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Transparência
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REVISTA SEMANAL ↘ 23.07 - 27.07_2012
Revista de Imprensa27-07-2012
1. (PT) - Jornal de Negócios, 23/07/2012, Investigação à EDP e REN centrada na montagem dasprivatizações
1
2. (PT) - i, 23/07/2012, Sócrates não será acusado a menos que descubram pagamento ilegais depois de2002
3
3. (PT) - Diário Económico, 23/07/2012, PGR temde assumir sem medo prevenção da corrupção - Entrevistaa Rui Cardoso
5
4. (PT) - Diário de Notícias, 23/07/2012, Super-ricos têm 21 biliões em paraísos 8
5. (PT) - Record, 24/07/2012, Ex-diretor da FIFA reforça acusações contra Blatter 9
6. (PT) - Público, 24/07/2012, Nogueira Leite e Fernandes Thomaz questionaram contratação da Perella 10
7. (PT) - Público, 24/07/2012, Cartas rogatórias enviadas para vários países sobre caso dos submarinos 12
8. (PT) - Jornal de Notícias, 24/07/2012, MP deixa cair segundo arguido nos submarinos 14
9. (PT) - i, 24/07/2012, Corrupção as luvas chegam mais tarde 16
10. (PT) - i, 25/07/2012, Ex-dirigentes de banco nacionalizado na Irlanda detidos por fraude 20
11. (PT) - Diário Económico, 25/07/2012, Petição online pede que o juiz Carlos Alexandre seja nomeado novoPGR
21
12. (PT) - Diário de Notícias, 25/07/2012, PGR espera certidão para decidir sobre Sócrates 22
13. (PT) - Diário de Notícias, 25/07/2012, Lula pode ser réu no ´Mensalão´ 24
14. (PT) - Visão, 26/07/2012, Freeport - Uma coisa em forma de assim 25
15. (PT) - Sábado, 26/07/2012, O estranho caso do suspeito de Macau 26
16. (PT) - Diário de Notícias, 26/07/2012, Baltasar Garzón diz que defender Assange será uma tarefacomplicada
28
17. (PT) - Sol, 27/07/2012, Freeport ameaça Sócrates 29
18. (PT) - Jornal de Notícias, 27/07/2012, Vale e Azevedo diz-se "preso em casa " há quatro anos 30
19. (PT) - Jornal de Notícias, 27/07/2012, Corrupção e Poder Público 31
20. (PT) - Diário de Notícias, 27/07/2012, Angola cresce apesar da corrupção 32
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Tiragem: 16594
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 8
Cores: Cor
Área: 27,23 x 30,94 cm²
Corte: 1 de 2ID: 42930671 23-07-2012
Página 1
Tiragem: 16594
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 6,22 x 5,36 cm²
Corte: 2 de 2ID: 42930671 23-07-2012
Página 2
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Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
Cores: Cor
Área: 14,10 x 29,52 cm²
Corte: 1 de 2ID: 42930819 23-07-2012
Página 3
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
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Área: 23,16 x 11,79 cm²
Corte: 2 de 2ID: 42930819 23-07-2012
Página 4
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Tiragem: 18101
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 14
Cores: Cor
Área: 26,96 x 31,97 cm²
Corte: 1 de 3ID: 42930473 23-07-2012
“PGR tem de assumir semmedo prevenção da corrupção”Rui Cardoso acusa Procurador de não se ter empenhado na prevenção da corrupção. E pede coragem aoInês David Bastosines.bastos@economico.pt
Sucedeu a João Palma à frente doSindicato dos Magistrados do Mi-nistério Público (SMMP) em Mar-ço. Conhecido por ser frontal - emuito crítico de Pinto Monteiro,que faltou à sua tomada de posse-, Rui Cardoso acusa o Procura-dor-Geral da República (PGR) denão ter exercido os seus poderes ede ter tido pudor em agir na pre-venção da corrupção, sobretudono Estado. O magistrado quer queo próximo Procurador tenha a co-ragem de assumir como priorida-de a prevenção da corrupção naalta esfera do Estado.
