Post on 25-Sep-2020
ISSN 2176-1396
CÓDIGO ALFABÉTICO E SITE EDUCACIONAL
Sandra Lúcia Pacheco de Almeida Costa Souza1 - ITA/ ECMF
Eixo – Alfabetização, Leitura e Escrita
Agência Financiadora: Escola Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho (ECMF)
Grupamento de Apoio de São José dos Campos (GAP)
Resumo
As crianças que estão em processo de apropriação do sistema de escrita precisam estabelecer
uma correspondência entre as letras (os signos) e o significado (o que a escrita representa). Esta
pesquisa tem por objetivo verificar uma proposta metodológica com Site Educacional contendo
diversos materiais de apoio didático, que servem para ampliar as possibilidades de desenvolver
a capacidade cognitiva e motora. Os instrumentos e equipamentos necessários para desenvolver
a escrita e/ou alfabetização estão presentes nos diversos Objetos Educacionais Digitais (OED)
que armazenados no site podem contribuir com o professor no processo de construção do código
alfabético. O site foi testado no período de três anos consecutivos em três turmas de Educação
Infantil na faixa etária de 5 anos. Utilizou –se uma pesquisa descritiva e documental com
abordagem na vida real e observação no laboratório de informática e sala de aula. Foi percebido
que a criança de hoje são nativas digitais e de uma geração Touch Screen com facilidade no
manuseio de tablet, smartphone e computador, além de demonstrarem grande interesse por
projeções, devido as articulações sonoras, cores e movimentos que atraem e encantam este
público infantil. Dentro da proposta foi trabalhado um paralelo entre uma abordagem virtual e
digital e atividades de procedimentos para domínio da leitura e escrita no modelo tradicional
no uso de lápis, folha e caderno de registros, visto que as escolas encontram-se em transição e
adaptação com as novas tecnologias e as mídias. Esta pesquisa contribui para um ensino
inovador na alfabetização com tecnologia digital no uso frequente na sala de aula apoiado com
estratégias de representação da linguagem humana.
Palavras-chave: Alfabetização. Site Educacional. Tecnologia Digital.
1 Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional pela UNITAU. Professora do Ensino Básico Técnico
Tecnológico (ITA/ECMF). Realiza estudos sobre Objetos Educacionais Digitais para o Ensino Básico (ITA)
E-mail : san_lise@yahoo.com.br
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Introdução
Grandes pensadores no decorrer da história do pensamento pedagógico trazem ideias,
conceitos e uma abordagem de ensino que contribuem para conquistas no ensino e
aprendizagem.
O pensamento de alguns filósofos e estudiosos da aprendizagem humana como Jean
Piaget, Lev Vygotsky, Howard Gardner, Emília Ferreiro e outros, estão presentes na formação
dos professores, principalmente no âmbito do processo de construção do código alfabético, fase
de sumária importância para uma melhor atuação na educação futura.
Por trás do trabalho de cada professor há uma metodologia adquirida em sua formação
básica e na proposta metodológica seguida pela escola que realiza sua docência, o que
influência sua atuação e planejamento educacional.
Os estudiosos anteriores a geração Touch Screen (geração nascida em um mundo com
estímulos virtuais e digitais), realizaram suas pesquisas em uma época que o contexto de mundo
tinha diferentes culturas, valores, hábitos e tecnologia. Hoje com novas abordagens e mudanças
culturais, as escolas devem se apropriar destes conhecimentos e provocar nos professores
reflexões de abordagem na prática, dentro de um novo contexto de ações que esta nova geração
solicita.
Ao investigar a construção do código alfabético na Educação Infantil, esta pesquisa traz
uma proposta com o uso de mídias digitais e uma pedagogia de trabalho com o Site Educacional
que com armazenamento de material didático digital, oferece uma série de possibilidades de
trabalho que apresenta para a criança um campo de possibilidades que o mundo de acesso a
informática e mídias pode propor. Esta mesma proposta, poderá ser ampliada aos conteúdos
dos alunos de outras etapas do ensino básico.
O ensino vem evoluindo em conceitos e propostas pedagógicas, mas na sala de aula os
recursos permanecem tradicionais no uso da tecnologia com lousa com apoagador e giz,
caderno, lápis, borracha e canetas.
