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17 Edição | Dezembro | 2012a
Ministério daFazenda
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Sumário Executivo
Atividade Econômica
Emprego e Renda
Inflação
Juros e Crédito
Política Fiscal
Setor Externo
Panorama Internacional
Glossário
Índice
7
9
35
53
61
81
93
111
135
NOTA
O Relatório “Economia Brasileira em Perspectiva”, publicado pelo Ministério da Fazenda, consolida e atualiza as principais variáveis econômicas do Brasil. O documento é coordenado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), com a contribuição dos seguintes órgãos deste Ministério: Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Secretaria de Assuntos Internacionais (SAIN), Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).Nesta edição, os dados estão atualizados até 6 de dezembro de 2012.
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Sumário Executivo
Economia brasileira preparada para um crescimento sustentável
Mesmo com a ausência de dinamismo das economias avançadas e fraco comércio internacional, o Brasil retorna à trajetória de crescimento, no terceiro trimestre, e conta com expectativas muito positivas para 2013.
Com o objetivo de ampliar ainda mais a capacidade produtiva do País, o Governo tem tomado medidas de incentivos à produção e ao investimento. Além da importância dos investimentos públicos, especialmente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), os investimentos privados também cumprem um papel fundamental para o crescimento.
A forte ampliação das concessões em infraestrutura se alinha com estímulos ao desenvolvimento de mercado de crédito privado de longo prazo. Ao mesmo tempo, objetivando aumentar a competitividade da economia, o Governo Federal tem ampliado os setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamentos, anunciou medidas para reduzir o custo da energia, bem como um amplo programa de financiamento com baixos custos por meio do PSI/BNDES.
O Brasil apresenta uma nova matriz macroeconômica, ímpar na história do país, muito promissora para o investimento, a produção e o emprego, com taxas de juros baixas, custos financeiros reduzidos para empresas e famílias, taxa de câmbio mais competitiva, e sólidos resultados fiscais. Por tudo isso, o país está preparado para experimentar mais um ciclo de longo prazo de crescimentos sustentável.
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Atividade Econômica
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
A despeito da queda da atividade econômica mundial, a economia brasileira cresceu 2,4% em termos anualizados no terceiro trimestre de 2012. Além disso, os bons números dos indicadores de atividade já divulgados apontam resultados positivos para o quarto trimestre. As perspectivas para 2013 são promissoras.
O governo vem adotando um conjunto de medidas de natureza permanente que visam aumentar a competitividade das empresas nacionais. Os investimentos em infraestrutura por meio do PAC e o programa de concessões já estão em curso. A desoneração da folha de pagamentos para 40 setores, o programa de redução do custo da energia elétrica e o novo regime automotivo que deverá vigorar entre 2013 e 2017 são outros exemplos do compromisso do governo com o crescimento sustentável, com aumento do investimento e da competitividade da economia.
Recuperação da atividade econômica
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Crescimento do PIB (% trimestral, com ajuste sazonal)
O crescimento acelera
Mesmo abaixo do esperado, o crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2012 foi maior do que nos trimestres anteriores, indicando recuperação da atividade econômica. As medidas de impulso adotadas pelo Governo Federal já começam a dar sinais de efetividade e tendem a se intensificar nos próximos meses.
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
III. 2012II. 2012I. 2012IV. 2011III. 2011II. 2011I. 2011
0,7 0,50,1 0,1 0,1
0,2 0,6Dados em: % trimestral, com ajuste sazonal
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Crescimento do PIB: Demanda e Oferta (% trimestral, com ajuste sazonal)
Crescimento econômico: demanda e oferta
O crescimento do PIB pelo lado da oferta foi bastante influenciado pelo desempenho da Agropecuária (2,5%) e da Indústria (1,1%), destacando-se a indústria de transformação e a construção civil. Pelo lado da demanda, o aumento do consumo das famílias (0,9%) foi o principal determinante positivo para o crescimento.
-2
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Formação Bruta de
Capital Fixo
Consumo do Governo
Consumo das Famílias
PIBServiçosIndústriaAgropecuária
Oferta Demanda
2012T3 2012T2
2,5 1,
1
0,0 0,6 0,
9
0,1
6,8
0,5
0,2 0,7 1,0
-2,0
-1,8
-1,6
2012 T2 2012 T3
Dados em: % trimestral, com ajuste sazonal
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Contribuições ao Crescimento do PIB: Lado da Oferta (% anual e p.p.)
Crescimento do PIB: ótica da oferta
2007 2008 2009 2010 2011 2012*
PIB
Serviços
Indústria
Agropecuária
Impostos sobre produtos
6,1
5,2
7,5
-0,3
2,70,9
1,1
3,5
1,3
0,2
1,1
2,8
1,0
0,3-1,3-0,2
0,0
1,2
1,6
3,2
2,4
0,3
0,61,60,4
0,2
0,20,80,0
-0,2
PIB Impostos Serviços Indústria Agricultura
Dados em: % anual e p.p.
* Acumulado nos últimos 4 trimestres
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
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Atividade Econômica
Contribuições ao Crescimento do PIB: Lado da Demanda (% anual e p.p.)
Crescimento do PIB: ótica da demanda
2007 2008 2009 2010 2011 2012*
6,15,2
-0,3
7,5
2,70,9
PIB
Var. estoques
FBCF
Consumo do governo
Consumo das famílias
Importações
Exportações
0,9
2,3
3,7
1,0
0,5
-2,3
0,5
2,4
3,4
0,1
0,6
-1,8
1,00,62,6
-2,1-1,2-1,3
3,9
0,9
4,2
-4,0
1,31,3
0,50,90,42,4
-0,4
-1,2
0,6
1,6
0,1
-0,7
-0,5
-0,2
PIB Estoques Exportação FBCF Consumo do governo Consumo das famílias Importações
Dados em: % anual e p.p.
* Acumulado nos últimos 4 trimestres
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Serviços: 3º Trimestre de 2012 (% trimestral, com ajuste sazonal)
PIB no 3º Tri: comportamento do setor de serviços
O setor de serviços não cresceu no quarto trimestre de 2012 em virtude do desempenho negativo do setor financeiro que encolheu 1,3%.
-1,5
-1,2
-0,9
-0,6
-0,3
0,0
0,3
Administração, saúde e
educação públicas
Atividades imobiliárias
e aluguéis
Outros serviços
Intermediação �nanceira e
serviços relacionados
Serviços de informação
Transporte, armazenagem
e correio
Comércio
0,6
0,4
-0,1
0,5
-1,3
0,3 0,4 0,1 Dados em: % trimestral, com ajuste sazonal
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
PIB, Consumo das Famílias e Investimento (% anual)
Investimento cresceu acima do PIB e do consumo desde 2006
Com exceção de 2009, ainda sob o efeito da crise financeira do ano anterior, o investimento cresce acima do PIB no Brasil desde 2006. O crescimento médio do PIB de 2006-2011 foi de 4,2%, enquanto que o investimento cresceu 9,1%, variação superior também a do crescimento do consumo das famílias (média de 5,4%).
-10
-5
0
5
10
15
20
25
-0.3
9,8
13,9
13,6
-6,7
21,3
4,7
9,1
5,2
6,1
5,7 4,
4
6,9 4,
1
5,44,
0
6,1
5,2
7,5 2,
7 4,2
Média 2006-2011
201120102009200820072006
FBCF Consumo das famílias PIB
PIB Consumo das famílias Investimento
Dados em: % anual
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
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Atividade Econômica
Índice de Produção Industrial (número-índice, com ajuste sazonal (2002=100))
Produção industrial sinaliza retomada do crescimento
A produção industrial registrou aumento de 0,9% em outubro de 2012 ante setembro, sustentada principalmente pela elevação na fabricação de bens intermediários (0,6%). No terceiro trimestre de 2012, o avanço em relação ao trimestre anterior já havia sido de 1,1%. O resultado de outubro reforça as expectativas favoráveis quanto à atividade do setor industrial.
