Comunidade Lusófona

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Comunidade Lusófona

Jorge Janeiro

2013, Janeiro

Oeiras

1

ÍNDICE

Introdução…………………………………………………………………………………………………………………………..2

O que é a Comunidade Lusófona?..........................................................................................2

A língua portuguesa no Mundo……………………………………………………………………………………………4

Como se espalhou a língua portuguesa?................................................................................5

Comunidades Lusófonas……………………………………………………………………………………………………….6

Heranças Lusófonas………………………………………………………………………………………………………….….8

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa……………………………………………………………….….8

“Da CPLP à Comunidade Lusófona”………………………………………………………………………………………8

Nota do autor……………………………………………………………………………………………………………………….9

Nota biográfica…………………..………………………………………………………………………………...……………10

2

Introdução

A Comunidade Lusófona resulta de séculos de evolução. Historiadores houve que atribuíram as

origens de Portugal à Lusitânia. Outros encontraram explicações geográficas para Portugal.

Tanto uma explicação como outra não encontram fundamento na realidade. Portugal não é

homogéneo do ponto de vista geográfico e também não se consegue identificar o significado

de ser português na Lusitânia. Portugal resultou das disputas de poder entre os grandes

senhores do noroeste da Península Ibérica. Foi um incidente político cujas consequências

duram até hoje, pois, ao contrário das outras nações da “Ibéria”, Portugal continua

independente. Essa independência sustentou-se desde cedo na própria língua, cujas origens

remontam ao galaico-português. A Reconquista espalhou a língua portuguesa até ao Algarve,

enriquecendo-a com novos vocábulos. Os Descobrimentos levaram-na a todo o Mundo,

deixando-a de forma permanente noutros países e territórios.

O documento que vos apresento destina-se a dar a conhecer o produto dessas deambulações

da língua portuguesa no Mundo.

O que é a Comunidade Lusófona?

A Comunidade Lusófona consiste no conjunto de identidades culturais existentes em países,

regiões, estados, territórios ou cidades e em diversas comunidades e pessoas que, embora

dispersos por vários continentes, partilham o facto de serem falantes da língua portuguesa ou

de línguas derivadas do português.

Os países lusófonos, para dar expressão institucional aos laços culturais que os unem, criaram,

em 1996, a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), constituída por sete Estados-

membros (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e

Príncipe) a que depois se juntou Timor-Leste. O português é também língua oficial na Guiné

Equatorial, antiga colónia espanhola, que aspira aderir à CPLP. Por enquanto, esta beneficia do

estatuto de Observador Associado, tal como o Senegal e a ilha Maurícia.

Mas o português (e seus derivados) é também falado em: países como o Japão (Ásia), o Sri

Lanka (Ásia) e o Benim (África); regiões como a Galiza (Espanha) ou Macau (China); províncias

como Flores e Solor (Indonésia); estados como Goa (Índia); territórios como Damão e Diu ou

Dadrá e Nagar Aveli (Índia); e cidades como Malaca (Malásia).

O português é ainda falado pelas comunidades de emigrantes e de refugiados lusófonos que se

estabeleceram, sobretudo, nos seguintes países: Estados Unidos da América, Canadá,

Bermudas, Venezuela, Argentina, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Bélgica, Andorra,

Holanda, África do Sul, Namíbia, Congo, Zâmbia e Austrália.

O ensino obrigatório do português nos currículos escolares já ocorre no Uruguai e na

Argentina. Outros países onde o português é ensinado em escolas ou onde seu ensino está a

ser introduzido são: Venezuela, Zâmbia, Congo, Senegal, Namíbia, Suazilândia, Costa do

Marfim e África do Sul.

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O português é língua oficial em várias organizações internacionais (União Europeia, Mercosul,

Comunidade de Desenvolvimento da África Austral). Com cerca de 250 milhões de falantes, é a

quinta língua mais falada no mundo, a terceira mais falada nas Américas e a mais falada no

hemisfério sul da Terra.