A proposta pedagógica dividiu entre um pensamento tradicional e o moderno no
decorrer do tempo, mas ambas continuam associadas há um ambiente de sala de aula nas
perspectivas do século XIX que incorporaram o uso de mobiliário, material escolar e escrita do
professor na lousa com giz, pontos de reflexão na geração da atualidade que encontram em suas
residências e ambiente, maiores estímulos.
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Reinventando uma nova proposta metodológica de ensino e aprendizagem esta pesquisa
faz referência as crianças que estão em processo de apropriação do sistema de escrita e precisam
estabelecer uma correspondência entre as letras (os signos) e o significado (o que a escrita
representa). O objetivo é de verificar um modelo de Site Educacional contendo diversos Objetos
Educacionais Digitais (OED) que servem de materiais de apoio didático com possibilidades de
desenvolver a capacidade cognitiva e motora das crianças com maior estímulo.
O site foi elaborado por pofessores e testados em turmas no processo de contrução do
código alfabético podendo ser acessado em lousa interativa, tablet, smartphone que são
recursos que a criança de hoje, nativas digitais e de uma geração Touch Screen, tem facilidade
no manuseio e interesse com estes novos recursos que a educação da atualidade pode oferecer.
Deparamos nesta pequisa com uma transição entre o ensino já existente e uma nova
abordagem que poderá surgir. No decorrer desta transição, se analisa os resultados da vida real,
que presentes em um laboratório de informática e sala de aula, as crianças discutem a construção
de suas hipóteses sobre a escrita, fazendo uso de ferramentas digitais e virtuais.
A proposta aqui apresentada contribui para o ensino e aprendizagem do período de
construção do código alfabético bem como na reflexão de uma nova metodologia de trabalho
que reinventa novos materiais de uso do professor e aluno na cultura de novas tecnologia
presentes na atualidade.
Referencial Teórico
O Referêncial Curricular Nacional de Educação Infantil (RCNEI) elaborado em 1998,
faz referência do eixo de Linguagem Oral e Escrita e que a aprendizagem desta linguagem é
um dos elementos importantes para a inserção nas diversas ações da sociedade. Acrescenta
ainda que este eixo é básico na Educação Infantil, devido a sua importância para a interação
com as outras pessoas e na construção dos conhecimentos e desenvolvimento do pensamento.
Souza ( 2015) pesquisa a importância da autoeficácia docente para o uso da tecnologia
digital e virtual e da necessidade de uma formação contínua de modo que os professores
apropriem de uma metodologia do uso de TIC no ensino e possam fazer uso para um melhor
desempenho dos alunos. Observa ainda que é preciso um ambiente adequado para aplicação
deste trabalho e que cabe aos gestores educacionais oferecerem sustentabilidade para esta
proposta, gestão do conhecimento e inovação tecnológica.
Portanto esta etapa de construção do código alfabético deve constituir aprimoramento
gradativo dos professores, respeitando a individualidade e desenvolvimento de cada criança em
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particular, pois é possível perceber a variedade de hipóteses que as crianças constroem e suas
diferenças relacionadas ao contato com o mundo predominante de um ambiente letrado. Em
épocas passadas não existiam tantos slogans, gibis, livros interativos, folders, planfletos, painel
de LED (diodo emissor de luz), trazendo o acesso da criança em um novo mundo da linguagem
que amplia seu universo de imagens, sons e letras.
A educação infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem
da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui
em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão
e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada
ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro
competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. (RCNEI,
MEC/SEF, 1998, p. 117).
Com o papel social que as ferramentas tecnológicas digitais oferecem ao mundo
globalizado, o professor que atua com as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)
depara com uma nova linguagem que traz oportunidades que necessitam de adaptações e
monitoramento para serem mediadas com qualidade.
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (DCNGEB) de 2013,
faz referência as necessidades da interatividade virtual para o desenvolvimento das linguagens.
