Dificuldades de Aprendizagem No Ensino Fundamental

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TCC Dificuldade de Aprendizagem

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PAGE 9

Ps-graduao em Psicopedagogia Institucional

Dificuldades de Aprendizagem no Ensino Fundamental I (7 a 10 anos).

Camila Peruzzi Bodelo

Turma P202.12

Piraju/SP

2012

Camila Peruzzi Bodelo

Turma P202.12

Dificuldades de Aprendizagem no Ensino Fundamental I (7 a 10 anos).

Monografia apresentada FACESPI Faculdade Corporativa CESPI, como requisito parcial para a obteno do ttulo de Especialista em Psicopedagogia Institucional

Orientador(a): Prof:

Piraju/SP

2012

Dificuldades de Aprendizagem no Ensino Fundamental I (7 a 10 anos).

Camila Peruzzi Bodelo

Aprovado em ____/____/_____

Banca Examinadora

__________________________

ORIENTADOR

_________________________

PROFESSOR (A)

__________________________

PROFESSOR (A)

O ser Humano, quando no encontra a si mesmo,

No capaz de encontrar coisa alguma.

Johann Wolfgang Von Goethe

RESUMO

Este trabalho discute a importncia do professor no processo de ensino/aprendizagem dos alunos com dificuldade de aprendizagem. Para isso analisei vrios autores, educadores e estudiosos do assunto e que se preocupam com a importncia de um profissional mais qualificado para identificar essas dificuldades. Verifica-se a importncia do professor como mediador para ajudar os alunos a terem uma formao eficaz e sada atravs do preparo do docente que interagindo juntamente com o psicopedagogo e a famlia, possam identificar as barreiras no processo ensino/aprendizagem e assim traarem um plano eficaz. Atravs dessa reflexo possvel discutir solues e oferecer propostas que possam ajudar o trabalho docente coma ajuda da famlia e do psicopedagogo, que o profissional preparado para identificar e orientar nas solues de ajuda ao aluno que precisa enfrentar suas dificuldades.

Palavras-chave: Professor dificuldade aprendizagem

ABSTRACTThis paper discusses the importance of the teacher in the teaching / learning of pupils with learning difficulties. For that analyzed various authors, educators and scholars of the subject and who care about the importance of a more qualified professional to identify these difficulties. There is the importance of the teacher as a mediator to help the students to have effective training and exit through the preparation of teachers who interact with the psychopedagogists and family, to identify barriers in the teaching / learning process and chart a plan so effective. Through this reflection is possible to discuss proposals and offer solutions that can help the teaching coma help of family and psychopedagogists, which is the professional prepared to identify and advise on solutions to help the student who must face their difficulties

Keywords: Teacher learning difficultySUMRIO

INTRODUO

11

CAPTULO I 1.1 O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

12

1.1 Aprendizagem- Definies e concepes

12

1.2 Aprendizagens de crianas de 6 a 7 anos de idade

14

1.3 Dificuldades de aprendizagem

17

CAPTULO II

2. APRENDIZAGEM E AS METODOLOGIAS

20

2.1 Metodologias que afetam a aprendizagem

20

2.2 O papel do professor como mediador na aprendizagem

26

CONSIDERAES FINAIS.............................................

30

REFERNCIAS .............................................................

33

INTRODUO

A Dificuldade de Aprendizagem um problema que est presente em todo meio educacional e quanto as Dificuldades no so identificadas, acaba se tornando um peso para muitas crianas e adolescentes. Uma vez que a Dificuldade no diagnosticada a criana taxada de preguiosa e outros adjetivos negativos. A criana que se esfora, mas no consegue obter xito escolar , freqentemente, rotulada de lenta, preguiosa e burra. Isto pode lhe causar danos. (GUERRA, 2002, p.15).

Muitos alunos sentem dificuldades no momento de aprender algo e quando esses obstculos no so identificados e procurados, de alguma forma, a serem sanados, acabam virando uma bola de neve. Segundo Furtado (2007, p.03):

Quando a aprendizagem no se desenvolve conforme o esperado para a criana, para os pais e para a escola ocorre a dificuldade de aprendizagem. E antes que a bola de neve se desenvolva necessrio a identificao do problema, esforo, compreenso, colaborao e flexibilizao de todas as partes envolvidas no processo: criana, pais, professores e orientadores. O que vemos so crianas desmotivadas, pais frustrados pressionando a criana e a escola.

Ainda sobre a Dificuldade de Aprendizagem, segundo Fonseca (apud Ferreira, 2008, p 140) : Um termo geral que se refere a um grupo heterogneo de desordens manifestas por dificuldades significativas na aquisio e utilizao da compreenso auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocnio matemtico. Tais desordens, consideradas intrnsecas ao individuo, presumindo-se que sejam devidas a uma disfuno do sistema nervoso, central, podem ocorrer durante toda a vida. Problemas de auto-regulao do comportamento, na percepo social e interao social podem existir com as DAs (Dificuldades de Aprendizagem). Apesar das DAs ocorrerem com outras deficincias (por exemplo, deficincia sensorial, deficincia mental, distrbios scio-emocionais) ou influencias extrnsecas (por exemplo, diferenas culturais, insuficiente ou inadequada ou inapropriada instruo, etc.), elas no so o resultado dessas condies.

Como o professor dever adequar as suas aulas com metodologias que facilitem a aprendizagem? Como proporcionar essa aprendizagem de uma forma sadia e agradvel? Acredito que isso dependa do interesse da docncia e da ajuda famlia em observar as dificuldades que esto interferindo no processo ensino/aprendizagem. O professor como mediador, deve observar, analisar e procurar formas que motivem o aluno e sentir prazer em estar neste processo.

O problema da pesquisa verificar qual a metodologia mais adequada para facilitao do processo de aprendizagem de alunos com dificuldades nas series iniciais.

A escolha do tema foi por conta da dificuldade de aprendizagem da pesquisadora, pois a mesma no tinha o apoio dos educadores e da famlia em observa e identificar suas dificuldades. Os professores no tinham muito interesse e nem preocupao em ajudar o aluno, eles estavam ali somente para cumprir o seu horrio e desenvolver as atividades que tinham que ser passadas naquele momento. Eram extremamente mecnicos e cumpriam suas atividades no horrio determinado e viviam como se a criana no existisse. Segundo Gomes (2006, p, 134)

A esperada escola de qualidade ndice em posicionamentos polticos, institucionais e pessoais mais democrticos e exige cada vez mais que as instituies escolares sejam capazes de se especializarem nos estilos de aprendizagem de todos os alunos.

O objetivo geral da pesquisa analisar as metodologias da aprendizagem visando identificar as mais adequadas aos alunos com dificuldades nas series iniciais.

Pretendemos, atravs deste trabalho, estudar as metodologias que motivam a aprendizagem, identificar a importncia do professor como mediador nesse processo de ensino/aprendizagem e demonstrar a importncia do Psicopedagogo na interao com o professor e a famlia na identificao na metodologia mais eficaz.

