Post on 31-Jul-2018
Os materiais, necessários à
manutenção, aos serviços
administrativos e à produção de bens
e serviços, formam grupos ou
classes que comumente constituem
a classificação de materiais.
Podem ser classificados de diversas
formas, seja em relação à sua
aplicabilidade dentro da
organização, ao tempo de duração
ou a outro critério desejado.
Profa: Nazaré Ferrão
A Classificação e sua Importância........
.............. é um procedimento necessário a fim de racionalizar o controle de materiais em estoque
............trata-se de um procedimento de aglutinação de materiais por características semelhantes, servindo de informação gerencial do administrador de materiais que se torna capaz de voltar sua atenção a determinada(s) categoria(s) de material(is), em vez de tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de materiais.
............ sem uma classificação de materiais bem definida, seria quase impossível o gestor de materiais administrar seus estoques.
…………ao classificar itens de materiais visa-se prover informação gerencial ao tomador de decisão, tornando possível elencar prioridades e estabelecer rotinas operacionais eficientes.
Profa: Nazaré Ferrão
CLASSIFICAR...........
........ é agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso etc, para não ser confundido com outro e gerar confusão,
........ deve ser feita de maneira que cada gênero de material ocupe seu respectivo local.
,,,,,,,,,,ordenar segundo critérios para que não ocorra a dispersão no espaço e alteração na qualidade.
Profa: Nazaré Ferrão
Para Viana (2000) são três os atributos de um bom sistema de classificação:
Praticidade
Deve ser
simples e
direta, sem
demandar do
gestor
procedimentos
complexos
Abrangência
A classificação deve
abordar uma série
de características dos
materiais de forma
abrangente. Aspectos
físicos, financeiros ,
contábeis , o foco é a
apresentação de
diversas facetas de
um item de material
(dimensão, forma,
acondicionamento.)
Flexibilidade
Sistema flexível é aquele que
permite interfaces entre
diversos tipos de
classificação, de modo a
obter uma visão ampla da
gestão de estoque. Refere-se
a comunicação entre os tipos
de classificação, bem como a
possibilidade de adaptar e
melhorar o sistema de
classificação sempre que
desejável
Profa: Nazaré Ferrão
Classificar...........
...........é definir uma catalogação,, especificação,
normalização, padronização e codificação de todos os
materiais componentes do estoque da empresa.
catalogação
simplificação
especificação
normalização
padronização
Codificação
Profa: Nazaré Ferrão
Catalogação...........
....... é o arrolamento de todos os
itens de material existentes em
estoque, permitindo uma ideia geral do
conjunto.
........ consiste em ordenar, de forma
lógica, todo um conjunto de dados
relativos aos itens identificados,
codificados e cadastrados, de modo a
facilitar a sua consulta pelas diversas
áreas da empresa. .
........ Simplificar material é, por exemplo, reduzir a grande
diversidade de um item empregado para o mesmo fim. Profa: Nazaré Ferrão
Simplificação...........
....... é a redução da diversidade de
itens de material em estoque que se
destinam a um fim idêntico.
........ Caso existam dois itens de
material que são empregados para a
mesma finalidade, com o mesmo
resultado – indiferentemente, opta-se
pela inclusão no catálogo de materiais
de apenas um deles.
.
........ É uma etapa que antecede a padronização. Da mesma
forma, podemos dizer que a simplificação favorece a
normalização. Profa: Nazaré Ferrão
Identificação ou especificação...........
....... é a descrição minuciosa do
material possibilitando sua
individualização em uma linguagem
familiar ao mercado.
........ possibilita melhor entendimento
entre consumidor e o fornecedor
quanto ao tipo de material a ser
requisitado.
Profa: Nazaré Ferrão
Normalização ........... ....... estabelecimento de normas técnicas para os itens de
material em si, ou para seu emprego com segurança.
.........é necessária para a consecução da padronização
em sua completude.
..........A entidade oficial de normalização no Brasil é a
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
........ possibilita melhor entendimento entre consumidor e
o fornecedor quanto ao tipo de material a ser requisitado.
Profa: Nazaré Ferrão
Padronização ........... ........ uniformização do emprego e do
tipo do material.
.........facilita o diálogo com o mercado,
o controle e permite a
intercambialidade de sobressalentes
ou demais materiais de consumo
(peças, cartuchos de impressoras
padronizadas, bobinas de fax etc.);
Profa: Nazaré Ferrão
Codificação ........... ........ atribuição de uma série de
números e/ou letras a cada item de
material, de forma que essa
informação, compilada em um único
código, represente as características
do item.
…….cada item terá, assim, um único
código.