90
95
100
105
110
115
120
125
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Out 2012
Jun 2012
Mar 2012
Dez 2011
Set 2011
Jun 2011
Mar 2011
Dez 2010
Set 2010
Jun 2010
Mar 2010
Dez 2009
Set 2009
Jun 2009
Mar 2009
Dez 2008
Set 2008
Jun 2008
Mar 2008
Dez 2007
Set 2007
127,0
Número-índice (média 2002=100)
Dados em: número-índice, com ajuste sazonal (2002=100)
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria - NUCI (%)
Estabilidade na utilização da capacidade instalada
O NUCI-FGV atingiu o patamar de 84% em novembro de 2012 e o NUCI-FIESP manteve-se estável entre agosto e setembro. Espera-se um aumento da utilização em direção à plena capacidade de produção para um crescimento sustentável no quarto trimestre, refletindo a recuperação industrial e a redução dos estoques.
75
77
79
81
83
85
87
89
Nov 2012
Set 2012
Jul 2
012
Abr 2012
Jan 2012
Out 2011
Jul 2
011
Abr 2011
Jan 2011
Out 2010
Jul 2
010
Abr 2010
Jan 2010
Out 2009
Jul 2
009
Abr 2009
Jan 2009
Out 2008
Jul 2
008
Abr 2008
Jan 2008
Out 2007
84,0
81,1
NUCI - FIESP** NUCI - FGV
FGV FIESP*
Dados em: %
* Abrange apenas a indústria do Estado de São Paulo
Fonte: FGV e FIESPElaboração: Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Pesquisa Mensal do Comércio (var. % mensal acumulada em 12 meses)
Vendas no varejo estão robustas
As vendas no varejo restrito e ampliado seguem tendência de aceleração, registrando taxas de crescimento acumulado em doze meses de 8,1% e 6,6%, respectivamente.
8,1
6,6
0
2
4
6
8
10
12
14
Set 2012
Jul 2
012
Mai 2012
Mar 2012
Jan 2012
Nov 2011
Set 2011
Jul 2
011
Mai 2011
Mar 2011
Jan 2011
Nov 2010
Set 2010
Jul 2
010
Mai 2010
Mar 2010
Jan 2010
Nov 2009
Set 2009
Con�ança Mercado Imobiliário Con�ança nos Negócios
PMC PMC Ampliada*
Dados em: var. % mensal acumulada em 12 meses
* Inclui veículos, motos, partes e peças, e material de construção
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Índices de Confiança: Indústria e Serviço (pontos, com ajuste sazonal)
Fortalecimento da confiança
O índice de confiança do setor de serviços está na zona do otimismo. Em novembro, apresentou sua terceira alta mensal consecutiva. A confiança da indústria também melhorou. Ambos indicadores sinalizam a continuidade do processo de recuperação econômica no quarto trimestre de 2012.
9095
100105110115120125130135140
Nov 2012
Out 2012
Set 2012
Ago 2012
Jul 2
012
Jun 2012
Mai 2012
Abr 2012
Mar 2012
Fev 2012
Jan 2012
Dez 2011
Nov 2011
Out 2011
Set 2011
Ago 2011
Jul 2
011
Jun 2011
Mai 2011
Abr 2011
Mar 2011
Fev 2011
Jan 2011
Dez 2010
Nov 2010
125,4
105,2
Índice de con�ança da indústriaÍndice de con�ança dos serviços
Índice de Confiança do Serviço Índice de Confiança da Indústria
Dados em: pontos, com ajuste sazonal
Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Produção de Veículos (var. % ante mesmo mês do ano anterior)
Produção de veículos retoma crescimento com estímulos do governo
A produção de veículos retomou a trajetória de crescimento impulsionada pelas medidas de incentivos, como a redução das alíquotas de IPI , com vigência até 31 de dezembro de 2012. Em outubro, houve expansão de 20,2% na produção quando comparada com mesmo mês de 2011. A continuidade desse movimento é esperada para o último bimestre do ano, levando a recorde anual de produção.
-30-25-20-15-10
-505
10152025
Out 2012
Set 2012
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012
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Jan 2012
Dez 2011
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Out 2011
Set 2011
Ago 2011
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011
Jun 2011
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Abr 2011
Mar 2011
Fev 2011
Jan 2011
Dez 2010
Nov 2010
Out 2010
6,9
10,1
2,4
24,5
2,6
2,3 4,
1 6,2
5,5
4,5
1,2
8,2
20,2
-4,2
-7,2 -6,2
-9,7
-9,1
-11,
4
-26,
1
-7,5
-7,7
-7,5
-3,6-1
,0
Dados em: var. % ante mesmo mês do ano anterior
Fonte: AnfaveaElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
PMI Manufaturas (índice)
Indicadores PMI sinalizam cenário promissor para a atividade
O indicador PMI Manufaturas de novembro aponta para expansão da atividade econômica. O indicador apresenta tendência de recuperação, atingindo em novembro o nível mais elevado desde abril de 2011.
45,00
46,75
48,50
50,25
52,00
53,75
55,50
57,25
59,00
Nov 2012
Set 2012
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Mar 2012
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011
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Nov 2010
Set 2010
Jul 2
010
Mai 2010
Mar 2010
Jan 2010
PMI Brasil Manufaturas
52,20
Dados em: índice
Valores acima de 50 indicam crescimento
Fonte: HSBC/MarkitElaboração: Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Consumo das Famílias em 2020: Brasil e Países Selecionados (R$ trilhões)
Mercado consumidor brasileiro será o quinto maior do planeta
Em 2020, o Brasil será o 5º maior mercado consumidor do mundo, com previsão de R$ 3,5 trilhões para o consumo das famílias. Esse fato é o resultado da acentuada melhora do nível de renda do brasileiro ao longo dos anos, além de ser um grande fator de estímulo para novos investimentos.
0
5
10
15
20
25
Itália
Inglaterra
França
Brasil
AlemanhaJa
pãoChina
Estados U
nidos
20,4
10,9
7,0 4,
4
3,5
3,2
3,0
2,8
2010 2020
2,2 3,5trilhões
trilhões
trilhões Dados em: R$ trilhões
Fonte: Revista Exame, Mckinsey e FecomércioElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
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Atividade EconômicaMercado de Consumo (posição)
Mercado consumidor brasileiro atrairá cada vez mais investimentos
Investidores reconhecem a tendência de crescimento do mercado consumidor brasileiro e, a despeito da crise internacional, o Brasil segue como um dos maiores destinos para investimentos em diversos setores.
Consumo brasileiroSetor 2012 2020
Perfumes e Fragâncias 1º 1º
Automóveis 4º 3º
Alimentos e Bebidas 4º 3º
Vestuário 5º 3º
Aviação doméstica 4º -
Motos 4º 3º
Computadores 3º -
Geladeiras 3º -
Produtos para animais de estimação 3º 2º
Dados em: posição
Fonte: Revista Exame, Mckinsey, Escopo, Euromonitor, Anfavea e AbracicloElaboração: Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Safra Brasileira de Grãos (milhões de toneladas)
Safra brasileira em 2012/2013 será recorde
A safra brasileira de grãos de 2012/13 será a maior já alcançada, atingindo 180 milhões de toneladas, a despeito do baixo crescimento da área plantada, indicando aumento de produtividade. A tendência crescente da produção agropecuária é resultado do aumento dos investimentos no setor.
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
2012/2013*
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2007/2008
2006/2007
2005/2006
2004/2005
2003/2004
2002/2003
2001/2002
2000/2001
1999/2000
83,0
100,3 96,8
123,2 119,1114,7
122,5
131,8
144,1135,1
149,3
162,8 166,2
180,2
* Previsão Conab
Dados em: milhões de toneladas
Fonte: Conab/MAPAElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Produção Agropecuária em Países Selecionados (número-índice, 2005=100)
Agropecuária brasileira é destaque no cenário mundial
O Brasil é um dos maiores produtores de bens agropecuários e sua produção crescerá mais do que a dos principais produtores mundiais, conforme projeção da FAO.