Muitos pesquisadores e estdios propuseram inovaes que ajudariam aos professores desenvolverem atividades que motivem os alunos a estarem ali, naquele convvio com outros alunos. Porque a aprendizagem no se referente somente a matrias, mas tambm o relacionamento, o respeito ao prximo, o convvio familiar, a partilha, o trabalho em grupo, enfim, a compreenso de que todos ns precisamos uns dos outros.

O mundo passa por transformaes dirias, onde a tecnologia avana e todos podem ter acesso muito rpido a informaes. E por que no atualizar a educao dando-lhe uma feio dialogal, ajudando o aluno e professor, protagonistas deste processo, a aprender e ensinar com prazer?

Neste trabalho a metodologia ser uma pesquisa bibliogrfica, atravs de coletas de informaes, conceitos e dados em livros, pois esta proporciona a verificao e o estudo de vrios autores que buscaram e buscam esta transformao positiva. A pesquisa bibliogrfica realizada em documentos escritos. Com ela se objetiva recolher e analisar as contribuies tericas sobre um assunto ou uma temtica interessante. DMITRUK (2001, p. 58) A experincia de vida da pesquisadora tambm ser de grande importncia, pois teve muitas dificuldades na educao escolar, porque os professores no tinham preparo nem pacincia de identificar os medos e obstculos em relao aprendizagem.

Esperamos desenvolver um trabalho que possa ajudar a nossa educao atravs do professor, e principalmente o aluno que o ator principal de processo de ensino/aprendizagem.

CAPTULO I O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

1.1 APRENDIZAGEM DEFINIO E CONCEPESAprendizagem a maneira pela qual se tem uma mudana de comportamento, obtida atravs de experincias construdas por vrios fatores, como por exemplo, o emocional, o neurolgico, os relacionamentos e o ambiente em que se est inserido, e o professor essencial neste processo de aprendizagem dos alunos. Aprender um confronto com a realidade.

Aprender um processo que se inicia a partir do confronto entre a realidade objetiva e os diferentes significados que cada pessoa constri acerca dessa realidade, considerando as experincias individuais e as regras sociais existentes. Segundo Antunes (2008, p.32)

adquirir novos conhecimentos onde exista uma transformao de pensamentos e atitudes.

Segundo Alves (2007, p.18) O processo de aprendizagem traduz a maneira como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competncias e mudam o comportamento. Trata-se de um processo complexo que dificilmente, pode ser explicado apenas atravs de recortes do todo.

No contexto da aprendizagem, o conhecimento continuo e estamos sempre aprendendo. O conceito de aprendizagem vem se modificando, uma vez que os tradicionalistas acreditavam que ao se jogar informaes, ao se decorar a criana estaria aprendendo.

Segundo Antunes (2008, p.32) Tempos atrs, quando o eixo da escolaridade se centralizava no professor e ao aluno outra atividade no se esperava que a de ouvi-lo e reter suas informaes ou suas instrues, todos sabiam que aprender era um processo atravs do qual se acessava um saber exterior ao sujeito, saber esse que poderia ser uma informao ou uma instruo.

Ainda segundo Antunes (2008, p.32): No difcil perceber que o conceito sofreu mudanas significativas, ainda que no se tenha buscado palavras novas para a nova aprendizagem que a escola atual busca desenvolver. Surge ento um conflito: continuar usando a definio tradicional de aprendizagem para informaes ou instrues e procurar novas palavras para expressar a aprendizagem verdadeira que o professor verdadeiro busca produzir.

necessrio que se d a oportunidade de aprendizagem, um ambiente propicio, o estimulo.

Segundo Johnson& Myklebust (1987, apud GUERRA, 2202, p.40)[...] as crianas aprendem quando recebem oportunidades adequadas para tanto e quando ento presentes determinadas integridades representadas pelos fatores psicolgicos, funes do sistema nervoso perifrico e funes do sistema nervoso central.

Johnson& Mykleust (1987, apud GUERRA, 2002, p.42) classifica a aprendizagem em diferentes nveis que so: a sensao, a percepo, a imagem, a simbolizao e a conceitualizao.

Segundo Johnson& Mykleust (1987, apud GUERRA, 2002, p. 39-40): A sensao se refere somente ativao de estruturas sensria neurais. A percepo o processo atravs do qual o sistema nervoso central inicia o processo cognitivo, envolvendo funes de pr- reconhecimento, como a discriminao e a identificao, e de reconhecimento, como a analise e a sntese. [...] A imagem o processo que diferencia a percepo da memria. Permite reconstruir, relembrar e reclamar a informao sensorial anterior. [...] A simbolizao o processo humano por excelncia, visto ser o smbolo o verdadeiro produto mental que permite simplificar, reexperimentar e representar interiormente a experincia. O smbolo constitui um processo concreto para expressar o pensamento, por isso criana comea por usar os objetos de uma forma inteligvel e no-verbal e, s mais tarde, interioriza a palavra (linguagem interior) depois de t-la compreendido, para, finalmente, no s manipular os objetos como tambm os nomear e identificar. [...] A conceitualizao o nvel mais elevado do processo cognitivo, incluindo todos os processos de classificao e categorizao da informao. Atravs desse sistema, atinge-se a generalizao por processos de agrupamento de caractersticas e de atributos, com os quais se atinge a abstrao e o pensamento formal.

O processo de aprendizagem constitudo por diversos fatores que determina se o individuo aprendeu, observando o seu desempenho antes e depois da situao dada para a aprendizagem.

Segundo Furtado e Borges (2007, p.76). Infere-se que a aprendizagem se realiza quando surgem diferenas entre a performance que o individuo apresenta antes e que ele mostra aps ser colocado em situao de aprendizagem. A simples presena do desempenho no permite concluir que a aprendizagem ocorreu, para que isso acontea, necessrio provar que houve mudana de performance. A incapacidade de aferir o desempenho antes de realizar-se a aprendizagem dever ser levada em conta, assim como a capacidade de faz-lo depois. 1.2 APRENDIZAGEM DE CRIANAS DE 6 A 7 ANOS DE IDADE

A Aprendizagem trar o conhecimento e a criana ter a oportunidade de se transformar em um ser mais autnomo, pensante, independente e protagonista de sua prpria historia, onde possa ser respeitado e capaz de dar a sua opinio a favor ou contra algo, embasado em sua historia de vida e naquilo que acredita ser verdadeiro e essencial. Por isso de grande importncia um desenvolvimento sadio e que propicie uma aprendizagem de qualidade e com sade.

Segundo Barbosa (2008, p. 13) principalmente por meio do seu desenvolvimento motor que a criana deixa de ser a criatura frgil da primeira infncia e se transforma numa pessoa livre e independente do auxilio alheio. As atividades motoras desempenham tambm um papel importantssimo em muitas das suas primeiras iniciativas intelectuais, enquanto explora o mundo que a rodeia, com os olhos e com as mos, fornecendo-lhe tambm os meios pelos quais far grande parte dos seus contactos sociais com outras crianas.

Ao falarmos de aprendizagem de criana de 6 a 7 anos no podemos deixar de citar Piaget, Vygotsky e Wallom. Primeiramente temos que observar que Piaget e Vygotsky, apesar de terem algumas diferenas em seus pensamentos, tambm tiveram muitas coisas em comum, como por exemplo, acreditavam que a criana um ser ativo, pensante e atento. Alguma diferena pode citar com relao aos fatores externos e internos, onde Piaget acreditava nos fatores biolgicos e Vygotsky no ambiente social em que a criana nasceu.

