectiva
CoorteCoorte RetrospectivaRetrospectiva
VantagensVantagens Economia e TempoEconomia e Tempo
DesvantagensDesvantagens
Natureza e Qualidade da Variável preditora Natureza e Qualidade da Variável preditora
Representatividade da Amostra Representatividade da Amostra
Acurácia e Incompletude das informações Acurácia e Incompletude das informações
Doença presente
Doença ausente
Fator de risco presente
Fator de risco ausente
Fator de risco presente
Fator de risco ausente
Todos os casos
Amostra de controles
Coorte
População
O PRESENTEMedidas no Presente de Espécimes do
Passsado
Caso-controle aninhado em Coorte
Seleção do Grupo de EstudoSeleção do Grupo de Estudo
Grupos Com Exposição EspecialGrupos Com Exposição Especial
Altos níveis de exposição à uma substância Altos níveis de exposição à uma substância particular (Ex: mineiros, fumantes)particular (Ex: mineiros, fumantes)
Pessoas infectadas com um agentePessoas infectadas com um agente Pessoas com alguma anormalidade em Pessoas com alguma anormalidade em
qualquer medida fisiológica Ex: pressão qualquer medida fisiológica Ex: pressão arterial, colesterol sérico, etc.arterial, colesterol sérico, etc.
Seleção do Grupo de EstudoSeleção do Grupo de Estudo
Grupos Com Características ComunsGrupos Com Características Comuns
Médicos, grupos de seguros de vida, grupos Médicos, grupos de seguros de vida, grupos obstétricos, voluntários, veteranos de guerra, obstétricos, voluntários, veteranos de guerra, universitáriosuniversitários
Grupos Geograficamente DefinidosGrupos Geograficamente Definidos
Escore de risco de FraminghamEscore de risco de Framingham TchernobilTchernobil HiroshimaHiroshima
O ideal é que o grupo de comparação seja o mais similar possível ao grupo de estudo com a única diferença de não apresentar a
exposição suspeita.
Escore de risco de FraminghamEscore de risco de Framingham
Coleta dos dados e acompanhamentoColeta dos dados e acompanhamento::
FontesFontes d de Informação e Informação Sobre a ExposiçãoSobre a Exposição
RegistrosRegistros EntrevistasEntrevistas Exames médicosExames médicos Exames ambientaisExames ambientais Ocorrências Ocorrências
acidentaisacidentais
SeguimentoSeguimento ((Follow-Follow-up)up)
Rigor igual para todos Rigor igual para todos os grupos incluindo os os grupos incluindo os controlescontroles
Exames individuaisExames individuais Certeza de Certeza de
diagnosticar a maioria diagnosticar a maioria dos casos da doença dos casos da doença em questãoem questão
Re-exames Re-exames periódicosperiódicos..
O Estudo de Coorte permiteO Estudo de Coorte permite
Investigar a relação exposição-doença, em Investigar a relação exposição-doença, em função do ponto de partida da observação função do ponto de partida da observação ser a causa ou efeitoser a causa ou efeito
Abordar hipóteses etiológicasAbordar hipóteses etiológicas
Calcular medidas de IncidênciaCalcular medidas de Incidência
O Estudo de Coorte permiteO Estudo de Coorte permite
Examinar associações entre variáveis, Examinar associações entre variáveis, usando medidas diretas de riscousando medidas diretas de risco
Comparar a incidência da doença em uma Comparar a incidência da doença em uma ou mais coortesou mais coortes
ESTUDOS DE COORTE: DELINEAMENTO
Grupo de pessoas acompanhado ao longo do tempo e que periodicamente é investigado por pesquisadores que vão agrupando dados sobre estas pessoas;
Também conhecidos como:
estudos de incidência (incidence);
longitudinais (longitudinal) ou
de seguimento (follow-up).
ESTUDOS DE COORTE: DELINEAMENTO
Grupo de pessoas acompanhado ao longo do tempo e que periodicamente é investigado por pesquisadores que vão agrupando dados sobre estas pessoas;
Também conhecidos como:
estudos de incidência (incidence);
longitudinais (longitudinal) ou
de seguimento (follow-up).