40
60
80
100
120
140
160
180
20192016
20132010
20072004
20011998
19951992
Brasil
Rússia
China
CanadáUE*
Estados Unidos
Índia
Estimativas
2014
Brasil Rússia Índia China EUA Canadá União Europeia
Dados em: número-índice, 2005=100
Fonte: FAOElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Investimentos Totais do Governo Federal (R$ bilhões, variação % no período)
Investimentos federais em alta
O ritmo dos investimentos do Governo Federal tem crescido ao longo de 2012, em comparação com 2011. Até outubro, os investimentos estão 22,9% acima do mesmo período do ano passado.
0
10
20
30
40
50
60
Até OutAté SetAté AgoAté JulAté JunAté MaiAté AbrAté MarAté FevAté Jan
27,9% 23,3%22,9%
-1,0%3,3%
23,5%28,9%
30,2%
29,4%
30,7%
2011
2012
7,7
9,6
15,7
21,1
26,2
32,8
38,8
42,5
45,2
50,9
7,8
9,3
12,7
16,4
20,2
25,1
30,0
33,2
36,7
41,4
2011 2012
Dados em: R$ bilhões, variação % no período
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
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Atividade Econômica
Investimentos do Setor Público* (% do PIB)
Investimentos Públicos em trajetória de alta
O investimento público consolidado segue em trajetória de ampliação em 2012, contribuindo para um cenário econômico positivo.
0
1
2
3
4
5
1.6 1.51.5
1.3
0.80.8
0.9
1.1
1.1 1.0 1.0
1.0 1.1
1.4
1.8
1.9
1.7
1.9
1.7 1.81.5
2.0
1.31.5 1.5
1.8
1.3 1.4 1.3
1.61.4
1.8 1.7
2.0
1.71.8
2012**2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
20001999
19981997
19961995
0,5 0,4 0,4 0,5 0,3 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,4 0,4 0,5 0,6 0,8 0,6 0,7
1,7 1,81,5
2,0
1,31,5 1,5
1,8
1,3 1,4 1,31,6
1,4
1,8 1,7
2,0
1,71,8
1,6 1,51,5
1,3
0,80,8
0,9
1,1
1,1 1,0 1,01,0 1,1
1,41,8
1,9
1,71,9
Estatais Federais Estados e Municípios União
Estatais Federais Estados e Municípios União
Dados em: % do PIB
* Apenas investimentos executados diretamente pela União (não incluem transferências para Estados e Municípios, para instituições privadas, nem MCMV, que são contabilizados pelo IBGE na FBCF desses entes ou do setor privado)** Projeção do Ministério da Fazenda
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: STN/Ministério da Fazenda/IPEA/MPOG
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Programa Minha Casa Minha Vida (R$ milhões)
Incremento no programa Minha Casa Minha Vida
Para o quadriênio 2011-2014, espera-se um grande volume de investimentos derivados de programas de governo, especialmente do Minha Casa Minha Vida (R$ 2,4 bilhões). Até outubro, o programa entregou um milhão de unidades e contratou 2 milhões.
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2012*201120102009
76,960 275,138 289,642 359,399
Minha Casa Minha Vida1 Minha Casa Minha Vida 2
Dados em: R$ milhões
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
30
Atividade Econômica
Gastos do PAC em 2011 e 2012 (R$ bilhões)
PAC: acelerando o ritmo dos investimentos
Investimentos no âmbito do PAC 2 também vêm crescendo consistentemente em 2012 em comparação a 2011. Por exemplo, os valores pagos entre janeiro e outubro de 2012 (R$ 26,6 bilhões) são 27,7% maiores do que o montante registrado no mesmo período de 2011 (R$ 20,8 bilhões). Isso se transformará em aumento da atividade econômica e da capacidade produtiva do país.
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Até O
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Até Set
Até Ago
Até Ju
l
Até Ju
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Até M
ai
Até Abr
Até M
ar
Até Fev
Até Ja
n
5,6% 19,1%
46,9%50,0%
44,8%
52,6%36,3%
33,5%35,1%
27,7%
3,1
4,1
8,0
11,3
14,2
18,6
20,3
22,3
24,3
26,6
2,9
3,5
5,5
7,6
9,8
12,2
14,9
16,7
18,0
20,82012 2011
2011 2012
Dados em: R$ bilhões
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Plano de Negócios da Petrobras (US$ bilhões)
Petrobras: 2º maior investidor global em energia
Segundo estimativas da Agência Internacional de Petróleo, a Petrobras realizará o segundo maior investimento do setor petrolífero no mundo em 2012, US$ 47,3 bilhões, atrás apenas da Petrochina, US$ 48,0 bilhões. A proeminência da Petrobras como grande investidora em âmbito mundial deverá se manter nos próximos quatro anos, tendo em vista seu plano de investimentos, que prevê a aplicação de US$ 236,5 bilhões entre 2012 e 2016.
Plano de Negócios da Petrobras*, 2012 a 2016, em US$ bilhões
Exploração e Produção 141,865,5
Gás & Energia 13,8Petroquímica 5,0Distribuição 3,6Biocombustíveis 3,8Corporativo 3,0Total 236,5
Dados em: US$ bilhões
* Divulgado em 14 de junho de 2012
Fonte: PetrobrasElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
32
Atividade Econômica
Programas de Concessão (R$ bilhões)
Concessões alavancarão investimentos em infraestrutura
Os investimentos na infraestrutura do Brasil contarão com a participação ativa da iniciativa privada. O setor aeroportuário contará com investimentos totais de aproximadamente R$ 16 bilhões nos próximos anos, considerando-se apenas as concessões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos. Já o Programa de Investimentos em Logística prevê a aplicação de R$ 133 bilhões na reforma e construção de rodovias federais e ferrovias. Cerca de 60% (R$ 79,5 bilhões) serão aplicados em até 5 anos.
Investimento Total: R$ 133 bilhões sendo R$ 79,5 bilhões em 5 anos e R$ 53,5 bilhões de 20 a 25 anos
Concessões de Aeroportos: Investimentos Planejados de R$ 16,2 Bilhões
Investimento em Rodovias R$ 42 bilhões (7,5 mil km), sendo R$ 23,5 bi em 5 anos e
R$ 18,5 bi em 20 anos
Investimento em Ferrovias R$ 91 bilhões (10 mil km),sendo R$ 56 bi em 5 anos e
R$ 35 bi em 25 anos
Guarulhos
Total em 25 anos
R$ 2,85 bi
Total em30 anos
R$ 8,70 bi
ViracoposBrasília
Total em20 anos
R$ 4,70 bi
Investimentos Planejados = 16,2 bi
Dados em: R$ bilhões
Fonte: Secretaria de Aviação CivilElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Custo de Energia
O governo federal adota medidas de incentivo à competitividade
Dentre as medidas voltadas para o aumento da competitividade das firmas nacionais, a redução média de 20,2% no preço de energia é voltada em boa medida para o setor industrial. A redução dos custos de energia também beneficia os consumidores, aliviando o peso dessa despesa nos orçamentos familiares.
Redução média do preço da energia elétrica para os consumidores das distribuidoras*
Grupo Tarifa Nível de Tensão Redução de Preço daTarifa (%)
Alta Tensão A
A1 230 kV ou mais 28,0A2 88 a 138 kV 24,7A3 69 kV 21,5
A3a 30 a 44 kV 20,0A4 2,3 a 25 kV 19,4AS Subterrâneo 19,7
Baixa Tensão B B inferior a 2,3 kV 16,2
Média 20,2
* A partir de janeiro de 2013
Fonte: Ministério de Minas e EnergiaElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
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Atividade Econômica
Desoneração da Folha de Pagamentos: 40 Setores (R$ bilhões)
Desonerações também estimulam competitividade
A desoneração da folha de pagamentos de 40 setores é mais uma medida que visa fortalecer a competitividade das firmas nacionais e estimular o emprego formal. Recentemente, a medida foi estendida para o setor de construção civil, ampliando a desoneração em mais R$2,85 bilhões em 2013.