Segundo Guerra (2002, p. 92) Vygotsky observa que a psicologia muito deve a Piaget, pois Piaget revolucionou o estudo da linguagem e do pensamento das crianas, desenvolvendo o mtodo clinico de investigao das idias infantis, concentrando-se nas caractersticas distintivas do pensamento das crianas, naquilo que elas tm, e no naquilo que lhes falta, utilizando uma abordagem positiva, demonstrado que a diferena entre o pensamento infantil e o pensamento adulto era mais qualitativa do que quantitativa.

Conforme Antunes (2008), para Jean Piaget a aprendizagem no acontece atravs de conhecimentos prontos, onde o professor fala e o aluno escuta. Mesmo no sendo pedagogo e nunca tendo falado em construtivismo, ou mesmo se preocupado em fazer qualquer mtodo de ensino, ele teve muitos seguidores, como Emlia Ferreiro, que teve um papel muito importante para educao, pois introduziu o essencial piagetiano em suas obras.

Segundo GUERRA (2002, p. 95) Emlia Ferreiro introduziu o essencial piagetiano em suas prprias teorias. A concepo terica piagetiana, de uma aquisio do conhecimento baseada na atividade do sujeito em interao com o objeto do conhecimento, aparece tambm como sendo o ponto de partida necessrio para o estudo da criana confrontada com o objeto cultural que se constitui a escrita.

Para Piaget a aprendizagem acontece quando o aluno faz parte e participa ativamente, ou seja, uma aprendizagem construtivista e no um aprender mecnico.

Segundo Antunes (2008, p. 157) O construtivismo uma corrente educacional apoiada no princpio de que o conhecimento que conquistamos no algo que venha de fora, passando de uma pessoa a outra ou adquirindo atravs de uma leitura, mas sim estimulando a partir de experincias quando das mesmas participamos ativamente, buscando conhecer e, assim, experimentando, pesquisando, refletindo. Piaget autor de obras que ajudaram muitos estudiosos em psicologia e educao.

Segundo Piaget (2008, p. 157): [...] Piaget sempre buscou averiguar como s constri o pensamento e explicar o desenvolvimento da inteligncia humana. No , entretanto, difcil associar a obra de Piaget ao construtivismo, pois em inmeros pontos essa relao se identifica.

Conforme Guerra (2002), para Piaget a linguagem o vnculo da simbolizao. E cada faixa etria tem uma forma de interao, onde ele acredita que existem quatro perodos distintos. Mas, somente iremos destacar dois onde esto includos as crianas de 6 e 7 anos.

Segundo Guerra (2002, p. 94) estes perodos so: Perodo pr-operatrio (dois a seis anos); aos dois anos, a criana estar desenvolvendo ativamente a linguagem, ocorrendo as primeiras representaes mentais. A linguagem infantil no um instrumento de comunicao, pois a criana fala para si mesma (fala egocntrica). medida que a criana vai crescendo, a evoluo da linguagem se d no sentido de uma maior socializao. Perodo operacional concreto (sete a onze/doze anos): Este perodo que corresponde praticamente idade escolar ser marcado por grandes aquisies intelectuais; acentuado declnio da linguagem egocntrica at seu completo desaparecimento; declnio do egocentrismo intelectual e um crescente incremento do pensamento lgico; as aes fsicas passam a ser internalizadas, passam a ocorrer mentalmente.

Segundo Barbosa (2008) a idade de 6 e 7 anos o momento da descoberta e caracterizada como fase do movimento fundamental, onde suas habilidades motoras comeam a se desenvolver, essa fase possui 3 estgios.

Conforme Barbosa (2008, p. 16-17) estes estgios so: Estgio inicial representa a primeira tentativa de meta temporal do movimento pobre, marcada pelo uso restrito ou exagerada do corpo com pouca coordenao rtmica dos movimentos fundamentais e melhor orientao temporal e espacial. Estgio maduro caracterizado pela eficincia mecnica, coordenao e execues controladas dos movimentos fundamentais.

J Vigotsky acreditava na transformao intelectual de fora para dentro, do externo para o interno e que o pensamento e a linguagem so diferentes.

Para Vigotsky (1996, aput Guerra, 2002, p. 92): [...] pensamento e linguagem tm razes diferentes, sendo que a linguagem no uma simples continuao do pensamento; h um estgio pr-lingustico no desenvolvimento do pensamento e um estgio pr-intelectual no desenvolvimento da fala e, por algum tempo, esses processos se desenvolvem independentemente; contudo, durante o desenvolvimento, h um encontro entre o pensamento e a fala, quando o pensamento se torna verbal e a fala racional.

Para Vigotsky a criana est em constante interao com o adulto, desde o seu nascimento, mediando sua relao com o mundo e passando sua cultura.

Segundo Rego (2001, p. 59): Desde o nascimento, o beb esta em constante interao com os adultos, que no s asseguram sua sobrevivncia, mas tambm medeiam a sua relao com o mundo. Os adultos procuram incorporar as crianas sua cultura, atribuindo significado s condutas e aos objetos culturais que se formaram ao longo da histria.

As crianas carregam experincias do convvio com a famlia. O comportamento da criana recebe influncias dos costumes e objetos de sua cultura, como por exemplo em nossa cultura urbana ocidental, dorme no bero, usa roupas para se aquecer e, mais tarde, talheres para colher, sapatos para andar etc. (Rego, 2001, p. 59).

Piaget no acreditava no papel da interao social e que a aprendizagem e desenvolvimento no esto relacionados, pois a criana antes mesmo de falar j pensa e a linguagem somente um meio de comunicao. Ao contrrio, Vigotsky acreditava que desenvolvimento e aprendizagem so processos que se influenciam e esto ligados entre si, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.

Segundo Guerra (2002, p. 92): Ao abordar o desenvolvimento lingstico das crianas, Vigotsky desenvolve o seu tema relacionado interiorizao do dilogo em fala interior e pensamento, opondo seu ponto de vista ao esto adotado por Piaget, que considerava o desenvolvimento da fala a supresso do egocentrismo.

Enfim, para Vigotsky a aprendizagem atravs do relacionamento social, contribuir para uma construo dos conhecimentos que daro suporte ao desenvolvimento mental. Para Wallon a linguagem se torna indispensvel ao progresso do pensamento, porque ela exprime e atua como estruturadora do mesmo. E para Piaget existem estgios para o desenvolvimento da aprendizagem e o professor deve conhec-los e respeitar esses estgios.

1.3 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

A dificuldade de aprendizagem um termo bastante debatido no campo educacional, porque quando uma criana desenvolve atividades positivas em sala de aula elogiada, tem uma auto-estima elevada. Mas quando se percebe que a criana no est tendo a aprendizagem, ento todos procuram de alguma forma descobrir o motivo deste empecilho ou mesmo arrumar uma resposta, qualquer que seja, mesmo que negativa. neste momento que muitas crianas so taxadas de preguiosas, agitada e lerdas.

importante saber que as dificuldades podem ocorrer por motivos orgnicos e emocionais. Por isso necessrio a identificao para que seja desenvolvido um trabalho educacional no intuito de ajudar. A dificuldade de aprendizagem uma sndrome bio-psicossocial a ser compreendida em pelo menos trs constituintes bsicas: a criana, a famlia e a escola MARTURANO (1993, apud FURTA DO E BORGES, 2007, p. 3):

As mais conhecidas so a dislexia, a disgrafia, a discalculia, a dislalia, a disortografia e o TDH (Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade).