As tecnologias da informação e comunicação constituem uma parte de um contínuo
desenvolvimento de tecnologias, a começar pelo giz e os livros, todos podendo apoiar
e enriquecer as aprendizagens. Como qualquer ferramenta, devem ser usadas e
adaptadas para servir a fins educacionais e como tecnologia assistiva; desenvolvidas de
forma a possibilitar que a interatividade virtual se desenvolva de modo mais intenso,
inclusive na produção de linguagens. Assim, a infraestrutura tecnológica, como apoio
pedagógico às atividades escolares, deve também garantir o acesso dos estudantes à
biblioteca, ao rádio, à televisão, à internet aberta às possibilidades da convergência
digital (BRASIL, DCNGEB, 2013, p.25
Observa-se a importância de superar conceitos enraizados criticos e estáveis para uma
nova abordagem, que aproxima o uso dos recursos da TIC que estimulam novos métodos
didático- pedagógicos no cotidiano escolar “O conhecimento científico e as novas tecnologias
constituem-se, cada vez mais, condição para que a pessoa saiba se posicionar frente a processos
e inovações que a afetam” (BRASIL, DCNGEB, 2013, p.26).
Uma interessante contribuinte do processo de alfabetização é Emilia Ferreiro,
psicolinguista argentina, orientada por Jean Piaget, que pesquisou a Psicogênese da Lingua
Escrita e junto com Ana Teberosky, publicaram um livro em 1986, que trata o assunto referente
ao fato da criança passar por quatro fases até que esteja alfabetizada: Pré – silábica (não
relaciona as letras com os sons); Silábica (interpreta a letra a sua maneira e atribui valor de
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sílaba a cada uma delas); Silábica-alfabética (mistura a hipótese anterior com a identificação
de algumas sílabas) e a Alfabética que descobrem o valor das letras e das sílabas. Este
conhecimento serve para o professor refletir sobre as hipóteses de construção do conhecimento
da criança e saber avaliá-la.
A escrita pode ser concebida de duas formas muito diferentes e conforme o
modo de considerá-las as consequências pedagógicas mudam drasticamente.
A escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como
um código de transição gráfica das unidades sonoras (FERREIRO, 2013, p.8).
Alguns estudos demoram acesso aos professores, sendo estes necessários na sua
formação, um exemplo é de Howard Gardner, psicólogo americano, que em 1994 trouxe a
Teoria das Inteligências Múltiplas, que inovou o conhecimento da inteligência, trazendo sete
delas: Lógico-matemática (capacidade de analisar e resolver problemas com lógica);
Linguística ( habilidade com a linguagem oral e escrita); Espacial ( capacidade de reconhecer
e manipular uma determinada situação); Físico-cinestésica (potencial de usar o corpo para
resolver algumas questões); Interpessoal (capacidade de entender as intenções e desejos dos
outros); Intrapessoal (capacidade de conhecer a si mesmo e alcançar seus objetivos), Musical
(capacidade de atuação, apreciação e composição).
Uma inteligência não é um estilo de aprendizagem. Os estilos são modos como
os indivíduos tacitamente abordam uma ampla gama de tarefas. Uma
inteligência é uma capacidade computacional cuja força varia entre indivíduos.
As pessoas não nascem com uma determinada quantidade de inteligência que
servirá como uma espécie de limite. Cada um de nós tem potenciais dentro do
aspectro de inteligência. Os limites de realização desses potenciais dependem
da motivação, da qualidade do ensino, dos recursos disponíveis e assim por
diante (GARDNER, CHEN e MORAN, 2009, p. 21).
Ao observar os estudos da aprendizagem e da construção de conhecimentos sobre a
escrita, percebe-se da importância do professor propor e mediar atividades que favoreçam a
reflexão e o potencial de seus alunos. Atividades que no perfil de crianças da geração Touch
Screen deve ser dinâmica, motivadora e repleta de possibilidades, pois o mundo contemporâneo
oferece muitas mídias e disponibilidades para estratégias didáticas. O professor poderá criar
possibilidades para que o aluno avance em suas capacidades e desenvolvendo suas
potencialidades.
Segundo Coelho e Pisoni ( 2012), o psicólogo russo Lev Vygotsky tratava da interação
social e uso de signos e ferramentas que valorizam a linguagem. Acreditava que
desenvolvimento ocorre com a influência das experiências e da interação indivíduo com o seu
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meio. Sua teoria influenciou a educação quando se referiu a zona de desenvolvimento proximal,
que é a distância do que se consegue realizar sozinho (desenvolvimento real) com o que se pode
realizar com a ajuda de alguém (desenvolvimento potencial).
