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Candidato n.º ______________
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CONSÓRCIO SUL E ILHAS
INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL
Prova de avaliação dos conhecimentos para alunos que tenham concluído (ou venham a concluir) o nível ensino secundário de educação por vias profissionalizantes ou em
cursos artísticos especializados.
PROVA REALIZADA A CANDIDATOS EM ISOLAMENTO NA DATA DE REALIZAÇÃO DA PROVA DE CONHECIMENTOS (12 DE JULHO 2021)
Data da realização da Prova: 16-08-2021
Classificação obtida: PARTE A_________ GRUPO I_________ GRUPO II__________ PARTE B_________ GRUPO I_________ GRUPO II__________
Classificação final:____________
A prova organiza-se em duas partes:
Parte A (área transversal) - Língua e Cultura Portuguesas Parte B (área específica) - História da Cultura e das Artes. A prova tem uma duração de 2 horas, tendo cada uma das partes a duração de 60 minutos. Os candidatos dispõem de um intervalo de 15 minutos após a entrega da prova correspondente à Parte A, e antes de iniciarem a realização da segunda parte da prova (Parte B). A prova será avaliada de 0 a 20 valores distribuídos da seguinte forma: Parte A (10 valores); Parte B (10 valores).
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NORMAS
• As respostas devem ser dadas nos espaços previstos para tal, sem usar as margens ou as
entrelinhas.
• Identifique e numere todas as folhas de prova com o número que lhe foi atribuído.
• Deverá ser utilizada caneta ou esferográfica azul ou preta.
• Não é permitido o uso de corretor.
• A realização da Parte A da prova não implica a utilização de materiais específicos.
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• Não é permitida a consulta de dicionário.
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PARTE A
LÍNGUA E CULTURA PORTUGUESAS
Classificação obtida: Grupo I_________
GRUPO I
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PARTE A
LÍNGUA E CULTURA PORTUGUESAS
Classificação obtida: Grupo II_________
GRUPO II
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PARTE B
HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES
Classificação obtida: Grupo I_________
GRUPO I
Leia e observe com atenção o conjunto documental que se segue, constituído por texto (Documento A) e imagens (Documento B).
Documento A
Há́ que entender a Lisboa Pombalina como uma proposta estrutural do país que
Pombal desejou definir e que precisava de uma capital que lhe desse imagem – e, ao
mesmo tempo, exemplo prático. A função da nova cidade criada era não só́ permitir a
constituição de uma nova vida moderna mas também de nela impor um certo número de
valores racionais e pragmáticos. Os seus espaços de ruas e praças, a direção retilínea dos
arruamentos e a sua graduação hierárquica, a centralização do poder numa Praça Real
que do Comércio passava a chamar-se, a ausência do soberano só́ aludido honorificamente
pela sua estatua equestre, a primeira de todas que no país se erguia – eram outros tantos
elementos de um novo comportamento politico “iluminado” que o consulado pombalino
procurava impor nas estruturas desfeitas do Portugal Barroco que no terramoto tivera
conclusão da sua ruína. França, J.-A. (2004). História da Arte em Portugal. O Pombalino e o Romantismo,
Lisboa, Editorial Presença, p. 29
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Documento B
Imagem B1 – Planta adotada para a reconstrução da Baixa Pombalina, 1756.
Imagem B2 – Vista aérea da Baixa Pombalina na atualidade.
In https://arteemtodaaparte.wordpress.com/2011/04/28/baixa-pombalina/ (consultado em agosto de 2021).
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1. Responda a apenas cinco (5) dos oito (8) itens de resposta múltipla que se seguem. Assinale com um X no quadrado da alínea correta. Se escolher uma alínea e quiser anulá-la, escreva “anulada”. 1.1 A reconstrução da Baixa de Lisboa após o terramoto de 1755 foi executada no
reinado de: (A) D. João I. (B) D. José I. (C) D. Manuel I. (D) D. João V.
1.2 O rei que governava Portugal quando foi reconstruída a Baixa Pombalina após o
terramoto de 1755 era: (A) constitucionalista. (B) renascentista. (C) parlamentarista. (D) absolutista.
1.3 De entre as várias propostas apresentadas para a reconstrução da cidade de
Lisboa após o terramoto de 1755, foi adotado o plano que previa: (A) edifícios e ruas nas formas anteriores ao terramoto. (B) uma cidade nova no lado ocidental de Lisboa. (C) novos edifícios limitados à altura de dois andares. (D) uma cidade no mesmo local mas com um plano novo.
1.4 A autoria do plano adotado para a reconstrução da Baixa de Lisboa (Imagem B1)
foi de: (A) Eugénio dos Santos e Carlos Mardel. (B) Sebastião de Carvalho e Melo. (C) Manuel da Maia. (D) Joaquim Machado de Castro.