Segundo Guerra (2002, p. 79): As dificuldades de aprendizagem podem ocorrer junto com outras sndromes clnicas (como transtorno de dficit de ateno ou transtorno de conduta) ou outros transtornos do desenvolvimento (como transtorno especfico do desenvolvimento da funo motora ou transtornos especficos do desenvolvimento da fala e linguagem).

A Dislexia uma DA da leitura onde existe uma dificuldade na compreenso de textos escritos. De acordo com Nicasio Garcia (1997 apud GUERRA, 2002, p. 46) a dislexia [...] definida divido presena de um dficit no desenvolvimento do raciocnio do reconhecimento e compreenso dos textos escritos. Este transtorno no devido e retardo mental, a uma escolarizao inadequada ou escassa, a um dficit visual ou auditivo, a um problema neurolgico. Somente se classifica como tal caso produza uma alterao relevante no entendimento acadmico ou na vida cotidiana. Caracteriza-se por uma leitura oral lenta, com omisses, distores e substituio de palavras, com paradas, correes e bloqueios, ocorrendo tambm um transtorno de compreenso da leitura.

A Disgrafia representada pelas dificuldades de escrita. Neste caso engloba somente um problema de motricidade.

Segundo Furtado e Borges (2007, p. 141): a dificuldade em passar para a escrita visual da palavra impressa. Caracteriza-se pelo lento traado das letras, que em geral so ilegveis. A criana disgrfica no portadora de defeito visual nem motor, e tampouco de qualquer comprometimento intelectual ou neurolgico. No entanto, ela no consegue idealizar no plano motor o que captou no plano visual. Existem vrios nveis de disgrafia, desde a incapacidade de segurar um lpis ou de traar uma linha, at a apresentada por crianas que so capazes de fazer desenhos simples mas no de copiar figuras ou palavras mais complexas.

Cabe ao professor e a famlia observar os alunos e os encaminhar a um profissional qualificado no intuito de diagnosticar e procurar trabalhar e promover uma melhora nessas dificuldades. No cabe ao professor taxar o aluno de qualquer adjetivo negativo, mas de incentiv-lo e trabalhar de forma motivadora e mediadora.

Uma dificuldade da matemtica a discalculia. Essa dificuldade interfere muito no desenvolvimento escolar ou na vida cotidiana, quando se necessita de uma habilidade matemtica.

Segundo Johnson & Myklebust (1997, apud GUERRA, 2002, p. 60):A linguagem matemtica [...] possui aspectos internos, receptivos e expressivos. Uma criana inicialmente assimila integra as experincias no-verbais, depois ela aprende a associar smbolos numricos s experincias e, finalmente, expressa as idias de quantidade, espao e ordem usando a linguagem matemticas.

A Dislalia um distrbio da fala onde a criana tem uma dificuldade em articular as palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas,

Segundo Furtado e Borges (2007, p.98): A dislalia um transtorno na articulao, mas no por causa de leses ou alteraes do sistema nervoso e nisso de distingue da disartria, embora os sintomas de uma e da outra possam ser idnticos. Essa dificuldade em articular os fonemas pode ser classificada em: Dislalia fisiolgica- aquela que se apresenta na criana durante o desenvolvimento da fala e tende a desaparecer antes de chegar idade escolar (se persistir depois de 4 anos, deve ser considerada patolgica).Dislalia funcional- Caracteriza-se pela omisso, substituio ou deformao de fonemas. Pode ser simples se afetar apenas um fonema, e mltipla se afetar mais de um fonema.

A Disortografia, assim como a Disgrafia, tambm uma dificuldade da escrita, mas est relacionada ao processo de ortografia.

Segundo Furtado e Borges (2007, p.142): Caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortogrficas e confuso de letras.

Essa dificuldade no implica a diminuio da qualidade do traado das letras. As trocas ortogrficas so normais durante a 1. e 2. series da primeira serie do ensino fundamental (Grau- TIRAR), porque a relao entre a palavra impressa e os sons ainda no esta totalmente dominada. A partir da os professores devem avaliar as dificuldades ortogrficas apresentadas por seus alunos, principalmente por aqueles que trocam letras ou silabas de palavras j conhecidas e trabalhadas em sala de aula.

O TDH (Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade) um transtorno observado em crianas muito agitadas, que no prestam ateno, tm dificuldades em manter a ateno nas atividades, no terminam o que comeas, esquecem as atividades dirias, e muitas outras.

Segundo Guerra (2002, p.79): Os critrios diagnsticos adotados pelo DSM-IV (Manual diagnostico e estatstico de transtorno mentais), com referencia ao transtorno de dficit de ateno/hiperatividade, so destacados pois temos observado que esta sndrome, muitas vezes, encontra-se associada s dificuldades de aprendizagem.

Existem muitas outras dificuldades, e que podem levar o aluno ao fracasso escolar e conseqentemente a escola tambm, pois fica subentendido que a instituio no soube lidar por estes problemas. O aluno acaba se tornando uma criana triste desmotivada, por isso se torna importante e diagnostico e ajuda, para que o discente se sinta encorajado para lidar com suas dificuldades.

CAPTULO II APRENDIZAGEM E AS METODOLOGIAS

2.1 METODOLOGIAS QUE FACILITAM A APRENDIZAGEM

Determinar uma metodologia que motive a aprendizagem algo um pouco complexo, uma vez que cada aluno tem a sua histria de vida, tem as suas dificuldades particulares. O professor dever saber identificar as barreiras, procurando adaptar suas aulas motivando o aluno. Um verdadeiro docente est sempre atento para seus discentes, tentando aperfeioar o momento e transform-lo em algo prazeroso, deixando com que o aluno seja participativo.

Segundo Lbano (2008, p. 29): o processo de ensino uma atividade conjunta de professores e alunos, organizados sob a direo do professor, com a finalidade de prover as condies e meios pelos quais os alunos assimilam atividades conhecimentos, habilidades, atitudes e convices.

O professor a pessoa que estar mais tempo com o aluno, que o acompanhar em grande parte do dia, e a criana acaba admirando e tendo o professor como o seu exemplo, acreditando e tomando como sua verdade tudo aquilo que o educador diz. O professor precisa deixar o aluno refletir e dialogar, tirar suas dvidas, pois os educadores tambm aprendem com as dvidas dos alunos. Por isso, para ensinar, necessrio que o professor esteja aberto tambm para aprender, acredito que quando o aluno participa das aulas ele se sente parte do processo e se motiva. No momento de ensinar o docente precisa perceber que no somente falar e transferir informaes ao discente, mas que o que est sendo passado dever fazer parte da vida do aluno, de sua realidade.

O que seria ento ensinar?