De acordo com Vygotsky (2008) todas as atividades cognitivas básicas de uma pessoa
acontece de acordo com sua vivência social, história de vida que se constitui no produto do
desenvolvimento histórico-social de sua comunidade. As habilidades cognitivas e as formas de
estruturar o pensamento são resultados das práticas e dos hábitos adquiridos na cultura.
Nesta visão da importância da experiência que verifica a necessidade da criança
vivenciar o contato interativo com as ferramentas digitais e um Site Educacional, este com
conteúdos bem selecionados ao público infantil e com metas de ensino e aprendizagem. Neste
manuseio frequente no começo da proposta, ela precisa de apoio e mediação, mas com as
habilidades já presentes em sua capacidade, logo domina, ganha autonomia e até chega a ensinar
seus mestres.
Em sua pesquisa, Caetano (2010) comenta a epistemologia genética de Jean Piaget que
explica as estruturas cognitivas do ser humano. Apresenta em seu artigo a teoria do
conhecimento que define a perspectiva que o sujeito passa de um conhecimento menor anterior
para um nível de maior conhecimento, que este constrói seu conhecimento na ação e adaptação
ao meio.
Esta definição de Piaget que foi base também para Emília Ferreiro, traz sempre a
reflexão, mesmo diante do passar do tempo e de novas gerações que somos seres que
precisamos interagir com o mundo e adaptar as mudanças e novas culturas, que também
construímos nossos conhecimentos a partir de nossas ações, partindo de um conhecimento
menor para um maior, o que não difere quando Vygotsky apresenta a Zona de Desenvolvimento
Proximal, pois de uma maneira ou outra, precisamos de mediação para a construção de
conhecimentos, dependemos socialmente uns dos outros e só iremos evoluir e inovar quando
estivermos dispostos a buscar os conhecimentos.
Hoje temos um mundo virtual e digital interagindo com as crianças, elas avançam por
serem curiosas e oportunizarem seus conhecimentos, talvez, professores e gestores
educacionais precisem aprender a ousar como os pequenos, interagindo com as mídias e
verificando as possibilidades de uma nova proposta metodológica nas escolas.
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Metodologia
A metodologia aplicada permitiu analisar o uso de ferramentas digitais na Educação
Infantil e com crianças em processo de construção do código alfabético. Foi utilizado um Site
Educacional com diversos materiais didáticos digitais que oportunizaram a apropriação do
alfabeto, escrita do próprio nome e evolução das hipóteses sobre a construção de palavras.
Esta pesquisa descritiva e documental consistiu em investigar com finalidade de
delineamento e análise dos fatos apresentados no decorrer das atividades propostas com o Site
Educacional nas aulas de Linguagem Oral e Escrita e com um trabalho interdisciplinar, a
evolução dos alunos nas Linguagens: Oral, Pictórica e Escrita. Foram registradas fotos durante
o processo de pesquisa e registro no portfólio da escola servindo como fonte documental do
trabalho executado.
Foi utilizada uma abordagem de observação na vida real, que segundo Marconi e
Lakatos (2007) são observações feitas no ambiente real, registrando-se os dados à medida que
surgirem de forma espontânea. Também foi realizada na forma de observação em laboratório,
que dento das análises de atividades propostas no laboratório de informática e sala de aula,
pode descobrir a ação e a conduta dos alunos na aplicação dos conteúdos com o Site
Educacional.
Os dados analisados servem de reflexão para professores alfabetizadores e de uma nova
abordagem de ensino e aprendizagem dos signos linguísticos com recurso de Tablet,
Smartphone, computador e lousa interativa.
Resultados
É possível integrar todas as atividades necessárias da Educação Infantil e séries iniciais
( Fundamental 1) em um trabalho paralelo entre a forma tradicional de ensino com a
necessidade de caneta, lápis e caderno com a Tecnologia Digital.
A metodologia apresentada nesta pesquisa, baseia-se numa nova concepção que tem
como base as observações realizadas no período de três anos com três turmas em processo de
construção do código alfabético.
