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Programa Doutoral em
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Design e Análise de Interação (Opção 2) Ana Veloso, Fernanda Martins, Óscar Mealha, Rui Raposo
2014/2015
ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 2
2. OBJETIVOS ......................................................................................................... 2
3. COMPETÊNCIAS (LEARNING OUTCOMES) ............................................................... 3
4. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS ............................................................................ 4
5. ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM ..................................................... 5
6. AVALIAÇÃO ........................................................................................................ 6
7. CALENDÁRIO ...................................................................................................... 6
8. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 7
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1. INTRODUÇÃO
Num momento de profunda mudança na forma como o ser humano comunica, produz e partilha
informação e conhecimento, importa sublinhar o papel das tecnologias nestes processos de
mediação. A área científica internacional que ao longo dos anos tem enquadrado variados
estudos nesta dimensão da mediação tecnológica designa-se por “Human-Computer
Interaction”. Em contextos lusófonos é designada habitualmente por “Interação Humano-
Computador”. O enquadramento científico do programa doutoral ICPD obriga à existência de
uma unidade curricular de estudo/conceção em torno da tríade "interação - interatividade -
interface", o espaço de fronteira bastante pertinente na equação de sucesso de um qualquer
dispositivo ou sistema infocomunicacional em contexto de mediação tecnológica que se destina
a ser utilizado por seres humanos.
O problema começa por estar bem caracterizado na designação base da área científica
enquadradora. Este, centraliza-se na identificação e caracterização do perfil do utilizador (o ser
humano), na apresentação e construção de respostas ou soluções oferecidas pelos
dispositivos técnicos e sistemas infocomunicacionais em causa, e consequente, em fornecer
soluções de articulação perfeita entre ambos, ser humano e sistema infocomunicacional.
Contudo, os estudos que atualmente se centram nesta problemática evoluíram bastante nas
últimas 5 décadas de investigação científica e desdobram-se em várias vertentes. Propõe-se
para esta UC, atendendo à missão do ICPD, as seguintes subáreas de estudo:
i) paradigmas de interação
ii) processos cognitivos e conforto cognitivo
iii) metodologias de integração de conhecimento tácito e explícito
iv) métodos e técnicas de avaliação da interação
v) modelos de gestão de projeto em HCI
2. OBJETIVOS
O objectivo desta UC consiste em construir um quadro teórico centrado na mediação
tecnológica, em particular nas interfaces humano-computador, para consolidar a proposta de
projeto de doutoramento de cada aluno. O contributo desta unidade curricular deverá
desenvolver-se segundo várias perspetivas complementares e culminar nos seguintes objetivos
específicos:
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i) levantamento de casos problema em contextos de comunicação e/ou informação
determinados pelo próprio tema de cada projeto de doutoramento;
ii) avaliação analítica de problemas de interação sustentados numa heurística de usabilidade
apropriada ao contexto em causa;
iii) identificação de metodologias de concetualização da interface que concilie as perspetivas
do utilizador com pressupostos de usabilidade e conforto cognitivo;
iv) integração dos conhecimentos adquiridos no “estado da arte” do projeto de tese e aferição
da base metodológica do trabalho de doutoramento.
3. COMPETÊNCIAS (LEARNING OUTCOMES)
O estudante deverá encontrar nesta unidade curricular de Design e Análise de Interação as
condições específicas para desenvolver conhecimentos transdisciplinares, no âmbito das
sinergias criadas pelos estudos realizados em ambas as Instituições proponentes, adequados
à análise e à intervenção em contextos de informação e comunicação mediados
tecnologicamente, nomeadamente no sector dedicado às interfaces humano-computador.
Os desafios que comportam esta unidade curricular deverão ainda estimular a sistematização
contínua e a produção de conhecimentos originais e a sua divulgação. Produção que deverá
estar directamente correlacionada com competências de design e avaliação da interação, neste
caso, como um contributo para o desenvolvimento do projeto de tese de doutoramento
Esta unidade curricular deverá reforçar o desenvolvimento das competências:
i) na compreensão e na utilização crítica e fundamentada de métodos de investigação
oriundos da subárea da Interação Humano-Computador de modo a aferir as propostas
metodológicas do trabalho de doutoramento (contributo para a "literacia crítica" do
estudante);
ii) na realização de trabalhos de investigação original que contribuam para o alargamento de
fronteiras do conhecimento científico nas áreas da comunicação humana e institucional e
na ciência da informação contemplando a pertinência ao nível da usabilidade e da
acessibilidade dos dispositivos e sistemas infocomunicacionais que a integram;
iii) no desempenho profissional sustentado na investigação e sua divulgação numa perspetiva
de rigorosa reflexão crítica e consequente intervenção construtiva no processo de design
da interação em contextos de mediação tecnológica.
