Post on 28-Sep-2015
Boletim de Parapsicologia - Padre Quevedo
CLAP- Centro Latino Americano de
Parapsicologia
N 2
Diretor: Oscar G. Quevedo S.J.
TEMA: Fenmenos Parapsicolgicos
TTULO: Classificao dos Fenmenos
Parapsicolgicos
Fenmenos Parapsicolgicos
FENMENOS EXTRA-NORMAIS: HIPERESTESIA
DIRETA - Grande sensibilidade de nossos sentidos.
HIPERESTESIA INDIRETA DO PENSAMENTO
(HIP) - "Leitura" do pensamento (atravs da
linguagem corporal; capacidade de "ouvir" o
pensamento curta distncia, poucos metros).
PANTOMNSIA - Capacidade do Inconsciente de se
lembrar de tudo.
TALENTO DO INCONSCIENTE- Inteligncia e
raciocnio do Inconsciente.
XENOGLOSSIA - Falar lnguas diferentes ou
desconhecidas do Consciente. No confundir com
glossolalia que a lingua das criancinhas (balbuciar)
e manifestaes histricas.
FOTOGNESE - Luminosidade causada pela
telergia.
TELERGIA - Exteriorizao e transformao das
energias fisiolgicas de modo Inconsciente. Energia
vital dirigida na sua exteriorizao pelo psiquismo
inconsciente.
PSICOFONIA- Sons, vozes, msicas realizadas de
modo inconsciente pela telergia ou ectoplasma.
TIPTOLOGIA - Batidas ou raps realizadas de modo
inconsciente pela Telergia.
TELECINESIA - Movimentos de objetos pela
Telergia.(Fenmeno das "casas mal assombradas").
PNEUMOGRAFIA - o termo utilizado para
designar os fenmenos de raspagem, escrita,
desenhos sem causa aparente, por causa
parapsicolgica.
APORTE - Fenmeno Parapsicolgico em que a
telergia exteriorizada desmaterializa e depois
materializa novamente objetos; fazendo-os atravessar
muros e outros obstculos. (pedras caindo "do nada",
agulhas no corpo, lgrimas e sangue em imagens,
etc).
DERMOGRAFIA - A dermografia uma ao
cerebral sobre o sistema nervoso simptico que
comanda os corpos capilares da pele. A seleo destes
corpos em vias de representar um desenho, uma
"maravilha" bem fora da fisiologia normal. Agem em
estados normais, de transe, de hipnose ou de
exaltao profunda. um fenmeno especial,
margem da fisiologia normal, parapsicolgico.
LEVITAO - Fenmeno em que a pessoa sustenta o
prprio corpo no ar sob a ao da Telergia. Sempre do
prprio corpo e nunca levitando o corpo de outra
pessoa.
OSMOGNESE - Como todo fenmeno
parapsicolgico de efeitos fsicos, a osmognese se
deve exteriorizao e transformao da energia
somtica. Esta energia que, segundo os fsicos, uma
s com diversas transformaes. Em determinadas
circunstncias parapsicolgicas a telergia deixa de
ser tecido humano, ou trmica, ou motora, etc, e se
transforma em energia odorfica.
ESCOTOGRAFIA - Fotografias ou filmagens do
pensamento. O inconsciente em raras ocasies pode
emanar imagens telrgicas invisvel ao olho n, mas
possvel de impressionar o filme(pelcula) da
mquina fotogrfica ou filmadora.
ECTOPLASMIA - Exteriorizao visvel da Telergia.(
Fantasmas, apario de objetos ou em formas de
membros do corpo).
FANTASMOGNESE - O inconsciente pode moldar
em rarssimas ocasies, imagens ectoplasmticas em
forma de uma pessoa inteira. (fantasma)
ECTO-COLO-PLASMIA - O inconsciente molda
imagens ectoplasmticas de membros do corpo,
partes de objetos, etc...
PIROGNESE - Exteriorizao e transformao da
energia humana (telergia) em energia trmica-
calorfica. De tal forma condensada que provoca fogo
espontneo. FENMENOS PARANORMAIS: PSI-
GAMMA - Faculdade Parapsicolgica que ultrapassa
o tempo e espao, possibilitando a telepatia e outros
fenmenos; tambm chamada de ESP (Percepo
Extra Sensorial) ou Conhecimento da Alma ( de
Psico- Gnosis, as primeiras letras gregas).
PRECOGNIO - Conhecimento psigmico do futuro
(sempre um fenmeno incontrolvel, involuntrio e
inconsciente).
SIMULCOGNIO - Conhecimento paranormal do
presente.
RETROCOGNIO - Conhecimento paranormal do
passado.
TELEPATIA - Fenmeno no qual a pessoa capta
psigamicamente pensamentos ou desejos de outra
pessoa.
CLARIVIDNCIA - Fenmeno no qual a pessoa
capta psigamicamente acontecimentos fsicos.
Sobre os Fenmenos Parapsicolgicos:
Mediunidade propriamente falando no existe.
Mdium seria uma pessoa cujo corpo serviria de meio
pelo qual o esprito do morto quer se comunicar. Na
verdade, o esprito do chamado mdium, isto ,
certas faculdades espirituais (fenmenos
paranormais), como tambm certas faculdades
sensoriais (fenmenos extranormais), todas
inconscientes, que se manifestam.
O chamado transe no mais do que uma
obnubilao das faculdades conscientes e uma
exaltao e manifestao de faculdades
inconscientes.
E perigoso desenvolver essa exaltao e
manifestao de faculdades parapsicolgicas.Trata-se
de faculdades inconscientes. Se as desenvolvermos
(pode-se at aumentar a frequncia dos fenmenos,
mas nunca ter controle), o inconsciente pode "tomar
lugar" do consciente, perdendo a autodeterminao
consciente. Da ao manicmio, um passo.
Sendo faculdades inconscientes, no as
reconhecemos como prprias quando se manifestam.
Da a necessidade psicolgica de atribuir essas
manifestaes a algo ou a algum: achamos que so
resultados de possesso de demnios, incorporaes
de espritos, ou efeito de um "trabalho". Isto provoca
uma ciso da personalidade, o que os psiquiatras
chamam de dupla ou mltipla personalidade, locura.
E conduzem megalomania: achamos que somos
Napoleo ou um Exu, orix, etc, etc, etc.
As manifestaes parapsicolgicas do inconsciente
foram os nervos, esgotam...
As manifestaes parapsicolgicas no devem ser
fomentadas ou "desenvolvidas", mas curadas. Uma
ou outra vez, todos podemos ter alguma telepatia, por
exemplo; mas, se so frequentes, merecem cuidados.
Para isso que o Clap abriu uma Clnica para curar
casos parapsicolgicos e quaisquer outros distrbios
nervosos ou psquicos.
-Este Boletim tem como objetivo o conhecimento da
Parapsicologia. Explicaes de Fenmenos
Parapsicolgicos, Libertao das supersties que
tanto aprisionam o homem, e diferena dos falsos com
os verdadeiros Milagres.
-Periodicidade: Semanal
-Perguntas, Dvidas, Sugestes e Indicao de
pessoas para receberem o Boletim; favor enviar
Email para:
ffqueiroz@sol.com.br
-Elaborado por CLAP Centro Latino Americano de Parapsicologia - Av Leonardo da Vinci 2123-
Jabaquara - So Paulo-S.P CEP 04301-002 Telefone
5011-7942 Site Oficial do Padre Quevedowww.clap.org.br
Telergia
Telergia a causa invisvel, a fora que golpeia ou move
os objetos. Telergia a energia somtica transformada e
exteriorizada, que depende do indivduo vivo.
Ao longo da histria, a telergia ou aspectos dela mais
ou menos precisos, com mais ou menos "adornos" tem
recebido diferentes nomes segundo as diferentes
pesquisadores que "as descobriram". Zoroastro fala do
"fogo vivente", Herclito, de "fogo gerador"; as antigos
ocultistas, do `espirito de vida"; Sto Toms, de "fora
vital"; Mesmer de magnetismo animal"; Cazzamalli, de
"antropoflux". 0 prof. Blondot falou de raios "N", a maior
fonte de tais raios se encontra no homem.
O primeiro cientista que cunhou a palavra telergia foi
Myers, um dos fundadores da S.P.R.: Tele= longe,
Ergon= trabalho. Toda a atividade muscular e nervosa,
da mesma maneira que as idias e as emoes, vo
acompanhadas ou comandadas por atividades eltricas.
H mais de trinta anos se sabe que o organismo humano
produz correntes eltricas. Ora, pela fsica se sabe que
toda corrente eltrica produz um campo magntico.
Eis um primeiro passo na compreenso do
"magnetismo animal" ou o que a Parapsicologia chama
de telergia. lgico pensar que numa pessoa normal
esse magnetismo ou algo equivalente, seja normalmente
imperceptvel, mas ser que em estado de transe certas
pessoas "especiais", dotadas parapsicolgicas, no
poderiam manifestar mais "magnetismo" mais telergia?
Em 1947, o dotado Angelo Achille foi estudado pela
"Societ taliana di Metapsichica", sob a direo do Dr.
Maurogordato, comprovando-se por meio de um elotrodo
em cada mo, em contato com um medidor, que na
realizao dos fenmenos parapsicolgicos manifestava
um potencial eltrico de 200 milivolts, enquanto que nas
pessoas normais oscila entre vinte e quarenta. Os
fluidmetros. Construiram-se mltiplos aparelhos para
demonstrar a existncia de "fluidos" (um aspecto da
telergia). Entre outros podemos citar a magnetometro de
Fortin, o estenmetro de Joire, o biometro de Baraduc, o
zoomagnetometro de La Fontaine, o zoomagnetometro de
Wall, o motor de fludo de Tromelin, a ventonhia de
Geoagriault. Tambm se recorreu cmara
fotogrfica.Foram muitos os pesquisadores que
trabalharam com este mtodo: Chaigneau, Colombs,
Majewski, Dargetz, Braudt Girod, Bonnet, Le Fanc,
Lancelin, Durville... entre outros.