Medidas de freqüênciaMedidas de freqüência
Medidas de freqüênciaMedidas de freqüência
IncidênciaIncidência
Incidência cumulativaIncidência cumulativa
Densidade de incidênciaDensidade de incidência
Incidência cumIncidência cumulativalativa
Utilizada quando a população é fixa. Utilizada quando a população é fixa. Durante o estudo não há entrada de Durante o estudo não há entrada de
outros membrosoutros membros
Exemplificando:Exemplificando:
Coeficiente de incidência de um evento = Coeficiente de incidência de um evento = 2,8/10.000 = 2,8 por 10.000 habitantes2,8/10.000 = 2,8 por 10.000 habitantes
Densidade de IncidênciaDensidade de Incidência
Utilizada quando o quantitativo de Utilizada quando o quantitativo de pessoas altera-se durante o estudo. pessoas altera-se durante o estudo.
Leva-se em conta o número de Leva-se em conta o número de indivíduos e o tempo de duração de indivíduos e o tempo de duração de cada um (pessoa-tempo)cada um (pessoa-tempo)
Pessoas-tempo = número de indivíduos X Pessoas-tempo = número de indivíduos X tempos de exposiçãotempos de exposição
Relação entre Incidência e Relação entre Incidência e PrevalênciaPrevalência
A prevalência de uma doença depende da incidência da
mesma (quanto maior for a ocorrência de casos novos,
maior será o número de casos existentes), como também
da duração da doença. A mudança da prevalência pode
ser afetada tanto pela velocidade da incidência como
pela modificação da duração da doença. Esta, por sua
vez, depende do tempo de cura da doença ou da
sobrevivência.
Análise do Estudo de CoorteAnálise do Estudo de Coorte
dcNÃO EXPOSTOS
ba
EXPOSTOS
NÃO DOENTESDOENTES
Incidência da doença nos expostos Ie = a/ (a+b)
Incidência da doença nos não expostos Ine= c/ (c+d)
Nº operários na indústria A - 1000Nº operários que trabalharam o ano todo - 50Nº operários que trabalharam 6 meses - 450Nº operários que trabalharam 3 meses - 500
Nº de casos de intoxicação aguda no ano - 20
Coeficiente de incidência =
Número de casos novos no período
Número de pessoas
x 10n
Coeficiente de incidência =
20
1000x 1000 = 20 casos por 1000
Calculando coeficiente de incidênciaCalculando coeficiente de incidência
Nº operários na indústria A - 1000
Nº operários que trabalharam o ano todo - 50
Nº operários que trabalharam 6 meses - 450
Nº operários que trabalharam 3 meses - 500
Total de pessoas-ano - (50x1)+(450x0,5)+(500x0,25)=(50)+(225)+(125)=400
Nº de casos de intoxicação aguda no ano - 20
Densidade de incidência =
Número de casos novos (iniciados) no período
Número de pessoas-ano
x 10n
Densidade de incidência =
20
400x 1000 = 50 casos por 1000 pessoas-ano
Analisando dados de pesquisaAnalisando dados de pesquisa
Medidas de efeitoMedidas de efeito Risco RelativoRisco Relativo
Risco atribuívelRisco atribuível
Risco atribuível na populaçãoRisco atribuível na população
Fração atribuível na populaçãoFração atribuível na população
Risco absoluto X Risco relativoRisco absoluto X Risco relativo• Risco absolutoRisco absoluto
• É o próprio coeficienteÉ o próprio coeficiente• Indica a probabilidade de Indica a probabilidade de
um membro do grupo ser um membro do grupo ser acometido por um dado acometido por um dado agravo, em um período agravo, em um período especificadoespecificado
Risco relativoRisco relativo
É uma razão entre dois É uma razão entre dois
coeficientes de incidência coeficientes de incidência
(coeficiente de incidência (coeficiente de incidência
nos expostos e coeficiente nos expostos e coeficiente
de incidência nos não-de incidência nos não-
expostos)expostos)
Medidas de efeitoMedidas de efeito
Interpretação do Risco RelativoInterpretação do Risco Relativo
Calculado para identificar diferenças nas taxas Calculado para identificar diferenças nas taxas das doenças entre os grupos de expostos e não-das doenças entre os grupos de expostos e não-expostosexpostos
Risco da doença entre os expostos / risco da Risco da doença entre os expostos / risco da doença entre os não expostosdoença entre os não expostos
RR = 1, não há diferençaRR = 1, não há diferença RR > 1, associação positiva entre exposição e RR > 1, associação positiva entre exposição e
doençadoença RR < 1, associação negativa entre exposição e RR < 1, associação negativa entre exposição e
doença (proteção)doença (proteção)
Risco atribuívelRisco atribuívelRisco atribuívelRisco atribuível
É a parte da incidência É a parte da incidência de um agravo à saúde de um agravo à saúde que é devida que é devida (atribuída) a uma (atribuída) a uma dada exposição.dada exposição.