Profa: Nazaré Ferrão
........ Dessa maneira, é por meio da
classificação que os itens em estoque
são agrupados segundo determinados
critérios, sejam eles peso, forma,
dimensões, tipo, uso etc.
…….. O resultado é a otimização dos controles de estoque,
dos procedimentos de armazenagem e da operacionalização
dos almoxarifados (locais de armazenagem dos itens de
material, na organização).
b) Materiais não-estocáveis
São aqueles não destinados à estocagem e que não são críticos para
a operação da organização; Por isso, seu ressuprimento não é feito
automaticamente. Sua aquisição se dá mediante solicitação dos
setores usuários, e sua utilização geralmente é imediata.
1 - Quanto á sua Estocagem ou por Demanda
a) Materiais estocáveis
São aqueles que devem existir em estoque
e para os quais serão determinados
critérios de ressuprimento, de acordo com a
previsão de consumo.
Profa: Nazaré Ferrão
1 - Quanto À Sua Estocagem .
c) Materiais de estocagem permanente
São materiais mantidos em nível normal de
estoque, para garantir o abastecimento ininterrupto
de qualquer atividade. Aconselha-se o sistema de
renovação automática.
d) Materiais de estocagem temporária
Não são considerados materiais de estoque e por
isso são guardados apenas durante determinado
tempo, até sua utilização.
Profa: Nazaré Ferrão
2 - Quanto sua Aplicação
a) Materiais de consumo geral
São materiais que a empresa utiliza em
seus diversos setores, para fins diretos
ou indiretos de produção.
b) Materiais de manutenção
São os materiais utilizados pelo setor
específico de manutenção da
organização.
Profa: Nazaré Ferrão
Por Aplicação na Organização (mantidos no almoxarifado)
TIPO DEFINIÇÃO EXEMPLO
MATÉRIA-PRIMA
Substância que toma parte no processo de
produção, incorporando fisicamente o
produto final.
Madeira, na indústria de
móveis.
MATERIAL EM
PROCESSAMENTO
Material que está transitando pelas diversas
etapas do processo produtivo.
Preparação de tintas para
pintura, na indústria de tinta
MATERIAL
SEMIACABADO
É aquele que se encontra já na etapa final
do processo produtivo (mais adiantado do
que o material em processamento), mas
ainda não é produto acabado.
Tecido em secagem, na
indústria têxtil (após
tingimento, por exemplo).
MATERIAL ACABADO
(OU PRODUTO
INTERMEDIÁRIO)
É o produto que tomará parte no produto
final, sem que haja alteração em suas
propriedades químicas ou físicas. Pode ser
adquirido de outra organização, ou
fabricado internamente.
Bancos de carro, na
indústria automotiva.
PRODUTO FINAL OU
ACABADO
É aquele que representa o objetivo final da
organização, estando pronto para
comercialização.
Cadeiras, para a indústria
de móveis.
MATERIAL AUXILIAR
É utilizado no processo de produção/
fabricação, sem que se incorpore ao
produto final. Vai desde o material de expediente utilizado (papel,
caneta), até ferramentas, além dos materiais por
ventura consumidos - como combustíveis (óleo
diesel, gasolina, carvão etc.).
Canetas, resmas de papel
A4, toner etc.
Profa: Nazaré Ferrão
3– Possibilidade de Fazer Compra
• Materiais a serem produzidos internamente.
• Materiais a serem adquiridos
• Materiais a serem recondicionados (recuperados internamente)
• Materiais a serem produzidos ou adquiridos
(depende da análise caso a caso da organização)
Profa: Nazaré Ferrão
3– Possibilidade de Fazer Compra
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Independência de
terceiros;
• Maiores lucros
• Manutenção de segredos
sobre tecnologias próprias
• Perda de flexibilidade (a
empresa fica
“engessada”);
• Maior investimento
(maiores custos).
• Garantia de flexibilidade à
empresa;
• Menores custos (não há
despesa na criação de
estruturas internas)
• Perda de controle
tecnológico;
• Dependência de terceiros;
• Lucros menores
VERTICALIZAÇÃO
HORIZONTALIZAÇÃO
Profa: Nazaré Ferrão
4 – Por Periculosidade
Materiais perigosos são aqueles
que oferecem risco, em especial
durante as atividades de manuseio
e transporte.
Nesta categoria, estão inseridos os
explosivos, líquidos e sólidos
inflamáveis, materiais radioativos,
corrosivos, oxidantes etc.
Profa: Nazaré Ferrão
5 – Por Perecibilidade
Trata-se de uma classificação que leva
em conta o desaparecimento das
propriedades físico-químicas do
material.