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4. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
4.1. Paradigmas de Interação
Interação, interatividade e interface
Perspetiva histórica dos paradigmas
Tipologias de Interação
! TUI (textual user interface)
! WIMP e GUI (Windows, Icons, Menus, Pointers | Graphics User Interface)
! NUI (natural user interface - voz, toque, gesto e háptico)
! Dispositivos Moveis (Mobile Devices - smartphones & tablets)
! Multimédia
! Realidade virtual (aumentada e mixed)
! Visualização de Informação
! Interfaces Tangíveis
! Ubiquidade tecnológica
Tendências atuais e futuras
4.2. Processos Cognitivos e Conforto Cognitivo
Aspetos humanos da HCI: ! Noções gerais de Psicologia Cognitiva – perceção, atenção, memória, resolução de
problemas, tomada de decisão e estilos cognitivos – algumas questões actuais
! Interação percetivo-motora
! Modelos mentais
! Emoções e suas relações com a cognição
Aspectos de interação – algumas questões estudadas nesta área: ! Motivação dos utilizadores
! Questões de género, faixa etária, incapacidades e interculturalidade relacionadas com a HCI
4.3. Metodologias de Integração de Conhecimento Tácito e Explícito
Conhecimento Tácito (CT) vs Conhecimento Explícito (CE)
Importância do processo de conversão do CT em CE
Metodologia para a recolha e possível conversão de CT em CE
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4.4. Modelos de Gestão de Projeto em HCI
User Centered Design (design centrado no utilizador)
Community Centered Design (design centrado nas comunidades)
Cooperative Design/Participatory Design (design participativo)
Contextual Design (design contextual)
Prototipagem
4.5. Técnicas e Metodologias de Avaliação de Interação
Métodos empíricos (trabalho de campo/laboratório)
Métodos analíticos (heurísticas)
Design centrado no ser humano para sistemas interativos (ISO 9241-210: 2010)
Avaliação de usabilidade (ISO 9241-11: 1998 e Experiência Ótima)
! Razão – Eficácia e eficiência
! Emoção e Sentimentos – Satisfação
5. ESTRATÉGIAS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM
A estratégia de ensino-aprendizagem assenta num ciclo iterativo de construção do
conhecimento que tem o seu início no estímulo expositivo do corpo docente complementado
por um apelo à participação dos estudantes através de uma reação crítica aos tópicos e
exemplos expostos. Esta primeira fase deverá contextualizar os estudantes na subárea do
design e análise da interação, realçando as problemáticas que tipicamente lhe estão
associadas.
Esta contextualização deverá servir de estímulo para que cada estudante possa aferir e
reforçar o seu respetivo estado da arte com sentido de melhorar significativamente a leitura que
faz do contributo da mediação tecnológica para o seu tema/trabalho ou contexto de
doutoramento.
A segunda fase do ciclo iterativo centra-se na redação de um trabalho escrito no qual o
estudante realizará um levantamento e revisão do estado da arte quanto aos paradigmas de
interação adotados no seu contexto de investigação;
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Por fim o trabalho deverá ser defendido em espaço público de sala de aula e entregue no
formato de um artigo curto (max. 6 páginas), em Português ou Inglês, e compreender-se o
contributo do mesmo para o projecto de doutoramento de cada estudante.
6. AVALIAÇÃO
A avaliação é feita de forma contínua e acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem
da unidade curricular. Os diferentes elementos de avaliação são recolhidos em ambiente
presencial, como fruto de trabalho autónomo à distancia e através da submissão por e-mail
quer do artigo curto, quer da apresentação em formato PDF, para todos os docentes da
disciplina e estudantes em sala de aula. A construção da ponderação da avaliação final será
realizada considerando dois elementos de avaliação e uma informação complementar,
segundo os seguintes critérios:
! Apresentação de contexto temático, sua pertinência e síntese de pesquisa [30%]
! Elaboração, apresentação, discussão de um artigo científico curto [70%]*
! Informação complementar - Reflexão, contributos em sala de aula e assiduidade pode
influenciar a nota final em ± 2 valores efetivos.
* Nota: A língua escolhida (Português ou Inglês) para a redacção do artigo não será considerada como factor de ponderação na avaliação
7. CALENDÁRIO
Data Modalidade Actividade
1-4 Dez Não presencial Arranque da disciplina com um desafio inicial de levantamento e análise de exemplos de aplicações multimédia interativas inseridas no contexto de investigação individual de cada estudante.
5 Dez Sessão Presencial (c/docentes OEM e RR)
Apresentação do programa, da unidade curricular e dos participantes (consulta deste guião+slides de apoio). Apresentação e discussão do primeiro bloco de tópicos e conceitos fundamentais (Paradigmas Interação - parte 1/2). Apresentação e validação dos temas para cada um dos trabalhos individuais finais de DAI (enunciado+bibliografia).
08–11 Dez Não presencial Acompanhamento e validação dos temas e contextos de trabalho e sua relevância para os percursos individuais de projeto de doutoramento.
12 Dez Sessão Presencial (RR, AIV)
- Conhecimento tácito/explícito
- Heurísticas de Avaliação
Esclarecimento de dúvidas sobre temas para cada um dos trabalhos individuais finais de DAI.
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15-18 Dez Não presencial Acompanhamento do trabalho individual de cada estudante.
19 Dez Sessão Presencial (OEM, RR)
- Paradigmas (parte 2/2)
Esclarecimento de dúvidas sobre temas para cada um dos trabalhos individuais finais de DAI.
09 Jan Sessão Presencial (FM,RR)
Apresentação do bloco de tópicos e conceitos de DAI - Processos Cognitivos.
12-15 Jan Não presencial Preparação da apresentação pública, em sala de aula, do trabalho final.
16 Jan Sessão Presencial (AIV,RR)
Modulo referente a "Modelos de gestão e avaliação"
19-22 Jan Não presencial Apoio individual no tratamento dos contributos recolhidos para cada trabalho durante a apresentação pública. Ultimar a redacção final do trabalho para entrega e avaliação final.
23 Jan Sessão Presencial (FM, OEM, RR)
Apresentação e discussão do trabalho final de cada estudante em sala de aula.
30 Jan (correio eletrónico) Entrega trabalho final (short paper)
8. BIBLIOGRAFIA Akoumianakis, D., Constantine Stephanidis, C. (2001) Universal Design in HCI: A critical review of current research and practice, Position Paper, CHI 2001 Conference on Human Factors in Computing Systems.
Disponível online em: http://is4all.ics.forth.gr/chi2001/files/akoumianakis.pdf
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Site de base científica
ACM | Special Interest Group in Human-Computer Interaction (SIGCHI), http://www.sigchi.org/
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