Causasde Namortalidade no% Municípiode Caxiasdo% Sul,%RS ... · CAUSAS DE NATIMORTALIDADE Sistema...

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Causas  de  Na)mortalidade  no  Município  de  Caxias  do  Sul,  RS,  2010-­‐2011  

Lisa  Wu  Yei  Yum  (bolsista  BIC-­‐UCS),  Gregory  S.  Medeiros,  Carolina  T.  Canabarro,  Rafael  Grochot,  Vitória  F.  Colau,  Karina  G.  Mendes,  Dino  R.  S.  De  Lorenzi  (Orientador)    

A   redução   da   mortalidade   perinatal   é   uma   das  maiores   metas   para   o   milênio   segundo   a   OMS,  desafio   este   assumido   no   Brasil   pelo   Ministério   da  Saúde.  No  entanto,  a  maioria  dos  estudos  centra-­‐se  no   obituário   neonatal,   pouco   se   pesquisa   no   Brasil  acerca  da  mortalidade  fetal  (naWmortalidade),  ainda  que   ocorra   em   0,6%   a   1,2%   das   gestações.   Em  especial,   pouco   se   sabe   do   seu   comportamento   na  saúde  suplementar,  a  maioria  dos  estudos   referem-­‐se  ao  Sistema  Único  de  Saúde.  

   Descrever   as   causas   de   naWmortalidade   ocorridas  em  Caxias  do  Sul,  RS,   segundo  o  Wpo  de  assistência  recebida:   Sistema   Único   de   Saúde   (SUS)   ou   Saúde  Suplementar  (SS).  

     Estudo   transversal,   prospecWvo   e   de   base  populacional,  de  todos  os  casos  de  naWmortalidade  (óbito   fetal   ocorrido   a   parWr   de   22   semanas   de  gravidez  ou  peso  fetal  ≥  500  gramas)  ocorridos  em  Caxias  do  Sul,  RS,  nos  anos  de  2010  e  2011.  Foram  avaliados  declarações  de  óbito,  prontuário  de  pré-­‐natal   e   hospitalar,   laudos   de   necropsia   e  entrevistas   maternas.   As   causas   de   óbito   foram  classificadas   como   originais   (conWdas   nas  declarações   de   óbito)   e   corrigidas.   A   sua  concordância  foi  avaliada  pelo  teste  de  Kappa.  

 

Tabela.    Estudo  comparaWvo  das  causas  básicas  prováveis  de  naWmortalidade  segundo  o  Wpo  de  assistência.  Caxias  do  Sul,  RS,  2010  –  2011.  

 O  estudo  reforça  a  importância  da  invesWgação  sistemáWca  da  naWmortalidade  nos  serviços  de  saúde,  visto  que  suas   informações   contribuírem  para  possíveis   intervenções  que   reduzam  sua  ocorrência.  Constatou-­‐se  graves  falhas  no  preenchimento  médico  das  declarações  de  óbito,  visto  a  pouca   importância  dada  à  causa  básica  de  morte   nos   casos   de   obituário   fetal.   Ainda   que   se   fale   de   uma   causa   básica   de   óbito,   ficou   evidente   a  mulWplicidade  de  fatores  envolvidos  e  a  sua  mulWcausalidade,  o  que  afeta  o  resultado  perinatal  frente  à  mesma  patologia.   Chama   a   atenção   o   número   de   casos   de   sífilis   congênita   no   grupo   SUS,   pois   esta   é   uma   infecção  totalmente  evitável  através  da  assistência  pré-­‐natal,  apontando  assim  para  evidentes  falhas.  

 

Financiamento:  PPSUS  FAPERGS  

CAUSAS DE NATIMORTALIDADE Sistema Único de Saúde

n %

Saúde Suplementar

n % Indeterminada 2 3,2 1 4,3 Anóxia fetal aguda 3 4,8 - - Malformação congênita fetal 9 14,5 4 17,4 Acidente de cordão umbilical 6 9,7 6 26,1 Insuficiência placentária/crescimento intrauterino restrito

7 11,3 3 13,3

Rotura prematura de membranas 2 3,2 - - Descolamento prematuro de placenta 8 12,9 1 4,3 Síndrome hipertensiva materna 5 8,1 1 4,3 Causa externa (acidente de trânsito) 1 1,6 - - Malformação do cordão umbilical 1 1,6 1 4,3 Pancreatite aguda materna 1 1,6 - - Fígado gorduroso da gravidez 1 1,6 - - Corioamnionite aguda (infecção congênita) 1 1,6 - - Lúpus eritematoso sistêmico materno 1 1,6 - - Síndrome anticorpo-fosfolipídeo materna 1 1,6 1 4,3 Diabete melito gestacional 2 3,2 1 4,3 Síndrome de transfusão feto-fetal 1 1,6 3 13,0 Parto desencadeado pelo uso de misoprostol 1 1,6 - - Sífilis congênita 7 11,3 - Drogadição materna (crack) 2 3,2, - - Incompetência istmico-cervical 1 1,6 1 4,3 Total 62 100% 23 100%

Referências  Bibliográficas:  BRASIL.  Ministério  da  Saúde.    Pacto  Nacional  pela  redução  da  mortalidade  materna  e  neonatal.    Brasília,  DF,  2004.  DARMSTADT,  G.L.  et  al.  Reducing  sWllbirths:  intervenWons  during  labor.  BMC  Pregnancy  Childbirth.  2009;  7;9  Suppl  1:S6.  DE  LORENZI  et  al..  A  naWmortalidade  como  indicador  de  saúde  perinatal.  Cadernos  de  Saúde  Pública  2001;  17:141-­‐6.  ENGMANN,  C.  et  al.  SWllbirth  and  early  neonatal  mortality  in  rural  Central  Africa.  Interna?onal  Journal  of  Gynaecology  and  Obstetrics  2009;105:112-­‐7.  STANTON,  C  et  al.  SWllbirth  rates:  delivering  esWmates  in  190  countries.  Lancet  2006,  367:1487-­‐1494.  VARDANEGA  et  al.  Fatores  de  Risco  para  NaWmortalidade  em  um  Hospital  Universitário  da  Região  Sul  do  Brasil.  Revista  Brasileira  de  Ginecologia  e  Obstetrícia  2002;24:  617-­‐22  .