Bens Reciprocamente Considerados.ppt

Post on 10-Apr-2016

235 views 3 download

Transcript of Bens Reciprocamente Considerados.ppt

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

Art. 92 A 97, CC

CLASSIFICAÇÃO: BENS PRINCIPAIS BENS ACESSÓRIOS

Art. 92, CC: Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

CLASSIFICAÇÃO:

BENS PRINCIPAIS São aqueles que, para existirem não dependem da existência

de nenhum outro bem. Ele existe por si só. Ex.: a vida, um livro, a caneta, um terreno.

BENS ACESSÓRIOS São aqueles que para existirem dependem da existência do

bem principal. Eles não existem por si só. Ex.: uma casa, para existir depende da existência do terreno

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS PRINCIPAIS “Tem existência própria, autônoma, concreta

ou abstrata. O bem principal existe sobre si mesmo” (orlando Gomes)

Regra: o acessório segue o principal. Ex.: o contrato, a vontade das partes Ex.: acessão (modo de aquisição da

propriedade) – arts. 1248 e ss.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS PRINCIPAIS e BENS ACESSÓRIOS Ex.: contrato de aluguel (principal) fiança

(acessório) Ex.: contrato de financiamento (principal)

hipoteca (acessório) Ex.: uma casa é acessória em relação ao solo,

que é principal em relação a ela. Mas será principal em relação a suas portas e janelas, que serão acessórios dela.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS PRINCIPAIS e BENS ACESSÓRIOS Nexo de subordinação do acessório ao

principal Accessorium sequitur suum principale Lei da gravitação jurídica Art. 233, CC: A obrigação de dar coisa certa

abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS PRINCIPAIS e BENS ACESSÓRIOS Nexo de subordinação do acessório ao principal Accessorium sequitur suum principale Art. 364, CC: A novação extingue os acessórios e

garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.

Novação: ocorre quando uma obrigação substitui a outra.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS De acordo com o processo de ligação à coisa

principal:

NATURAIS INDUSTRIAIS CIVIS

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS NATURAIS: Aderem naturalmente ao principal, sem a

intervenção do ser humano. Ex.: os filhotes de um animal, o leite da vaca,

as frutas de uma árvore.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS CIVIS Resultam de uma relação de direito. São os rendimentos oriundos da utilização de

uma coisa frutífera. Ex.: juros, salários, lucros, aluguéis.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS INDUSTRIAIS Derivados do trabalho humano. Ex.: os laticínios feitos com o leite, os

produtos feitos por uma fábrica.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

FRUTOS são as utilidades produzidas periodicamente pela coisa sem destruir ou diminuir os bens principais de que se destacam (PAULO NADER, 2007).

Ex: frutos de uma árvore

PRODUTOS: são as utilidades extraídas de uma coisa, mas de forma a ir reduzindo-lhe a quantidade.

Ex.: pedra de uma pedreira

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

PERTENÇAS Art. 93, CC: São pertenças os bens que, não

constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

Ex.: tratores, máquinas

ACESSÕES são modalidades de aquisição originária da propriedade) – arts. 1248 e ss.

Ex.: construções

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

Art. 95, CC: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.

Art. 94, CC: Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

Art. 1.232, CC: Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENFEITORIAS são todas as obras ou despesas feitas em coisas móveis ou imóveis com a finalidade melhorá-las, embelezá-las ou conservá-las.

São bens acessórios, artificiais, decorrentes do trabalho humano, que visam a conservação, melhoramentos ou aformoseamento do bem principal (PAULO NADER, 2008)

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS

Os FRUTOS são classificados quanto ao estado em: PENDENTES: quando ainda não separados da

coisa.

PERCEBIDOS: se já separados, já colhidos.

Ex.: frutos caídos no solo do vizinho. De quem são?

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS

FRUTOS - Efeitos jurídicos:

Na obrigação de dar a coisa certa (art. 237, CC):

PENDENTES: propriedade do credor PERCEBIDOS: propriedade do devedor

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS ACESSÕES

NATURAIS são acréscimos territoriais a uma propriedade em decorrência de ação da natureza.

Ex.: desvio das águas de rio

ARTIFICIAIS são acréscimos territoriais a uma propriedade em decorrência de ação humana.

Ex.: construções

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS

BENFEITORIAS (Art. 96, CC) podem ser:

BENFEITORIA NECESSÁRIA (Art. 96, § 3º, CC) Ex.: reforço estrutural de um imóvel, troca do madeiramento

do telhado

BENFEITORIA ÚTIL (Art. 96, § 2º, CC) Ex.: instalações mais modernas, portão elétrico

BENFEITORIA VOLUPTUÁRIA (Art. 96, § 1º, CC) Ex.: piscina, quadra de futebol, de tênis, sauna

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

BENS ACESSÓRIOS - BENFEITORIAS (Art. 96, CC) podem ser:

BENFEITORIA NECESSÁRIA é aquela feita com o intuito de conservar a coisa ou evitar sua deterioração. (Art. 96, § 3º, CC)

BENFEITORIA ÚTIL é que melhora ou facilita o uso da coisa. (Art. 96, § 2º, CC)

BENFEITORIA VOLUPTUÁRIA são as que proporcionam mero deleite, aformosamento, distração. (Art. 96, § 1º, CC)

Acórdão Inteiro Teor de 4ª Turma nº ED-ED-RR-569039/1999, de 12 Março 2003

TST. Tribunal Superior do Trabalho

Nº Recurso nº RO-2533/1998-000-03.00, Magistrado Responsável Juíza Convocada Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro

EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO. Os embargos de declaração podem ser manejados quando houver omissão no acórdão, sendo incabível a repetição dos embargos com o mesmo tema anterior, embora lhes dando o enfoque à vista dos dispositivos do Código Civil sobre os bens reciprocamente considerados, quando já explicitado que os reflexos e o adicional não comportam pronunciamento, porque a parte, ao interpor o recurso de revista, aludiu, em termos vagos aos primeiros, e nada disse quanto ao segundo. Embargos de declaração rejeitados.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

A família deve ser um bem reciprocamente considerado.