Disfunções Miccionais

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Disfunções miccionais de origem neurogênica, pelo urologista, Dr. Marcelo Arruda. Apresentação no Simpósio de Neurociência e Reabilitação 2008, em Campo Grande - MS, realizado pela Adone e Unepe.

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Disfunção Miccional de Origem Neurogênica

Dr. Marcelo de Arruda

Campo Grande-MS 20/11/2008

Disfunção Miccional de Origem Neurogênica

Incontinência Urinária:

A Sociedade Internacional de Continência (ICS) define como “perda involuntária de urina objetivamente demonstrável que representa um problema social ou higiênico”.

Causas

Lesões Periféricas:

-Cirurgias pélvicas extensas

-Hérnia de disco (ca colo/colo útero)

-Trauma coluna

Lesões Centrais abaixo de Ponte:

-Traumas medulares

-Tumores

-Lesões Infecciosas

-Esclerose Múltipla

Tabela 1: Avaliações de situações presumíveis

Incontinência urinária por insuficiência esfincteriana (perda com enchimento pequeno, sem resíduo significativo)

-Conduta imediata = coletores externos-Conduta definitiva = postergada

Incontinência com grande resíduo urinário (perda urinária e obstrução ou bexiga com reflexo tardio e contração detrusora comprometida)

-Conduta imediata = cateterismo intermitente ou sonda de demora-Conduta tardia= postergada

Incontinência com evidências de bexiga reflexa e resíduo pequeno (perdas com urgência e esvaziamento satisfatório)

-Se cooperativo = terapia comportamental, drogas relaxantes vesicais-Não cooperativo = coletores externos, cateter de demora

Tabela 2: Condições determinadas por exame urodinâmico

Perda urinária à baixa pressão intravesical por incompetência esfincteriana

Risco para o trato superior Pequeno

Condutas -Micções programadas-Coletores externos-Esfíncter artificial-Injeções uretrais-Cirurgias de sling

Incontinência associada a esvaziamento precário por detrusor hipoativo

Risco para o trato superior Médio (pressões moderadas, infecções urinárias)

Condutas -Cateterismo intermitente-Drogas alfabloqueadoras-Manobras de Credé e Valsalva

Tabela 2: Condições determinadas por exame urodinâmico (Continuação)

Incontinência por bexiga reflexa Sem dissinergia vesicoesfincteriana (espinal)

Risco para o trato superior Pequeno (baixas pressões intravesicais)

Condutas -Micções por estímulos hipogástricos-Drogas relaxantes vesiciais e cateterismo intermitente-Coletores Externos

Incontinência por bexiga reflexa Com dissinergia vesicoesfincteriana (espinal)

Risco para o trato superior Elevado (altas pressões intravesicais)

Condutas -Drogas relaxantes vesicais e cateterismo intermitente-Ampliação vesical e cateterismo intermitente-Esfincterotomia externa e coletor urinário externo-Derivação urinária-Sonda vesical ou cistostomia

Tabela 2: Condições determinadas por exame urodinâmico (Continuação)

Incontinência por bexiga reflexa e urgência miccional (cortical) com paciente cooperativo

Risco para o trato superior Variável, de acordo com grau de obstrução prostática

Condutas -Terapia comportamental-Drogas relaxantes vesicais-Às vezes, RTU e próstata-Neuromodulação-Ampliação/substituição vesical

Incontinência por bexiga reflexa e urgência miccional (cortical) com paciente não-cooperativo

Risco para o trato superior Variável, de acordo com grau de obstrução prostática

Condutas -Coletores externos com ou sem RTU de próstata-Drogas relaxantes vesicais-Sondas urinárias (uretrais ou cistostomia)

Causas (cont.)

Lesões Centrais acima da Ponte:

-Ataxia Cerebelar

-AVE

-Doença Parkinson

-Esclerose Múltipla

-Demência Senil

-Paralisia Cerebral

Bexiga do Lesado Medular

Lesão

• Superior S2 _S4 (hiperreflexia)

• Inferior (hiporeflexia)

Choque medular – 6 semanas

Hiperreflexia - Tratamento•Anticolinérgicos

•Cateterismo Intermitente

•Esfincterotomia

•Rizotomia (Denervação)

• Ampliação Vesical

Dissinergia Vesicoesfincteriana