Todavia, o facto de 4 em cada 5 falantes se encontrarem no Brasil tem impedido que o

português se torne uma língua universal e, por essa via, oficial na Organização das Nações

Unidas. Para além disso, apesar de oficial ou co-oficial em muitos países e territórios, o

português não é usado pela maior parte da população, como acontece em Macau ou na Guiné

Equatorial, onde tem uma utilização unicamente de foro administrativo.

Quadro 1: Número estimado de falantes do português no Mundo.

País/território N.º de habitantes

Brasil 190 755 799

Moçambique 20 366 795

Angola 15 116 000

Portugal 10 555 853

Galiza 2 762 198

Guiné-Bissau 1 520 830

Timor Leste 1 066 582

Guiné Equatorial 616 459

Macau 558 100

Cabo Verde 491 575

São Tomé e Príncipe 137 599

Emigrantes e refugiados 10 000 000*

Total 253 331 331

* Valor estimado.

O território dos países da Comunidade Lusófona perfaz, no seu conjunto, um total de 10 711

000 km2 de terras, o que equivale a 7,2 por cento da terra do planeta (148 939 063 km2),

espalhadas por quatro Continentes – Europa, América, África, Ásia. Na América do Sul é onde

se fala mais português, sendo o Brasil um país de dimensões continentais (quinto maior país

do mundo). África é o segundo continente onde mais se fala português, havendo seis países

onde o português é língua oficial e múltiplas comunidades de origem lusófona. A Europa surge

em terceiro lugar, havendo somente um país (Portugal) onde a língua oficial é o português e

uma região (Galiza) com uma língua lusófona, o galego1. Na Ásia o português é língua co-oficial

num país (Timor Leste) e num território (Macau) havendo ainda comunidades na Índia, no Sri

Lanka, na Malásia e na Indonésia onde se fala português ou crioulo.

1 A inclusão da Galiza na lusofonia não é unânime devido ao facto de o galego ser hoje visto como uma

língua per si. Todavia, a separação das línguas é relativamente recente, sendo o português e o galego variantes do galaico-português, falado até há poucas centenas de anos. A proximidade entre o galego e o português leva-nos a incluir o galego no âmbito da Comunidade Lusófona, como expressão da própria heterogeneidade de culturas inseridas neste conceito mais amplo.

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Quadro 2: Dimensão dos países e territórios da Comunidade Lusófona.

País/território KM Quadrados

Brasil 8 514 876

Angola 1 246 700

Moçambique 801 590

Portugal 92 090

Guiné-Bissau 36 544

Galiza *29 574

Guiné Equatorial *28 051

Timor Leste 14 874

Flores e Solor *14 450

Cabo Verde 4 033

Goa *3 702

São Tomé e Príncipe 1 001

Dadrá e Nagar Aveli *487

Damão e Diu *112

Macau *29

Total 10 711 000

* Apesar de constituírem entidades político-administrativas não contam para o total. Este inclui apenas o território

dos países de língua oficial portuguesa.

A língua portuguesa no Mundo

A língua portuguesa, também designada de português, é uma língua proveniente do Latim. Os

especialistas caracterizam-na como românica flexiva, associando-a ao galaico-português,

falado no Reino da Galiza (século XI), que à altura incluía o Norte de Portugal. A criação do

Condado Portucalense, em 1095, viria a separar a Galiza dos territórios mais a sul, que

ganhariam o estatuto de reino independente a partir de 1139. Essa divisão iria trazer

consequências linguísticas, pois, enquanto a Galiza viu o seu território estabilizar, Portugal foi-

se expandindo para o sul até expulsar os Mouros definitivamente em 1249. Foi também a sul

que Portugal fixou a sua capital, Lisboa. Enquanto a Galiza continuou subjugada aos intentos

de Castela e Leão, mais tarde designada de Espanha, Portugal aventurou-se pelos mares,

dominando vastos territórios e encetando contactos com inúmeros povos além-mar. O

contacto com outras culturas foi dando novas palavras e novas expressões ao português

enquanto o galego se iria aproximando do castelhano de forma paulatina.