Segundo Antunes (2008, P. 30): Ensinar quer dizer ajudar e apoiar os alunos a confrontar uma informao significativa e relevante no mbito da relao que estabelecem com uma dada realidade, capacitando-o para reconstruir os significados atribudos a essa realidade e a essa relao.

No basta apenas instruir, mas puxar do aluno as suas experincias e confront-las com o que esta sendo passado, ou mesmo compar-las a sua realidade. Recebemos instrues para realizar determinada tarefa e, dessa maneira, somente diante da mesma a instrues se faz til. O aluno aprende para viver melhor e para colher informaes, confront-las com a realidade. (ANTUNES, 2008, P.30)

Uma aula que seja essencial para os alunos com dificuldades aquela em que o professor consegue identificar os seus obstculos e procura desenvolver atividades que motivem o aluno a estar ali, naquele momento, interagindo e aprendendo com as experincias dos colegas e do prprio professor. No se pode dizer que uma aula foi proveitosa se no se tem o dialogo, o escutar, o tirar duvidas. Por isso cabe ao professor se qualificar e procurar estar atento s mudanas e aos prprios alunos, sabendo observar e coletar informaes para sempre estar modificando suas metodologias, caso necessrio. Por isso Uma aula excelente, no Brasil ou em qualquer pas do mundo, quando alcana com facilidade seu objetivo essencial, no caso ajudar o aluno a construir sua prpria aprendizagem. (ANTUNES, 2008, P.49).

Na tendncia liberal tradicional, percebe-se que a mesma no se preocupava com a participao do aluno, era autoritria, repetitiva nos ensinamentos, podemos perceber o seu reflexo, ainda, na educao hoje.

Conforme Luckesi (1994, p.57): [...] a autoridade do professor exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicao entre eles no decorrer da aula. O professor transmite o contedo na forma da verdade a ser absorvida; em conseqncia, a disciplina imposta o meio mais eficaz para assegurar a ateno e o silencio.

Segundo Kauark e Silva (2008, p. 269): [...] valoriza sempre o que o seu filho faz, mesmo que no tenha feito o que voc pediu e em nvel de que voc esperava; disponibilize materiais para auxiliar na aprendizagem; preciso conversar, informar e discutir com o seu filho sobre qualquer observao e comentrios emitidos sobre ele. E se voc no dispe desse tempo com o seu filho, no deixe de recomendar que as atividades que vo para a casa sejam acompanhadas e (re) ensinadas pela professora do reforo, ou por um parente, no se esquea de reservar um tempinho para saber dele como vai escola, quais as dificuldades e em que rea ele precisa desprender maior esforo. E nunca, o subestime.

O professor tem o papel de ajudar o aluno, de motiv-lo, de procurar desenvolver atividades que os provoquem a pesquisar mais, a se tornarem crticos. No basta apenas jogar informaes, mas propiciar um ambiente saudvel em que o discente se sinta confortvel em estar se relacionando com outros colegas e aprendendo a aprender.

Segundo Antunes (2008, p. 45): Como educar no significa apenas transmitir o legado cultural s novas geraes, mas tambm ajudar o aluno a aprender o aprender, despertar vocaes, proporcionar condies para que cada um alcance o mximo de sua potencialidade e, finalmente, permitir que cada um conhea suas finalidades e tenha competncias para mobilizar meios para concretiz-las, chega-se ao sentido estrutural da questo: o que significa educar. Em sntese: aprender a conhecer, fazer, viver junto a aprender a ser.

Antunes (2008) acredita que cinco atributos so importantes para uma excelente aula: O Protagonismo, onde o aluno o ator principal do processo; a Linguagem, pois necessrio falar para aprender; a Administrao de Competncias Essenciais Aprendizagem, ou seja, pensar, agir, refletir, perguntar; a Construo de Conhecimentos Especficos, onde o aluno faz uma ligao com o que se aprende e o que j se sabe; e o ultimo que a Auto Avaliao, que onde o aluno percebe o que sabia antes da aula e o que se sabe depois, ou seja, a transformao.

Torna-se necessrio que o educador se atualize em relao forma como as crianas e os jovens de hoje recebem informaes e aprendem, para rever os mtodos que utiliza no processo educacional.

No livro professores e professauros a importncia de uma aula excelente, exemplificada por 2 professores em momentos diferentes e depois feita uma analise de cada um, de grande importncia transcrever os exemplos, pois demonstrara uma metodologia eficaz para, principalmente, ajudar os alunos com dificuldades de aprendizagem. Primeiramente ser transcrito literalmente sobre a PROFESSAURA Segundo Antunes (2008, p, 53-54).

1 momento:

_Bom dia, queridos alunos. Vamos hoje estudar a Grcia Antiga. Para que a aula comece, por favor, alinhem suas carteiras. Isto, bem alinhadas, vocs compreendem que sem ordem impossvel a aprendizagem. Excelente. Agora, meus queridos, coloquem sobre sua carteira todos os recursos necessrios para a aula, mas apenas os necessrios. Lpis, borracha, canetas, rgua e, evidentemente, o caderno e o nosso livro didtico. Excelente. Podemos ento comear.2 momento:_Agora, queridos, prestem muita ateno. Vou escrever na lousa meu plano de aula, destacando o tema, seus subttulos e as idias principais referentes a cada um deles. Copiem com ateno e, se notarem que sublinhei algumas palavras, sublinhou tambm. Aps o registro dessa matria, explicarei detalhadamente cada item proposto. No vejo razo alguma para conversarem durante essa copia e, se isso ocorrer, imediatamente pra a aula e fao chamada oral, valendo para nota. Fui clara?

3 momento:_Bem, meus anjos. Agora que todos j tm em seu caderno as anotaes bsicas que do estrutura ao tema, ouam minhas explicaes e os detalhes que apresentarei seguindo a seqncia da lousa. essencial que estejam atentos primeiro porque se o pilhar distrados faz uma chamada oral e segundo porque, aps minhas explicaes, darei um tempo para que faam suas anotaes pessoais no caderno, logo abaixo da copia do plano de aula. Fui clara? Ento vamos comear...4 momento_Bem, meus queridos, como eu havia dito chegada a hora da construo. Vou percorrer as carteiras e se algum tiver alguma dificuldade, erga o brao que estarei pronto para a ajuda. Nesta oportunidade vocs tm a tarefa de sintetizar as explicaes que acabei de apresentar, anotando-as em seu caderno. No necessria uma rotina e nem quero ditado. Gostaria que vocs usassem suas prprias palavras para essa sntese. Podemos ento comear.5 momento _Muito bem amigos. A aula est chegando ao fim. Lio de casa. Devem procurar no nosso livro didtico o tema que apresentei. Est entre as pginas 39 e 46. Devemos ler esse contedo e se notarem elementos novos em relao aula, por favor, anote no caderno. Cada caderno deve assim conter, para cada item da matria, trs partes distintas: a primeira com a cpia do meu plano de aula, a segunda com as referncias pessoais de cada um de vocs a partir de minhas explicaes e a terceira, e ltima, possveis anotaes sobre acrscimos ao contedo, tomando por base nosso livro didtico. Tudo bem. Ento at logo, at a prxima aula.