0 Coronel Albert de Rochas comprovou, muitas vezes,
com dotados,que "quando estes esto suficientemente
perto da placa, o fluido que se desprende deles influi
sobre a pelicula sensivel, assemelhando-se em tudo a
"fotografia" aos eflvios que os sensitivos desprendem
dos dedos". Rochas, e j antes, o inventor do mtodo, o
fsico russo Narkiewicz Iodko, comprovaram em
milhares de experiencias que a impresso na placa
fotogrfica no dependia da eletricidade normal, pois
esta era sempre a mesma e a fotografia muito diferente
em intensidade segundo as diversas pessoas. E somente
os dotados de faculdades parapsicolgicas as vezes,
conseguiam impressionar a placa de modo notvel. Mais
ainda: os dotados, as vezes, conseguiam impressionar a
placa imediatamente, enquanto as outras pessoas
demoravam at meia hora para conseguir um efeito
mnimo. Tambm se efetuaram experincias com a mo
de um cadver, comprovando-se que no produziam
nenhum efeito. Pouco importa se esta telergia uma
condensao, ou conduo da eletricidade ambiente, ou
de qualquer outra causa normal.
um efeito " margem do normal", prprio de
pessoas em situaes "especiais". Se os efeitos fossem
normais devidos a causas fsicas ou qumicas em atuao
comum, como defendiam os adversrios do fludo; ou se
se tratasse de uma energia humana especial,
manifestada por todos os homens, segundo o evidente
exagero de alguns "fluidistas", todas as placas
fotogrficas seriam veladas na sua fabricao devido as
numerosas manipulaes que sofrem. Mas, este um
efeito que s os dotados conseguem: um efeito
parapsicolgico. Psicobulia. De Bulia = vontade; Psij=
alma. Esta energia depende da vontade inconsciente do
dotado. 0 Dr. Ochorowicz estudou com um galvanmetro
a famosa dotada Stanislawa Tomczyk, que, "quando
queria" (muitas tentativas), mas no sempre que queria,
mudava o sentido da corrente eltrica, desviava a agulha
de vinte a cinquenta graus; Ochorowicz mudava as
conexes com um "comutador invisivel", e o desvio da
agulha continuava no mesmo sentido porque a doada
ignorava a mudana. Trata-se, em todos os casos at
agora citados, de comprovaes mnimas e por isso, mais
frequentes, da telergia. Vrias teorias foram lanadas.
A teoria da bioeletricidade (a telergia seria anloga
eletricidade com algumas variantes prpria da biologia
humana). Outras teorias visam mais a transformao da
energia somtica, como as teorias metabitica,
biopsquica, ezopsquica... As teorias psicodinmica,
anmica, etc. apesar da terminologia menos material,
referem-se na realidade, energia corporal. A teoria
atomstica tambm expressa os mesmos conceitos com
nomes mais modernos... Bem analisadas, todas as
teorias concluem que a telergia uma energia
fisiolgica; todos esto de acordo em que uma
exteriorizao e transformao das energias fisiolgicas.
Para a fsica moderna a energia uma s, que se
conserva e que se transforma segundo os diversos efeitos
que realiza. A energia trmica, por exemplo, nos
organismos vivos, que pela sua vez provm da energia
qumica da combusto do oxignio do ar, transforma-se
em energia mecnica de onde provm os movimentos. A
mesma energia trmica pode se transformar em energia
luminosa, como nos animais fosforecentes ( o pirilampo),
ou em energia eltrica como na raia, por exemplo.
Os fenmenos extra-normais de efeitos fsicos
(fenmenos telrgicos), sejam quais forem, no so outra
coisa que exteriorizaes e transformaes diversas do
organismo do dotado. Essa energia fisiolgica
exteriorizada e transformada para realizar fonmenos
parapsicolgicos a que chamamos telergia.
Assim j o compreendera, por exemplo, Mackenzie
que identificara as teorias bioeltrica, metabitica e
atomstica. Crookes confirma o anteriormente exposto,
sob os nomes de fora psquica e fora vital. Dizia: "penso
ter descoberto o que se utiliza para desenvolver esta
fora psquica (responsvel pelos fenmenos
parapsicolgicos de efeitos fsicos). Depois de ter sido
testemunha do penoso estado de prostrao nervosa e
corporal em que algumas das sesses deixaram a Home
(grande dotado), depois de t-lo visto num estado quase
completo de desfalecimento, estendido no cho, plido e
sem cor, quase no posso duvidar que a emisso da fora
psquica vai acompanhada do esgotamento
correspondente da fora vital".
A telergia pode completar-se com a colaborao dos
assistentes. Se assim, rocebe o nome de efeito
polipsquico, isto , colaborao de foras "psquicas" (em
realidade, fsicas) de vrias pessoas para produzir um
determinado fenmeno (Polys= muitos; Psij= alma,
psiquismo). Ochorowicz tinha-o chamado mais
exatamente =`simbiose psicofisiolgica". A telergia
algo material; sua sutileza pode, porm, ser em algumas
circunstncias muito notvel. Assim Jouriovitch
constatou que a telergia (ou como a chamava ele, raios
"Y")emanada de certos dotados, atravessava as chapas
metlicas com um poder do penetrao superior ao dos
raios X mais puros e dos raios gamma do radium. Esta
telergia atravessava at placas de chumbo de trs
centmetros de espessura colocadas a um metro de
distncia do dotado em transe, embora a interposio
destas chapas diminusse os efeitos dos raios "Y". Cha-
pas mais espessas, essas mesmas, maior distncia, no
eram atravessadas.
Exagero nos USA. Se todos os fenmenos
parapsicolgicos de efeitos fsicos devessem a uma fora
mental (?) , como exageradamente pretende a escola
norte-americana, os fenmenos seriam plenamente
independentes da natureza dos obstculos que se
interpusessem entre os dotados e os objetos a serem
influenciados, e seriam tambm independentes da
distncia, do tempo...
Na realidade, nenhum fenmeno parapsicolgico de
efeito fsico (por exemplo, tiptologia ou telecinesia, que
imediatamente estudaremos, pode ser detectado (com
gravadores ou filmadoras automticos, por exemplo...)
na ausncia de pessoas (de dotados). Por isso ns
denominamos estes fenmenos de extranormais, isto ,
sensoriais, fsicos.
Texto extrido da Revista de Parapsicologia nmero 14,
elaborada pelo CLAP- Centro Latino Americano de
Parapsicologia.
Curandeirismo
O curandeiro na verdade no cura nada.
Ou a pessoa se sente curada pela auto-sugesto
(perigoso, pois tira-se a dor mas no tira a doena);
Ou a pessoa "curada"de uma doena psico-somtica
que voltar mais tarde; pois atacou o efeito e no a causa
(causas psicolgicas). O necessrio nestes casos um
tratamento psicolgico/psiquitrico.
Por Oscar G. Quevedo S.J.
Os curandeiros so inumerveis. Em todas as pocas
e civilizaes tem-se sofrido com os curandeiros. Cai-se
facilmente em um crculo vicioso: superstio,
curandeirismo; e onde mais superstio, mais
curandeirismo.
O mito dos poderes especiais dos curandeiros
constitui uma herana universal de superstio, um
arqutipo dia Jung, por atavismo. Est como que
infiltrado na humanidade.
Encontram-se inscries nas cavernas do homem
primtivo referindo-se arte mgica de curar. Vrios
hierglifos egpcios aludem ao curandeiro mgico. Nos
livros histricos do povo judeu, tanto do velho como do
novo testamento, referem-se casos de "profissionais " do
curandeirismo.
O recorde mundial em nmeros de curandeiros, em
nmeros de clientes e em prestgio, lamentavelmente
pertence ao Brasil.
O Brasil sempre foi uma terra fecunda para o
curandeirismo. Entrou na histria do Pas, Antonio
Conselheiro, sem dvida, um paranico, que arrastou
ingentes multides atrs de s, principalmente pelos
"poderes de cura" que se lhe atribuiam. Parte do Pas,
fanatizada, chegou convulso social. O exrcito teve
que intervir violentamente, terminando por matar
Antonio Conselheiro e muito dos seus seguidores.
As seitas curadoras
Magnetismo
Formaram-se ambientes absolutamente
estravagantes e alienantes.Vamos citar a poca do
Mesmerismo: O ambiente de Paris era propcio. Em
Paris ainda se acreditava na teoria de Paracelso,
segundo a qual, o corpo humano teria as caractersticas
de um verdadeiro im, sendo o polo norte constitudo
pelos ps e o polo sul pelos rgos sexuais.
Durante dois sculos e meio, a partir de Paracelso, se
empregava o im com mirabolantes xitos na "cura" de
secrees oculares, do nariz ou dos ouvidos, em casos de
fstulas e corrimentos; servindo o inofensivo im,
inclusive para repor hrnias e reparar fraturas, "curar"
ictercias, remover anasarcas, etc...
O Padre Maximiliano Hell, jesuta e professor de
astronomia acreditava no magnetismo universal, que ele
dirigia por meio de ims, " curando " toda classe de
doenas.
Magentismo animal
Influenciado pelos xitos e teorias do Padre Hell, o
Dr. Franz Anton Mesmer infestou a Frana e toda
Europa, da crena em maravilhosos poderes curativos de
um misterioso magnetismo animal.
Mesmer publicava sua tese doutoral em medicina
sobre o magnetismo em 1766.
O abade Lenoble construiu ims de grande poder que
se vendiam amplamente em Paris, onde eram
encontrados sob formas aprpriados para pulsos, trax,
assim como pulseiras e cruzes magnticas. Mesmer
defenderia depois que no era preciso o im metlico,
bastaria a imposio das mos sobre o doente para que
este recebesse os fludos magnticos. O magnetismo
animal poderia passar das mos s rvores, varinhas,
cubetas, a qualquer instrumento para transportar os
fludos magnticos dos mesmeristas: dos curandeiros aos
pacientes sugestionados.
Mesmer propagava que ele prprio era quem melhor
manejava o magnetismo animal. No podendo tratar
individualmente a to numerosa clientela, passou a
"curar" por grupos, usando o seu famoso "baquet", uma
espcie de tina de carvalho contendo limalha de ferro,
vidro modo e outras substncias. Tambm distribuia
garrafas cheias de gua magnetizada pela imposio das
suas mos.
As sesses mesmricas
Da tampa da tina, ou melhor, do gargalo de garrafas
magnetizadas que estavam na tina saam varinhas que
os prprios doentes aplicavam nos lugares do seu
sofrimento. A tina estava colocada no centro de uma
grande sala, obsurecida por espessas cortinas.
Durante a sesso teraputica se escutava msica de
piano ou harmnica com a qual se distribuiam melhor os
eflvios magnticos, segundo se afirmava. Os doentes,
dispostos em fila concentrica em torno da tina, eram
mantidos por meio de uma corda que lhes passava ao
redor do corpo. Os pacientes ficavam de mos dadas,
segurando ao mesmo tempo as varinhas magnetizadas.