Risco atribuível Risco atribuível populacionalpopulacional
É o excesso de risco na É o excesso de risco na população devido à população devido à exposição sob exposição sob investigaçãoinvestigação
Risco atribuível percentual, também chamado de fração atribuível ou fração etiológica.
ExpostosExpostos
Não expostos
Não doentesDoentes
a
c
b
d
a b+
c d+
a
a b+IE=
c
c d+INE=
IE INE
RR =
Expostos
Não expostos
Não doentesDoentes
a
c
P/ano
aIE=
cINE=
IE
INE
RR =
P/ano
P/ano P/ano
Vantagens
VantagensVantagens
Produz medidas diretas de riscosProduz medidas diretas de riscos
Alto poder analítico: Alto poder analítico: fornece evidências mais fortes de que uma fornece evidências mais fortes de que uma
associação possa ser causalassociação possa ser causal fornece informações sobre o período de tempo fornece informações sobre o período de tempo
entre exposição e doençaentre exposição e doença
VantagensVantagens
Simplicidade de desenhoSimplicidade de desenho medem a exposição antes do início da doençamedem a exposição antes do início da doença seleção dos controles é relativamente simplesseleção dos controles é relativamente simples
Facilidade de análiseFacilidade de análise resultados mais facilmente generalizáveis a resultados mais facilmente generalizáveis a
populações maiorespopulações maiores muitos desfechos podem ser investigados muitos desfechos podem ser investigados
simultaneamentesimultaneamente
Limitações
causa efeito
Tempo de Seguimento
Exposição de curta duração?Exposição de longa duração?
LimitaçõesLimitações
DemoradoDemorado
Alto custo relativo Alto custo relativo
Dificuldades operacionaisDificuldades operacionais
Vulnerável a perdas de acompanhamento que Vulnerável a perdas de acompanhamento que prejudicam o estudo (“prejudicam o estudo (“attrition bias”attrition bias”))
LimitaçõesLimitações
Inadequado para doenças de baixa freqüência Inadequado para doenças de baixa freqüência (raras)(raras)
Não permite testar novas hipótesesNão permite testar novas hipóteses
Interpretação pode ser dificultada pela presença de Interpretação pode ser dificultada pela presença de fatores de confundimentofatores de confundimento
Vieses Vieses e e
Fatores de ConfusãoFatores de Confusão
Erros na Pesquisa Ameaçam o seu Erros na Pesquisa Ameaçam o seu EstudoEstudo
Erros ameaçam a possibilidade de Erros ameaçam a possibilidade de generalização dos resultados;generalização dos resultados;
Erros no desenho e implementação;Erros no desenho e implementação;
Uma função do investigador é minimizar os Uma função do investigador é minimizar os erros e aumentar a possibilidade de erros e aumentar a possibilidade de generalização dos resultados.generalização dos resultados.
Cinco razões que podem explicar Cinco razões que podem explicar uma associação epidemiológica:uma associação epidemiológica:
Erro aleatórioErro aleatório
Erro sistemáticoErro sistemático
Efeito-causaEfeito-causa
ConfusãoConfusão
Causa-efeitoCausa-efeito
ExplicaçãoExplicação Tipo de Tipo de associaçãoassociação
A relação entre A relação entre as variáveisas variáveis
Modelo causalModelo causal
AcasoAcaso
(erro aleatório)(erro aleatório)
EspúriaEspúria NadaNada
ViésViés
(erro sistemático)(erro sistemático)
EspúriaEspúria NadaNada
Efeito-causaEfeito-causa VerdadeiraVerdadeira ReversaReversa Desfecho -> PrediçãoDesfecho -> Predição
ConfusãoConfusão VerdadeiraVerdadeira As variáveis de As variáveis de predição e predição e desfecho estão desfecho estão associadas com associadas com uma terceirauma terceira
Fator xFator x
/ \/ \
Predição DesfechoPredição Desfecho
Causa-efeitoCausa-efeito VerdadeiraVerdadeira AtualAtual Predição -> DesfechoPredição -> Desfecho
Duas fontes de associações espúrias:Duas fontes de associações espúrias:
Erro aleatório = acaso Erro aleatório = acaso
A variável não tem sempre o mesmo valor A variável não tem sempre o mesmo valor quando é medida várias vezes.quando é medida várias vezes.