Na anlise de Antunes (2008) com relao a esta aula, ele demonstra que a professora possui domnio sobre o contedo, bem organizada, mas no d a oportunidade do aluno se expressar. O aluno somente escuta o que a professora diz, no houve dilogo.

Percebemos nesta aula que a professora muito rgida e no d oportunidade para o aluno se expressar e d a sua opinio. Ela somente impe o que deve ser feito e no deixa o aluno seguro para dizer algo que favorece a aprendizagem.

Agora ser retratada uma aula de PROFESSORA chamada Dorotha, Segundo Antunes (2008 p. 55-57):1 momento_Bom dia, queridos, vamos comear nossa aula. Algum se lembra sobre o que ser? Sabe o que j sabemos e o que falta saber? Muito bem. Ento imaginem o seguinte; pensem que puderam entrar em meu sonho e que eu sonhei que o Ricardo que ali est sentado havia despencado de uma falsia. Provavelmente vocs sabem o que despencar, mas ignoram o que falsia. Ento, enquanto eu fao a chamada, organizem-se em duplas e discutam sobre o que poderia ser uma falsia, considerando o verbo despencar. Exponham idias, discutam possibilidades.2 momento_Bem. Queridos, agora que vrias probabilidades foram cogitadas, por favor, me ajudem. Se eu desejar saber efetivamente o que falsia, como buscar essa resposta? Vamos l gente. Estou ponta para sugestes. Veja, a Helena falou em internet, a Claudinha mencionou uma enciclopdia, o Ricardo lembrou que certas entrevistas podem ajudar, a Paulinha recordou o nosso livro didtico e o Luiz Fernando lembrou que at um telefonem especifico pode nos ajudar. Viram? Quantas fontes podem ser buscadas? Mas de todas as que se citou, a que aqui disponho o livro didtico, vamos ento buscar essa resposta? Paulinha procure essa resposta no livro e leia em voz alta para todos ns. Excelente. Agora vamos fazer uma experincia? Quero que vocs repitam o conceito de falsia que o livro destacou, mas no vele usar todas as palavras do texto. Modifiquem vontade, mas lembre-se que o conceito tem que se manter valido.

Vocs sabem, existem sempre muitas maneiras de se dizer a mesma coisa. Excelente. J temos diversos conceitos de falsia aqui construdos.3 momento_ Bem, amigos, prosseguindo, vamos ampliar a idia que o conceito nos traz. Vou percorrer as carteiras e atribuir a cada aluno uma cor diferente, entre seis que escolhi. Aceito sugestes. Muito bem, agora cada aluno j possui sua cor. Mudem de lugar e se agrupem conforme a cor indicada. Neste canto os verdes, por favor. Os amarelos ali. Excelente. Agora vou passar uma tarefa para cada cor pesquisar, debater, discutir e concluir. Verdes: Que comparaes as falsias nos suscitam com outras formas litorneas aprendidas? Azuis: Em um sentido figurado, qual associao se pode fazer com falsia e um ato esportivo? Vermelhos: Como sintetizar esse conceito, de foram a torn-los completo, ainda com menos palavras que as construdas originalmente? Alunos do grupo Branco: Pesquisem no espao que a escola ocupa onde mais encontrar explicaes sobre o tema Excelente.

4 momentoNa mesma ou na aula seguinte:

_Reparem agora, pessoal, que vou percorrer os grupos e atribuir para cada aluno uma letra diferente, assim qualquer grupo ter algum que, na prxima etapa, ser A, outro que ser B, outro C e assim por diante. Pronto. Agora, por favor, desfaam os grupos originais com nomes de cores e formem novos grupos com alunos com a mesma letra. Excelente. Vocs repararam que na nova organizao grupal existe para cada novo grupo um ou dois dos grupos anteriores? Portanto, neste novo grupo, todos os temas anteriores esto presentes e, quando eu der um sinal, os verdes expem suas concluses, depois os amarelos e assim por diante quando todos terminarem, toda a classe assumiu todas as discusses. Ento dessa forma prontos para que eu faa para qualquer um perguntas de todos os temas discutidos.

5 momento_Bem, amigos, nossa aula est terminando. Gostaria que agora, em suas casas, pesquisassem esse assunto no seu livro didtico e em outros que eventualmente podem dispor. A tarefa ser a de ampliar os saberes sobre o tema e buscarem uma linguagem diferente para na prxima aula apresentar. Aceito respostas atravs de um coral, de um desenho, de mmicas, com montagens e recortes, como pardia de uma msica do momento. Enfim, a misso de vocs ser a de mostrar a todos ns que no apenas com palavras podemos expressar o contedo apreendido. Alguma dvida? Ento, at logo e passem bem.

Para Antunes (2008, p.57): evidente que esse fragmento mostra uma das maneiras de Dorotha ministrar sua aula, pois em outras de novas estratgias se valera. No parece muito provvel que a professaura conhea muitas estratgias, mas possvel imaginar que essa situao no esta fora de cogitao.

Segundo Antunes (2008) A PROFESSAURA interage com os alunos, apia-os a confrontar informaes com a realidade. O aluno participativo e protagonista no processo ensino/aprendizagem.

Percebemos nesses exemplos as diferenas que existem entre as duas professoras, uma que domina o contedo, mas no tem tcnicas que favoream ao aprendizado e a participao do aluno. A outra j tem o prazer de estar em sala de aula, se preocupa com os alunos, tenta fazer com que todos participem e que desenvolvam atividades prazerosas, estimulando a todos a estar ali com os outros alunos e interagindo, procurando aprender com as experincias dos outros colegas.

O professor precisa ser mediador e facilitar no processo de ensino/aprendizagem. Acreditamos que um dos grandes problemas para os alunos com dificuldades seja a falta de estimulo, o compromisso do professor em fazer o seu papel e proporcionar um ambiente em que se tenha segurana e no medo. Porque a grande maioria dos alunos no tem respeito, mas medo do professor e por isso no se sente a vontade em tirar duvida ou interagir com os colegas. O aluno deve s envolver com as atividades e todos juntos trabalharem em prol de uma educao com mais qualidade.

Segundo Kauark e Silva (2008, p. 269): a metodologia da escola deve ser adequada, envolvendo seus alunos. E no momento em que surgir algum problema com algum aluno importante que haja uma mobilizao por parte da escola, a fim de que solucionem a possvel dificuldade. A escola deve esforar-se para a aprendizagem ser significativa para o aluno. Com isso todos ganham: a escola, a famlia e, principalmente, a criana.

2.2 O PAPEL DO PROFESSOR COMO MEDIADOR NA APRENDIZAGEM

papel de o professor proporcionar e promover uma aprendizagem significativa, atravs de suas intervenes pedaggicas. A motivao muito importante em todo o processo de ensino/aprendizagem. A criana ao se sentir segura ter mais liberdade em buscar solues para o seu processo de adquirir conhecimento.

Segundo Fonseca (1995, p. 131): a noo de motivao est tambm intimamente ligada noo de aprendizagem. A estimulao e a atividade em si no garantem que a aprendizagem se opere. Para aprender necessrio estar-se motivado e interessado. A concorrncia de aprendizagem depende no s do estimulo apropriado, como tambm de alguma condio interior prpria do organismo (sede, curiosidade, etc.)