Cada sesso comportava 130 pessoas, separados homens
e mulheres em compartimentos contguos. Havia vrias
sesses por dia.
Uns pacientes queixavam-se de calor, transpiravam,
apresentavam alteraes dos batimentos cardacos e da
respirao, imitando os estertores dos moribundos.
Outros sentiam suas plpebras pesadas. Fechavam os
olhos e podiam cair em transe profundo. Primeiro,
alguma pessoa mais sugestionvel ou mais histrica,
depois cada vez mais pessoas contagiadas apresentavam
convulses, no raro, violentas, acompanhadas de gritos,
soluos, acessos de choro ou riso; soltando-se da
"corrente", rodopiavam ou atiravam-se para trs a
contorcer-se em convulses espasmdicas, etc...
No meio dessa multido agitada, Mesmer, vestido de
seda lils e auxiliado pelos seus assistentes, passeava
pela sala, orientando, dirigindo...fixando os olhos sobre
os doentes, trnsmitia-lhes fludos magnticos que dizia
escapar das pontas de seus dedos. Os pacientes sentiam
dor ou prazer...
A verdadeira explicao
So inumerveis e de variadssimos tipos as "curas"
realizadas pelo poder do psiquismo, surgido pela f no
charlatanesco e inexistente magnetismo das garrafas e
da tina. Mesmer, embora muito combatido por vrios
cientistas e no fim, desacreditado, desterrado e
abandonado, chegara a ter enorme prestgio entre o
povo, a alta sociedade e inclusive, ante determinados
mdicos e perante o governo.
claro que nada sentia quem no se sugestionava.
Assim, pesquisadores srios como Lavoisier, Bailly,
Benjamim Franklin, etc... nada sentiram.
A teoria (e os efeitos) de passes e fludos, com
maiores ou menores modificaes, ainda hoje muito
usada, principalmente no Brasil, por dterminados
curandeiros e ambientes supersticiosos.
Religio e superstio
As supersties so idias incorporadas do meio
ambiente. Emocionalmente esto vinculadas potente e
primitiva tendncia, instintiva ou ancestral, de reagir
com pavor a tudo aquilo que possa Ter alguma relao
com foras sobrenaturais. Tal tendncia, claramente
manifestada na criana e no homem primitivo, continua
latente no adulto civilizado, estando prestes a aflorar em
circunstncias crticas, mesmo em pessoas de elevado
nvel cultural, se no so maduras e objetivas. Por outro
lado, a superstio se associa ao temor relacionado com
importantes necessidades e desejos, como o temor pela
sade, etc...
Estas idias super-valorizadas de superstio
tiranizam a inteligncia e a vontade de milhes de
pessoas, facilitando (dentro das prprias supersties de
cada indivduo) enormemente a induo hipntica, a
sugesto e o consequente afloramento do psquismo
inconsciente e subjetivo.
Freud, no seu materialismo apriorstico, sai pela
tangente dizendo que o religioso constitui uma neurose
obsessiva universal. Segundo a moderna Escola de
Psicologia Profunda, com Victor Frankl e Igor Caruso,
nunca se deve menosprezar a tendncia humana ao
transcendental, ao religioso, porque se exporia a
personalidade humana a graves desequilbrios. A
religiosidade um fator precpuo no equilbrio humano.
Na medida que os conceitos religiosos de uma pessoa no
so suficientemente adultos e objetivos, arraigados e
vitais, so substitudos imediatamente pela superstio.
por isso que a imensa maioria das supersties tem
aspectos pseudo-religiosos; so um substituto desviado e
perigoso da religiosidade. E pelo mesmo motivo de
estarem substituindo algo que pertence essncia do
homem, as supersties, na mesma medida que em cada
pessoa substitua a religio, so emotivas, fanatizantes e
alienantes.
por isso que a quase totalidade dos curandeiros e
seus propagandistas criam ao redor, um ambiente
pseudo-religioso, evidentemente de diversssimas
modalidades e tendncias.
Doenas imaginrias
sumamente importante se ter em conta que, de
acordo com pesquisas srias, 36% das pessoas que
procuram hospitais, clnicas ou consultrios mdicos so
portadores de "doenas" meramente imaginrias. No
digo psicgenas ou funcionais, seno meramente
imaginrias. De 422 pessoas que nos ltimos tempos
apresentaram-se procura de tratamento em um centro
de cancerologia, apenas 8 estavam afetadas de cncer.
Uma grande porcentagem, porm, vivia angustiada e a
sua depresso lhes fez imaginar que eram vtimas do
cncer.
Evidentemente, que o mdico em caso de doenas
meramente imaginrias no encontra causas, nem
sintomas fsicos ou psquicos, capazes de fornecer um
quadro de doena. A doena simplesmente no existe;
imaginada pelo paciente. Que fazer em um caso destes?
O mdico dir : " honestamente, voce no tem nada" ou
" a sua imaginao que lhe faz sentir doente". Ora, o
paciente sofre e para ele inadmissvel que no exista
doena nenhuma. O paciente no conhece o poder de
convencimento da imaginao.
A Histeria.
Progredindo no nosso caminho, aps havermos falado
das doenas meramente imaginrias, devemos referir-
nos s doenas histricas.
Podemos definir a doena histrica como "doena por
representao" ou "representao de uma doena".
Imagina-se doente e faz "encenaes" com seu corpo.
Tal doena se caracteriza precisamente porque
aparece ou desaparece, de acordo com os desejos
conscientes ou inconscientes do paciente. Da o nome de
"pitiatismo" proposto pelo Dr. Babinski para designar a
histeria.
A doena histrica surge porque o paciente se
acredita doente e, em consequncia, sente-se doente.
Nada do que faz, no fundo, est longe de uma simulao,
que se leva a cabo com grande domnio de s mesmo.
Diramos que toda a vontade est concentrada em fingir
a doena, no restando vontade para mais nada.
Entretanto, o histrico sincero e sofre realmente. O
seu anseio, por exemplo, de despertar admirao e
compaixo ou de auto-realizar-se, ou qualquer outro
motivo psicolgico ( erro muito difundido, mas
certamente simplista e falso, reduzir o motivo da
histeria ao desejo de proteo) empurra-o mais ou menos
conscientemente, mais ou menos irresponsavelmente, a
imitar a doena, ou o transe esprita ou a possesso
demonaca ou estigmas, ou xtases, ou atitudes
imaginadas (pois a histeria no se refere unicamente a
doenas).
So possveis todas as gradaes desde a simulao
plenamente consciente, at a a mais inconsciente. O
histrico essencialmente, ao menos em relao sua
"especialidade" histrica, um auto-hipnotizvel. Entre as
pessoas com a mesma "especialidade", o contgio
psquico praticamente inevitvel.
A doena ou sintomas que imaginam, realizam-se.
Esta participao orgnica ou funcional como parte
integrante do pensamento consciente ou inconsciente,
chama-se idioplasia, isto , a idia plasmada no
organismo.
Doenas e moda- As doenas histricas esto de acordo,
muitas vezes, com a sintomatologia da doena real, que
se pretende imitar, como tambm podero ser de
sintomatologia completamente diferente, ou apresentar
"sintomas" de uma enfermidade realmente existente.
Neste caso, os sintomas sero os que a imaginao
popular lhes tenha atribudo. Pelo mesmo motivo, as
doenas ou sintomatologia histrica depende da moda.
No fim do sculo passado, quando se comeava a
estudar a histeria, ainda estavam na moda os "stigmata
diaboli", ou marcas da possesso demonaca, como
ltimos extertores da mentalidade medieval da bruxaria.
Ainda se acreditava que o demnio marcava suas
vtimas com zonas de anestesia e que provocava crises
convulsivas com arco de crculo. Milhares de pacientes
apresentavam essa sintomatologia.
No famoso hospital de Salpetriere, o dr Charcot e
seus colaboradores consideravam os"stigmata diaboli" e
as convulsoes como caractersticos de "grande
histeria".
Aps demorados estudos e experincias, o Dr.
Berheim no titubeou em afirmar que se tratava de uma
histeria cultivada: o mdico encontrava no paciente
aqueles mesmos sintomas que esperava encontrar. S
com isso, provocava-os no histrico. Hoje, na maioria dos
pases, tem-se perdido o conceito de possesso diablica
em grandes reas da populao. E de fato,
desapareceram desses pases as outrora to abundantes
"possesses diablicas". Nesses pases, a idioplasia
manifesta-se em doenas de acordo coma "moda":
paralisias, espasmos,atrofias musculares, tiques,
tremores, coreas,afonia, tosse disneica, crises asmticas,
nuseas, vmitos e em geral, as mais diversas doenas
do aparelho digestivo; dores precordiais e taquicardias,
asfixia, suores, urticria, edemas, erupes, estigmas,
etc.
No Brasil, a "possesso demonaca" tem sido
substituda pela "possesso de espritos e entidades" (
mas tambm aumentam a possesso demonaca em
certas seitas). Esto na moda os transes convulsivos,
gritos, rodopiar sobre um s p, olhos esbugalhados,
tremedeira, insultos, falar imitando entidades ou
espritos, fumar cachimbo, beber pinga, etc; terminando
todo o teatro com um " deixar-se cair no cho, no mais
completo relax (evidentemente que se abusou do esforo,
tambm o histrico precisa descansar)
Curandeiros diplomados-
Compreender-se- que devem ser catalogados entre
os curandeiros, tambm aqueles portadores de ttulo
universitrio de medicina que, estando imbudos de
idias supersticiosas, na prtica esquecem seus
conhecimentos mdicos para agirem como vulgares e
irresponsveis. Lamentavelmente, em um pas como o
Brasil inundado de superstio, so muitos os mdicos
que na realidade "queimaram" seu diploma e devem ser
considerados e processados legalemente como
curandeiros
A doena da "cura"-
Mas, na realidade , mesmo quando "curam"(por
sugesto, uma doena tambm sugestionada), os
curandeiros e seus propagandistas merecem o apelativo
de "criminosos inconscientes". O descontrole da
imaginao e a histeria so causados em grandssima
parte pelo ambiente em que se mexem essas pessoas
psiquicamente dbeis. Os supersticiosos, vivendo um
mundo de fantasia, perdem toda autodeterminao e
senso crtico. Ademais, destitudos de senso objetivo,
deixam-se levar pela sua imaginao; e a emotividade e
a sugestionabilidade lhes fazem imitar as doenas.