Gêneros alimentícios, vacinas,
materiais para testes laboratoriais,
entre outros, são considerados
perecíveis, já que estão sujeitos à
deterioração e à decomposição.
Profa: Nazaré Ferrão
A Classificação XYZ avalia o grau de criticidade ou de
imprescindibilidade do item de material nas atividades
desempenhadas pela organização. As classes são assim
definidas, conforme Mendes e Castilho (2009):
6 – Importância Operacional (Classificação XYZ)
Em Administração de Materiais,
há o conceito de materiais
críticos entendidos como
aqueles que são merecedores de
atenção especial do gestor, por
diversos motivos sejam eles
financeiros, operacionais, de
segurança, entre outros.
Profa: Nazaré Ferrão
4 – Importância Operacional (Classificação XYZ)
Classificação por importância operacional
CLASSE DEFINIÇÃO
Classe X
Materiais de baixa criticidade, cuja falta não implica
paralisações da produção, nem riscos à segurança pessoal,
ambiental e patrimonial.
Classe Y
Materiais que apresentam grau de criticidade intermediário,
podendo, ainda, ser substituídos por outros com relativa
facilidade.
Classe Z
Materiais de máxima criticidade, não podendo ser substituídos
por outros equivalentes em tempo hábil sem acarretar
prejuízos significativos. A falta desses materiais provoca a
paralisação da produção, ou coloca em risco as pessoas, o
ambiente ou o património da empresa. Profa: Nazaré Ferrão
6 – Importância Operacional (Classificação XYZ)
Em concordância com Viana (2000). as razões para a
consideração de materiais como críticos podem ser assim
listadas:
Razões econômicas - materiais de alto
valor, ou de custos significativos de
transporte e armazenagem.
Razões de armazenagem, manuseio e
transporte - materiais de alta
periculosidade, ou perecíveis, ou, ainda,
de elevados peso e dimensão.
Razões de planejamento - materiais de
difícil previsão de consumo, pela
organização. Profa: Nazaré Ferrão
8- Material Permanente versus Material de Consumo
A classificação ABC destina-se a categorizar os itens de
material por valor de demanda, ou seja, pelo valor
financeiro referente ao consumo do material, em
determinado período.
Os itens que respondem por maior
valor de demanda são ditos como
pertencentes à classe A, os de
menor, de classe C.
As especificidades dessa
classificação, bem como as
metodologias de cálculo é uma
ferramenta na gestão de estoque de
grande importância.
Profa: Nazaré Ferrão
8- Material Permanente versus Material de Consumo
A classificação de um bem como permanente ou de consumo
é, predominantemente, uma classificação contábil, pois é
referente à Natureza de Despesa, no âmbito do Sistema
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(SIAFI). De modo geral, podemos traçar as se definições:
Material de Consumo é aquele, em razão de seu
uso corrente , perde normalmente sua identidade
física e/ ou tem sua utilização limitada a dois
anos.
Material Permanente É aquele que, em razão de
seu uso corrente, não perde a identidade física,
mesmo quando incorporado a outro bem, e/ou
apresenta uma durabilidade superior a dois anos.
8- Material Permanente versus Material de Consumo
A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da
Fazenda, por meio do art. 3 de sua Portaria no 448/2002,
apresenta cinco condições excludentes para a
classificação de um bem como permanente. De acordo
com essa norma, é material de consumo aquele que se
enquadrar em um ou mais dos seguintes quesitos:
Durabilidade Fragilidade
Incorporabilidade Transformabilidade
Perecibilidade
Profa: Nazaré Ferrão
8- Material Permanente versus Material de Consumo
‘Art. 3° Na classificação da despesa serão adotados os seguintes
parâmetros excludentes, tomados em conjunto, para identificação do
material permanente:
I-Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem
reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de
dois anos;
II- Fragilidade , cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser
quebradiço ou deformável, caracterizando -se pela irrecuperabilidade
elou perda de sua identidade;
III- Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou
físicas) ou que se deteriora ou perde sua característica normal de uso;
IV-Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem,
não podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal;
V- Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação."
Profa: Nazaré Ferrão
Os CÓDIGOS atribuídos aos itens de material, depois de
efetuadas as etapa de sua classificação, podem ser de
três, a saber:
Alfabético = conjunto de letras que permite identificar o
item de material. Devido à limitação de letras e à
dificuldade de memorização, está caindo em desuso;
Alfanumérico = mescla números e letras para
representar o material;
Numérico = apenas números são utilizados na
identificação do item. Possui aplicação mais simples,
generalizada e ilimitada. É o mais indicado para a
classificação de materiais.