O auxilio do docente deve ser proporcional necessidade de cada criana, procurando se dedicar mais as que tm dificuldades de aprendizagem, ajudando-as a superar os medos. O professor tem que ser o mediador de aprendizagem, pois ele tem um papel muito importante e fundamental no crescimento da criana, mediando e propondo situaes que sejam positivas para uma boa qualidade de ensino. Uma pessoa no consegue aprender sem o outro, necessrio que exista a socializao e o professor essencial neste processo atravs de sua postura tica e observadora.

Segundo Libneo (2008, p. 47) a caracterstica mais importante da atividade profissional do professor a mediao entre o aluno e a sociedade, entre as condies de origem do aluno e sua destinao social na sociedade, papel que cumpre provendo as condies e os meios (conhecimentos, mtodos, organizao do ensino) que assegurem o encontro do aluno com as matrias de estudo. Para isso, planeja, desenvolve suas aulas e avalia o processo de ensino.

O professor que se compromete com uma postura mediadora e com opes pedaggicas positivas, desenvolvendo atividades significativas em que seja despertado o prazer, a vontade de estar partilhando com o outro, estar ajudando e favorecendo no processo da construo do conhecimento.

Ainda segundo este mesmo autor (2008, p.47) o trabalho docente constitui o exerccio profissional e este o seu primeiro compromisso com a sociedade. Sua responsabilidade preparar os alunos para se tornarem cidados ativos e participantes na famlia, no trabalho, nas associaes de classe, na vida cultural e poltica. uma atividade fundamentalmente social, porque contribui para a formao cultural e cientfica do povo, tarefa indispensvel para outras conquistas democrticas.

o professor que tem a responsabilidade de criar um ambiente educativo, onde possibilitar condies para o aprender, no se esquecendo que cada criana tem suas limitaes. Ser mediador no ser controlador, e sim observar o andamento do processo ensino/aprendizagem e conforme necessrio mudando a metodologia, ajustando uma coisa aqui, outra ali, ouvindo as opinies dos alunos e juntos procurarem uma melhor soluo. Sobre esta questo Freire (1996, p. 43) afirma que [...] na formao permanente dos professores, o momento fundamental a de reflexo crtica sobre a prtica. pensando criticamente a prtica de hoje ou de ontem que se pode melhorar a prxima prtica.

As escolas antigamente usavam a educao bancria, onde os alunos tinham que ficar enfileirados, calados e prestando ateno no que o professor estava passando. Hoje se acredita e se v em muitas escolas as metodologias participativas, que so as mais eficazes ao aprendizado. Mas muitos professores ainda resistem a esta mudana, dificultando e prejudicando, principalmente, os alunos com dificuldades de aprendizagem. A metodologia eficaz aquela que ajude o aluno a pensar e a ver o mundo de uma forma diferente, em que cada dia que saia da sala de aula seja outra pessoa. essa a metodologia que ajuda o aluno a aprender a aprender.

Segundo Antunes (2008, p.23) um verdadeiro mestre usa a sala de aula, mas sabe que seus alunos aprendem dentro e fora da mesma e, dessa forma, quando a esse espao se restringe faz do mesmo um elo estimulador de desafios, interrogaes, proposies e idias que seus alunos, em outros espaos, buscaro. Uma aula de verdade no se confina sala de aula e os saberes na mesma provocados representam desafios para que os alunos os contextualizem na vida que vivem. Professauros adoram salas de aula, pois, confinados em espaos restritos, no contam com a crtica de quem analisa sua repetitiva conduta.

O papel do professor formar cidados crticos e atravs de sua postura dentro de sala de aula que o aluno se sentir a vontade para se expressar, dar a sua opinio. No se pode podar o aluno, deve deix-lo vontade, mas no esquecendo de que existem regras. No basta apenas deixar o educando fazer o que quer, mas mostrar que em toda sociedade temos regras e devemos segui-las. necessrio que o professor esteja disponvel ao dilogo, e com esta abertura poder mediar e guiar o aluno para um caminho de respeito, liberdade, conhecimento. A realidade de cada aluno pode ser um tema para discusso, mostrando os problemas de sua comunidade, comparando com outra e buscando at mesmo solues para os problemas enfrentados por eles. Porque o sujeito que se abre ao mundo e aos outros inaugura com seu gesto a relao dialgica em que se confirma como inquietao e curiosidade, como inconcluso em permanente movimento na histria. (FREIRE, 1996, p.154)

O educador ao estar refletindo sobre suas prticas precisa entender a importncia do seu papel ao estar proporcionando meios para direcionar a criana e o jovem a um caminho de reconhecimento social. A criana e o jovem precisam perceber suas relaes com os outros e assumir o seu papel perante sociedade, entendendo que possuem direitos e deveres, e que so capazes de expressar suas opinies e se sentir atuante e participante.

Segundo Freire (1996, p. 46) uma das tarefas mais importantes da prtica educativo-crtica propiciar as condies em que os educandos em suas relaes uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experincia profunda de assumir-se como ser social e histrico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de reconhecer-se como objeto. A assuno de ns mesmos no significa a excluso dos outros. a outredade do eu, ou do tu, que me faz assumir a radicalidade de meu eu.

Incentivar a exposio verbal um caminho bastante proveitoso, pois o professor estar dando a oportunidade do aluno dizer que pensa e o que deseja saber, no se esquecendo da importncia do educador como mediador no processo de aprendizagem.

Segundo Antunes (2008, p. 110): aceitar a idia de que os alunos possam substituir os professores significa reduzir o sentido o valor de um verdadeiro mestre. Por essa razo, as exposies verbais podem ser utilizadas como interessantes situaes de aprendizagem desde que no visem transformar alunos em professores substitutos, mas sim em se constituir uma estratgia de aprendizagem na qual os alunos se apropriam dos conhecimentos que puderam construir e, orientados pelo professor, dividem esses conhecimentos com os colegas. , assim, uma situao de aprendizagem e no de ensino, razo pela qual importante que o professor possa ajudar os alunos em cada etapa do processo.

O professor precisa ser mediador e facilitador, favorecendo e direcionando o aluno para um caminho de autonomia e responsabilidade, mostrando a realidade e construindo um ambiente em que o aluno reflita sobre as atitudes ou aes que possam propiciar a sua vida e a de sua comunidade. E atravs desta autonomia que o aluno se sentira preparado para questionar as duvidas que o incomode e assim assumirem um papel principal no momento do ensino/aprendizagem.

Segundo Freire (1996 p.66-67): o professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto esttico, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosdia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que ele se ponha sem seu lugar ao mais tnue sinal de sua rebeldia legitima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente experincia formadora do educando, transgride os princpios fundamentalmente ticos da nossa existncia. nesse sentido que o professor autoritrio, que por isso mesmo afoga a liberdade ao educando, amesquinhado o seu direito de estar sendo curioso e inquieto, tanto quanto o professor licencioso rompe com a radicalidade do ser humano- a de sua inconcluso assumida em que se enraza a eticidade. neste sentido tambm que a dialogicidade verdadeira, em que os sujeitos dialgicos aprendem e crescem na diferena, sobretudo, no respeito a ela, a forma de estar sendo coerentemente exigida por seres que, inacabados, assumindo-se como tais, se tornam radicalmente ticos.

