Post on 10-Dec-2015
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Contorce-se nu e ferido
Desespero de letra e papel
O poema segue imóvel
Quão flor de raro aroma
Na noite perdida oculta
Não conforta, mas disorienta
Distrói com força sutil, embala no fundo da alma
Contorse-se nu e ferido
O inverno chegou e passou, o navio que lento zarpou
Nessa jornada de cântaros, não suportam mais os defeitos
Desabrocham com força no peito, apunhalam as flores
O poema belo e oculto, agora vivo e em cores