Erro sistemático = viésErro sistemático = viés
A variável não representa um valor que é A variável não representa um valor que é verdadeiro.verdadeiro.
A Diferença entre Precisão e ExatidãoA Diferença entre Precisão e Exatidão
Boa precisão Má precisão Boa precisão Má precisãoMá exatidão Boa exatidão Boa exatidão Má exatidão
Erro sistemático é o resultado da falta de exatidão.
Erro aleatório é o resultado da falta de precisão.
A relação entre erros, precisão e A relação entre erros, precisão e exatidão exatidão
Erros aleatórios Erros aleatórios ameaçam precisão ameaçam precisão
Contribuídos porContribuídos por
O observadorO observador
O participanteO participante
O instrumentoO instrumento
Erros sistemáticos Erros sistemáticos ameaçam exatidãoameaçam exatidão
Contribuídos porContribuídos por
O observadorO observador
O participanteO participante
O instrumentoO instrumento
Erros em Pesquisa e como Evitá-losErros em Pesquisa e como Evitá-los
Erro aleatório = acasoErro aleatório = acaso
Melhorar o desenho do estudo.Melhorar o desenho do estudo.
Aumentar o tamanho da amostra.Aumentar o tamanho da amostra.
Aumenta a precisão (precision).Aumenta a precisão (precision).
Erro sistemático = viésErro sistemático = viés
Melhorar o desenho do estudoMelhorar o desenho do estudo
Aumentar exatidão (accuracy)Aumentar exatidão (accuracy)
1. Erro aleatório (acaso)1. Erro aleatório (acaso)
Problema comum a todos estudos quando Problema comum a todos estudos quando se utiliza uma amostra;se utiliza uma amostra;
Duas posibilidades:Duas posibilidades:
- Falta achar uma associação que existe (Erro do - Falta achar uma associação que existe (Erro do tipo I)tipo I)
- Achar uma associação que não existe (Erro do - Achar uma associação que não existe (Erro do tipo II)tipo II)
A mesma solução para ambos: aumentar o A mesma solução para ambos: aumentar o tamanho de amostra.tamanho de amostra.
Erro aleatório e poder do Erro aleatório e poder do testeteste
Verdade no universo Verdade no universo (desfecho):(desfecho):
Resultados do Resultados do estudo:estudo:
Associação Associação existe existe
Associação Associação não existenão existe
Associação Associação encontradaencontrada
Resultado Resultado corretocorreto
Erro do tipo IIErro do tipo II
(poder)(poder)
Associação não Associação não encontradaencontrada
Erro do tipo IErro do tipo I
(acaso)(acaso)
Resultado Resultado
corretocorreto
2. Erro sistemático2. Erro sistemático
Erro sistemático: quando se observa um Erro sistemático: quando se observa um resultado incorreto por causa de resultado incorreto por causa de viésviés (fonte de variação que distorce os (fonte de variação que distorce os achados para uma direção).achados para uma direção).
Erro sistemático diminui a exatidão dos Erro sistemático diminui a exatidão dos resultados do estudo.resultados do estudo.
Erros sistemáticos podem ocorrer na Erros sistemáticos podem ocorrer na amostra (erro de amostragem) ou nas amostra (erro de amostragem) ou nas medidas (erro de medida).medidas (erro de medida).
Fontes de Erro SistemáticoFontes de Erro Sistemático
AmostragemAmostragem
Quando a amostra não representa a Quando a amostra não representa a
população alvo.população alvo.
Viés de participaçãoViés de participação
Alguns participantes são excluídos Alguns participantes são excluídos
sistematicamente.sistematicamente.
Viés na AmostragemViés na Amostragem
Soluções Soluções
Amostragem aleatória (probabilística);Amostragem aleatória (probabilística);
Evite amostras não aleatórias (como Evite amostras não aleatórias (como amostra de conveniência);amostra de conveniência);
Minimização dos critérios de exclusão Minimização dos critérios de exclusão (limite a generalizabilidade).(limite a generalizabilidade).
Fontes de Erro Sistemático: Fontes de Erro Sistemático: MedidasMedidas
As medidas não refletem as variáveis de As medidas não refletem as variáveis de interesse.interesse.
Problemas comProblemas com
Os instrumentos.Os instrumentos.
Os questionários.Os questionários.
Os entrevistadoresOs entrevistadores
Viés de MedidasViés de Medidas
Exemplos:Exemplos:
Um balança que não está calibrada.Um balança que não está calibrada.