Pinto Monteiro termina o man-dato em Outubro. Tem sido muitocrítico do PGR. Que balanço faz?Nesta altura, o que me parecemais importante é que olhemospara o futuro, tendo consciênciado que aconteceu agora e de qualo caminho que o Ministério Pú-blico deve tomar. A minha preo-cupação é olhar para o novo PGR,que não espero que seja o salva-dor. O Ministério Público nãoprecisa de nenhum salvador. O
Ministério Público podia não terProcurador-Geral e continuaria afuncionar em situações normaispor todo o país.Concorda então que Pinto Mon-teiro tem os poderes da Rainha deInglaterra?Não, não tem! Mas os que tempoucas vezes os exerceu. O PGRsempre teve muita dificuldade emaceitar os poderes que, nos ter-mos constitucionais, são do Con-selho Superior da Magistratura eesses poderes devem continuar aser do conselho, porque é um ór-gão com tanta ou mais legitimi-dade que o Procurador-Geral. Ésó uma questão de saber exerceros poderes que tem, como porexemplo, o de uniformizar proce-dimentos. Agora, não se pode es-perar do PGR o poder que ele nãotem, que é o de dar instruções aosmagistrados sobre processos e in-vestigações.Pinto Monteiro é juiz. O próximoPGR deve ser do Ministério Públi-co?Mais facilmente encontraremosdentro do Ministério Público umapersonalidade mais adequada apreencher o perfil que o sindicatodefiniu como indicado para o
exercício da função. Mas não que-remos de modo algum que o pró-ximo Procurador-Geral seja doMinistério Público só por ser,porque pode ser que, apesar de oser, não preencha os requisitos.Que requisitos?Em primeiro lugar, alguémcom grande verticalidade, ho-nestidade, competência técni-ca, total independência em re-lação a todos os tipos de pode-res e pressões, e alguém queconheça bem o Ministério Pú-blico, para que saiba e conheçaaquilo que vai dirigir. Se nãoconhecer, perderá muito tem-
po a tentar resolver os proble-mas que não existem, não re-solvendo os que existem. Edeve ser alguém que assumasem medo tudo o que são com-petências do Ministério Públi-co, como é o caso da prevençãoà corrupção. Tem havido algumpudor de as assumir.Porquê?Porque quando o Ministério Pú-blico as assume já sabemos que éimediata a reacção de que se estáa intrometer na política, que estáa violar a separação de poderes.Mas o Ministério Público só in-tervém no exercício dos poderesque a lei lhe atribui, tem de fazeraquilo que o Parlamento e aConstituição esperam de si. A leitem de ser aplicada a todos, mes-mo quando estamos a falar de al-guém que está no Governo ou noParlamento. Tem de haver al-guém na Procuradoria que assu-ma isto sem medos, que tenha acoragem de fazer da prevençãoda corrupção uma prioridade.É aqui que o MP pode ter um pa-pel mais activo?É aqui que deve ter um papel maisactivo. A lei de 1994 estabelecemedidas de prevenção e combate
à criminalidade económico-fi-nanceira e atribui ao MinistérioPúblico competência para realizaracções de prevenção, como pedirinformação e documentos ou rea-lizar sindicâncias... é isso quedeve ser feito.No actual contexto, com as priva-tizações ou as PPP e outros negó-cios do Estado, isso não é feito?Não falo de processos concretos.Agora mesmo está a fazer-se umainvestigação quando as coisasacabaram de ser feitas, o que émuito bom, mas não sei se são in-quéritos, se são acções de preven-ção. O que digo é que o MinistérioPúblico tem de optar pelas acçõesde prevenção.E não opta?Tem faltado ao Ministério Públicoa vontade de ter intervenção acti-va no campo da prevenção. Issotem faltado porque também nun-ca vimos do PGR o empenho, aassunção deste tipo de actividadedo Ministério Público, comoprioridade!E o Ministério Público tem meios?Se eu não quiser fazer algumacoisa, não me empenho. A partirdo momento em que se empenhaé que vê os meios que tem. O PGR
ENTREVISTA RUI CARDOSO Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público
Próximo PGR deveser alguém comverticalidade, totalindependência emrelação a todo o tipode poderes e queassuma sem medocompetências doMinistério Público.
