Carolina P. Ataides PsicooncologiaMarço/2015. Brainstorming O que é Câncer?

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O câncer na visão da oncologia

Carolina P. AtaidesPsicooncologia

Março/2015

Brainstorming

O que é Câncer?

Represente o câncer na sua

concepção

Ciência que estuda o câncer e como ele se

forma, se instala e progride, bem como as modalidades de tratamento (Yamaguchi, 2003).

Especialidade médica que se ocupa em diagnosticar e tratar o câncer. Outras especialidades médicas também compõem o tratamento do câncer, como os radioterapeutas, quimioterapeutas, cirurgiões e patologistas.

Oncologia

Definido como uma doença genômica que surge a partir de

alterações cumulativas no DNA de células normais que sofrem transformações até se tornarem malignas (Rocha, 2008 citado por Gaspar, 2011).

Doença que se origina nos genes de uma única célula, tornando-a capaz de se proliferar até o ponto de formar massa tumoral no local e a distância (Yamaguchi, 2003).

É o conjunto de mais de 100 células que possuem em comum, o crescimento desordenado. As mesmas se dividem rapidamente, o que determina a formação de tumores malignos que podem espalhar-se para outras regiões, produzindo o que chamamos de metástases (INCA, 2010).

Câncer – definições

Hipócrates foi o primeiro a usar o termo “carcinos” e

“carcinoma” para descrever tumores; O caráter destruidor da doença foi citado por Galeno

que a considerou como incurável; Galeno, ao analisar um tumor de mama, verificou

que este se assemelhava a um caranguejo; A palavra câncer deriva de karkinos, palavra grega

que significa caranguejo. No início do século XX associava-se câncer à falta de limpeza do corpo e da alma, acreditando que este poderia até mesmo ser contagioso.

História

Pode ser definido também pelo termo

neoplasia (neo=novo; plasia=tecido).

Tumor pode ser encontrado em processos inflamatórios, infecciosos e outros, sem proliferação celular. Podem ser malignos ou benignos.

Câncer – termos

O termo câncer é usado para designar neoplasias malignas

cujas principais categorias (de acordo com a origem embriológica) são:

Câncer – termos

Carcinoma Sarcoma Linfoma Leucemia

Tumor maligno em

tecido de revestiment

o, tanto externos, quanto

internos.Ex.: mama,

útero...

Tecido ósseo, fibroso,

muscular, nervos e cartilage

m.

Se origina nos

linfonodos do

sistema linfático

Tecidos sanguíneos

e formadores de sangue.Proliferação de glóbulos brancos na correntes sanguínea debilitando o sistema

imunológico.

Câncer - gênese

Multifatoriais:

Câncer – fatores de risco

Tabagismo

Envelhecimento

Alterações

hormonais

Genética

HormôniosRadiação

Álcool

Obesidade

Câncer - fatores de

risco Vírus: explicam apenas 15% de todos os

cânceres humanos;

Mutações genéticas: a maioria dos cânceres é causada por mutações genéticas que se acumulam gradualmente em um período de anos;

Câncer - fatores de

risco Fatores de risco:

Uso do tabaco;Dieta (comidas gorduras – câncer de mama) x

(dietas ricas em vitamina A – mantém a saúde dos pulmões e do estômago);

Álcool;Falta de atividade física;História familiar;Riscos ocupacionais (toxinas, campos

eletromagnéticos, sol, etc.);Personalidade (pessoas passivas, que tendem a

reprimir suas emoções).

Ambiente social

Interfere mais na progressão e sobrevida do que na incidência; Estresse: as células cancerosas que se

desenvolvem de forma espontânea são impedidas de se espalharem e se transformarem em tumores por agentes do sistema imunológico. Quando o sistema está enfraquecido pelo estresse, a imunidade é suprimida e o câncer pode se desenvolver; Fracas evidências em relação ao estresse.

Câncer – Fatores de risco

Mundo: Para o ano de 2030 teremos 27 milhões de casos de câncer, 17 milhões de mortes por câncer, 75 milhões de pessoas vivas com câncer anualmente (INCA);

Brasil: Para 2014, são estimados 576.580 mil novos casos de câncer, sendo 48% em mulheres e 52% em homens;

Os tipos mais incidentes no Brasil serão os cânceres de:

Epidemiologia

Homens MulheresPróstata

Traqueia, Brônquio e Pulmão

Cólon e RetoEstômago

MamaCólon e RetoColo do útero

Traqueia, Brônquio e Pulmão

Surgimento de massas em locais visíveis e palpáveis; Retirada de tecido para análise (biópsia ou punção); Exames de sangue – marcadores tumorais; Exames de imagem (Raio X, Ultrassonografia, Tomografia,

Ressonância, PET Scam); Exames clínicos.

E o paciente, como se sente diante desses métodos diagnósticos? Ansiedade, relembra a doença, muda a rotina. Usar sempre linguagem acessível!

Diagnóstico

Possibilidade de cura e de resposta ao

tratamento, baseada em dados estatísticos; Depende da classificação que é feita de

acordo com...

Prognóstico em câncer

Comprometimento de tecidos

vizinhos ou distantes

Tecido de

origem

Morfologia e

Estrutura

Órgão

Metástases: processo em que células corporais malignas

proliferam em grande número e espalham-se para os tecidos corporais circundantes.