As observações realizadas no laboratório de informática e sala de aula do trabalho com
Site Educacional contendo diversos materiais didáticos digitais sustenta a possibilidade que os
recursos com o Tablet, Smartphone, lousa interativa e projetor podem melhorar o trabalho
pedagógico e aprendizagem dos alunos na construção de suas linguagens.
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As ferramentas tecnológicas associadas ao uso de um site contendo os conteúdos podem
desenvolver nos alunos que a utiliza com frequência as habilidades que permitem a evolução
de suas hipóteses na escrita bem como nas demais linguagens oral e pictórica.
A tecnologia digital utilizada no processo de alfabetização estimula as inteligências das
crianças e auxilia o professor a atingir seus objetivos com maior alcance. Ao avaliar o aluno
neste processo é possível perceber sua motivação e o quanto amplia suas possiblilidades com
as mídias digitais, pois enriquece o vocabulário e o repertório de imagens além do contato
permanente com o universo letrado apresentado nas mídias digitais.
O cenário encontrado no Site Educacional proporciona diversas possibilidades em
tempo real o que favorece diversos recursos ao professor e alunos no ensino e aprendizagem da
função da escrita e de como decifrar o código alfabético.
Nesta proposta existe a possibilidade de aprendizagem através de jogos, leitura de livros
digitais, atividades de preenchimento palavras, de complemento de letras, além de acesso a
vídeos e músicas que oferecem possibilidades de trabalho com a tipologia textual.
Figura 1: Escrita de palavras: uso do site no processo interativo com jogos.
Fonte: Fotos do Portfólio da Escola Casimiro Montenegro Filho/ DCTA, 2017.
Atividade com a letra da música “A Árvore da Montanha” e trabalho realizado de leitura
e escrita fazendo uso dos recursos tradicionais de caneta e papel e da tecnologia de mídias com
o Site Educacional (letra da música, canto, imagens e nomes), reunidos em um livro digital.
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Figura 2 : Repertório de imagens: uso da linguagem pictórica
Fonte: Portfólio da ECMF / DCTA , 2017.
Na sequência de trabalho que se propõe leitura e memorização do texto literário, depois
análise de palavras que se tornam estáveis para os alunos acompanhadas de representação
através do desenho em uma forma de linguagem, as crianças escrevem, lêem e registram as
informações depois da pesquisa realizada no Site Educacional no laboratório de informática.
As crianças tendem a desenhar com os modelos estereotipados, mas quando observam
imagens do mundo real através do site e via internet podem analisar, cada um com sua
capacidade pessoal, criar e reinventar sua própria linguagem pictórica do que deseja representar.
Observa-se que além da linguagem oral, escrita e pictórica nasce uma nova linguagem
oferecida pelas novas tecnologias, que ao acessarem o site e manuseá-lo precisam de uma
linguagem das simbologias e dos dígitos, uma linguagem digital.
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Figura 3 : Observação e debate em grupo das hipoteses da escrita no texto.
Fonte: Portfólio da ECMF / DCTA , 2017.
Após trabalho com o texto, escrita e desenho eles debatem algumas hipóteses, pesquisam outras
informações na internet e realizam uma proposta de reescrita utilizando de outros vocabulários
para representar o novo texto, com acesso permanente começam a dominar a linguagem digital.
Figura 4 : Extensão do trabalho do laboratório com uso do Tablet e Site Educacional
Fonte: Registro no Portfólio da ECMF / DCTA, 2017.
Com o uso de Tablet’s as crianças acessam livros digitais, informativos, textos literários
e jogos com possibilidades diversas que favorecem a memorização e escrita digital de palavras.
Nota-se que há diversas possibilidades que o professor, ao fazer uso desta linguagem
digital e propor desafios, poderá obter de resultados na construção dos conhecimentos e
soluções de problemas observados pelas crianças.
Figura 5: Página do site com acesso a Linguagem Oral e Escrita
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Fonte: Site do ITA: www.fis.ita.br/sandra
O Site é apresentado aos pais, aos alunos e professores no início do ano e serve de
material de apóio didático nas aulas previamente planejadas com objetivo de propor contato da
criança com o universo letrado e de desvendar com suas capacidades o código alfabético.