Dados em: R$ bilhões
* Exclui R$970 milhões de desoneração no fluxo de caixa
Fonte: Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Estimativas para 2013, em R$ bilhões
SetoresANTES:
Contribuição sobre a folha de paga-
mentos
NOVA MEDIDA:Contribuição sobre
o faturamento(1% a 2%)
Desoneração*
40 Setores 21,60 8,70 12,80Construção Civil 6,28 3,43 2,85Total 27,88 12,13 15,65
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Emprego e Renda
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Emprego e Renda
O mercado de trabalho continua sendo o grande pilar para o processo de mobilidade social ascendente. Nesse contexto, a taxa de desemprego atingiu 5,3% em outubro de 2012 e o CAGED registrou geração de aproximadamente 1,7 milhão de empregos formais no acumulado do ano. Dessa forma, espera-se que a crescente formalização e a expansão das políticas de garantia de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva continuem impulsionando a inclusão socioeconômica dos mais pobres.
A perspectiva é de que a economia brasileira se fortalecerá ainda mais com o aumento da classe média. De acordo com o IPEA, a classe C incorporará 15 milhões de pessoas até 2014, atingindo 59% da população. Isso significa um enorme potencial de consumo, condição fundamental para estimular o aumento da capacidade produtiva do País.
Cabe destacar que o fortalecimento da rede de proteção social incrementa não só o consumo das famílias, mas também a qualidade da mão de obra que ingressa no mercado de trabalho. As políticas pró-equidade contribuem de forma decisiva para a elevação da produtividade do trabalho. Nesse sentido, a participação da população ocupada com 11 anos ou mais de estudo aumentou, de 33,6% para 46,3%, entre 2004 e 2011. Isso é mais um importante estímulo para novos investimentos.
Crescimento inclusivo impulsionado pelo aumento da escolaridade
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Emprego e Renda
Taxa de Desocupação* (%)
Taxa de desocupação em seu menor nível histórico
O mercado de trabalho mostrou forte dinamismo em 2012, denotado pela taxa de desocupação de 5,3% em outubro de 2012, a menor taxa para o mês desde o início da série.
3
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9
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Out 2012
Jul 2
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Abr 2012
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Out 2011
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Abr 2011
Jan 2011
Out 2010
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Jan 2010
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Abr 2009
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Abr 2008
Jan 2008
Out 2007
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Out 2006
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Abr 2006
Jan 2006
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Abr 2005
Jan 2005
Out 2004
Jul 2
004
Abr 2004
Jan 2004
Out 2003
5,30 Dados em: % da PEA
*Dados sem ajuste sazonal
Fonte: IBGE/PMEElaboração: Ministério da Fazenda
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Emprego e Renda
Emprego Formal: Novos Postos* (Milhares)
Mercado de trabalho segue sólido
O CAGED registrou geração de 1.689 mil postos de trabalho no acumulado do ano. Já no período que compreende entre janeiro de 2003 e outubro de 2012 , a geração de empregos alcançou 19,3 milhões de postos formais (celetistas e estatutários) de trabalho. A continuidade das contratações em termos líquidos demonstra que a economia retoma o crescimento.
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2012*201120102009200820072006200520042003
Emprego formal (em milhares)**
861
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3
1.83
1
1.91
7
2.45
2
1.83
4
1.76
6
2.86
1
2.24
2
1.68
9
Dados em: milhares de postos de trabalho
*Série ajustada (inclui informações declaradas fora do prazo). Em 2012, acumulado de janeiro a outubro
Fonte: MTE/CAGED e RAISElaboração: Ministério da Fazenda
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Emprego e Renda
Taxa de Formalização e Proporção de Contribuintes para a Previdência Social (%)
Maior proteção social dos trabalhadores
A qualidade dos empregos no Brasil pode ser verificada pelo crescente nível de formalização. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego, a proporção de empregados com carteira assinada alcançou 53,7% da população ocupada total nos últimos doze meses até outubro. Na mesma direção, a proporção de contribuintes para a seguridade social alcançou 72,6% da população ocupada total no mesmo período.
20
35
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2012*2011201020092008200720062005200420032002
População empregada com carteira assinada como proporção da população total ocupada
Contribuintes à seguridade social como proporção da população total ocupada
63,0
60,1
60,1
62,8
63,2
64,8
66,4
66,1
69,2
71,9
72,6
45,5
43,5
43,8
45,5
46,1
47,6
49,2
49,3
51,6
53,6
53,7
Contribuintes à seguridade social como proporção da população total ocupada População empregada com carteira assinada como proporção da população total ocupada
Dados em: % da População Ocupada
*Média dos últimos 12 meses até outubro de 2012
Fonte: IBGE/PMEElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Evolução do Salário Mínimo (R$ e var % real)
Salário mínimo aumenta poder de compra do trabalhador
A aceleração do crescimento nos últimos anos causou expansão significativa do poder de compra do trabalhador. Como resultado da política de valorização implementada pelo Governo, o valor do salário mínimo aumentará 72%, em termos reais, de 2002 a 2013 (descontada a inflação medida pelo INPC).
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Jan 2013*
Jan 2012
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Jan 2011
Jan 2010
Fev 2009
Mar 2008
Abr 2007
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Mai 2005
Mai 2004
Abr 2003
Abr 2002
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510
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545
622
671
Aumento real 72%
Dados em: Em R$ e var %real (deflacionada pelo INPC)
*Projeção constante na PLOA 2013
Fonte: Banco CentralElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Poder de Compra Salário Mínimo 1994 a 2012 - Lavadora
Restaurando o poder de compra do salário mínimo
• 1994: o trabalhador comprava uma lavadora com o equivalente a 8,0 salários mínimos.
• 2012: a despesa caiu para 1,5 salário mínimo.
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1.000
1.200
20122011
20102009
20082007
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20042003
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20001999
19981997
19961995
19940
1
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1,5
622
930
Salário Mínimo nominal Preço nominal lavadora Relação lavadora/ salário mínimo
Dados em: Em R$
Fonte: IBGE, GfK e LCAElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Poder de Compra Salário Mínimo 1994 a 2012 - Fogão
Restaurando o poder de compra do salário mínimo
• 1994: um fogão era comprado por 1,9 salário mínimo.
• 2012: um fogão é comprado por 0,5 salário mínimo.
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20122011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
20001999
19981997
19961995
19940,00,2
0,4
0,6
0,8
1,01,2
1,4
1,6
1,8
2,0
0,5
622
330
Salário Mínimo nominal Preço nominal fogão Relação fogão/salário mínimo
Dados em: Em R$
Fonte: IBGE, GfK e LCAElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Programa de Transferência de Renda: Bolsa Família (R$ bilhões, milhões de famílias e % do PIB)
Programa Bolsa Família é importante no combate à pobreza
O Bolsa Família é reconhecido como um dos mais eficientes programas de redução da desigualdade de renda e social. Sua abrangência já supera o montante de 13,7 milhões de famílias.
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5
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0,0
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2012*20112010200920082007200620052004
(% do PIB) em R$ bilhões Nº de famílias (em milhões)
20,41
13,76
0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 0,5
R$ bilhões Milhões de famílias % do PIB
Dados em: R$ bilhões, milhões de famílias e % do PIB
*Gasto acumulado em 12 meses até outubro de 2012
Fonte: MDSElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Proporção de Pessoas sem Carências Sociais Determinadas (%)
Redução de carências sociais
O combate à pobreza e a redução das desigualdades sociais têm impactado significativamente a redução de carências relacionadas ao acesso à educação, à seguridade social, à moradia e aos serviços básicos. Isto significa dizer que, sob a perspectiva dos direitos humanos, mais pessoas tiveram uma série de garantias indispensáveis para o exercício da dignidade humana.
50
60
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100
Acesso a serviços básicos Domicílios com qualidade Acesso à seguridade Sem atraso educacional
68,8 78,7 96,0 67,860,7 63,6 95,1 59,1
2001*2011
2001* 2011
Dados em: %
*Exclusive a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
Fonte: IBGE/PNADElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Rendimento Médio Mensal Real, por decis de renda* (%)
Crescimento da renda, especialmente dos mais pobres
O crescimento do rendimento real do brasileiro foi significativo no período de 2004 a 2011, alcançando 29,8% na média total. Ainda mais relevante foi o crescimento do rendimento para os 20% mais pobres, uma vez que, para esta parcela da população, o crescimento da renda atingiu cerca de 75%.