Durante a Era dos Descobrimentos os marinheiros, os soldados, os missionários e os

comerciantes portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi

seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, a

língua portuguesa dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja

língua primária é o português. Mas o idioma é também largamente utilizado como língua

franca nas antigas colónias portuguesas de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e

São Tomé e Príncipe, todas em África. A Guiné Equatorial também adotou o português como

língua oficial. Além disso, por razões históricas, também se encontram falantes do português

ou crioulo em Macau, Malaca, Timor-Leste, Flores, Benim, Goa, Damão e Diu.

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O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais

conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de “Os Lusíadas”) ou como

"a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto “Língua Portuguesa”, do escritor brasileiro

Olavo Bilac). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e

agradável".

Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi

fundado em São Paulo, Brasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo

o mundo.

Fig. 1: A língua portuguesa no Mundo.

Como se espalhou a língua portuguesa?

A disseminação da língua portuguesa está fortemente associada à expansão ultramarina de

Portugal desde a tomada de Ceuta, em 1415, até à independência de Timor, em 2002. A

generalidade dos países e territórios onde se fala português têm em comum o facto de, num

dado período de tempo, haverem pertencido ao Império Ultramarino Português.

Hoje, o interesse pelo português alargou-se a outras geografias, seja por influência das

comunidades emigrantes ou de refugiados, seja pelo interesse que as economias lusófonas

têm vindo a despertar junto de outros países.

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Comunidades Lusófonas:

A Comunidade Lusófona é constituída por países, estados federais, regiões, territórios,

comunidades de origem lusófona e de emigrantes e cidadãos individuais falantes do português

ou de um seu crioulo.

Países

Angola

Brasil

Cabo Verde

Guiné-Bissau

Guiné Equatorial

Moçambique

Portugal

São Tomé e Príncipe

Timor-Leste

Estados, Regiões e Territórios

Dadrá e Nagar Aveli

Damão e Diu

Galiza

Goa

Macau

Comunidades de origem lusófona

Agudás do Benim

Burghers do Sri Lanka

Cristangs de Malaca

Topasses das Flores

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Comunidades Emigrantes

A emigração tem sido uma constante em certos países lusófonos, especialmente para Portugal

e Cabo Verde, cujas diásporas se espalham pela Europa (França, Alemanha, Holanda, Suíça,

Inglaterra, etc.), Estados Unidos, Canadá, Brasil e Austrália. Timor viu também muitos dos seus

filhos seguirem para Portugal e Austrália. Angola tem população ainda a viver na Namíbia, na

Zâmbia e no Congo (ex-Zaire). Moçambique continua a ter muitos emigrantes na África do Sul.

A Guiné-Bissau e São Tomé vêm os seus emigrantes partir para os países vizinhos e para

Portugal. Goa, Macau e Malaca têm emigrantes espalhados pelo mundo. O Brasil assistiu ao

fenómeno da emigração nas últimas décadas, havendo muitos emigrantes brasileiros em

Portugal e nos Estados Unidos.

Os emigrantes seguem em busca de um sonho, de uma vida melhor, fugindo às dificuldades ou

correndo atrás de oportunidades ou de um amor em terras distantes. A música de Cesária

Évora, essa diva da cultura cabo-verdiana e lusófona, “Sodade”, ilustra esse sentimento de

nostalgia para com a terra onde se nasceu, mãe de cujas suas entranhas se nasceu e a cujo

aconchego queremos voltar eternamente. “Sodade” é, portanto, um hino para todos os que

falam português, pois quem ouve não pode deixar de sentir a força dessa saudade que nos

atravessa e domina tantos e tantos dias na vida. O facto de ser em crioulo ainda destaca

melhor essa palavra portuguesa, unindo em uníssono todos os que a sofrem na língua de

Camões.

Sodade

Cesaria Evora

Quem mostra' bo

Ess caminho longe?

Quem mostra' bo

Ess caminho longe?