Recidivas: recorrência, significa: "está acontecendo novamente". Quando a doença retorna, fica ativa novamente. Quando o câncer recidiva, seu comportamento e risco é, no mínimo, igual ao da primeira vez e, infelizmente, ao retornar, as células cancerosas, muitas vezes, já crescem com defesas contra o tratamento empregado anteriormente.

Por exemplo, um tumor de mama pode recidivar no pulmão, não sendo, contudo, um câncer de pulmão, mas sim o de mama que atingiu o pulmão.

Metástases e recidivas

Retirada do tumor ou o órgão que o sedia; Pode ter caráter paliativo em doenças

avançadas e metastáticas para evitar sangramentos e obstrução do órgão;

Tratamentos

Cirurgia

Podem ser mutilantes; visíveis nos casos de atingirem cabeça e pescoço ou amputação de membros;

Podem ainda interferir nos atributos sexuais, como nos casos de câncer de mama, útero, ovários, pênis e próstata.

Algumas, promovem o desvio de elementos de excreção (fezes e urina) para novas saídas.

Uso de compostos radioativos para

terapêutica local e tem como função aumentar o controle local da lesão;

Pode ter efeito curativo ou paliativo, aliviando dores, melhorando aspectos estéticos, aumento a qualidade de vida.

TratamentosRadioterap

iaBraquitera

pia É necessário conhecer a extensão exata da doença, as

estruturas que irão receber a radiação e suas respectivas doses de tolerância;

Pode gerar efeitos colaterais caso atinja órgãos situados no trajeto da radiação. Exemplos: náuseas, cansaço, queda de cabelo, escurecimento da pele, queimaduras;

A Braquiterapia consiste em implantes radioativos colocados para aumentar a intensidade do tratamento no local desejado.

Quimiotera

pia

Tratamento por meio de substâncias químicas; Medicamentos aplicados de forma

intravenosa, oral intramuscular, intratecal (espinha dorsal), subcutânea e tópica;

Promove a cura e a prevenção de recidivas;

Tratamentos

Previne que as células cancerígenas se espalhem pelo corpo;

Por paralisar tanto células cancerígenas quanto células saudáveis de crescimento rápido, pode ocasionar efeitos colaterais como queda de cabelo, náuseas, emagrecimento, baixa imunidade, etc;

Pode ser primário ou adjuvante; É curativo em doenças como linfomas e leucemias.

Imunoterap

ia

Parte do princípio de que o câncer surge quando o sistema imunológico está fragilizado;

Tratamentos

Caracteriza-se por substâncias capazes de aumentar as defesas do organismo;

Interferon e Interleucinas: melanoma e câncer de rim.

Paciente: C F M Sexo: Feminino Idade: 60 anos Diagnóstico: Câncer de mama Estadiamento: T: 2 – N:3 – M: 0 (T) - tumor primário; (N) - As características dos linfonodos das cadeias de drenagem

linfática do órgão em que o tumor se localiza; (M) - Presença ou ausência de metástases à distância. Conduta terapêutica: Cirúrgica (retirada do tumor – sem

mastectomia - e linfadenectomia) + quimioterapia + radioterapia Efeitos colaterais: queixas principais – alopecia, náuseas e

fadiga.

Caso Clínico

Caso Clínico

Neste caso, temos uma paciente aos 60 anos de idade, diagnosticada com câncer de mama, em que a partir do estadiamento de sua doença, os médicos traçaram a melhor conduta terapêutica.

Foi realizada uma cirurgia para a retirada do tumor, sem que fosse necessário realizar a mastectomia radical (retirada total da mama). E, em função do número de linfonodos comprometidos, foi realizada a linfadenectomia (esvaziamento axilar). Após a cirurgia realizou-se a quimioterapia, que neste caso, teve caráter adjuvante, uma vez que, seguiu à cirurgia. E, após a quimioterapia foi realizada a radioterapia. As principais queixas apresentadas pela paciente quanto aos efeitos colaterais, relacionaram-se à alopecia (queda do cabelo, que neste caso foi total), náuseas e vômitos.

Prevenção primária: reduzir o risco. Comportamentos controláveis: não usar

tabaco, dieta sem gordura, exposição protegida aos raios UV, comportamento diante da vida.

Prevenção secundária: minimizar os impactos da doença.

Comportamentos controláveis: realizar auto-exame, exames que demonstrem o risco genético de se desenvolver câncer, adesão ao tratamento.

Prevenção: é possível?

O estigma refere-se a época em que não

havia tratamento disponível, o diagnóstico costuma ser interpretado como trazendo consigo a possibilidade de morte iminente;

Por sua morbi/mortalidade alta, o estigma se intensifica;

Muitos tipos de câncer podem ser curados quando diagnosticados precocemente;

Permanece a visão de que o câncer desgasta, corrói ou consome vagarosa e secretamente.

Estigma

O que é o câncer? O que causa o câncer? Fatores de risco para o câncer; Prevenção do câncer; Tratamento do câncer.

Síntese dos conhecimentos

adquiridos

Yamaguchi, N. H. O câncer na visão da oncologia. Em:

Carvalho, M. M. M. J. (coord.) Introdução à Psicooncologia. Campinas: Ed. Livro Pleno, 2003.

Gaspar, K. Psicologia hospitalar e a oncologia. Em:Angerami-Camon, V. (org.) Psicologia da saúde: um novo significado para a prática clínica. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

Conceitos básicos de oncologia para não médicos. Módulo II. Curso a distância. Portal qualificar.

Straub, R. Psicologia da Saúde. Porto Alegre: Artmed, 2005.

Referências