0
10
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Mais de
90 a 100Mais de
80 a 90Mais de
70 a 80Mais de
60 a 70Mais de
50 a 60Mais de
40 a 50Mais de
30 a 40Mais de
20 a 30Mais de
10 a 20Até
10
Tota
l
29,8 73,8 75,3 48,5 49,9 43,8 38,4 36,5 30,3 24,8 20,8
Variação 2004-2011
20% mais pobres
20% mais ricos
Decis de Renda
Dados em: Classes de Percentual Simples
*Todos os trabalhos. Exclui as informações das pessoas sem declaração de rendimentos de todos os trabalhos. Valores inflacionados pelo INPC com base em setembro de 2011.
Fonte: IBGE/PNADElaboração: Minstério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Coeficiente de Gini do Rendimento de Todas as Fontes** (de 0 a 1)
Queda da desigualdade de renda no Brasil
O Índice de Gini, usado para medir a desigualdade de renda, tem caído constantemente nos últimos anos, indo de 0,559 para 0,508, entre 2004 e 2011. A referida queda decorre do aumento da escolaridade dos mais pobres, da inclusão produtiva e da expansão dos programas de transferência de renda.
0,50
0,52
0,54
0,56
0,58
0,60
0.6
0.6
0.6
0.6
0.6
0.5
20112009
20082007
20062005
20042001*
1990*
1981*
0,564
0,602
0,552 0,548
0,534 0,5300,524
0,508
0,572
0,559
Dados em: Medida varia de zero (perfeita igualdade) até 1 (desigualdade máxima).
*Exclui a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.
**Rendimento mensal para pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimentos. Exclui as informações das pessoas sem declaração de rendimentos.
Fonte: IBGE/PNADElaboração: Minstério da Fazenda
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Emprego e Renda
Evolução da Pontuação do Indicador de Bem-Estar por Dimensão* (índice)
Brasil tem maior aumento de bem-estar entre 150 países
Na maioria das 10 dimensões que compõem o indicador do Boston Consulting Group, de Avaliação do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SEDA, na sigla em inglês), o Brasil foi melhor do que a média dos BRICS. Brasil, Polônia, Indonésia e Nova Zelândia estão progredindo mais rapidamente do que o crescimento do PIB sugere.
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Infr
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vil
Igua
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Empr
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Esta
bilid
ade
Eco
nôm
ica
Rend
a
29
2027
21
58
Brasil
MédiaBRIC
Brasil Média BRICS
Dados em: índice
*SEDA avalia a performance de 150 países em uma série de dimensões, incluíndo governança, educação, infraestrutura e estabilidade econômica com o objetivo de identificar quais países estão se destacando na melhoria do bem-estar e das oportunidades econômicas para seus cidadãos.
Fonte: Boston Consulting GroupElaboração: Minstério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Classes Sociais (milhões de pessoas)
Redução da pobreza e da desigualdade amplia mercado interno
O crescimento das classes ABC, com a consequente redução das classes DE, ou seja, redução da pobreza e da desigualdade de renda, desempenha papel fundamental na ampliação do mercado interno. De acordo com a projeção do IPEA, em 2014 a classe C representará cerca de 59% da população (115,2 milhões de pessoas).
Classe A
Classe B
Classe C
Classe DE
Total: 175 milhões Total: 188 milhões Total: 192 milhões Total: 196 milhões
2003 2009 2011 2014*
6,3
7,0
65,9
96,2
9,6
10,4
73,3
94,9
12,6
14,5
115,2
53,8
10,5
11,2
100,3
69,6
Dados em: milhões de pessoas
*Projeções. O cenário é de crescimento de 6,5 % ao ano da renda.
Fonte: IBGE/PNAD e IPEAElaboração: Minstério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Consumo das Famílias e Massa de Rendimentos Ampliada* (var. %)
Cresce o consumo das famílias e a massa de rendimentos ampliada
O crescimento interanual de 8,3% da massa de rendimentos ampliada no terceiro trimestre de 2012 impulsionou o consumo das famílias (3,4 %), sustentando a robustez do mercado interno.
-6
-4
-2
0
2
4
6
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14
Set 2012
Jun 2012
Set 2011
Dez 2010
Mar 2010
Jun 2009
Set 2008
Dez 2007
Mar 2007
Jun 2006
Set 2005
Dez 2004
Mar 2004
Jun 2003
Set 2002
Dez 2001
Mar 2001
Jun 2000
8,3
3,4
Massa de Rendimentos Ampliada Consumo das Famílias
Consumo das Famílias Massa de Rendimentos Ampliada
Dados em: var. % trimestral anualizado
*Acumulado de janeiro a setembro. Inclui rendimento do trabalho, benefícios previdenciários (INSS + RGPS), abono, seguro desemprego, FGTS, BPC e Bolsa Família.
Fonte: IBGE, MDS, FGTS e STNElaboração: Ministério da Fazenda
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Emprego e Renda
Pessoas Ocupadas com 11 Anos ou Mais de Estudo (%)
Maior disponibilidade de mão de obra qualificada
Um dos fatores mais importantes tanto para a redução da desigualdade de renda como para a melhoria da produtividade é o grau de instrução da população. Entre 2004 e 2011, a população ocupada com mais de 11 anos de estudo saltou de 33,6% para 46,4%.
20
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38
44
50
2011200920082007200620052004200320022001
28,8 30,7 32,5 33,6 35,2 37,4 39,0 41,2 43,2 46,4Dados em: % da População Ocupada
Fonte: IBGE/PNADElaboração: Minstério da Fazenda
51
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Emprego e Renda
Proporção de Trabalhadores Iniciantes “Qualificados”** e Admissão por Primeiro Emprego (%, em milhões)
Crescem as oportunidades no mercado de trabalho para os jovens
O crescimento da economia vem impulsionando o aumento na quantidade de vagas de primeiro emprego. Ressalta-se que a admissão dos iniciantes, na maioria jovens, está sendo acompanhada por uma melhoria na escolaridade. De acordo com o CAGED, em 1996 foram admitidos 1,7 milhão de trabalhadores iniciantes, sendo que 17,2% tinham pelo menos nível médio completo. No acumulado em 12 meses até outubro de 2012, os números pularam para 2,8 milhões e 54,9 %, respectivamente.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
10
20
30
40
50
60
2012*2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
Admissão por primeiro emprego (em milhões) Proporção de trabalhadores iniciantes quali�cados*
2,83,13,02,52,82,52,32,32,11,81,91,91,91,61,81,7 1,7
54,953,953,351,3
48,847,246,043,3
39,636,4
33,631,5
28,725,7
22,019,4
17,2
Proporção de Trabalhadores Iniciantes “Qualificados” Admissão por Primeiro Emprego (em milhões)
Dados em: % e em milhões
*Últimos 12 meses até outubro de 2012 **Pelo menos nível médio completo
Fonte: MTE/CAGEDElaboração: Ministério da Fazenda
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Inflação
54
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Inflação
Inflação sob controle
As taxas de inflação ao consumidor registraram elevações no terceiro trimestre de 2012, impulsionadas, sobretudo, pelos efeitos de questões climáticas sobre a produção agrícola. A combinação de pressões acima do usual em alguns alimentos in natura no mercado doméstico e em alguns derivados de commodities agrícolas, em alta no mercado internacional por conta da seca nos EUA, provocou aceleração da inflação em meados do ano, sendo o mês de outubro marcado pelo pico deste processo.
Deste então, estas pressões inflacionárias já estão se dissipando, com registros de acomodação dos preços ao produtor de derivados de soja, milho e trigo. Além disso, diversos produtos in natura já mostram processo deflacionário nas comparações mensais. Este cenário deverá afetar as próximas divulgações do IPCA e contribuir para direcionar o resultado acumulado em 12 meses para o centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional.
55
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Inflação
Inflação ao Consumidor - IPCA (% a.a.)