Ess caminho

Pa São Tomé

Sodade sodade

Sodade

Dess nha terra Sao Nicolau

Si bô 'screvê' me

'M ta 'screvê be

Si bô 'squecê me

'M ta 'squecê be

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Até dia

Qui bô voltà

Sodade sodade

Sodade

Dess nha terra Sao Nicolau

Falantes do português Para além das categorias atrás elencadas existem muitos falantes de português que tiveram interesse em aprender a nossa língua, inscrevendo-se em cursos de língua portuguesa. Muitos deles fizeram-no por curiosidade, outros porque contactaram com lusófonos e outros por razões profissionais. Esta é uma realidade em grande crescimento que deve também ser considerada no âmbito da Comunidade Lusófona. Heranças Lusófonas Portugal semeou monumentos e palavras por diversos países. No Japão existem cerca de 4 mil

palavras de origem portuguesa, uma das quais todos conhecemos: “aligatô”, que provém de

“obrigado”. Em Marrocos, onde começámos por conquistar Ceuta, ainda hoje em mãos

espanholas, construímos um conjunto de fortalezas, nomeadamente, Mazagão, última praça

portuguesa naquele território, abandonada em 1769. No Uruguai plantámos a Colónia do

Sacramento em 1680. Mas a presença portuguesa estende-se também a Ormuz no Irão, a

Mombaça no Quénia, à Mina no Gana, a Arguim na Mauritânia e a Mascate em Omã.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

Os países lusófonos decidiram em 1996 criar um fórum institucional para concertar posições políticas e fomentar os laços que os unem. Todavia, a influência da CPLP no mundo e a sua capacidade em se constituir como um mecanismo de promoção do desenvolvimento dos seus membros têm sido relativamente reduzidas. “Da CPLP à Comunidade Lusófona”

O propósito desta coletânea é dar a conhecer a Lusofonia aos próprios lusófonos, distraídos

com os assuntos do seu país e com a agenda definida pelas grandes potências mundiais. Mas

hoje, em boa parte graças ao Brasil, a Lusofonia transformou-se também ela numa potência

mundial, a que os outros países e territórios dão expressão pluricontinental. Desse jeito, é de

prever uma intensificação do interesse cultural e das trocas comerciais entre os membros da

Lusofonia, mais que não seja como plataforma giratória com outros espaços do mundo. O

português assume-se, portanto, como língua franca de negócios e de paixões.

A atual CPLP deve abrir-se à diversidade que a Lusofonia representa e albergar manifestações

da Lusofonia que hoje não têm esteio institucional. Os emigrantes, os refugiados, os

territórios, as regiões e as cidades, os falantes de português ou crioulos em países sem laços

com a Lusofonia devem ser trazidos a essa Pátria universal e reconhecidos de forma oficial

pelas instituições lusófonas, pois só desse modo poderão ter expressão e enriquecer a Casa da

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Lusofonia. O desafio que deixo à CPLP é que se transforme em Comunidade Lusófona de

maneira a abrir as portas a todos os que falam português no mundo.

A viagem da CPLP à Comunidade Lusófona, parafraseando Fernando Pessoa, é mais uma

epopeia da língua portuguesa, pátria universal a partir da qual se contempla o mar.

Nota do Autor

A coletânea que vos apresento representa a materialização de um desejo antigo. A intenção

inicial era elaborar um livro sobre a Comunidade Lusófona, cuja ideia ainda não abandonei,

mas que a vida atarefada não me tem permitido concretizar. Talvez um dia, imitando o

saudoso José Hermano Saraiva, consiga deambular pelo mundo lusófono dando-o a conhecer a

todos quantos se interessarem pela história e cultura lusófonas.

O meu interesse pela Lusofonia surgiu-me ainda na minha terra natal, Moura, durante as idas à

biblioteca municipal. Ali tinha acesso a livros sobre a história de Portugal, dos Descobrimentos

e dos povos com os quais Portugal contactou. Com o passar dos anos fui estudando mais a

realidade lusófona. A minha curiosidade levou-me a conhecer com algum detalhe esse vasto

universo, não só através da licenciatura em História, na qual tive disciplinas como “Império

Português” e “História do Brasil”, mas também por livre iniciativa. Habituei-me a saber os

nomes das capitais, das províncias e estados e a colecionar mentalmente dados sobre a

história, a economia e a cultura de cada país. O mesmo se passou para a Europa.