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1.5 O Terreiro do Paço recebeu o nome de Real Praça do Comércio e não de Praça
Real porque: (A) ali foi levantada a estátua equestre do rei. (B) foi paga pelos donativos dos comerciantes. (C) ali foram instalados os principais edifícios comerciais da cidade. (D) o comércio só podia ser ali realizado.
1.6 A reconstrução da cidade de Lisboa inovou tecnicamente pela:
(A) construção individualizada de elementos de cantaria e madeira. (B) estrutura antissísmica dos edifícios, o sistema de gaiola. (C) ausência de uma tipologia normalizada de edifícios. (D) secundarização de pavimentos e passeios.
1.7 A retórica urbana iluminista da Lisboa pombalina pode ser observada:
(A) na distinção entre bairros burgueses e bairros populares. (B) no traçado retilíneo dos quarteirões. (C) na construção de igrejas em torno do palácio real. (D) na tipologia palaciana dos edifícios.
1.8 “[...] a proposta estrutural do país que Pombal desejou definir” (Documento A)
precisava de: (A) uma nova cidade que permitisse a constituição de uma nova vida moderna. (B) uma cidade à imagem e semelhança dos espaços urbanos medievais. (C) espaços socialmente distintos dentro do núcleo urbano. (D) abolir praças, ruas e passeios largos.
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Leia com atenção o Documento C Documento C [O Real Edifício de Mafra] nasceu sob «risco» do arquiteto de origem germânica _ (A) _, foi
sagrado no dia 22 de novembro de 1730 (aniversário do monarca) e constitui-se, assim,
como novidade absoluta, pela articulação central de _ (B) _ envolvido pela estrutura de um
palácio-bloco. [...] O monarca pretendeu sobretudo [...] impor um monumento seu, que
funcionasse como marca da nova estabilidade e _ (C) _ do reinado, sob os bons auspícios
do centralismo _ (D) _ e utilizando com ostentação a conjuntura financeira derivada da
exploração _ (E) _ de Minas Gerais. Serrão, V. (2003). História da Arte em Portugal – O Barroco, Lisboa,
Editorial Presença, pp. 181-182 [adaptado].
2. Assinale com um X no quadrado da opção que completa corretamente os espaços em branco no texto acima transcrito. 2.1 (A) Manuel da Costa Negreiros Nicolau Nasoni João Nunes Tinoco
João Frederico Ludwig ou Ludovice. 2.2 (B) uma basílica patriarcal um templo-basílica um templo consagrado à Virgem uma capela-real. 2.3 (C) enfraquecimento riqueza decadência declínio. 2.4 (D) fascista absolutista iluminista positivista. 2.5 (E) prata brasileira ouro brasileiro especiarias manufaturas.
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PARTE B
HISTÓRIA DA CULTURA E DAS ARTES
Classificação obtida: Grupo II_________
GRUPO II
Observe e leia com atenção o conjunto documental que se segue, constituído por imagens (Documento D) e texto (Documento E).
Documento D
Imagem D1 – Pina Bausch, cena da peça Café Muller, 1978 (Fotografia).
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Imagem D2 – Pina Bausch, cena da peça Café Muller, 1978 (Fotografia).
Documento E
Texto E1
O ritmo da peça de Pina Bausch é obsessivamente regular. Explosões de violência dão lugar a longos silêncios.
Excertos são sistematicamente repetidos, por vezes com uma urgência crescente, mas, mais frequentemente, com nenhuma variação. A cada repetição, menos é revelado,
e a ação, que parecia gratuita no início, transforma-se num delírio sem significado. [...] O
café – aparentemente concebido para se assemelhar a um lugar real – parece ser a cantina
de um hospital psiquiátrico. [...] A música das óperas de Purcell é impelida através dos
altifalantes, fazendo o seu melhor para solenizar a cena [...].
Croce, A. (1984), The New Yorker, 16 de julho [traduzido].
Texto E2 Tudo se tornou rotina e já ninguém sabe porque está a usar certos movimentos. Tudo
o que sobra é uma estranha espécie de vaidade que se afasta cada vez mais das pessoas.
E eu acho que deveríamos estar cada vez mais perto do outro.
Bausch, P. (1978).
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1. Explorando a imagem D1 e D2 e o texto E1 e E2, interprete esta obra de Pina Bausch. Na sua resposta, tenha em consideração os seguintes aspetos:
(a) a rutura com o processo de composição coreográfica; (b) a utilização do corpo como suporte de criação artística; (c) a mensagem que pretende veicular. ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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