“
“Pendências vãocrescer 50% em 2014”A receita da ‘troika’para a Justiça é a certa?Não há uma receita da ‘troika’. Háalguns objectivos importantes, comoa extinção das pendências, mas comose chega lá a ‘troika não define muito.O Mapa Judiciário resolve?Esperemos que permita resolvermuitos problemas, mas seguramentenão vai resolver a curto prazo. Seentrar em vigor no próximo ano, noespaço de um ano, em 2014, o que aexperiência já mostrou é que teremosum aumento de pendências reais em50%, porque haverá seis meses emque não se fazem julgamentos.A meta da ‘troika’ de acabar compendências em 2013 é ambiciosa?Se a meta é a curto prazo é irrealista.Em 2014 as pendências serão maiselevadas do que estão hoje. Só amédio-prazo o mapa judiciáriodará resultados.
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Tiragem: 18101
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 15
Cores: Cor
Área: 16,77 x 32,91 cm²
Corte: 2 de 3ID: 42930473 23-07-2012
Sindicato do Ministério Públicoquer ter mais poderes sobre PJ.
Sem querer comentar em con-creto o caso Freeport, que aca-bou com os arguidos absolvi-dos, Rui Cardoso lamenta que aprova reunida em inquérito te-nha de ser reproduzida em jul-gamento. O líder do sindicatodos magistrados do MinistérioPúblico pede o reforço de po-deres nas investigações crimi-nais e defende um papel maisactivo do Presidente da Repú-blica na Justiça.
Como explica que após tantosanos de investigação e uma acusa-ção seja o próprio Ministério Pú-blico a pedir a absolvição dos ar-guidos do Freeport?Não é a situação desejável. O dese-jável é que se consiga reproduzirno julgamento a prova que foi re-colhida no final do inquérito. Oque acontece hoje é que a provaque temos no final do inquéritonão é a prova que temos no finaldo julgamento e, quer o magistra-do do inquérito, quer o do julga-mento, têm o mesmo dever de ob-jectividade na apreciação da pro-va. O segundo não fica vinculado àdecisão do primeiro.Foi uma má acusação?Só analisando o caso concreto, oque não farei. O que é facto, e queacontece todos os dias, infeliz-mente, é que como a prova produ-zida em inquérito tem de ser todareproduzida em julgamento, mui-tas vezes o que testemunhas e ar-guidos dizem em julgamento é di-ferente daquilo que disseram noinquérito. Mudam de posição, oupor falta de memória ou porquequerem mudar conscientemente.O que faz sentido é haver coorde-nação entre o procurador do jul-gamento e o do inquérito.Mas não há?Há por iniciativa dos próprios ma-gistrados, mas não do Procura-dor-Geral da República. O PGRtem poderes para recomendar,está a meses de terminar as suasfunções e nunca houve qualquerrecomendação a nível nacionalpara que isso fosse feito, pelo me-nos nos processos mais complica-dos.A nova reforma penal vai resolverproblemas do sistema?É uma reforma pontual. Há as-pectos positivos, nomeadamen-te ao nível da tramitação dosprocessos e da prova, porque emjulgamento podem ser valoradasas declarações prestadas portestemunhas e arguidos perante
o juiz na fase de instrução.Pedem que a Polícia Judiciária (PJ)passe para a dependência funcio-nal do MP. A investigação crimi-nal é politizada?(silêncio)… no papel, o sistemaque existe funciona bem. O MPtem o poder de direcção sobre aspolícias na investigação crimi-nal. Porém, sabemos que issonem sempre acontece, porqueelas têm a sua estrutura hierár-quica, as suas dependências go-vernamentais, e o MP não temhoje o poder de definir priori-dades, dizer que este inquérito émais prioritário que aquele. Naprática, é a PJ que determinaque inquéritos andam e de queforma. Pretendemos um au-mento da dependência e que ospoderes que hoje o Governo,através do Ministério da Justiça,tem sobre a PJ passem, uns parao Procurador-Geral da Repúbli-ca e, outros, para o ConselhoSuperior do Ministério Público.Isto dava ao Ministério Públicoum poder de condicionar a PJ nainvestigação criminal.O Presidente devia ter um papelmais activo na Justiça?Em termos institucionais, dis-cordo da proposta do dr. Labo-rinho Lúcio para a criação deum Conselho Superior Judiciá-rio, presidido pelo Presidente daRepública. Não resolveria ne-nhum dos nossos problemas epoderia criar muitos mais. Massou favorável a que o Presidentetenha membros por si designa-dos no Conselho superior daRepública para estar a par doque se passa e ter uma voz. Po-deria também ter uma atitudede, por vezes, pacificação de al-guns momentos quentes nomundo judiciário. É preciso va-lorizar a Justiça, que sofre muitode descrédito, em muitos as-pectos injustificadamente, ePresidente da República podeter aqui um papel. ■ I.D.B.
próximo PGR.