Figura 6: Imagem do Site Educacional elaborado em 2016.
Fonte: Registro de Portfólio da Escola Casimiro Montenegro filho, 2016.
Figura 7: Imagem do Site Educacional elaborado em 2017
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Fonte: Portfólio da escola ECMF/ DCTA , 2017.
Discussão
Nesta pesquisa foi observado que no início as crianças precisaram de ajuda para
manipular o mouse e acessar o site no computador, bem como a preparação no acesso do site
no tablet para poder explorar os materiais apresentados.
No decorrer do uso começaram a dominar e criar autonomia para o acesso e opção de
jogos e atividades, o que demonstra que como não há um hábito nas escolas com uso de
Tecnologia da Informação e Comunicação o acesso as ferramentas no começo passa a ser um
desafio nas atividades oferecidas e interação professor e aluno. Ao mesmo tempo, com as
habilidades das crianças com estas ferramentas fora do ambiente escolar, faz com que logo
dominem e manipulem de acordo com suas metas, chegando muitas vezes a orientar o próprio
professor, com domínio admirável de uma linguagem de simbologias e dígitos.
Esta observação retrata bem o pensamento de Vygotsky que acreditava que
desenvolvimento ocorre no seu modelo da zona de desenvolvimento proximal, no início com
apoio e depois com continuidade ao processo.
Após apropriação memorizam as técnicas dos jogos e manuseio dos livros e
informações, sendo capazes de reproduzi-las em grupo ou individualmente.
Foi verificado que houve evolução das hipóteses da escrita de quando iniciaram sem o
hábito de estudo no Site Educacional e depois do uso contínuo em todas as atividades
apresentadas de forma interdisciplinar e algumas com ligações ao projeto institucional.
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O desenvolvimento das hipóteses da escrita, foram avaliadas de acordo com a teoria de
Emília Ferreiro na construção do código alfabético pela criança.
Nas atividades propostas com as ferramentas digitais observou a inteligência dos alunos,
sendo que a cada ano de pesquisa e por turma havia uma criança diagnosticada com Autismo
e foi percebido nelas um grande interesse no uso do Tablet e aprendizagem do que era oferecido
dentro do planejamento do professor. Neste contexto observa-se as Inteligências Multiplas de
Gardner, que cada um tem a sua potencialidade.
Considerações Finais
O professor pode despertar o interesse de seus alunos da geração Touch Screen com os
recursos que a mídia digital pode oferecer.
Com novos meios que o Tablet, Smartphone, computador e lousa interativa podem
propor como recurso e estratégias na sala de aulae que é possível oferecer uma ambiente
alfabetizador mais rico em possibilidades que desenvolvem as Linguagens: oral, pictórica e
escrita e crie meios para uma nova linguagem digital.
Percebe-se que o ensino e aprendizagem é um processo de aperfeiçoamento e
amadurecimento constante. Que depende do aluno elaborar suas próprias certezas e evoluir na
construção de seus conhecimentos, mas que cabe ao professor ser o mediador desta
aprendizagem e que através dos recursos encontrados na mídia digital poderá oferecer meios e
estímulos para que este processo de construção do código alfabético ocorra de maneira mais
motivadora e enriquecedora para as crianças.
Observa-se muita resistência de alguns professores em se adaptar a esta nova proposta
e de saber manusear tais recursos o que cabe a gestão educacional propor formação para a
aplicação desta nova abordagem metodológica e desenvolver a autoeficácia docente.
Com intenção de inovação no ensino e de desenvolvimento tecnológico nas unidades de
ensino sugere uma continuidade deste estudo e experiências com o uso do Site Educacional na
prática de crianças na Educação Infantil e séries iniciais do Fundamental.
As experiências vividas pelos alunos e professores podem contribuir para um melhor
desempenho do processo de alfabetização bem como estimular o avanço da criança em sua
linguagem oral e pictórica.
Vale a reflexão de que o ensino só irá mudar quando surgir propostas desafiadoras que
contemplam a época e as necessidades do presente e que qualquer nova metodologia de trabalho
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exige uma formação continuada para um bom desempenho dos resultados e credibilidade no
mesmo.
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