Doente imaginrio ou histrico, "curado" do que
realmente no padecia ou simplesmente fingia
(inconscientemente), aprofunda-se ainda mais nas redes
da imaginao e fingimento, sendo posteriormente ainda
com mais facilidade, vtima de doenas imaginrias e
histricas...
um crculo vicioso, verdadeira doena do ambiente
em que vivem milhes de pessoas. Responsveis
principais so os curandeiros (e seus propagandistas)
que na sua ignorncia ainda se vangloriam de seus
xitos teraputicos.
Na cura psquica, o mdico bem formado saber
servir-se dos recursos psicolgicos adequados, na justa
medida, sem incurses no perigoso campo da imaginao
e da histeria alienante.
Normal e histrico-
Notemos que no h propriamente falando, pessoas
histricas, mas atitudes, fatos, sintomas, doenas
histricas. A pessoa mais normal por outros aspectos,
pode ser vtima (ou agente) de uma doena histrica. O
ambiente em que se vive, as idias que se abraam
principalmente se so emotivas, so de suma
importncia. O supersticioso , ou pode ser em outros
aspectos, a pessoa mais normal do mundo, mas acredita
no feitio. Nesse aspecto um candidato histeria.
Nesse tema (feitio), o supersticioso no reage com senso
crtico, objetivo. Mais ou menos conscientemente simula
estar " enfeitiado" e com seu corpo fabula (fantasia)
toda a sintomatologia que ele acha prpria do
enfeitiado.
O simples perguntar pelos sintomas, ser capaz de
ocasion-los.
Doenas orgnicas de origem psquica
claro e demonstrado que uma doena que parece
orgnica, mas que na realidade de origem psquica
(psicgena), pode curar-se psiquicamente. Se o problema
emocional causador da doena sublimado, contornado,
superado, desviado, transferido,etc; podem desaparecer
as reaes orgnicas especficas que originou.
Perante uma doena psicgena, o curandeiro pode
Ter um xito que, embora na anlise global pernicioso,
na aparncia externa e na anlise simplista
considerado sensacional..
Paralticos andam-
Um paraltico de ambas as pernas. No se
encontrava causa orgnica que justificasse a paralisia.
Durante um ms se lhe inculcou a idia de que em
determinado dia, no momento em que o relgio diante
dele badalasse as tres da tarde, ele se levantaria.
Mas, horas antes ao momento designado, o homem
esperava. Seu olhar estava fixono relgio e o seu corpo
era sacudido por ligeiros estremecimentos. De repente, o
som do relgio! O paraltico levantou-se e comeou a
caminhar pela habitao.
Suas pernas, atrofiadas por uma paralisia de quatro
anos, no o mantiveram mais do que uns instantes,
porm, foi o suficiente para ele compreender que podia
caminhar e, pouco tempo depois, fortalecidos seus
msculos pelo exerccio de hbeis massagens, as pernas
recuperaram o vigor normal.
Em determinadas ocasies suficiente uma
simulao de incndio em uma sala de hospital e um
"salve-se quem puder" proferido pelos mdicos e
enfermeiros correndo precipitadamente; para devolver o
movimento a muitos paralticos, bruscamente impelidos
pela idia de correr tambm eles, a fim de livrar-se do
perigo.
Tem-se visto exemplos parecidos nos bombardeios.
Pessoas paralisadas ou com enormes dificuldades de
caminhar, desceram to rapidamente aos refgios, que
elas mesmas se surpreenderam ao ver-se l.
Hoje, a cincia mdica especializada reconhece
amplamente que inumerveis doenas aparentemente
orgnicas, podem ser muitas vezes de origem psquica.
impossvel fazer a lista completa das doenas que
so ou podem ser psicossomticas, isto , de origem
psquica com consequencias orgnicas. A lista seria
quase interminvel.
Alm das lceras, so frequentemente psicgenos os
vmitos, falsas peritonites e sintomas de apendicite,
colites, insuficincia heptica, falta de apetite(anorexia),
ar no estmago (aerofagia ou aerogastria), distenso do
abdomem por gases produzidos nos intestino
(meteorismo), constipao com espasmo ano-retal, etc.
Temos apresentado exemplos e experincias com
referncia s verrugas, eczemas, urticria e, inclusive,
tumores nos seios. Convm ainda incluir toda classe de
edemas ou tumefaes, vermelhides, inclusive
escamosas (psoriase), furmoculose, estigmas, etc.
Falsas causas orgnicas
Embora o exame somtico e as anlises clnicas
frequentemente no mostrem a menor alterao nos
rgos (sua integridade pode ser absoluta), o que faz
confuso no diagnstico e tratamento, muitas vezes, os
exames de laboratrio confirmam os sintomas orgnicos
das doenas que citamos (e de outras muitas que
poderamos citar). Revelam, por exemplo, certas
anomalias da tenso arterial, secrees gstricas, assim
como ndices de desequilbrio neuro-vegetativo e
glandular, etc; e que na realidade so tambm expresso
de desajustes psquicos. No causas, mas efeito.
A hiper-tenso arterial, por exemplo, encontra-se
frequentemente entre as pessoas fechadas sobre s
mesmas.Com emoes refreadas (mesmo que s vezes
escape em estado de clera), disfarando seus
sentimentos. O conflito latente entre os sentimentos
reais e o papel que se desempenha cria um estado de
tenso permanente que provoca uma secreo excessiva
de adrenalina. Esta, por sua vez, provoca, por intermdio
do sistema nervoso simptico, uma constrio dos
msculos lisos das paredes arteriais, gerando-se a hiper-
tenso.
Os mesmos efeitos, causas diferentes
Muitas outras explicaes referentes ao modo pelo
qual as emoes ou o psiquismo em geral"se disfaram"
como doenas orgnicas, tem sido esclarecidas pelas
pesquisas do Dr. Selye e seus continuadores.
O Dr. Selye comprovou que o organismo tem uma
maneira fixa de reagir a muitos estmulos diversos, e
no de maneira especfica. O stress tanto pode ser
provocado por intoxicaes, infeces, golpes, fadiga, etc,
como por qualquer motivo psicolgico. De muitas
maneiras se desequilibra o funcionamento normal do
sistema endcrino. Estimula-se, de maneira ainda
insuficientemente conhecida , a glandula hipfise;
consequentemente se hipertrofiam e segregam
excessivamente os crtex supra-renais, diminuindo
paralelamente a atividade qumica-linftica. A
consequencia que o estmago no digere os alimentos
que contm protenas e diminue muito o aproveitamento
dos alimentos ricos em acares; liberase o fsforo e
potssio intracelular. O paciente logo se sente dbil,
desanimado, esgotado.
Por outro lado, a falta de protenas diminue a
produo de anticorpos, levando o paciente a padecer
reaes alrgicas, formao de tumores inflamatrios,
infeces de toda classe, perda de peso, etc.
evidente que alm das doenas antes citadas,
psicossomticas, isto , de origem psquica, mas com
repercusso orgnica, devemos citar outras muitas
doenas, frequentemente ainda com maior porcentagem
psquica: insnia ou pesadelos, sonambulismo, temores e
fobias de toda espcie, estados morbosos, amnsia,
enxaqueca; hbitos nervosos como tiques, crispaes ou
roer as unhas (onicofagia); fumar, comer ou beber
excessivamente, irascibilidade, cleptomania e outros
tipos de tendncia anti-sociais.
Falsamente orgnicas, a maioria das doenas.
O Dr Allen Stoller afirmou recentemente que ao
menos 50% dos doentes que procuram mdico no
apresentam motivo orgnico capaz de explicar as
perturbaes de que se queixam. O Dr. Dale Groom
indica a mesma porcentagem. Tal porcentagem com
respeito ao nmero de doentes
Com respeito ao nmero de doenas, os especialistas
afirmam que 85% das doenas que at agora foram
consideradas orgnicas, so na realidade, resultado
direto do impacto sobre o corpo, de um pensamento
carregado de afetividade (ou psicgenas, de modo geral).
Tal afirmao pareceria fantstica se no estivesse
fundamentada por dados clnicos irrefutveis.
No iremos discutir aqui o significado que se deve
dar s doenas de origem psquica: ser meramente
consequncia do funcionamento cerebral e seu influxo no
funcionamento das vsceras? Ser, como pretendem os
psicossomticos da escola Norte-americana, mera
histeria, devendo-se aplicar maior parte das doenas, o
que conhecemos sobre histeria; ou as doenas so o modo
de expresar-se do histrico, "a linguagem do corpo"? Ou,
os doentes psicossomticos sero, em maior ou menor
grau, neurticos, traduzindo-se no seu organismo seus
complexos, seus conflitos, suas represses, ou,
simplesmente se trata s de pessoas que fatigaram
excessivamente seu crebro?
O fato que existe um grandssimo nmero de
doentes e de doenas por influncia do psiquismo sobre o
organismo. E SEMPRE GRAVE FOMENTAR O
DESCONTROLE E INFLUXO DO PSIQUISMO, COMO
FAZEM OS CURANDEIROS.
Texto extrado da Revista de Parapsicologia nmero 3 e
5, elaborada pelo CLAP-Centro Latino Americano de
Parapsicologia.
Levitao
Por levitao, designa-se o levantamento,
acompanhado ou no, de um movimento de
transladao, do corpo humano no espao.
Truques de levitao so inmeros e com vrias
tcnicas de realizao.Mas existe a levitao autntica.
Truque de Levitao
Os maiores dotados de fenomenos parapsicolgicos de
todos os tempos pesquisados, raramente conseguiram
levitar-se. Entretanto, se julgarmos os resumos das
experincias, vemos que D.D. Home, Stainton Moses,
Euspia Paladino e outros menos afamados, tiveram
levitaes. As mais completas, as mais observadas e as
mais extraordinrias, foram certamente as de Daniel
Dunglas Home.
Em nenhuma levitao, considerada autntica, sem
truque, levantada outra pessoa. S pode levitar-se a
prpria pessoa (dotado). Outra pessoa s ser levitada,
se o dotado atuar sobre o instrumento onde aquela
estiver sentda, como uma cadeira por exemplo.. que o
ser humano pode atuar parapsicologicamente, por fora
fsica sobre s mesmo, no sobre outra pessoa.
Muitos casos de autntica levitao aconteceram e
acontecem em ambientes sem conotao de nenhum tipo
de religio. Ou, em outras palavras, na mais diversa
variedade de conotaes religiosas: catlica, protestante,
hind, maometana, demonaca, esprita, ocultista, etc.