Profa: Nazaré Ferrão
Um bom sistema de codificação de materiais deve
apresentar alguns requisitos , assim discriminados:
Expansividade: deve suportar um aumento no rol de
sua classificação, esperado com o crescimento da
organização;
Unicidade: o código é a "chave primária" do item
de material. Isso significa que há apenas um código
para cada item;
Simplicidade: facilidade de compreensão e de uso;
Concisão: refere-se à objetividade do sistema;
Profa: Nazaré Ferrão
Um bom sistema de codificação de materiais deve
apresentar alguns requisitos , assim discriminados:
Operacionalidade: o uso do sistema de codificação
deve ser "prático e robusto no campo";
Confiabilidade: o sistema de codificação deve
assegurar a qualidade que dele se espera;
Versatilidade: possibilidade de adequação às mais
variadas aplicações; e
Padronização: existência de regras estruturadas na
codificação do item.
Profa: Nazaré Ferrão
Há três Sistemas de Codificação de Material:
Sistema de Codificação Decimal;
Sistema FSC (Federal Supply Classification):
Sistema CSSF (Chambre Syndicale de la Sidérurgie
Française).
Profa: Nazaré Ferrão
Sistema de Codificação Decimal
Sua origem foi na organização de bibliotecas, que empregava, a
Classificação Decimal Universal, a mais simples das
classificações, constituída de uma concatenação de grupos (ou
chaves aglutinadoras) numerados de 1 a 99.
A estrutura do código decimal é apresentada no esquema a
seguir:
01 – 01 - 123456
XX – XX - XXXXXX
Há três código : grupo – classe - identificação
Profa: Nazaré Ferrão
Sistema de Codificação Decimal
A estrutura do código decimal é apresentada no esquema a
seguir:
01 – 01 - 123456
XX – XX - XXXXXX
Código de identificação
Código de classe
Código de grupo
01 = Material de informática
02 = Material de refrigeração
03 = Material hidráulico
123456 = impressora jato de tinta 220...
01 = impressora
02 = computador
Profa: Nazaré Ferrão
Sistema de Codificação Decimal
A estrutura do código decimal é apresentada no esquema a
seguir: XX – XX - XXXXXX
Há três código : grupo – classe - identificação
O grupo é referente à distinção mais "macro" entre os materiais. Refere-
se, por exemplo, a categorias do tipo “material de informática" ou ,,material hidráulico". Sua numeração é compreendida entre 1 e 99.
A classe distingue materiais pertencentes a um mesmo grupo.
Impressora, computador, HD externo... são todos pertencentes ao grupo
"material de informática, mas apresentam classes distintas.
A identificação é alusiva a uma especificação mais individualizada do
item de material.
Profa: Nazaré Ferrão
Sistema FSC (Federal Supply Classification):
É um sistema desenvolvido pelo Departamento de
Defesa dos Estados Unidos para classificar todos os
materiais movimentados pelos diversos departamentos
do governo americano.
O código atribuído ao item, ao utilizarmos o FSC, é
denominado Federal Stock Number (FSN).
É composto de 11 algarismos, sendo estruturado em quatro
partes: grupo, subgrupo, classe e número de identificação.
Profa: Nazaré Ferrão
Sistema FSC (Federal Supply Classification):
É um sistema desenvolvido pelo Departamento de
Defesa dos Estados Unidos para classificar todos os
materiais movimentados pelos diversos departamentos
do governo americano.
O código atribuído ao item, ao utilizarmos o FSC, é
denominado Federal Stock Number (FSN).
É composto de 11 algarismos, sendo estruturado em quatro
partes: grupo, subgrupo, classe e número de identificação.
XX – XX - XXXXXXX
Profa: Nazaré Ferrão
Sistema FSC (Federal Supply Classification):
O código atribuído ao item, ao utilizarmos o FSC, é denominado Federal
Stock Number (FSN).
É composto de 11 algarismos, sendo estruturado em quatro partes: grupo,
subgrupo, classe e número de identificação
7520 - 123 - 4567
00 00 00000000
Código de grupo
Código de classe
Número de identificação
Sendo:
7520 Código de classe
234567 Número de identificação
7520.123.4567 FSN
FSN
Profa: Nazaré Ferrão
Sistema CSSF (Chambre Syndicale de la
Sidérurgie Française).
É um sistema francês de codificação (oito algarismos), que
classifica os materiais em normalizados e específicos:
Normalizados: materiais de ampla aplicação, não
sendo específicos a determinada máquina ou
equipamento (ex.: parafusos, lâmpadas, conectores
etc.);
Específicos: materiais com aplicabilidade restrita a
determinado equipamento (ex.: compressor para
geladeira Brastemp).
Profa: Nazaré Ferrão