Presidente do Sindicato dosMagistrados do Ministério
Público há quatro meses, RuiCardoso prefere um novo PGR
que seja procurador.
Paulo Alexandre Coelho
“Cavaco deviapacificar o mundojudiciário”
Pretendemosque poderes queo Governo tem hojesobre a PJ passempara o PGR e parao Conselho Superiordo Ministério Público.
“
até pode solicitá-los. Aconteceucom a Operação Furacão, em queo Governo deu meios. Mas paraisso temos de saber o caminhoque queremos tomar. Se não oqueremos tomar, não vale a penadizer que temos ou não temosmeios para isso...A ‘troika’ foi sensível à necessida-de de prevenir e combater estacorrupção do Estado?A ‘troika’ não deu nenhum va-lor. Não há qualquer menção aisso no memorando. A ‘troika’não ouviu quem devia sobre osistema de justiça. Não ouviu oMinistério Público, nem o Con-selho Superior da Magistraturaou a PGR. Nesta revisão do me-morando, também não estava àespera que o Governo fosse falarno problema da corrupção aomais alto nível no Estado e quepedisse que definissem objecti-vos. Agora que sabemos queexiste e que boa parte dos pro-blemas que temos estão na máadministração dos dinheirospúblicos, sabemos.Faz-se verdadeira investigação àgestão dos dinheiros públicos?Faz-se alguma coisa, mas deviafazer-se muito mais… ■ Página 6
Tiragem: 18101
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 9,49 x 6,34 cm²
Corte: 3 de 3ID: 42930473 23-07-2012
“PGR tem deassumir prevençãoda corrupção”
ENTREVISTA RUI CARDOSO
Crítico do Procurador-Geral da República, o presidentedo Sindicato dos Magistrados defende que MinistérioPúblico deveria ter mais poderes sobre a PJ. ➥ P14
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Tiragem: 44810
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 31
Cores: Cor
Área: 5,31 x 15,77 cm²
Corte: 1 de 1ID: 42930653 23-07-2012
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Tiragem: 97006
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Desporto e Veículos
Pág: 30
Cores: Cor
Área: 5,07 x 6,07 cm²
Corte: 1 de 1ID: 42949930 24-07-2012
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Tiragem: 46555
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 18
Cores: Cor
Área: 16,45 x 31,04 cm²
Corte: 1 de 2ID: 42948395 24-07-2012
Os administradores da CGD António
Nogueira Leite (actual presidente da
Caixa BI) e Nuno Fernandes Thomaz
manifestaram a sua discordância so-
bre os termos em que o banco foi en-
volvido pela tutela na contratação da
Perella Weinberg para assessorar o
Estado na venda da EDP e da REN.
Um dossier que não “escapou” ao es-
crutínio do Ministério Público (MP).
A semana passada o DCIAP co-
municou que estava a “investigar
a intervenção e conduta de alguns
dos assessores fi nanceiros do Estado
[Caixa BI e Perella] nos processos”
de privatização da EDP (21,35%) e de
REN (40%), que renderam ao Tesou-
ro 3,3 mil milhões de euros. A inicia-
tiva surgiu depois das buscas à Caixa
BI, à Parpública (que representa o
Estado nas privatizações) e ao BESI,
que assessorou os compradores.
O PÚBLICO tentou, mas sem re-
sultado, apurar junto de Maria João
Ricou, do Cuatrecasas Gonçalves
Pereira, que apoiou a Perella, se as
diligências do MP se estenderam ao
seu cliente, com sede nos EUA, e
sem instalações próprias em Portu-
gal. Paulo Cartucho Pereira, amigo
de Vítor Gaspar, e sócio da Perella,
deslocou-se a Portugal entre Setem-
bro e Fevereiro, período em que de-
correram as duas privatizações.