O conjunto de todos os casos, principalmente dentro
da hagiografia catlica, onde o fenmeno mais se
verifica, de valor incontestvel em prol da existncia
da levitao.Exceto raras ocasies, as levitaes dos
santos se deram em plena luz do dia. Nunca existiu por
parte do santo(mstico), o desejo de impressionar ou de
atrair a ateno sobre o que estava se passando.
Possumos, pelo contrrio, muitas provas de que os
expostos a estes xtases, fizeram o possvel para ocutar o
fato s demais pessoas. Sua humildade sentia-se ferida
pela ateno que atraia e pela venerao de que eram
objeto. Casualmente suas levitaes foram observada por
uma ou mais pessoas.
Alguns parapsiclogos modernos da chamada escola
norte-americana, negam a levitao, inclusive o veredito
da verdade histrica, ou existncia cientfica,
simplesmente pelo fato de no ter-se medido com
estatstica matemtica, em laboratrios. simplesmente
ridculo: em laboratrio e por estatstica matemtica,
poder-se-ia obter alguma tima confirmao em mnima
escala, de que todas ou quase todas as pessoas tem
algumas mini-manifestaes iniciais ou vislumbre de
faculdades parapsicolgicas. Mas, verdadeiros
fenmenos parapsicolgicos, principalmente de efeitos
fsicos, jamais podero ser obtidos em laboratrio e
menos ainda com a frequencia que exige a estatstica
matemtica.
Querer submeter a Histria, a Parapsicologia, como
cincia e como verdade, estatstica matemtica e
laboratrio, um erro gravssimo. o cientista que deve
adaptar-se s exigncias da realidade e no a realidade
aos preconceitos de determinados "cientistas". Em outros
ramos da ciencia, por exempo, fsicos, possvel; nos
psquicos e principalmente nos parapsicolgicos,
certamente no o ser.
O fato da levitao um assunto muito apto para a
verificao, porque existindo, no requer testemunhos de
peritos para comprov-lo. s chegar perto e rodear com
as mos e braos o corpo da pessoa levitada e verificar se
no h fios ou suportes. Qualquer pessoa (de boa f) pode
verificar... A cura de um cego, a de um tumor maligno-
canceroso e em outros casos, a revitalizao de um
morto, oferece maior deficuldade de verificao,
necessitando de peritos.
Seria ilgico admitir, de um lado a telecinesia, e de
outro, negar a levitao, dadas as conexes
comprovadamente estreitas entre as duas categorias de
fenmenos.
conveniente frisar que a levitao no pode ser
apresentada como um dos milagres exigidos para a
beatificao ou canonizao. Aps o processo sobre a
heroicidade das virtudes como testemunho divino em
prol da santidade de um servo de Deus, os milagres ho
de realizar-se aps sua morte.
A explicao parapsicolgica-
A Levitao poder ser exercida por alavancas
ectoplasmticas apoiando-se no cho. Por esta teoria
mecnica, a gravidade seria equilibrada por uma fora
igual dirigida de baixo para cima. Por ectoplasma se
entende a energia corporal exteriorizada e visvel. No
conhecemos nenhum caso de levitao autntica na qual
se tenmha visto o ectoplasma.
Pela telergia- Embora os autores melhor informados
no sejam unnimes na explicao, parece que a
explicao por telergia no s a preferida, seno
tambm a mais plausvel entre todas as aventadas.
De fato, se um mdium em estado de transe capaz
de soerguer uma mesa, uma cadeira, um objeto qualquer
atravs da transformao e exteriorizao invisvel da
sua energia somtica (s vezes visvel- ectoplasma), que
chamamos telergia, no poderia com a mesma fora
aplicada, no j mesa, mas a s mesmo??
O estado de transe e de xtase ( A diferena entre
transe e xtase mais oral que real; ambos so efeitos
somticos do "entusiasmo" interno) facilita a liberao
da telergia comandada pelo psiquismo inconsciente. No
existe nenhuma contradio na aplicao da telergia no
prprio corpo, da mesma maneira que atua sobre
qualquer objeto. E, da mesma maneira, que na
telecinesia, os objetos nunca golpeiam diretamente
outras pessoas (s se for por ricochete-indiretamente); a
levitao s pode ser do prprio corpo do dotado e no do
corpo de oura pessoa. (se vir alguem levitar outra
pessoa, j saiba de antemo que truque).
Compreende-se que a levitao venha acompanhada
por outros fenmenos se estes se devem telergia.
comum um fenmeno telrgico vir acompanhado de outro
tambm telrgico, por exemplo: telecinesia,
acompanhada de luzes (fotognese), de pancadas
(tiptologia), de odores (osmognese), etc.
So Bernardino Realino, estando levitado, estava
cercado de luz: mesma telergia que se manifesta de
modos diferentes, na levitao ou na fotognese.
Torna-se mais plausvel supor que a levitao
provenha da criao-afirma Robert Toquet- de um campo
de fora eletromagntica, oposta gravidade.
No impossvel que um efeito de anti-gravitao ou
mesmo de anti-massa, seja, pela sua interpretao, a
base das levitaes. Essa energia fsica, qualquer que
seja, capaz de provocar esse efeito anti-gravitacional no
homem, includa no que, sem mais determinaes,
chamamos de telergia.
Concluses -
Sem negar que excepcionalmente certas levitaes de
santos e msticos (por cima das nvens, como Jesus
cristo, evidentemente rompendo qualquer dimenso
humana) sejam de origem sobrenatural- (Milagres), a
Levitao, em geral :
1) Um fenmeno real
2) Humano
3) Provocado por energias somticas humanas (Telergia)
Incorrupo
No livro do Eclesiastes, se l esta frase: "Lembra-te
que s p. E ao p retornars". Alm de lembrar ao
homem sua condio perecvel e transitria, esta
sentena recorda a aniquilao fsica, a decomposio do
organismo, aps a morte. A realidade constatada quase
universalmente. Digo quase universalmente, por se
darem excees, embora rarssimas, de no
decomposio fsica. Exceo esta conhecida pelo nome
de Incorrupo.
A Incorrupo a preservao do corpo humano da
deteriorizao que comumente afeta todo organismo
poucos dias aps a morte. evidente que so excludas
as mumificaes, as saponificaes e outros processos
qumicos de preservao dos corpos dos mortos; pois
seriam incorrupes artificiais.
O primeiro documento de autenticidade indiscutvel
que relata uma Incorrupo, data do sculo IV e
redigido por Paulino, secretrio de Santo Ambrsio,
Bispo de Milo: este documento redigido em forma de
carta dirigida ao Bispo de Hipona, Santo Agostinho.
Paulino descreve o descobrimento feito por Ambrsio:
"Por este tempo, ele (Ambrsio) encontrou o corpo do
mrtir Nazrio que se encontrava enterrado num jardim
fora da cidade de Milo; recolheu o corpo e o transladou
para a Baslica dos Apstolos. No tmulo foi encontrada
a cabea que fora decepada pelos inimigos, em perfeito
estado, como se tivesse apenas sido colocada junto ao
corpo, do qual emanava sangue vivo e uma fragrncia
que superava todos os perfumes. Tinham transcorrido
200 anos do martrio.
Mais preciso e mais digno de crdito o relato de
Eugippius acerca do corpo de So Severino, bispo de
Noricum, morto em 482. Seis anos aps sua morte, o
corpo foi encontrado incorrupto. Embora existam muitos
outros casos a partir do sculo IV at o sculo XVI,
interessam-nos mais as preservaes a partir do sculo
XVI, por possuirmos fontes histricas mais comprovadas
e mais fidedignas.
Em 19 de outubro de 1634, falecia a Madre Ins de
Jesus, priora de Langeac. Seu corpo, sem sofrer qualquer
processo de extrao de entranhas ou de embalsamento,
foi sepultado na sala capitular, ao lado de outros
membros da comunidade. Passados alguns anos, o Sr.
Bispo, em vista do processo de Beatificao, ordenou que
seus restos fossem exumados. O corpo foi encontrado
sem sinal de decomposio. Transladaes e verificaes
foram realizadas at o ano de 1770. Em 1698 e 1770,
cientistas, cirurgies e mdicos declararam que
humanamente, a preservao do corpo era inexplicvel.
So Vicente de Paula faleceu em 1660, para atender
aos pedidos de canonizao a exumao do corpo foi feita
em 1712, depois de mais de 50 anos de sua morte. Aberto
o tmulo, na expresso de uma testemunha ocular "tudo
estava como quando foi enterrado". Quantos puderam
v-lo, observaram que seu corpo estava em perfeitas
condies e os mdicos atestaram que o corpo no podia
ter sido preservado por meio natural algum, durante
tanto tempo.
A beata Maria Ana de Jesus, terciria da ordem de
Nossa Senhora da Redeno, nascida em Madrid e
falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo
preservado da decomposio. Pouco depois de sua morte,
o Cardeal Treso, Bispo de Mlaga e presidente da
Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no
processo de beatificao, declara Ter estado presente na
primeira exumao e afirma: "Eu v e me assombrei ao
presenciar que o corpo morto h anos, sem que tivessem
sido retiradas as vsceras ou embalsamado, pudesse
estar to perfeitamente conservado que nem sequer o
abdmen e nem as faces oferecessem sinal de
deteriorizao, com exceo de uma mancha nos lbios,
embora esta j a tivesse em vida".
Em 1731, tendo j transcorridos 107 anos da morte
da Serva de Deus, teve lugar uma inspeo oficial e mais
completa, por ordem das autoridades eclesiasticas
interessadas na causa da Beatificao. Os restos mortais
se apresentavam suaves, flexveis e elsticos ao tacto.
Esta investigao teve lugar em Madrid, tendo sido fcil
reunir mdicos e peritos. Nove professores de medicina e
cirurgia tomaram parte nas investigaes e depuseram
como testemunhas. Foram feitas incises na parte
carnosa e no peito; foram estudados os orifcios naturais
por onde poderiam Ter sido introduzidos preservativos
contra a putrefao. Foi uma verdadeira dissecao.
Aps completar as investigaes, os mdicos
declararam: " Os rgos internos, as vsceras e os tecidos
carnosos, estavam todos eles intactos, sos, midos e
elsticos".
Baseada nesse testemunho, a Congregao dos Ritos
aceitou a preservao como fato milagroso, apesar de 35
anos mais tarde, antes que fosse publicado o decreto de
beatificao, uma terceira inspeo revelasse que na
oportunidade, o corpo j no era mais flexvel e brando.
Os tecidos tinham endurecido, mas no estavam
decompostos.