Infelizmente, o ensino oficial em Portugal não nos mostra a dimensão, a diversidade e a

importância da Lusofonia. Com isto não quero dizer que nos devemos voltar apenas para a

Lusofonia e deixar de lado a Europa. Mas antes sabermos viver entre dois mundos a que

pertencemos e nos quais, querendo ou não, temos de nos movimentar. O mesmo se passa

com cada um dos povos da Lusofonia, simultaneamente, integrado nesta e no seu próprio

continente. E, em vez de desprezarmos uma herança valiosa, mais vale valorizá-la e encontrar

mecanismos que nos ajudem a desenvolver em conjunto uma Comunidade com cerca de 250

milhões de pessoas dispersas por todo o Mundo.

Atendendo ao carácter plural da Comunidade Lusófona e à natureza imaterial da língua

portuguesa, a presente obra vem agregar o que os falantes do português quiseram

generosamente dar a conhecer sobre o seu país ou território através da Internet. É, portanto,

uma obra coletiva assente no voluntarismo individual que eu apenas tentei dar uma

organização própria. A mim coube-me criar um portal de acesso que centraliza a informação

sobre a Lusofonia. Talvez um dia faça algo mais. Não sei. Mas fica o desejo ardente de um

viajante intrépido pela vida e navegador das palavras generosas que dão significado ao que os

olhos curiosos alcançam.

A minha intervenção limitou-se a englobar na Comunidade Lusófona boa parte das expressões

da Lusofonia e a conferir-lhe uma ordem. Os textos da Internet obedecem às vontades dos

seus autores. As fontes e as referências são da responsabilidade daqueles, pois o meu intuito

não foi atribuir grande cientificidade ao que é dito mas antes juntar as partes lusófonas num

“Pequeno/Grande Livro da Lusofonia” suportado em portal eletrónico para que outros possam

no futuro aprofundar o que aqui é dito.

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O objetivo principal é dar a conhecer a Comunidade Lusófona e despertar, em cada um de nós,

falantes do português, o sentimento de pertença a uma Comunidade que devemos saber

reconhecer para nos valorizarmos a nós próprios.

Oeiras-Amareleja/Moura, 2013

Nota biográfica

Jorge Miguel Lobo Janeiro nasceu no dia 4 de Maio de 1983 em Moura,

Baixo Alentejo, Portugal. Vive no concelho de Oeiras, Portugal, é casado e

tem um filho.

É licenciado em História (2005), pós-graduado (2007) e mestre em Ciências

da Informação (2009), variante Arquivística, pela Faculdade de Ciências

Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É também detentor do

Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública do Instituto Nacional de

Administração (2009) e do Mestrado em Administração Pública do Instituto

Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (2011).

É Técnico Superior de Arquivo da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, na

dependência da qual se encontra o Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Os interesses do autor são muito variados, indo desde a arquivística, à história e cultura da

Lusofonia e da Europa, às Ciências da Administração, às Políticas Públicas e à política.

No âmbito académico e científico elaborou dois artigos sobre a história da União Europeia e

sobre a guerra colonial na revista História, um estudo sobre a família Sinel de Cordes, duas

publicações sobre reengenharia de processos, um artigo sobre seleção de dirigentes públicos,

uma tese de mestrado sobre o fundo documental do Governo-Geral de Angola e outra

propondo a criação de uma plataforma informática para os arquivos da Administração Central

do Estado.

Na sua atividade política tem apresentado propostas em diversas áreas, propondo,

inclusivamente, à Câmara Municipal de Oeiras a criação do Festival da Lusofonia, realizado em

2009. É atualmente deputado à Assembleia Municipal de Oeiras pelo Partido Social-

Democrata, vice-presidente da Juventude Social-Democrata de Oeiras e membro do Gabinete

de Estudos da JSD Nacional.

Expressa a sua opinião através do blogue pessoal “Ideias de Graça”

(http://jorgejaneiro.blogs.sapo.pt/).

Contacto: jorge.janeiro@hotmail.com