A contratação da fi rma norte-ame-
ricana esteve desde o início envolta
em polémica. Não só por se tratar de
uma empresa, alegadamente, sem
experiência em privatizações e sem
historial de conhecimento da área da
energia, mas também porque o seu
nome foi posto em cima da mesa pelo
ministro das Finanças. E já depois de
ter sido elaborada uma lista restrita,
com nomes de assessores fi nancei-
ros, que não incluía a Perella. A ex-
clusão dos candidatos portugueses,
como o BESI (que seria contratado
pelos grupos que venceram as duas
privatizações), o BCP e estrangeiros,
levou alguns deles a questionarem a
opção governamental.
A 30 de Agosto de 2011, Gaspar
anunciou a contratação da Perellla
para assessorar o Estado. E justifi cou
falta de tempo “para lançar um con-
curso de selecção dos bancos, tendo
Nogueira Leite e Fernandes Thomaz questionaram contratação da Perella
possa ser questionado eticamente. Mas este dossier já tinha levado,
em Setembro, Gaspar ao parlamen-
to, onde rejeitou “qualquer com-
portamento anómalo”, na escolha
da fi rma norte-americana. Explicou
então que a ideia partiu da Caixa BI,
“uma entidade pré-qualifi cada” para
subcontratar por “ajuste directo”.
O ministro elogiou o currículo da
Perella, que esteve envolvida em re-
estruturações como a da Euronext
e da BP e apoiou a OPA falhada da
Sonae à PT.
Justifi cações não aceites pela opo-
sição. A 13 de Setembro o socialista
João Galamba solicitou “a identifi ca-
ção completa do acto administrativo
que levou o Governo a contratar a
Perella, bem como a respectiva cer-
tidão, incluindo a fundamentação”.
Foi nesse contexto que o MP admitiu
avançar para investigações para apu-
rar se os termos da contratação da
Perella respeitaram os procedimen-
tos correctos. O caso voltou à praça
pública, quando se soube que, no
quadro da operação Monte Branco,
o MP fez buscas à Caixa BI, Parpú-
blica e BESI. Os mandados estavam
sustentados na suspeita da prática de
crimes de fraude fi scal qualifi cada,
tráfi co de infl uências, corrupção e
abuso de informação privilegiada.
em conta a urgência” das privatiza-
ções. Mas a documentação prova que
a Caixa BI só subcontratou a fi rma
norte-americana em Setembro e de-
pois de forte controvérsia interna,
após já ter sido assumida por Gaspar.
As Finanças deram indicação à CGD
para subcontratar a Perella, para evi-
tar que fosse a Parpública a fazê-lo
(sem concurso).
Fontes ligadas ao processo revela-
ram ao PÚBLICO que Nogueira Leite
e Fernandes Thomaz foram dois dos
gestores do grupo público a contestar
abertamente os meandros da inter-
venção ministerial na contratação,
pela CGD, da Perella. Uma discordân-
cia expressa em mensagens escritas
a altos responsáveis do processo e
com conhecimento das Finanças. A
Caixa BI, então liderada por Jorge To-
mé, acabou por subcontratar a fi rma,
após parecer positivo dos serviços ju-
rídicos. O acordo fi xou que a Caixa BI
e a Perella repartiriam em igual per-
centagem as comissões cobradas ao
Estado. O negócio rendeu 15 milhões
de euros a dividir entre ambos.
Um responsável jurista disse ao
PÚBLICO que, embora polémicos,
os procedimentos adoptados nes-
te dossier serão regulares, ainda
que o comportamento e a conduta
dos titulares da pasta das Finanças
PrivatizaçõesCristina Ferreira
Acção de Vítor Gaspar para que a CGD escolhesse a firma norte-americana gerou dúvidas nos gestores do banco público
DANIEL ROCHA
Vítor Gaspar justificou falta de tempo para lançar um concurso Página 10
Tiragem: 46555
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 48
Cores: Preto e Branco
Área: 5,39 x 3,89 cm²
Corte: 2 de 2ID: 42948395 24-07-2012
Acção de Vítor Gaspar para que a CGD escolhesse a fi rma americana gerou dúvidas p18
Perella questionada por Nogueira Leite e Fernandes Thomaz
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Tiragem: 46555
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 9
Cores: Cor
Área: 11,05 x 30,97 cm²
Corte: 1 de 2ID: 42948334 24-07-2012
O Ministério Público enviou car-
tas rogatórias a vários países, para
além da Alemanha, a solicitar infor-
mação sobre o negócio da aquisição
dos submarinos, anunciou ontem o
Departamento Central de Investiga-
ção e Acção Penal (DCIAP).
