Concretismo 2

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concretismo brasil

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Reflete a modernidade:

- Industrialização acelerada

- Vida urbana

Haroldo de Campos; Augusto de Campos e Décio Pignatari

Professor Antonio

Concretismo(1956)

Poesia concreta

Volta-se para a geração de 22

Valorização da forma e da comunicação visual,sobrepondo ao conteúdo;

Recusa a poesia tradicional;

Explora as diversas possibilidades de espaçosvisuais e a palavra em seus vários níveis.

verbivocovisual

Semântico

Sonoro

Visual

Poesia se transforma em OBJETO – Torna o poema uma realidade

Plano piloto para a poesia concreta:

Poemas concretos

Poema Objeto

- a eliminação de versos, frases;

- a incorporação de figuras geométricas;

- enfatizam o conteúdo visual e sonoro daspalavras;

- Retirada a importância dos sentimentos do eu-lírico.

Demais movimentos decorrentes do Concretismo:

- Poesia Social

- Poesia Neoconcreta

- Poesia Práxis

- Poesia Processo

poesia como instrumento de expressão social e política

Poesia social (1957) – Grupo tendência

Eu falo tu ouves ele cala. Eu procuro tu indagas ele esconde.

Eu planto tu adubas ele colhe.

Eu ajunto tu conservas ele rouba.

Eu defendo tu combates ele entrega.

Eu canto tu calas ele vaia.

Eu escrevo tu me lês ele apaga.

Autor: (Affonso Romano de Sant'Anna)

CONJUGAÇÃO

Mostra a realidade do homem de forma complexa;

Utiliza a linguagem escrita;

Os sentimentos do eu-lírico são importantes.

Luta contra a opressão e a injustiça social

Poesia Neoconcreta

(1959)

Ouvindo apenas

e gato e passarinhoe gatoe passarinho (na manhãveloze azulde ventania e arvoresvoando)e cãolatindo e gato e passarinho (sórumoresde cãode gatoe passarinhoouçodeitadono quartoàs dez da manhãde um novembrono Brasil)

Ferreira Gullar

Ferreira Gullar

Sentido das palavras:

- Objetos

- Nas ruas das cidades

- Na noite

- No sofrimento do povo

- No cotidiano

Poesia práxis

(1961)

Retomou a palavra;

considerava a palavra um organismo vivo, que gera ooutro;

deve ser energética e dinâmica;

com um conteúdo de importância;

Pode ser transformada e reformulada pelo leitor,permitindo uma leitura múltipla.

- Retirada a Importância dos sentimentos do eu-lírico.

ação

O TOLO E O SÁBIO

O sábio que há em vocênão sabe o que sabeo tolo que não se vê.

Sabe que não se vêo tolo que não sabeo que há de sábio em você.

Mas do tolo que há em vocênão sabe o sábio que você vê.

Opõe-se ao discurso; poesia isenta de palavras;

apela para o campo visual, através do uso de cortes ecolagens e signos não-verbais;

Não existe a palavra, apenas a linguagem visual;

Poemas mais para serem vistos do que lidos;

Assemelha-se as técnicas das histórias em quadrinhos.

Poesia Processo

(1967)

José de

Arimathéia

Moacir Cirne

Álvaro de Sá

Álvaro de Sá

1. Crescer, de Arnaldo Antunes 2. Versão/interferência

de Moacy Cirne

A linguagem é marcada pela busca da descrição docotidiano

Linguagem simples

Humor, ironia

Desprezo à elite e sociedade

Características das obras de Oswald de Andrade

Eram, na maioria dos casos, rodadas em mimeógrafos e entregues de mão em mão

(folhetos, jornais, revistas, comícios poéticos)

Poesia dos anos 70 Poesia Marginal

PAULO LEMINSKI RAZÃO DE SER

Escrevo. E pronto.Escrevo porque preciso,preciso porque estou tonto.Ninguém tem nada com isso.Escrevo porque amanhece, E as estrelas lá no céuLembram letras no papel,Quando o poema me anoitece.A aranha tece teias.O peixe beija e morde o que vê.Eu escrevo apenas.Tem que ter por quê?

Suprassumos da Quintessência

O papel é curto.Viver é comprido.

Oculto ou ambíguo,Tudo o que digo

tem ultrasentido.Se rio de mim,

me levem a sério.Ironia estéril?

Vai nesse ínterim,meu intramistério.