CONSIDERAES FINAIS

Conclumos que o melhor mtodo aquele em que o aluno seja parte importante e integrante do processo, onde o mesmo possa expressar as suas opinies e no venha a sentir medo do professor, mas respeito e apoio para poder contar com suas motivaes. O professor precisa mediar aprendizagem e as interaes com outros colegas. No basta apenas estar frente, na sala de aula, falando e fazendo com que os alunos engulam as informaes e no possam debater e expor as suas opinies, ansiedades e duvidas. O verdadeiro professor aquele em que motiva o aluno a procurar informaes e ser pesquisador em constante aprendizagem.

A criana com dificuldade de Aprendizagem precisa de mais apoio, mais ateno e observao. A famlia essencial no sentido de identificar o que esta ocasionando a dificuldade, principalmente os pais, pois os mesmo podem e devem ajudar o professor a auxiliar o aluno, juntamente com um profissional, o psicopedagogo, que iro procurar estratgias que possam direcionar o aluno para uma aprendizagem eficaz e de qualidade.

Cabe exemplificar as dificuldades de pesquisadora dentro de sala de aula e fora dela, uma vez que ocorreram devido postura dos professores. Por serem muito tradicionalistas e autoritrios a fazia sentir medo de falar ou se expressar de alguma forma, seja verbal ou corporal. Sentia pavor e vergonha quando tirava notas baixas, pois os alunos a ficavam olhando de forma diferente. Aquela situao foi transformando-a em uma criana fechada e com baixa auto-estima. No tinha uma orientao e se sentia sozinha naquele mundo estranho. Houve um momento, na 4 serie (atual 5 ano), em que a professora pediu que todos os alunos ficassem de p, ao se levantar, sem querer a pesquisadora derrubou a carteira. A professora ficou irada, a apertou pelo brao e deu uma bronca na frente de todos. A partir daquele momento a pesquisadora procurou sempre ficar quieta, calada, sentada, olhando para frente, com medo da professora brigar com ela. Essa postura da professora foi extremamente errada, e ainda hoje vemos docentes com este pensamento e se sentido autoritrios e detentores do saber. Como uma criana pode aprender algo em um ambiente que sente medo e pavor? Como interagir com outras crianas se para ela, naquele momento, era a coisa errada?

A pesquisadora, no seu relacionamento com a famlia, no tinha muita segurana em se expressar com os pais, por serem muito autoritrios. Era muito tmida, quieta e isso se refletia dentro de sala de aula, pois se sentia um peixe fora dgua e no conseguia aprender, talvez por conta de sua me no tiver identificado suas dificuldades, seja observao ou com a ajuda de um profissional. O pai tambm, por conta do seu autoritarismo, a fazia sentir medo e pavor em falar algo ou questionar. Mas a forma em que os pais da pesquisadora a educava, era a forma que eles achavam correta. Acreditamos que se um profissional estivesse frente deste problema, a pesquisadora teria tido uma forma diferente de ver a vida, mas hoje, com uma maturidade j consegue entender a postura dos pais, e ela mesma teve que mudar e procurar a ajuda de um profissional. E foi assim que conseguiu ultrapassar as barreias da baixa auto-estima, timidez, falta de confiana em si mesma. Foi assim que procurou quebrar a barreira e os obstculos das dificuldades.

Pode-se verificar nesses exemplos a importncia do professor e da famlia na vida de uma criana, se tornando necessrio o olhar, a observao, porque um gesto mal interpretado pode ocasionar traumas bastante desastrosos para a vida do aluno. Muitas crianas com dificuldades so vistas como preguiosas e que no tm interesse em aprender.

O psicopedagogo, profissional preparado, tem o papel de direcionar o professor e a famlia para uma postura de ajuda. Procurando identificar a melhor forma de solucionar o problema e procurando criar estratgias que iro ajudar o aluno a se posicionar de uma forma positiva perante a aprendizagem.

A criana com dificuldades, precisa se sentir segura no ambiente em que ocorre a aprendizagem, pois assim ela ter uma maior confiana em se expressar. A interao do professor, famlia e psicopedagogo, so relevantes e de grande valia para o processo de ensino/aprendizagem.

A formao continuada dos educadores um ponto muito importante para que haja uma mudana proveitosa na nossa educao. A interao com a famlia e o apoio e interveno dos psicopedagogos so essenciais, pois so profissionais preparados para lidar com este tipo de situao.

Um educador tradicionalista no ser capaz de educar pessoas criticas, porque para isso preciso que haja uma reflexo das coisas, das mudanas. Um professor que no procure se aperfeioar, no ser capaz de direcionar e mediar o educando para uma postura positiva perante a sociedade. necessrio que haja uma mudana na metodologia tradicional, bancaria, porque o aluno precisa falar, dialogar.

importante que os professores procurem o melhor em termos de ensino, se interem dos fatos referentes sua rea, reflitam sobre suas praticas e sobre o porqu dessas prticas, se feita com carinho, com vontade, com alegria e com compromisso e responsabilidade. Essas atitudes podero trazer um grande bem para todos os envolvidos com o processo pedaggico. Para ser professor importante que tenha o desejo de ser, e no simplesmente uma circunstancia que o levou a essa posio. Para ser professor importante que o primeiro se queira.

O profissional precisa se qualificar e procurar sair da postura de inrcia tentando enxergar a sala de aula como um ambiente em que o aluno tambm possa se expressar e dar a sua opinio, no sendo um mero receptor de informaes mas aquele que soma e que trs tambm algo que ser importante para todos.

Cabe ao professor e a famlia ficar atentos ao desenvolvimento do aluno, procurando sempre observar e verificar se ele est conseguindo aprender de uma forma sadia e eficaz para o seu desenvolvimento.

Esse trabalho nos deu a oportunidade de verificar que atuao do professor dentro de sala de aula e a falta de preparo em direcionar as crianas para uma autonomia positivamente estimulada, fortalecendo mais as dificuldades dos alunos. Esses problemas ocorrem, por conta da metodologia e da dificuldade de trabalhar os limites e a reao com os alunos. Acreditamos que o ambiente alegre, onde se tenham brincadeiras seja uma das metodologias que deveria estar inserida no ambiente escolar.

Enfim, o aluno no uma folha em branco, mas um ser que j vem com experincias e conhecimentos que podem ser acrescidos com as informaes de outros alunos. No cabe somente ao professor ficar em sala de aula, frente, em um patamar maior, como se fosse o detentor de todo o saber, mas como um mediador e facilitador de uma aprendizagem que favorea a todos, e ser, principalmente, um observador para saber identificar aqueles que precisam de mais ateno. Um verdadeiro docente i que se entrega a profisso, com amor e dedicao para que a nossa educao possa se transformar e for vista como algo positivo e saudvel para as nossas crianas.

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Bodelo, Camila Peruzzi

Dificuldades de Aprendizagem no Ensino Fundamental I (7 a 10 anos).

36 pginas

Monografia FACESPI Faculdade Corporativa CESPI. Ps-graduao.Ps-graduao em Psicopedagogia Institucional

Orientador:

Estudo Formao