Inflação dentro do intervalo da meta
No primeiro semestre de 2012, a redução da inflação mensal apontava para inflação anual em torno do centro da meta. No segundo semestre, no entanto, a alta significativa de alguns preços agrícolas, principalmente relacionados aos efeitos da seca nos Estados Unidos, pressionou o IPCA para patamar pouco acima da meta central, mas dentro da banda estabelecida.
0
2
4
6
8
10
12
14
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
2000 1999
8,9 6,0 7,7 12,5 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,2
IPCA Limite Superior Centro da Meta Limite Inferior
Limite Superior Centro da Meta Limite Inferior IPCA
Dados em: Variação percentual no ano
* De acordo com o Relatório de Inflação do Banco Central do Brasil de setembro de 2012
Fonte: IBGE e Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Inflação
Preços Agrícolas e IPCA (% em 12 meses)
Choque agrícola afetou a inflação ao consumidor
A inflação de alimentos representa 25 por cento do total do IPCA e responde com defasagem às mudanças nos preços de alimentos aos produtores. O atual arrefecimento do IPA-Agrícola deverá aliviar a inflação do IPCA nos próximos meses.
-1,5
-0,5
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
Out 2012
Ago 2012
Mai 2012
Fev 2012
Nov 2011
Ago 2011
Mai 2011
Fev 2011
Nov 2010
Ago 2010
Mai 2010
-5
0
5
10
15
20
IPCAIPA-DI agrícola
IPCA IPA-DI Agrícola
Dados em: Variação percentual em 12 meses
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Inflação
Inflação ao Consumidor - IPCA e IPCA-15 Encadeados (% a.m.)
Depois de chegar em seu pico em outubro, inflação começa a declinar
Os preços ao consumidor cresceram no ritmo mais rápido em outubro de 2012, principalmente em função de efeitos da seca nos Estados Unidos. Desde então, o IPCA mostra desaceleração, tendência que deverá continuar nos próximos meses.
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
IPCA
-15
IPCA
IPCA
-15
IPCA
IPCA
-15
IPCA
IPCA
-15
IPCA
IPCA
-15
IPCA
IPCA
-15
IPCA
IP
CA-1
5 IP
CA
IPCA
-15
IPCA
IP
CA-1
5 IP
CA
IPCA
-15
IPCA
IP
CA-1
5 IP
CA
IPCA
-15
IPCA
IP
CA-1
5 IP
CA
IPCA
-15
IPCA
IP
CA-1
5
Nov 2012
Out 2012
Set 2012
Ago 2012
Jul 2012
Jun 2012
Mai 2012
Abr 2012
Mar 2012
Fev 2012
Jan 2012
Dez 2011
Nov 2011
Out 2011
Set 2011
0,53
0,53
0,42
0,43
0,46
0,52
0,56
0,50
0,65
0,56
0,53
0,45
0,25
0,21
0,43
0,64
0,51
0,36
0,18 0,
080,
330,
430,
390,
410,
480,
570,
650,
590,
54
Dados em: Variação percentual no mês
Fonte: IBGEElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Inflação
Inflação: IGP-M e seus Componentes (% em 12 meses)
IGP-M retoma trajetória de desaceleração
Após dois trimestres consecutivos em aceleração, o IGP-M voltou a recuar no acumulado em 12 meses, marcando percentual abaixo de 7,0% em novembro de 2012. Preços mais baixos ao produtor (medidos pelo IPA) nos últimos dois meses têm desempenhado um papel importante em aliviar a pressão sobre o IGP.
-6
-3
0
3
6
9
12
15
Nov 2012
Set 2012
Jul 2
012
Mai 2012
Mar 2012
Jan 2012
Nov 2011
Set 2011
Jul 2
011
Mai 2011
Mar 2011
Jan 2011
Nov 2010
Set 2010
Jul 2
010
Mai 2010
Mar 2010
Jan 2010
Nov 2009
7,35
6,967,30
5,77
INCC-MIPC-MIPA-MIGP-M
IGP-M IPA INCC IPC
Dados em: Variação percentual em 12 meses
Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Inflação
Índices Gerais de Preços Encadeados (% a.m.)
Tendência deflacionária nos preços ao produtor
Com o recuo observado nos preços internacionais das commodities agrícolas, as mais recentes leituras dos Índices de Preços ao Produtor estão em terreno negativo desde outubro de 2012. As matérias-primas brutas, por exemplo, chegaram a apresentar deflação de 1,86 por cento, no IGP-DI de outubro, e seguem apresentando variação negativa, com tendência de arrefecimento dos preços ao longo da cadeia produtiva.
Dados em: Variação percentual mensal
Fonte: FGVElaboração: Ministério da Fazenda
Outubro 2012 Novembro 2012
IGP-10 IGP-M IGP-DI IGP-10 IGP-MIGP 0,42 0,02 -0,31 -0,28 -0,03IPA 0,40 -0,20 -0,68 -0,57 -0,19
EstágiosBens Finais 0,60 0,07 -0,44 -0,70 -0,5Bens Intermediários 0,67 0,41 0,07 0,09 0,25Matérias-Primas -0,16 -1,24 -1,86 -1,24 -0,41
OrigemProdutos Agropecuários 0,53 -0,57 -1,34 -1,10 -0,41Produtos Industriais 0,34 -0,05 -0,42 -0,35 -0,1
IPC 0,57 0,58 0,48 0,36 0,33INCC 0,24 0,24 0,21 0,22 0,23
Materiais e Serviços 0,50 0,49 0,42 0,35 0,22Mão-de-Obra 0,00 0,01 0,01 0,09 0,24
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Juros e Crédito
62
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
De agosto de 2011 a outubro de 2012, o Banco Central do Brasil reduziu a taxa básica de juros em 525 pontos-base, contribuindo para que as taxas reais e nominais atingissem seu menor nível histórico. Esse movimento repercutiu no sistema financeiro, onde os spreads bancários e as taxas de juros de empréstimos também atingiram os mínimos históricos.
O sistema financeiro do País mantém-se sólido, com práticas em conformidade estrita com os princípios de supervisão bancária de Basileia. Nesse contexto, outro foco crucial, além da redução dos juros e dos spreads, e sobre o qual há diversas ações em curso, é o desenvolvimento do mercado de capitais e de instrumentos de crédito privado de longo prazo, tais como Letras Financeiras, FDICs, Debêntures e outros títulos privados de longo prazo.
De fato, esse novo ambiente, caracterizado por taxas de juros mais baixas e com oportunidades de investimento, já começou a influenciar o processo de tomada de decisão dos agentes econômicos. Ele impacta positivamente o investimento e a produção, à medida que os investidores deixam para trás o tempo em que a economia brasileira estava acostumada com altas taxa de juros de curto prazo.
Taxa de juros em seu nível mais baixo
63
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Brasil: Taxa Real de Juros Ex-ante* (% a.a.)
Taxa real de juros tem queda consistente
A redução da taxa real de juros de curto prazo no Brasil foi significativa, saindo de 14% em dezembro de 2002 para 1,8% em novembro de 2012. Nos últimos dez anos, o contínuo declínio tem sido resultado de políticas macroeconômicas sólidas e críveis, e políticas monetárias e fiscais coordenadas.
0
4
8
12
16
2012**2011201020092008200720062005200420032002
Média2002-2005 = 11,5
Média2006-2010 = 6,9
Média2011-2012 = 3,2
14,0 9,4 11,2 11,4 7,9 7,7 6,9 5,8 6,2 4,5 1,8
Dados em: % a.a.
* Taxa nominal (swap 360 dias) deflacionada pela mediana das expectativas de inflação acumulada para os próximos 12 meses. 2002-2011: 31 de dezembro de cada ano** 2012: em 30 de novembro de 2012
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
64
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Juros Reais e Nominais no Brasil (% a.a.)
Taxa Selic em seu nível mais baixo
O Banco Central do Brasil vem reduzindo a taxa básica de juros (Selic) desde agosto de 2011. Com a última redução, em outubro de 2012, de 7,50% para 7,25%, a taxa Selic atingiu seu menor valor histórico. A taxa de juros real atingiu 1,80% em 30 de novembro de 2012.