Do relato aparece claramente que o corpo da Beata
fora preservado da corrupo, no devido a um processo
de saponificao ou de mumificao. Seria incrvel que
competentes cirurgies, aps as incises e os exames das
vsceras, descrevessem os tecidos como sos e intactos se
os mesmos se tivessem se convertido numa massa
adipoeira. Alm do mais, eles insistem que o corpo, cem
anos depois da morte, estava elstico e perfeitamente
flexvel, enquanto que outros corpos enterrados na
mesma cripta, tinham seguido a lei natural da
decomposio.
Uma outra narrao nos chama a ateno; a do
mrtir jesuta Andr Bobola, que tendo combatido com
sua palavra, os cismticos russos, tornando-se conhecido
como o "apstolo de Pinsk", atraiu o dio de seus
adversrios, os cossacos; e foi submetido a um cruel
martrio. Em mos dos cossacos, e recusando-se a aceitar
o cisma russo, foi aoitado , ultrajado de uma maneira
incrvel. Foi praticamnte esfolado vivo, cortada uma
mo, enfiados estiletes de madeira por debaixo das
unhas, arrancada sua lngua, e sua fisionomia to
deformada que mal parecia homem. "Sangrava, afirmava
uma testemunha, como um boi no matadouro". Aps
horas de tormento, saciados j os sanguinrios e dando
apenas sinais de vida, desferiram-lhe um golpe de
espada na garganta. Aps jogar o deformado cadver
numa esterqueira, retiraram-se os cossacos e os catlicos
recolheram os restos mutilados e os enterraram s
pressas na cripta da Igreja dos Jesutas, em Pinsk.
Quarenta e quatro anos mais tarde, o reitor do
colgio dos jesutas de Pinsk, por uma viso ou sonho
que acreditou ser sobrenatural, fez uma investigao
para encontrar o corpo do mrtir. Foi encontrado,
segundo todas as aparncias, exatamente no mesmo
estado em que fora depositado: com as mutilaes,
continuava integro e incorrupto; as articulaes
continuavam flexveis; a carne, nas partes menos
afetadas pelas mutilaes era elstica e o sangue que
cobria o cadver parecia recm-coagulado. O ltimo
exame ordenado pela Santa S, teve lugar e 1730-
setenta anos depois da morte. Seis eclesisticos e cinco
mdicos mantiveram as declaraoes anteriores. Tambm
eles declararam que o corpo, exceto as feridas causadas
pelos assassinos, estava intacto; a carne conservava-se
flexvel e que sua preservao no poderia ser atribuda
a uma causa natural. Em 1835, a preservao do corpo
foi aceita pela Congregao dos Ritos, como um dos
milagres exigidos para a beatificao. Segundo
testemunhas, nenhum corpo dos depositados na cripta
onde se encontrava o corpo de Andr Bobola foi
preservado.
No se pode afirmar que tal fato pertena somente
aos sculos passados; Santa Madalena Sogia Barat,
fundadora da sociedade do Sagrado Corao, faleceu em
1865; vinte e oito anos mais terde, seu corpo foi
encontrado quase pefeitamente inteiro, embora o atade
estivesse parcialmente podre e recoberto de mofo.
Imunidade idntica foi outorgada a Joo batista
Vianney, o clebre Cura De Ars que morreu em 1859 e
foi beatificado em 1905. Identico privilgio coube
vidente de Lourdes, Bernardete Soubirous; faleceu em
1879 com a idade de 34 anos. Em 1909, passados 30
anos, o corpo foi exumado e uma testemunha
afirma:"No havia o menor indcio de corrupo. Seu
rosto aparecia levemente escurecido e os olhos um tanto
afundados, parecendo estar dormindo. O corpo foi
novamente encerrado num atade juntamente com um
informe do estado em que foi enontrado.
Poderamos continuar a enumerar fatos, mas os j
citados so suficiente para dar um idia do fenmeno da
Incorrupo e sua inexplicabilidade. Digo
inexplicabilidade, porque, apesar de existirem outros
tipos de incorupo, no coincidem com a exposta.
Corrupo total do corpo e preservao integral de
certos rgos- Se a preservao total ou parcial da
corrupo de alguns corpos um assunto intrigante para
a cincia e enigmtico tambm para a Igreja, para a qual
a simples constatao da incorrupo no critrio de
santidade, e portanto, milagre evidente, muito mais
intrigante e enigmtica a preservao de um
determinado membro de um corpo que foi reduzido a
p. Ser, logicamente, muito mais difcil para a cincia
encontrar uma explicao para tal preservao e um
caminho muito mais aberto e claro para a Igreja afirmar
o fato como miraculoso.
Nenhum exemplo poderia ser mais sugestivo para
discernir a Providncia Divina do que a preservao
parcial do corao de santa Brgida, da lngua de Santo
Antonio, de So Joo Nepomuceno e da beata Batista
Varani.
Santa Brgida, da Sucia faleceu em 23 de julho de
1373. Seus restos mortais foram exumados; tudo estava
reduzido a p encontrando-se o corao incorrupto.
A atitude da Igreja Catlica mostrou-se sempre
muito cautelosa perante fatos inusitados, inclusive
perante a incorrupo dos corpos de pessoas santas.
Num levantamento feito pelo competente e autorizado
studioso de Parapsicologia, Pe. Herbert Thurston . S.J,
com 42 santos clebres por sua vida, obra e santidade,
entre os quais muitos foram encontrados incorruptos
depois de anos, assevera o mesmo autor que nenhum
deles foi canonizado por ter sido preservado da
corrupo.
H aqueles que afirmam que a sobriedade na comida
e na bebida, caracterstica de todos os ascetas, podem
modificar completamente as condies do metabolismo
normal e tende a aliminar certa classe de micrbios que
so mais ativos no processo de putrefao; poderamos
replicar que existem muitas pessoas pobres ou doentes
ou por opo que so abstmias, e uma vez mortas, a lei
da decomposio as acompanha normalmente.
A experincia comum mostra que no concorrendo
condies extremas excepcionais, por exemplo, um frio
intenso, a decomposio chega, mais cedo ou mais tarde
e que antes de passados 15 dias da morte, so visveis os
primeiros sinais.
E o problema tornar-se- ainda mais insolvel para o
cientista ao constatar que as incorrupes so
verificadas em msticos e santos. ( em ambiente
religioso.).
Muitos segredos da natureza j foram desvendados,
dado o contnuo progresso das diversas cincias. H
outros, entretanto, que so indescifrveis porque no s
superam as foras e leis da natureza, como tambm, e
isto significativo, so caractersticos do catolicismo, e
s dele.
No consta historicamente, apesar de aprofundadas
pesquisas na procura, que pessoas de outros credos e em
qualquer outro tempo, tenham manifestado ausncia de
rigidez cadavrica.No catolicismo, ela exclusiva de
pessoas que em vida, manifestaram uma santidade
excepcional, mas no de todos os grandes santos, pois
nenhum milagre tem regras fixas.
O primeiro caso de que temos notcias data de 1160 e
a primeira pessoa em que foi verificado foi Rainerio de
Pisa. Quem relata o fato um contemporneo e,ao que
tudo indica, digno de crdito. "Seus menbros no
demonstravam depois da morte, nenhum sinal de
rigidez. Pelo contrrio, conservavam-se midos e
molhados de suor e eram to flexveis como os de um
homem vivo".
Pouco mais de meio sculo depois (1226), ocorreu a
morte de So Francisco e Assis. O novo superior da
Ordem, o irmo Elias, num comunicado aos demais
confrades, descreveu minuciosamanete como durante os
ltimos dias, Francisco era incapaz de levantar a cabea.
Seus membros "estavam rgidos como os de um morto".
Mas depois de sua morte... os membros antes rgidos se
tornaram flexveis.
Pelo menos 50 casos bem estudados de ausncia de
rigidez cadavrica existem entre santos da Igreja
catlica, desde o sculo 12 at nossos dias.
EXEMPLOS...
Parece oportuno agpra falar um pouco sobre o
aspecto fisiolgico da questo do "Rigor mortis".
Thurston revisou os manuais clsicos ingleses,
franceses, alemes, espanhis e italianos sobre
jurisprudncia mdica: "No descobri nenhum que
reconhecesse a possibilidade de algum estar isento da
rigidez cadavrica".
H alguma variao com respeito a hora do
aparecimento e trmino da rigidez: pode variar algumas
horas dependendo do clima e do continente. Para a
Inglaterra, por exemplo, o Prof. Glaister declara:
"Ordinariamente a rigidez comea no pescoo,
mandbula e no rosto, cinco ou seis horas aps a morte.
Aps dez horas, abrange toda a parte superior do corpo,
e doze a dezoito hras aps a morte, afetar todo o corpo".
Segundo E. Harnack, mdico alemo, na maioria dos
casos, a rigidez chega a ser completa no prazo de 5 a 6
horas aps a morte.
"Com toda a probabilidade, a rigidez terminar na
maioria dos casos, transcorridas 36 horas", dando origem
corrupo. Segundo os clssicos alemes, porm, a
rigidez cadavrica dura habitualmente 72 horas.
O "rigor mortis" pode demorar em aparecer at 16
horas aps a morte e permanecer at 21 dias, mas ambos
so casos e circunstncias rarssimas, como
determinadas substncias usadas na medicao. Nas
doenas de consumpo, de curta ou prolongada durao,
a rigidez pode comear imediatamente aps a morte e
desaparecer logo, iniciando-se imediatamente a
putrefao.
O nmero de casos em que no se verificaram traos
de rigidez cadavrica grande para enumerar e discutir
um por um.
Cadveres que destilam leo-
Surpreendente constatao: Certos cadveres, anos
aps a sepultura e at sculos depois, destilam um
lquido semelhante ao leo vegetal. Outros, em idnticas
condies, sem causa que o justifique, emitem gua.
relativamente comum que este lquido brote de
qualquer inciso feita nos corpos preservados da
corrupo.
Os catlicos gregos, antes do cisma da Igreja oriental,
tinham um nome especial para determinados e
numerosos casos de cadveres de santos: "movobltai",
isto , "destiladores de leo".
O Papa Bento XIV exige (e garante nestes casos)
para afirmar a realidade do prodgio da gua e do leo,
que tenham sido removidas todas as causas naturais,
como a infiltrao da gua ou a possibilidade de Ter sido
colocado algum lquido. Os restos mortais devem ficar
em lugar apropriado e completamente seco, excluindo-se
qualquer possibilidade de interveno humana.
