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Catálogo Português de Medicina Nuclear
V1.0, 19-11-2020
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Ficha Técnica
CONTROLO DE VERSÕES
VERSÃO DATA ESTADO RESPONSÁVEL ALTERAÇÕES
Draft 19-11-2020 Consulta Pública CTC Versão inicial
Publicado CTC Versão final
CONTRIBUTOS RECEBIDOS
VERSÃO ENTIDADES
V1.0 Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), EPE
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Índice
1 Acrónimos e Definições ___________________________________________________ 4
2 Glossário ______________________________________________________________ 5
3 Quadro Síntese _________________________________________________________ 6
4 Preâmbulo _____________________________________________________________ 7
4.1 CPMN e a Normalização da Informação __________________________________________ 7
5 Sistema de Codificação Utilizado ___________________________________________ 9
5.1 Systematized Nomenclature of Medicine Clinical Terms (SNOMED CT) _________________ 9
6 Metodologia adotada na Criação do CPMN _________________________________ 10
7 Estrutura do Registo do CPMN ____________________________________________ 12
7.1 MCDT Medicina Nuclear - Procedimentos ____________________________________ 12
8 Modelo de Informação do CPMN __________________________________________ 13
9 Atualização e Manutenção _______________________________________________ 15
10 Bibliografia _________________________________________________________ 16
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1 Acrónimos e Definições
Neste documento, aplicam-se os seguintes acrónimos (Tabela 1):
Tabela 1 - Acrónimos
SIGLA DEFINIÇÃO
ACSS Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.
CPMN Catálogo Português de Medicina Nuclear
CTC Centro de Terminologias Clínicas
DGS Direção-Geral da Saúde
MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
SCT SNOMED CT
SNOMED CT
Systematized Nomenclature of Medicine Clinical Terms
SPMS Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E.
SS Serviço de Saúde
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2 Glossário
Tabela 2 - Glossário
TERMO DEFINIÇÃO
Conjunto de termos - Value set
Conjunto de termos ou designações com os respetivos códigos, do mesmo âmbito de especificação. Permite estruturar a informação de uma determinada área.
Interoperabilidade Semântica
Recurso do Sistema de Informação que garante a partilha de informação (dados) entre os diferentes sistemas, sem que esta perca a sua qualidade, mantendo os dados inalterados aquando a partilha.
Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
Os Exames Complementares de Diagnóstico e Terapêutica destinam-se a complementar o exame feito pelo clínico, de modo a melhor poder elaborar um diagnóstico e fazer um plano terapêutico.
Sistema de Codificação
Um Sistema de Codificação representa um conjunto de conceitos utilizando identificadores de conceitos curtos para caracterizar os conceitos que fazem parte do sistema em questão| Define um conjunto de códigos de conceito exclusivos. Exemplos de sistemas de codificação: ICD-10, LOINC e SNOMED.
Terminologia
Lista de palavras que contêm informações terminológicas. Um termo pode ter associado a si uma descrição e um código, e serve para representar algo específico numa determinada área. Um termo pode ser uma palavra, uma parte de uma palavra ou uma frase. A terminologia pode conter um conjunto de termos que representem diferentes áreas.
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3 Quadro Síntese
Tabela 3 – Quadro Síntese do Catálogo Português de Medicina Nuclear .
DEFINIÇÃO
Designação Catálogo Português de Medicina Nuclear
Sigla CPMN
Objetivo
Normalizar em termos semânticos os conceitos e registos ligados aos
MCDT de medicina nuclear, de forma a criar uma linguagem comum
a todos profissionais de saúde e aos sistemas de informação
utilizados no sector da saúde.
Entidade(s) que solicita(m) ACSS
Entidade(s) responsável(eis)
pela elaboração Centro de Terminologias Clínicas
Owner do Catálogo ACSS
Utilizadores Profissionais de Saúde
Sistemas de Informação Solução de Registo de Saúde Eletrónico
Catálogo Base Tabelas de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica -
Tabela de Medicina Nuclear
Sistema(s) de Codificação SNOMED CT
Versões e Datas Versão Draft – 19/11/2020
Racional
A partilha de dados entre sistemas (inclusive além-fronteiras) fica
também facilitada, diminuindo-se assim a perda dos mesmos,
evitando-se erros e duplicações, e promovendo a interoperabilidade
semântica, ou seja, a comunicação eficaz entre sistemas de
informação.