Os participantes não entendem uma Os participantes não entendem uma pergunta do questionário.pergunta do questionário.
Um entrevistador pergunta um item Um entrevistador pergunta um item incorretamente, inconsistentemente.incorretamente, inconsistentemente.
3. Efeito-Causa3. Efeito-Causa
Quando a variável de desfecho precede a Quando a variável de desfecho precede a variável de prediçãovariável de predição
Problema com estudos transversaisProblema com estudos transversais
Soluções:Soluções:
Estudos de coorteEstudos de coorte
Estudos de caso-controleEstudos de caso-controle
HIVComportamentossexuais de risco
Os compartamentos de sexuais de risco causam infecção pelo HIV?ouO conhecimento da disponibilidade do tratamento para o HIV causa comportamentos sexuais de risco?
4. Confusão4. Confusão
Variáveis de confusão estão associadas Variáveis de confusão estão associadas
tanto com a variável de predição quanto a tanto com a variável de predição quanto a
variável de desfecho.variável de desfecho.
Uma terceira variável medida ou não Uma terceira variável medida ou não
medida.medida.
HIV
Comportamentossexuais de risco
O comportamento sexual de risco está associado com uso de drogas injetáveis
e infecção pelo HIV.
Uso de drogasinjetáveis
Ex:
Estratégias para controlar Estratégias para controlar variáveis de confusão:variáveis de confusão:
Na fase de planejamento (desenho)Na fase de planejamento (desenho)
Especificação.Especificação.
Pareamento.Pareamento.
Na fase de análiseNa fase de análise
Estratificação.Estratificação.
Ajuste estatístico (modelagem).Ajuste estatístico (modelagem).
Estratégia 1: EspecificaçãoEstratégia 1: Especificação
O desenho do estudo ‘exclui’ O desenho do estudo ‘exclui’ participantes que tenham potenciais participantes que tenham potenciais variáveis de confusão.variáveis de confusão.
Ex: Exclusão de fumantes.Ex: Exclusão de fumantes.
Limtações:Limtações:
Pode reduzir a capacidade de Pode reduzir a capacidade de generalização.generalização.
Estratégia 2: PareamentoEstratégia 2: Pareamento
Equilibra variáveis potenciais de Equilibra variáveis potenciais de confusão entre os casos e os controles. confusão entre os casos e os controles. Pareamento de participantes individuais. Pareamento de participantes individuais. Pareamento por grupo.Pareamento por grupo.
Ex: pareamento para idade ou sexo.Ex: pareamento para idade ou sexo.
Limitações:Limitações: Às vezes ineficiente.Às vezes ineficiente. Precisa identificar as variáveis de confusão na fase Precisa identificar as variáveis de confusão na fase
de desenho.de desenho.
Estratégia 3: EstratificaçãoEstratégia 3: Estratificação
Separação de participantes em subgrupos Separação de participantes em subgrupos (estratos), com a variável de confusão e sem a (estratos), com a variável de confusão e sem a variável de confusão.variável de confusão.
Ex: Comparar desfechos entre doenças <25 Ex: Comparar desfechos entre doenças <25 anos e ≥25 anos de idade.anos e ≥25 anos de idade.
Limitações:Limitações:
Precisa medir a variável de confusão.Precisa medir a variável de confusão.
O tamanho da amostra diminui com cada O tamanho da amostra diminui com cada estrato.estrato.
Estratégia 4: Ajuste Estratégia 4: Ajuste EstatísticoEstatístico
Modelagem (controle de múltiplas variáveis de confusão Modelagem (controle de múltiplas variáveis de confusão simultaneamente):simultaneamente): Regressão logística para desfechos dicotômicos.Regressão logística para desfechos dicotômicos. Regressão linear para desfechos contínuos.Regressão linear para desfechos contínuos. Regressão de Cox quando o desfecho é o tempo.Regressão de Cox quando o desfecho é o tempo.
HIV HIV uso de drogas – uso de drogas – idadeidade – – sexo sexo – – rendarenda
Limitações: Limitações: precisa medir a variável de confusão.precisa medir a variável de confusão.
5. Causa-Efeito5. Causa-Efeito
Quando a variável de predição Quando a variável de predição precede a variável de desfecho;precede a variável de desfecho;
Problema com estudos transversais.Problema com estudos transversais.