1,80
7,25
0
5
10
15
20
25
30
Taxa real ex-ante de juros Taxa Selic
Nov 2012
Out 2012
Abr 2012
Out 2011
Abr 2011
Out 2010
Abr 2010
Out 2009
Abr 2009
Out 2008
Abr 2008
Out 2007
Abr 2007
Out 2006
Abr 2006
Out 2005
Abr 2005
Out 2004
Abr 2004
Nov 2003
Meta Selic Taxa de Juros Real Ex-ante*
Dados em: % a.a.
*Taxa nominal (swap 360 dias) deflacionada pela mediana das expectativas de inflação acumulada para os próximos 12 meses
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
65
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Taxas de Juros - Contratos DI com Vencimentos Distintos (% a.a.)
Taxas de juros de longo prazo estabilizam
Após queda generalizada ao longo do primeiro semestre de 2012, as taxas futuras no depósito interbancário de um dia (DI) estabilizaram em nível próximo da atual taxa Selic. A diferença entre as curvas expressa o risco associado ao prazo da exposição.
7,2 7,8
7,1 7
8
9
10
11
12
13
Nov 2012
Out 2012
Jul 2
012
Abr 2012
Jan 2012
Out 2011
Jul 2
011
Abr 2011
Jan 2011
Out 2010
Jul 2
010
Abr 2010
Jan 2010
Jan 2015Jan 2013 Jan 2014
Jan 2013 Jan 2014 Jan 2015
Dados em: % a.a.
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
66
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Taxa de juros e Prazo Médio (% a.a.; número de dias)
Queda da Selic e dos spreads já surte efeito
A queda da meta da taxa Selic e dos spreads bancários já são sentidos pelos tomadores finais. A taxa de juros para o crédito à pessoa física está em 35,4%, e para pessoa jurídica em 22,1%. Estes são percentuais inferiores à média de 2011 e demonstram queda acentuada ao longo de 2012, com reduções de 9,7 p.p. e 6,6 p.p. para as pessoas física e jurídica, respectivamente. Em sentido contrário, os prazos sinalizaram leve elevação no período destacado.
300
350
400
450
500
550
600
650
Prazo Medio-Pessoa Física
40
45
50
55
60
Taxa de Juros-Pessoa Física
Out 2012
Jun 2012
Dez 2011
Jun 2011
Dez 2010
Jun 2010
Dez 2009
Jun 2009
Dez 2008
Mai 2008
200
250
300
350
400
450
Prazo Médio-Pessoa Jurídica
20
24
26
28
30
32
34
Taxa de Juros-Pessoa Jurídica
Out 2012
Jun 2012
Dez 2011
Jun 2011
Dez 2010
Jun 2010
Dez 2009
Jun 2009
Dez 2008
Mai 2008
Pessoa Física Pessoa Jurídica
620,5
35,4
431,8
22,1
Prazo Médio (dias) Taxa de Juros (% a.a.)
Dados em: % a.a. e número de dias
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Taxa Média de Empréstimos para Pessoas Físicas e Jurídicas (% a.a.)
Crédito mais acessível e mais barato
O crédito está mais barato para pessoas físicas e jurídicas no Brasil. A taxa de juros média de empréstimos para indivíduos caiu 9,7 pontos percentuais entre janeiro e outubro de 2012, de 45,1% para 35,4%. Já a taxa de juros média de empréstimos para empresas caiu 6,6 pontos percentuais no mesmo período, de 28,7% para 22,1%.
0
10
20
30
40
50
Pessoa JurídicaPessoa FísicaOut 2012 Jan 2012
35,4 22,145,1 28,7
Jan 2012 Out 2012
Dados em: % a.a.
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
68
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Spread Bancário para Pessoas Físicas e Jurídicas* (pontos percentuais)
Spread bancário para pessoas físicas e jurídicas
Apesar de ainda elevados em comparação com outras economias, o spread bancário para pessoas físicas e jurídicas vem declinando no Brasil. No primeiro segmento, o spread passou de 34,9 p.p. em janeiro de 2012 para 27,8 p.p. em outubro de 2012. Já para as pessoas jurídicas, a redução foi de 18,5 p.p. para 15,0 p.p. no mesmo período.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Pessoa JurídicaPessoa Físicaset/12 jan/12
27,8 15,034,9 18,5
Jan 2012 Out 2012
Dados em: pontos percentuais
* Spread = Taxa de Aplicação - Taxa de Captação
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Operações de Crédito para Pessoa Física (R$ bilhões)
Crédito habitacional se destaca entre as demais modalidades
O crédito habitacional tem apresentado excelente desempenho nos últimos anos, fomentando investimentos, empregos e expansão do setor da construção civil e de outros segmentos da economia. Nos últimos 12 meses, o montante total alocado para o financiamento habitacional cresceu 39%, atingindo R$ 263 bilhões em outubro de 2012, comprovando desempenho muito superior às outras modalidades.
0
50
100
150
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250
300
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Out 2012
Jan 2012
Jan 2011
Jan 2010
Jan 2009
Jan 2008
263,0
319,0
184,3
Crédito Imobiliário Crédito Automotivo Crédito Consignado
Dados em: R$ bilhões
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Percentual de Famílias que Não Terão Condições de Pagar suas Dívidas (% do total)
Famílias estão com suas dívidas controladas
O percentual de famílias sem capacidade de pagar suas contas em atraso mantém sua trajetória de queda, situando-se, em outubro de 2012, em nível abaixo de igual período de 2011 e 2010.
5
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Out 2012
Set 2012
Ago 2012
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012
Jun 2012
Mai 2012
Abr 2012
Mar 2012
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Jan 2012
Dez 2011
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Out 2011
Set 2011
Ago 2011
Jul 2
011
Jun 2011
Mai 2011
Abr 2011
Mar 2011
Fev 2011
Jan 2011
Dez 2010
Nov 2010
Out 2010
9,5
9,0
8,3
7,9
7,7
8,4
7,8
8,6
8,4
8,1
8,2
8,0
8,2
7,3
7,2
6,9
7,3
6,7
6,9
7,8
7,5
7,3
7,1
7,1
7,0 Dados em: % do total
Fonte: CNCElaboração: Ministério da Fazenda
71
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Operações de Crédito com Recursos Livres e Direcionados (R$ bilhões e % do PIB)
Crédito direcionado acelera a expansão do crédito total
Em outubro de 2012, o volume total de crédito no Brasil alcançou o montante de R$ 2,27 trilhões, atingindo 51,9% do PIB. O total de crédito livre atingiu R$ 1,44 trilhão, com aumento anual de 14,2%. O total do crédito direcionado, por sua vez, apresentou elevação ainda mais robusta, totalizando R$ 830 bilhões e alta de 20,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
0
500
1.000
1.500
2.000
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Out 2012
Out 2011
Out 2010
Out 2009
Out 2008
Out 2007
Out 2006
Out 2005
Out 2004
Out 2003
44,1%
44,5%
47,5%
51,9%
39,6%
33,6%30,0%
27,3%25,7%24,3%
155 177 190222
262
337435
565
687
830
248 310 386 476619
848 9321.079
1.2601.439
Direcionado Livre % do PIB
% do PIB Direcionado Livre
Dados em: R$ bilhões e % do PIB
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
72
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Operações de Crédito Habitacional da CAIXA (R$ bilhões)
CAIXA contribui fortemente para expansão do crédito habitacional
A partir de 2008, as contratações de crédito habitacional na CAIXA cresceram a um ritmo superior a 40% ao ano. O total de contratações projetado para 2012 é de aproximadamente R$ 100 bilhões, o que representa uma participação de 2,4% do PIB.
0
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80
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2012*201120102009200820072006200520042003
Contratado Desembolsado
4,1 5,9 8,
8 13,9
20,7
22,7
47,1
75,9
80,1
100,
0
4,2
4,4 7,1 10
,6
11,7
18,1
31,4
55,6
69,6
92,1
Desembolsado Contratado
Dados em: R$ bilhões
* Projeções da CAIXA
Fonte: Caixa Econômica FederalElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Operações de Crédito no Brasil (% do PIB)
Crescimento do crédito em níveis sustentáveis
O saldo das operações de crédito em proporção do PIB cresce de forma sustentável no Brasil. Em outubro de 2012, os empréstimos com recursos não vinculados representam 32,9% do PIB. Já o crédito direcionado representou no mesmo período 19,0% do PIB. Destaque para o crédito imobiliário, que expandiu nos últimos doze meses em torno de 40%, representando 6,01% do PIB.