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4 Preâmbulo
No âmbito da área da semântica e informatização no sector da saúde, é necessário a adoção de
estratégias para promover a interoperabilidade semântica entre os diferentes sistemas de informação
e garantir o registo de dados uniformizado e padronizado.
O registo de informação inerente aos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica
(MCDT) de Medicina Nuclear é um aspeto crítico à prestação de cuidados de saúde, uma vez que
suporta a informação necessária e pertinente ao profissional de saúde para um correto diagnóstico
e/ou plano terapêutico. Assim, os profissionais de saúde, bem como os sistemas informáticos, têm
acesso a uma linguagem uniformizada, facilitando a prática comum e a padronização do registo.
A qualidade da informação de saúde que é partilhada advém, em grande parte, da sua estrutura
de registo. Um conteúdo adequado, pertinente e estruturado, que vá de encontro com as necessidades
clínicas dos profissionais e do seu dia-a-dia de prática clínica, garante a otimização das suas
competências e capacidades. A uniformização do vocabulário contribui para uma menorização de erros,
criando oportunidades para a melhoria da segurança do registo e análise dos dados e também uma
melhoria na prestação de cuidados de saúde ao utente.
O Catálogo Português de Medicina Nuclear (CPMN) tem como objetivo estabelecer uma
estrutura única e normalizada para o registo de informação clínica relativa aos MCDT nas aplicações
informáticas do Sistema de Saúde em Portugal.
4.1 CPMN e a Normalização da Informação
Com a implementação do Catálogo Português de Medicina Nuclear para o registo de MCDT para
a área clínica dos exames de medicina nuclear, são documentadas vantagens a nível da qualidade de
informação registada, uma vez que qualquer profissional de saúde regista de acordo com a tabela
uniformizada, evitando ambiguidade ou duplicação de descrições. A estrutura da informação inerente
ao CPMN possibilita ao profissional de saúde a prescrição e registo de exames. Esta informação pode ser
visualizada pelo próprio utente e disponibilizada aos profissionais de saúde. É essencial que a
informação sobre os exames complementares exista no registo de dados clínicos de cada cidadão,
ficando assim facilmente acessível ao profissional de saúde, quer em emergências, quer durante
qualquer ato clínico que envolva a necessidade de diagnóstico e terapêutica a realizar.
As tabelas que constituem o CPMN permitem a interoperabilidade semântica nos diferentes
Sistemas de Informação da Saúde em Portugal.
A informação obtida através da adoção e utilização do CPMN é capaz de sustentar a realização
de estudos de base populacional relativamente ao âmbito de medicina nuclear, como por exemplo
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doenças oncológicas, facilitando uma tomada de decisão esclarecida tanto neste domínio como no da
Saúde Pública. É garantida a segurança e a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos,
contribuindo-se adicionalmente para a melhoria das condições da prática clínica entre os profissionais.
Na primeira versão do Catálogo Português de Medicina Nuclear estabeleceu-se o conjunto dos
MCDT que suportam a área da Medicina Nuclear (Tabela de preços da Portaria da ACSS) e mapeou-se
com o respetivo código e descritivo da Terminologia Internacional SNOMED CT.