Aqui nos defrontamos com um fenmeno de todo
inusitado e inexplicvel para o qual a cincia no pode
encontrar nenhuma explicao razovel e satisfatria,
apesar de tratar-se de casos fceis de examinar e
constatar qualquer vestgio de explicao, caso esta fosse
possvel. A evidncia do fato indiscutvel.
A Parapsicologia no encontra sequer uma hiptese
que possa dar uma pista ou tnue esperana de soluo.
A Parapsicologia no seu caminhar no estudo do
maravilhoso, se defronta, uma vez mais, com o absoluto
Senhor da Vida, que pode manifestar-se igualmente na
morte, para testemunhar a Doutrina e santidade de seus
santos.
Radiestesia
Movimentos musculares inconscientes -
Varinhas e pndulos em radiestesia no se
movimentam pela ao direta de radiaes, seja qual for
sua natureza, nem pelo influxo de espritos, minerais,
aquferos, dos mortos, nem por ao do diabo ou de Deus,
como alguns atribem. Se o instrumento se movimenta
porque a pessoa que o segura imprime uma ao
muscular provocada por idias ou percepes
inconscientes.
A realidade destes movimentos involuntrios e
inconscientes que acompanham a todo ato psquico
incontestvel. A vasta pesquisa psicolgica acerca do
assunto j de longa data. Estudos interessantes e
definitivos sobre os movimentos reflexos das idias
conscientes ou inconscientes foram realizados por
Chevreul, Ampre, Arago, Babinet, Moigno, Pierre
Janet, Pavlov, o prprio Jung, Lehmann e Hansen na
Universidade de Copenhague, Vasiliev, na Rssia, etc.
Leonid Vasiliev descreve algumas experincias
neuro-fisiolgicas probatrias dos atos ideo-motores:
"Aparelhos muito sensveis de registro eletrogrfico
constataram que a idia de um movimento ou de um
objeto visual vinculado a um determinado movimento,
vem acompanhada de uma srie rtmica de impulsos que
atuam sobre os msculos responsveis pelos movimentos
imaginados. Tais impulsos so enviados aos msculos
atravs das vias nervosas piramidais, pelos neurnios do
crtex, cuja atividade se acha associada idia motora
imaginada pelo sujeito da experincia. Por exemplo, s a
idia de um objeto muito alto faz com que os impulsos
estimulantes convirjam para os msculos dos globos
oculares, que tem por funo fazer com que os olhos
girem para cima. Um galvanometro suficientemente
sensvel, capaz de registrar as fracas correntes
eltricas que acompanham os impulsos estimulantes
criados pelas palavras pensadas (linguagem muda)
A fim de poder ser registrado, os eletrodos ligados ao
galvanmetro so aplicados nos lbios, na lngua e nos
msculos da pessoa, isto , nos rgos responsveis pela
fala.
Os cientistas do Instituto Prtese de Moscou usaram
as correntes bioeltricas construindo um modelo de mo
humana de metal com os dedos mveis. O mecanismo
acha-se ligado, por fios, a uma tomada de corrente em
forma de aro; quando a mo colocada como se fosse
uma pulseira no pulso de uma pessoa, faz os movimentos
imaginados pelo individuo. Se pensar que est fechando
sua mo, a mo artificial far o movimento. O "milagre"
tcnico desenvolve-se da seguinte forma: O crebro, ao
pensar no movimento, envia aos msculos da mo, os
impulsos correspondentes, ou seja, as correntes
bioeltricas que produzem a contrao de tais msculos.
As biocorrentes da mo so captadas pela tomada de
correntes e so por sua vez transmitidas ao amplificador,
que possui um dispositivo especial para por em
movimento os dedos da mo mecanica.
O Dr Jean Jarricot realizou em grande nmero de
experincias com a ajuda de aparelhos que registravam
automaticamente o rtmo respiratrio e os movimentos
do pndulo. Chegou seguinte concluso: O rtmo
respiratrio anima o pndulo.
Parece lcito pensar, conclue Jarricot, que as
oscilaes do pndulo esto relacionadas por uma parte,
aos tremores dos msculos que sustentam em semi-
contrao o brao. Mas estas oscilaes mudam de rtmo
e de intensidade quando o radiestesista estima que o
comportamento do seu pndulo significativo.
impossvel no admitir o concurso de uma influncia
psico-motora sob o fundo dos tremores de origem
mecnica.
No atual estado das coisas, podemos tirar uma
concluso de bastante importncia. Parece intil apelar
foras misteriosas para explicar os movimentos do
pndulo. Neste fenmeno to simples s encontramos a
transmisso do automatismo respiratrio e das
manifestaes emocionais
Estas manifestaes emocionais foram muito bem
analisadas por Chevreul. H pouco mais de um sculo,
este sbio francs estudou os movimentos do pndulo a
partir de experincias pessoais. Observou que seu
pndulo oscilava sobre um recipiente chei de mercrio e
que ficava parado quando retiravam o mercrio.
Interpunha chapas de vidro ou de resina, maus
condutores de eletricidade, e o pndulo se imobilizava.
Chevreul pensou Ter controlado o fenmeno porque
podia faz-lo aparecer vontade. Porm, uma dvida o
levou a realizar novas experincias: se o pndulo se
movimentava no seria porque ele mesmo queria que se
movimentasse?? Comeou novas pesquisas, desta vez
com os olhos vendados: as indicaes do pndulo
resultaram incoerentes. Estas experincias provaram
que as manifestaes emocionais provocadas por uma
percepo consciente ou inconsciente (ou por uma
pseudo-percepo) estavam na base dos movimentos do
pndulo.
tal o acmulo de fatos comprovados e de estudos
acerca dos movimentos involntrios e inconscientes que
o Dr. Bain enunciou a seguinte lei: " TODO FATO
PSQUICO DETERMINA UM REFLEXO
FISIOLGICO E ESSE REFLEXO SE IRRADIA POR
TODO O CORPO E CADA UMA DE SUAS PARTES".
Se levarmos em conta que estas descargas
bioeltricas que pem em movimento determinados
msculos podem ser provocadas por um ato psquico
inconsciente, compreenderemos que a vara do
rabdomante (aquele que executa a radiestesia) ou o
pndulo movimentam-se em decorrncia de impulsos
inconscientes.
O radiestesista percebe ou capta que em
determinado lugar encontra-se o objeto por ele
procurado. Esta percepo, mais ou menos
inconsciente,,provoca no adivinho uma reao fisiolgica
muscular, capaz de movimentar o instrumento mantido
em equilbrio instvel.
Recorrer portanto varinha ou pndulo recorrer a
uma linguagem particular para expressar as mensagens
provenientes do inconsciente. Nenhum cientista ousaria
hoje afirmar que os aparelhos de radiestesia se
movimentam pelo influxo direto de radiaes, sejam
estas de natureza conhecida ou no.
O problema no se coloca mais em tentar explicar a
causa do movimento da varinha, mas em descobrir qual
seja a origem da percepo inconsciente captada pelo
crebro do operador.
A ao radiestsica-
Existem inmeros procedimentos usados pelos
rabdomantes em suas pesquisas, mas todos eles
obedecem essencialmente a uma sistematizao que
pode ser resumida nos seguintes tens:
Um reflexo-
Uma perturbao fsica que aciona o instrumento.
o modo que o operador tem de perceber se est no
caminho certo ou errado na sua busca. O movimento da
varinha seria o indicador deste reflexo inconsciente que
alertaria o dotado acerca da existncia ou no do objeto
por ele procurado. Este reflexo depende de uma certa
sensibilidade mais ou menos viva em cada um.
Os instrumentos de radiestesia so forquilhas de
madeira ou metlicas, pndulos, simples varetas ou em
geral qualquer objeto que fique em equilbrio instvel
quando segurado pelo dotado. A instabilidade facilita a
manifestao do reflexo inconsciente, que mesmo sendo
fraco, pode desequilibrar o instrumento. uma tcnica
que serve para manifestar sensivelmente que o
psiquismo do adivinho foi atingido por uma percepo
real ou imaginria, que o ajudar a resolver o problema
apresentado.
Uma conveno mental-
O radiestesista atribue previamente uma
significao aos movimentosmdo pndulo provocados por
este reflexo. O pndulo poder se mexer em vrias
direes, mas uma delas, precisa e determinada, ter
para o adivinho, um significado especial.
A varinha ou pndulo responde com um movimento
j esperado e combinado de ante-mo: "caso o pndulo se
movimentar no sentido das setas do relgio estarei no
lugar certo", poder ser a conveno mental de um
radiestesista; para outro, o sinal positivo ser um
movimento perpendicular...
Vrias outras convenes mentais podem ser
"escolhidas" por outros operadores.
Nestes diferentes casos, a hiptese das sensaes
alucinatrias deve ser considerada porque o
conhecimento intuitivo pode corresponder a uma
sensao alucinatria, em relao com uma conveno
involuntria.
Certos buscadores de gua mexicanos pretendem
experimentar uma sensao de calor quando passam por
cima de uma corrente subterrnea. Outros, como o
marroquino Sidi Tayeb bem Abdallah pretendem ver
uma espcie de vapor que emanaria das fontes
subterrneas.
Em ambos os casos, a conveno involuntria que
provocaria a alucinao pode Ter se formado a partir de
uma coincidencia entre uma sensao e a percepo de
um objeto; ou devido confiana do aluno em seu mestre
que lhe ensinou que tal sensao correspondia a um
sinal positivo.
Uma questo corretamente formulada-
Graas ateno seletiva, o equilbrio do
instrumento somente perturbado por reaes
psicofisiolgicas selecionadas pelo crebro do operador. O
pndulo no descobre o objeto da adivinhao, manifesta
as reaes psicofisiolgicas com que o inconsciente
justifica ou rejeita uma hiptese.
muito importante que o radiestesista formule
clara, objetiva e corretamente a pergunta para a qual ele
quer dar uma soluo. As perguntas formuladas devem
ser concisas e susceptveis de serem respondidas com
SIM ou NO: exemplo - existe gua nesta depresso do
terreno, sim ou no?? Esta pergunta renova-se
inconscientemente ao longo de toda a experincia.
O pndulo ou varinha no indicam o lugar do objeto
perdido; o remdio eficaz, a soluo ideal...; ampliam
simplesmente a resposta motora inconsciente a uma
pergunta muito precisa, muito concreta, apresentada sob
a forma de dilema: sim ou no; verdadeiro ou falso; a
direita ou esquerda: esta direo boa para encontrar
gua? Este remdio convm a tal doente? Esta soluo
a melhor para este assunto?...