Soluções:Soluções:
Estudos de coorteEstudos de coorte
Estudos de caso-controleEstudos de caso-controle
Evidência de Causalidade:Evidência de Causalidade:
Força da associação;Força da associação; Consistência de resultados em vários Consistência de resultados em vários
estudos de vários desenhos;estudos de vários desenhos; Causa precede efeito;Causa precede efeito; Força da associação aumenta com a Força da associação aumenta com a
exposição (dose-resposta);exposição (dose-resposta); Plausividade biológica.Plausividade biológica.
Critérios de Bradford-Hill
TESTES DIAGNÓSTICOS
SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE
VALOR PREDITIVO POSITIVO E NEGATIVO
SENSIBILIDADE: Probabilidade de um teste mostrar-se positivo numa pessoa doente;
ESPECIFICIDADE: Probabilidade de um teste classifique como negativa uma pessoa livre da doença;
TESTES DIAGNÓSTICOS
SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE
VALOR PREDITIVO POSITIVO E NEGATIVO
VALOR PREDITIVO POSITIVO: Proporção de pessoas num programa de screening com teste positivo e realmente doentes;
VALOR PREDITIVO NEGATIVO: Proporção de pessoas num programa de screening com teste negativo e realmente livres da doença.
SensibilidadeSensibilidadeé a capacidade que um teste tem de detectar os positivos dentre é a capacidade que um teste tem de detectar os positivos dentre
os doentes - % doentes com teste positivoos doentes - % doentes com teste positivo
Alta sensibilidade - rastreamento diagnóstico, quando não se Alta sensibilidade - rastreamento diagnóstico, quando não se pode correr o risco de detectar a doença - AIDSpode correr o risco de detectar a doença - AIDS
mais útil quando negativo - pode dar falso positivo, pouco falso mais útil quando negativo - pode dar falso positivo, pouco falso negativonegativo
EspecificidadeEspecificidadeé a capacidade que um teste tem de detectar os não é a capacidade que um teste tem de detectar os não
doentes dentre os sadios - % sadios com teste doentes dentre os sadios - % sadios com teste negativo negativo
Alta especificidade - quando se quer detectar sadios, útil Alta especificidade - quando se quer detectar sadios, útil para confirmar diagnósticopara confirmar diagnóstico
mais útil quando positivo - pouco falso positivo, pode mais útil quando positivo - pouco falso positivo, pode dar falso negativodar falso negativo
Sensibilidade e EspecificidadeSensibilidade e Especificidade
a b
c d
D ND
T+
T-
Sensibilidade =a
a + c
Especificidade = d
b + d
Valor Preditivo PositivoValor Preditivo Positivo
Probabilidade de existir a doença, dado Probabilidade de existir a doença, dado que o teste foi positivoque o teste foi positivo
a b
c d
VPP + = a
a + b
D ND
T+
T-
Valor Preditivo NegativoValor Preditivo Negativo
Probabilidade de não existir a doença, Probabilidade de não existir a doença, dado que o teste foi negativodado que o teste foi negativo
a b
c d
VPN - = d
c + d
D ND
T+
T-
ReprodutibilidadeReprodutibilidade
repetibilidade da medida - consistência dos repetibilidade da medida - consistência dos resultados quando a medida ou exame se resultados quando a medida ou exame se repetem nas mesmas condições. repetem nas mesmas condições.
Avaliar a variabilidade inter e intra-Avaliar a variabilidade inter e intra-observador.observador.
KappaKappa
OBSERVADOR 2 OBSERVADOR 1 Anormal Normal Anormal a b a+b Normal c d c+d a+c b+d
1.Taxa de concordância = a + d / n
1.Kappa - indicador de concordância ajustado - descarta a concordância devida ao fator chance - varia de -1 a +1
K = Po - Pe / 1 - Pe
Po - concordância observadaPe - concordância esperada
Kappa - Concordância esperadaKappa - Concordância esperada
Pe = {(a+b) x (a+c) + (c+d) x (b+d)} n2
Interpretação: até 0,40 - sofrível
0,41 a 0,60 - regular0,60 a 1 - boa a ótima
Concordância – Variáveis Concordância – Variáveis quantitativasquantitativas
Desvio padrão - menor d.p. - maior Desvio padrão - menor d.p. - maior reprodutibilidadereprodutibilidade
Coeficiente de variação - d.p. / média - Coeficiente de variação - d.p. / média - quanto menor - maior reprodutibilidade.quanto menor - maior reprodutibilidade.
Correlação intra-classeCorrelação intra-classe