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5 Sistema de Codificação Utilizado
5.1 Systematized Nomenclature of Medicine Clinical Terms (SNOMED CT)
O SNOMED CT é uma Terminologia Clínica internacional e multilinguística usada em mais de 50
países, cuja língua oficial é o Inglês (EUA). Esta terminologia é gerida pela SNOMED International, uma
empresa sediada no Reino Unido e sem fins lucrativos, à qual pertencem atualmente 50 países. O
conteúdo do SNOMED CT contempla mais de 400 mil termos, abrangendo contextos diversos, desde
diagnósticos até procedimentos, e conceitos administrativos. A SPMS adquiriu a licença para o uso do
SNOMED CT, em território Nacional, desde janeiro de 2014. (SNOMED CT, 2018)
O SNOMED CT permite o registo da informação num processo clínico eletrónico, abrangendo
diversos contextos, desde sinais e sintomas de doenças até ao contexto social, administrativo, entre
outros. É muito próxima da linguagem clínica natural de cada país, permitindo captar os diferentes
dialetos e idiomas usados pelos clínicos, mantendo um código único. (SNOMED CT, 2018)
A terminologia está organizada em conceitos, interrelacionáveis entre si, permitindo refinar e
detalhar cada vez mais a informação clínica. Esta funcionalidade permite aumentar o detalhe e
consequentemente a qualidade dos dados inseridos, promovendo a partilha e recolha eficazes da
informação clínica. (SNOMED CT, 2018)
Esta terminologia constitui um vocabulário controlado que se aproxima do vocabulário clínico
utilizado pelos profissionais de saúde na prática clínica. É necessário efetuar a tradução para língua
portuguesa, permitindo uniformizar os diferentes dialetos e regionalismos, facilitando a introdução de
dados no registo clínico eletrónico. Com base neste vocabulário é também possível efetuar um registo
mais detalhado e ajustado ao utente ou a uma situação clínica que se pretende registar. (SNOMED CT,
2018)
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6 Metodologia adotada na Criação do CPMN
Foram identificados e sistematizados os MCDT de Medicina Nuclear, constantes na Tabela de
Portaria da ACSS, e posteriormente, realizou-se o mapeamento entre o código nacional e o sistema de
codificação SNOMED CT, para cada termo.
Para a construção do CPMN foi utilizada como tabela e método de referência a estrutura
semântica apresentada na tabela 4.
Tabela 4 - Estrutura semântica do Catálogo Português de Medicina Nuclear .
Code SNS |
Código SNS
Code SNOMED CT |
Código SNOMED CT
Fully Specified Name (FSN)
EN | Termo Totalmente
Especificado EN
Preferred Term
(PT) EN | Termo
de Preferência EN
Preferred Term
(PT) PT | Termo
de Preferência PT
Identificador
nacional do
conceito,
expresso
através de um
número com 5
caracteres.
Código SNOMED CT
- Identificador do
conceito, expresso
através de um
número entre 8 e
18 carateres.
Fully Specified Name, o
nome do conceito, em
língua inglesa, ligado ao
identificador.
Termo preferido
e que deve ser
utilizado para
registo.
Termo preferido
traduzido para
Português.
O Catálogo Português de Medicina Nuclear, como indicado anteriormente, teve por base a
Tabela de portaria da ACSS, mais propriamente os MCDT de medicina nuclear. Estes termos surgem
indicados na coluna “Synonym 1 | Sinónimo 1”. Tendo em conta a especificidade do termo em
português, o mapeamento para o termo em SNOMED CT pode não ser direto.
Caracterizadas as descrições de cada termo, na figura 1 encontra-se representado o modelo,
de acordo com o SNOMED CT, que diz respeito aos exames de Medicina Nuclear realizados ao Sistema
Corporal. Este estudo é caracterizado como um procedimento efetuado associado a uma estrutura
anatómica. Qualquer exame de Medicina Nuclear tem associado uma substância radioativa
(radionuclídeo) utilizada.
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Figura 1 – Modelo SNOMED CT relativo ao termo de um procedimento realizado a exames de Medicina Nuclear.
O CPMN versão 1.0 contempla dois campos destinados à rastreabilidade do versionamento, ou
seja, um campo para a data da versão e outro campo que designa o tipo de alteração realizada ao termo
em questão.
O modelo de informação foi de igual forma elaborado e refinado, por forma a representar uma
referência sólida de apoio à implementação (recolha, persistência e comunicação) dos registos de
MCDT de Medicina Nuclear.
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7 Estrutura do Registo do CPMN
A estrutura de registo do Catálogo Português de Medicina Nuclear está centrada na
caracterização do registo de MCDT de medicina nuclear de acordo com a realidade da prática clínica
em Portugal.
O registo clínico associado ao CPMN encontra-se estruturado em um Value Set (dimensões de
informação), apresentado na tabela 5. O registo clínico de um MCDT de medicina nuclear deve passar
pela identificação dos elementos de informação identificados na tabela 5, de preenchimento
obrigatório. Cada um desses elementos contém um conjunto de valores associado, referenciado na
coluna “Domínio de valores”.