Diversas tcnicas
As formas de operar de rabdomantes e pendulistas
so variadssimas. No existem normas comuns que
regulem a prtica desta arte. Cada operador, um pouco
por aprendizado, e muito pela sua experincia pessoal,
encontram um modo prprio de usar os instrumentos
para melhor manifestar as reaes fsico-mentais
inconscientes.
Existem mais de 4.000 modelos diferentes de pndulo
e a cada um deles se atribuem propriedades especficas
na captao dos objetos ocultos procurados.
As justificativas que do para usar tal instrumento e
no outro semelhante ainda conservam um forte sabor
de irracionalidade. Afinal, qual a vantagem ou
desvantagem entre usar um pndulo feito de chifre de
boi, de ao ou de madeira, ou entre usar uma varinha de
madeira, arame ou de osso de baleia?? Cada um d sua
resposta. Com lgica meramente aparente, mas do
conjunto delas, no se pode tirar nenhum rastro de
verdade.
Alguns radiestesistas usam aparelhos (
ondobimetros, cauterizadores, detectores de pontos da
acupuntura, sintonizadores-testemunhas, etc) alegando
terem a mxima garantia de sucesso; mas isto no tem
nenhuma consistncia cientfica.
A nica justificativa razovel est em relacionar o
instrumento com a confiana que o adivinho deposita
nele.Certos dotados, para provocarem um fenmeno
parapsicolgico precisam de condies psicolgicas e
ambiente adequados: penumbra, concentrao em
superfcies brilhantes, msicas, cantos, barulhos de
atabaques, etc... Assim tambm, um instrumento
especfico pode ser para o radiestesista, condio
necessria para ele se sentir vontade, seguro e auto-
confiante.
Esse estado psicolgico de maior confiana nos
resultados esperados conseguido por outros com a
ajuda da "testemunha". Exemplo: se o adivinho quer
buscar uma mina de ouro usar um objeto deste metal. A
explicaoque ele d meramente subjetiva: para
sintonizar mais facilmente com a mina de ouro, a
"testemunha" enviaria suas "radiaes", estas voltariam
ao lugar de partida, assim que tivessem atingido "ondas
gmeas" emandas do objeto oculto na mesma amplitude
de onda ...e mil outras razes (que podem at parecer
impressionantes) sem absolutamente valor real
nenhum...
Se levssemos a srio o mtodo da "testemunha",
como poderia ser usado pelos radiestesistas "mdicos"
para determinar o remdio especfico?? Seria necessrio
crer que a lcera de estmago, por exemplo, tem a
mesma "longitude de onda" que o carbonato de
bismuto...
Nenhuma relao existe entre a "testemunha" e o
objeto procurado. Trata-se apenas de uma maneira de
estimular o inconsciente ou de manter a ateno
constantemente fixa naquilo que se procura. O desejo de
perceber e selecionar a influncia do objeto foi chamado
por Emile Christophe de "Orientao Mental".
Certos operadores trabalham por "impregnao".
Eles aplicam o pndulo sobre algum objeto da pessoa que
faz a consulata distncia. O objeto estaria impregnado
pelas emanes vitais do dono e estes "restos vitais"
seriam a base sobre a qual agiria o pendulista.
s vezes acertam, mas o sucesso nada tem a ver com
tais "impregnaes". O objeto, torna-se um estmulo para
o inconsciente do radiestesista, que poder, mas no
sempre, Ter uma adivinhao parapsicolgica.(Telepatia,
precognio).
A inconsistncia dos resultados-
Sendo a radiestesia um mtodo de adivinhao,
comparvel no fundo, a todas as tcnicas multiseculares
de abordagem do oculto, seus resultados no podem ser
garantidos.
Seria imprudente afirmar que todas as adivinhaes
radiestsicas sejam fruto de meras coincidncias. s
vezes, participa na descoberta um fator diferente do puro
acaso. Este fator poderia ser uma percepo extra-
sensorial ou hiperestsica. Mas um grande engano
usar a radiestesia como mtodo infalvel. Os adivinhos
s vezes acertam, outras muitas erram, embora
acobertem o erro com explicaes sutis, aptas para
convencer os menos alertados. (e inclusive, para
enganar-se a s mesmos)
A"'pendulomania" chega a extremos de ser aplicada a
qualquer tipo de problema. At para descobrir defeitos
no funcionamento do automvel.
Se os resultados prticos da radiestesia fossem to
seguros quanto seus defensores deixam entrever, o
esprito pragmtico de nossa poca teria adotado a
radiestesia como um mtodo insubstituvel. Mas o
homem prtico no se deixa ofuscar por alguns xitos
fascinantes e coloca tambm na balana o grande
nmero de erros e os enormes gastos em tempo e
dinheiro decorrentes de adivinhaes falidas.
Muito mais perigoso que a perda de dinheiro e tempo
o risco de perder a vida guiando-se pelos conselhos do
pndulo aplicado medicina. Um mesmo doente
receber tantos diagnsticos diferentes quantos forem o
nmero de radiestesistas consultados.
Nada mais fcil do que testar a "infabilidade" dos
adivinhos de varinha em mo.
Em 1935, La vie Catholique, um peridico francs,
ofereceu um prmio de mil francos a quem descobrisse
uma massa de prata de 850 gramas que seria escondida
sucessivamente em 10 lugares diferentes de uma mesma
habitao. O radiestesiata deveria acertar ao menos 8
vezes em 10 tentativas. O resultado constituiu um
fracasso completo. O melhor concorrente no conseguiu
acertar seno 4 vezes, havendo apenas 86 solues
corretas nas 860 apresentadas. A proporo estava de
acordo com o clculo de probabilidades.
O mdico francs Augusto Lumire fez experincias
com radiestesistas que determinavam o sexo de animais
e pessoas, trabalhando somente com fotografias. Foi feito
o diagnstico do sexo masculino em 44% dos casos e do
feminino nos 56% restantes. O erro foi enorme, pois
Lumire s forneceu fotografias de meninas...
Em outra experincia, Lumire enviou 30 amostras
de sangue a um radiestesista famoso que diagnosticava
distncia. Vieram 30 diagnsticos diferentes, apesar de
terem sido as amostras tiradas de 10 pessoas, 3 de cada
uma.
O Dr. E. Pascal apresentou a um famoso
radiestesista uma mecha de pelos negros, pedindo-lhe o
diagnstico O radiestesista colocou o pndulo sobre os
pelos, enquanto com a outra mo, movimentava um lpis
sobre uma gravura anatmica do corpo humano. Eis o
resultado, confirmado por carta aps um segundo exame:
"Trata-se de um homem moo, cuja faringe fraca,
existindo colibacilo no sangue, estado febril e carcinoma
do pncreas." - Na realidade, trtava-se de pelos de um
cachorro buldogue jovem e robusto.
A descoberta radiestsica poderia Ter diversas
causas: 1) uma deduo lgica, consciente, com base na
experincia prtica do rabdomante. 2) Percepo de
radiao ou "sinais" (geolgicos, topografia, etc) que so
captados hiperestesicamente e interpretados pelo
dotado, mesmo que seja de uma forma inconsciente. 3)
Percepo paranormal do objeto procurado; por telepatia
ou por clarividncia.
Texto extrado da Revista de Parapsicologia nmero 21,
elaborada pelo CLAP- Centro Latino Americano de
Parapsicologia. Por Pablo Garulo
SUGESTO
Todos somos sugestionveis. Uns mais, outros
menos. Existem pessoas que se habituaram, desde cedo,
a s agir em obedincia s idias e aos sentimentos dos
outros. Tm vontade fraca e aceitam, sem questionar, as
sugestes que lhes so dadas. So as famosas vaquinhas de prespio. Morrem de dificuldade na hora de dizer NO.
Somos essencialmente imitadores. A fora de
persuaso da moda est a e no me deixa mentir. As
novelas e alguns comunicadores tm conseguido mexer
com a cabea de muitos e at alterar comportamentos e o
jeito de falar.
A sugesto pode vir tambm pela repetio. O
provrbio diz que "gua mole em pedra dura em pedra
dura tanto bate at que fura". E verdade. Certas coisas
afirmadas repetidas vezes acabam por ser aceitas como
verdadeiras. Cuidado, portanto.
As foras sugestivas tambm tm graus. Existem
indivduos que jamais sero bons vendedores ou
candidatos bem-sucedidos no campo da poltica. Seus
argumentos e seu todo no conseguem impressionar os
ouvintes. Por outro lado, sabemos de pessoas que tm
tanta confiana em si que conseguem influenciar
favoravelmente os que esto sua volta.
Hoje a propaganda virou arte. H todo um aparato
que pode reforar a idia que se quer passar. A voz deve
transparecer a convico de que o orador est imbudo. O
tom deve ser natural e vigoroso (sem autoritarismo). A
escolha das palavras tambm importante. Tem
palavras que so fortes por sua natureza. Os gestos e a
postura exercem tambm grande influncia. Tudo
vlido quando o objetivo impressionar.
O sucesso da sugesto est no fato de ser um apelo
dirigido ao sentimento e s emoes mais do que razo.
o sentimento a mola que faz mover as multides. A
Histria tem exemplos interessantssimos de lderes que
levaram milhares de pessoas a agirem de maneira
impulsiva em obedincia ao comando do chefe.
A AUTO-SUGESTO quando a pessoa passa uma
ordem sua prpria mente. Os casos de auto-sugesto
multiplicam-se nestes tempos atribulados de crise. Cito
alguns:
A jovem que perdeu o sossego porque viu um vulto na casa. Pode at ter visto mesmo, mas bom lembrar que a sugesto e o medo fazem ver o que no existe
(alucinao).
A famlia que ficou apavorada com o aparecimento de
feitio na soleira da casa. Adeus paz...
Outra jovem catlica que passou a sentir calafrios e
perturbaes quando voltava de um terreiro,
impressionada com as vrias esttuas de Exu que l
encontrou.
Outras pessoas que julgavam-se muito doentes e que
melhoraram sensivelmente quando o ltimo exame
mdico apresentou resultado negativo. Com a notcia, as
dores e os achaques desapareceram como por encanto.
Muitas simpatias podem influir nas pessoas
sugestionando-as, embora no tenham nenhum valor
teraputico.
Muitos distrbios psicolgicos graves que so levados
aos divs dos psiquiatras comearam pela auto-sugesto.
Que lies tirar de tudo isso? Diria apenas que a
sugesto uma poderosa arma de dois gumes. Oxal o
seu potencial fosse canaliza