Este novo expediente das auto-
ridades portuguesas surge depois
de há cerca de dois meses ter sido
arquivado o processo que tinha co-
mo “exclusivo objectivo” investigar
a actuação de um dos advogados
que representaram o Estado portu-
guês no negócio dos submarinos. O
DCIAP concluiu pela “inexistência
de indícios” de crime, mas mantém
a investigação ao negócio.
O processo que tinha o advogado
Bernardo Ayala como arguido tinha
sido separado da investigação prin-
cipal aos submarinos. Ayala era, na
altura da compra dos submersíveis,
sócio do escritório de advogados
Sérvulo Correia & Associados, mas
já lá não estava quando foram fei-
tas as buscas com base nas quais o
DCIAP o constituiu arguido. Hoje
trabalha na Uría Menendez & Pro-
ença de Carvalho, a qual defende os
arguidos alemães no caso das con-
trapartidas e defendeu Luís Horta e
Costa, no processo Portucale.
Em nota divulgada ontem, o De-
Cartas rogatórias enviadas para vários países sobre caso dos submarinos
partamento Central de Investigação
e Acção Penal sublinha que “conti-
nua em diligências de investigação
o processo relativo à compra e ven-
da dos submarinos” e que, neste
momento, “se aguarda a resposta
a várias cartas rogatórias emitidas
para vários países”. País provável
é a Suíça.
A investigação ao negócio dos
submarinos surgiu no Verão de
2006, a partir de escutas no âm-
bito do processo Portucale, e deu
origem a três processos: o princi-
pal, à compra propriamente dita
dos submarinos, que continua sob
investigação; um segundo, sobre
falsas contrapartidas devidas pelo
negócio, cujo início de julgamen-
to está marcado para 17 de Setem-
bro próximo; e um terceiro, que
visava Bernardo Ayala. Foi este o
arquivado.
O caso que vai para julgamento
refere-se a operações de contrapar-
tidas com vários arguidos, portu-
gueses e alemães, acusados e pro-
nunciados da prática dos crimes de
burla qualifi cada e de falsifi cação
de documento.
Na Alemanha, a corrupção com
a venda dos dois submarinos a Por-
tugal levou, entretanto, à condena-
ção de ex-executivos da empresa
germânica Ferrostaal.
Investigação ao negócioLurdes Ferreira
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal mantém investigação ao caso da compra dos dois submarinos alemães
Portugal comprou à Alemanha dois submarinos da classe Tridente
RUI GAUDÊNCIO
2006A investigação ao negócio dos submarinos surgiu no Verão de 2006 a partir de escutas do processo Portucale
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Tiragem: 46555
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Preto e Branco
Área: 5,24 x 5,31 cm²
Corte: 2 de 2ID: 42948334 24-07-2012
O Ministério Público enviou cartas rogatórias a vários países, além da Alemanha, a solicitar informação sobre o negócio da aquisição dos submarinos p9
Submarinos: cartas rogatórias enviadas para vários países
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Tiragem: 96546
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 10
Cores: Cor
Área: 27,16 x 28,18 cm²
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Página 14
Tiragem: 96546
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 20,90 x 8,28 cm²
Corte: 2 de 2ID: 42948901 24-07-2012
Página 15
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Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 14
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Tiragem: 27259
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 15
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Tiragem: 27259
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 16
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País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 18101
País: Portugal
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 1 de 1ID: 42964068 25-07-2012JUSTIÇA
Petição online pede que o juiz CarlosAlexandre seja nomeado novo PGRUma petição pública, dirigida a Passos Coelho e Cavaco Silva, pedeque o juiz Carlos Alexandre seja nomeado novo Procurador Geralda República em Outubro. No texto (disponível em peticaopublica.com),pede-se ao primeiro ministro que apresente ao Presidente o nome deCarlos Alexandre, o único juiz do Tribunal Central de Instrução Criminalcom competência para instruir os processos relacionados com acriminalidade mais grave, complexa e sofisticada, incluindo a corrupção.
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