Tabela 5 - Elementos identif icativos nos registos .
ELEMENTO DE INFORMAÇÃO
DESCRIÇÃO DOMÍNIO DE VALORES SISTEMA DE
CODIFICAÇÃO OBRIGATÓRIO
MCDT
[Tabela Procedures do
CPMN]
Define o MCDT na área de medicina
nuclear que pode ser prescrito e realizado.
Conjunto de valores que define o MCDT a
realizar SNOMED CT Sim
7.1 MCDT Medicina Nuclear - Procedimentos
OS MCDT Medicina Nuclear – Procedimentos caracterizam o conjunto de termos identificados
no âmbito dos procedimentos clínicos realizados, que dizem respeito aos exames de medicina nuclear
que podem ser prescritos e realizados. A lista de termos possíveis está definida na Tabela do CPMN:
Procedures.
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8 Modelo de Informação do CPMN
A recolha da informação ocorre de acordo com a especificação descrita no capítulo 7 Estrutura
de Registo do CPMN, respeitando o sistema de codificação indicado para a cada uma das dimensões
de informação.
O Diagrama de Classes representado na figura 2, pretende apoiar a compreensão do Modelo
de Informação inerente ao CPMN V1.0.
Figura 2 – Diagrama de Classes CPMN V1.0.
No que diz respeito ao registo de MCDT apenas se pode registar um e só um termo que diga
respeito ao MCDT de medicina nuclear a realizar. A tabela de MCDT (Procedures) do CPMN é constituída
por termos agrupados em nove conjuntos: Aparelho Cardiovascular, Sistema Nervoso Central, Aparelho
Digestivo, Sistema Músculo-Esquelético, Aparelho Urinário, Glândulas Endócrinas, Aparelho
Respiratório, Tomografia de Positrões e Estudos (Estudos Hematológicos, Estudos de
Infecção/Inflamação, Outros Estudos e II Terapêuticas).
O Catálogo Português de Medicina Nuclear está disponível para consulta em versão digital no
site do CTC. A lista de termos possíveis a utilizar em cada uma das dimensões do modelo de informação
CPMN, encontram-se disponíveis mediante solicitação através do endereço de correio eletrónico:
servicedesk@spms.min-saude.pt, de modo a facilitar a incorporação desta lista de parâmetros/códigos
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nos sistemas de informação.
Para informações adicionais ou esclarecimento de dúvidas, contacte com o Centro de
Terminologias Clínicas em Portugal através de:
• Presença na internet: http://www.ctc.min-saude.pt/
• Endereço de correio eletrónico: ctcpt@spms.min-saude.pt
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9 Atualização e Manutenção
A manutenção do Catálogo Português de Medicina Nuclear é da responsabilidade do CTC, que
pode ser contatado para os devidos efeitos e sobretudo para dúvidas sobre a sua implementação, bem
como da inclusão/remoção/atualização de novos termos não constantes nesta versão do catálogo.
9.1 Política de Versionamento
O CPMN está organizado em versões e utiliza um esquema clássico semelhante ao de
versionamento de sistemas (major.minor.revision) considerando três tipos de alterações (Figura 3):
Figura 3 - Política de versionamento para os Catálogos Semânticos da Saúde.
a) primeiro dígito para inclusão de novos termos;
b) segundo dígito para manutenção evolutiva de atributos em termos existentes ou exclusão de
termos;
c) terceiro dígito para indicar correções em termos existentes.
Estas regras de versionamento permitem que aos utilizadores deste catálogo perceber qual será
o tipo de impacto que a substituição de uma versão poderá trazer aos sistemas de informação e às
respetivas bases de dados.
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10 Bibliografia Diário da República, 1.ª série — N.º 173 — 7 de setembro de 2018, Portaria n.º 254/2018
Beeuwkes Buntin, M., F. Burke, M., C. Hoaglin, M., & Blumenthal, D. (março de 2011). The Benefits Of
Health Information Technology: A Review Of The Recent Literature Shows Predominantly
Positive Results. Health Information Technology.
SNOMED CT. (28 de novembro de 2018). Obtido de SNOMED: http://www.snomed.org/snomed-ct/five-
step-briefing