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CRÉDITO LIVRE/PIB CRÉDITO DIRECIONADO/PIB
2012*2011
2010
2009
2008
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2006
2005
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2003
2002
2001 19,013,012,211,59,88,78,48,28,08,28,27,2
32,9
31,529,629,528,724,821,018,816,415,016,317,0
Direcionado Livre
Dados em: % do PIB
*Acumulado até outubro de 2012
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
74
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Emissões no Mercado de Capitais* (R$ bilhões)
Emissões do mercado de capitais em expansão
O volume de instrumentos financeiros emitidos por empresas no mercado de capitais brasileiro vem crescendo gradualmente e alcançou o expressivo montante de R$ 130 bilhões em setembro de 2012. Excluindo a emissão em ações da Petrobras em setembro de 2010 (R$ 120,25 bilhões), este valor confirma o crescimento gradual nos últimos anos e já é 86% superior ao montante de setembro de 2009.
0
50
100
150
200
250
0.4
1.91.1
0.2
0.5
4.85.7
0.8
0.93.7
2.5
9.2
7.95.4
8.6
7.511.1
2.3
3.8
7.84.7
3.7
8.2 16.0
21.6
29.4
12.716.3
5.7
16.8 17.6
7.3
9.67.6
22.746.4 34.4 21.6
10.4
até Set/1
2
até Set/1
1
até Set/1
0
até Set/0
9
até Set/0
8
até Set/0
7
até Set/0
6
até Set/0
5
até Set/0
4
até Set/0
3
até Set/0
2
até Set/0
1
até Set/0
0
até Set/9
9
até Set/9
8
até Set/9
7
até Set/9
6
até Set/9
5
Demais
CRI
FIDC
Notas Promissórias
FIP
Ações
Debêntures
Debêntures Ações + CDA FIP Notas Promissórias FIDC CRI Demais
Dados em: R$ bilhões
* Acumulado até setembro de cada ano
Fonte: CVMElaboração: Ministério da Fazenda
75
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e CréditoOperações Estruturadas - Ofertas Públicas de CRI, FIDC e FII (R$ bilhões*)
Aumento significativo das operações estruturadas
0
5
10
15
20
25
30
3.8
7.8
4.7
4.1
13.1
7.10,2 0,2 0,2 0,2 0,6 0,8 0,9 3,7 2,5 5,47,99,20,1 0,3
0,70,2
0,40,6 1,0
4,113,1
7,1
Set 2012
Set 2011
Set 2010
Set 2009
Set 2008
Set 2007
Set 2006
Set 2005
Set 2004
Set 2003
Set 2002
Set 2001
Set 2000
FII CRI
0,3 0,31,0
2,65,0
8,67,5
11,1
2,3
3,8
7,8
4,7 FIDC CRI FII
Dados em: R$ bilhões
* Valores correntes
Fonte: CVMElaboração: Ministério da Fazenda
76
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e CréditoInvestimento Imobiliário - Ofertas Públicas de Letras de Crédito Imobiliário - LCI (R$ bilhões*)
Aumento significativo do financiamento imobiliário
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
2012**
20112010
20092008
2007
Dados em: R$ bilhões
* Valores correntes** Últimos 12 meses até Set 2012
Fonte: CVMElaboração: Ministério da Fazenda
77
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Letras Financeiras (R$ bilhões)
Financiamento bancário de longo prazo
Criadas em 2010, as Letras Financeiras são títulos de crédito emitidos por instituições financeiras (IFs). Com prazo de vencimento mínimo de 24 meses, as Letras Financeiras constituem importante instrumento de captação de longo prazo dos bancos, o que vem permitindo o alongamento das operações de crédito (tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas) e o casamento mais adequado dos prazos de ativos e passivos das IFs.
0
50
100
150
200
250
2012*20112010
31,0 148,5 235,0Dados em: R$ bilhões
* Em 30 de novembro 2012
Fonte: CetipElaboração: Ministério da Fazenda
78
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Índice de Basileia (% ativos ajustados pelo risco)
Resiliência do mercado financeiro brasileiro
O histórico da evolução do Índice de Basileia dos principais bancos brasileiros demonstra confortável situação frente a riscos de insolvência do Sistema Financeiro Nacional, o que sinaliza resiliência frente a crises financeiras sistêmicas, como aquelas ocorridas nas principais economias mundiais nos últimos quatro anos.
0
4
8
12
16
20
Jun 2012
Dez 2011
Dez 2010
Dez 2009
Dez 2008
Dez 2007
Dez 2006
Dez 2005
Dez 2004
Dez 2003
Dez 2002
16,7 19,0 18,5 17,4 17,8 17,3 17,7 18,8 16,9 16,3 16,4
Índice de Basiléia no Brasil Limite mínimo estipulado pelo BACEN Índice de Basiléia
Índice de Baliéia no Brasil Limite mínimo estipulado pelo BACEN Índice de Baliéia
Dados em: % ativos ajustados pelo risco
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
79
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Medidas para o desenvolvimento do mercado de capitais
Elaboração: Ministério da Fazenda
Desenvolvimento do Mercado de Capitais
Produto Financeiro Benefícios Objetivo/Resultado Esperado
Letras Financeiras Criação de novo instrumento de captação para as instituições financeiras (Lei 12.249/10)
Expandir o crédito por meio da ampliação das fontes de captação de longo-prazo das institui-ções financeiras
Oferta pública com esforços restritos
Redução do custo e simplificação do processo de emissão de dívida de empresas não finan-ceiras (IN CVM 476/09)
Ampliar e facilitar o acesso ao mercado de ca-pitais das empresas não financeiras, proporcio-nando alternativa ao financiamento bancário
Certificados de Recebíveis
Imobiliários - CRI
Extensão dos benefícios das debêntures de investimento e infraestrutura aos CRIs (Lei 12.715/12)
Ampliar o leque de instrumentos de mercados de capitais disponíveis para o financiamento do investimento de longo-prazo em infraestrutura
Redução a 0% da alíquota de IR incidente so-bre os rendimentos (Lei 11.033/04)
Reduzir o custo e elevar o montante de recursos disponíveis para as empresas do setor imobiliário
Letra de Crédito Imobiliário - LCI
Redução a 0% da alíquota de IR incidente so-bre os rendimentos (Lei 11.033/04)
Reduzir o custo e ampliar as fontes de captação de recursos pelas insti-tuições financeiras para empréstimos imobiliários
80
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Juros e Crédito
Medidas para o desenvolvimento do mercado de capitais
Elaboração: Ministério da Fazenda
Desenvolvimento do Mercado de Capitais
Produto Financeiro Benefícios Objetivo/Resultado Esperado
Debêntures de investimento
Redução a 0% das alíquotas de IOF e IR para investidores estrangeiros (Lei 12.431/11)
Incentivar o mercado de capitais de longo-prazo como forma a ampliar as fontes de financiamen-to aos investimentos
Debêntures de infraestrutura
Redução a 0% das alíquotas de IOF e IR para investidores estrangeiros, a 0% do IR para investidores nacionais pessoa fí-sica e redução em 10 p.p. da alíquota de IR para pessoas jurídicas não financeiras (Lei 12.431/11)
Desenvolver o mercado de capitais de longo--prazo como forma a ampliar as fontes de finan-ciamento à infraestrutura
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Política Fiscal
82
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Em 2012 o governo federal tem procurado evitar que as dificuldades do cenário internacional tenham maiores efeitos na economia doméstica. Esta estratégia não impediu que o Brasil conservasse robustos fundamentos fiscais.
Os resultados das contas públicas têm sustentado a Dívida Líquida do Setor Público em 35,2%, ou seja, próxima aos menores valores da série. Associado a isso, a contínua melhora do perfil da Dívida Pública Federal, em termos de prazo e de composição, tem se refletido nas taxas dos títulos brasileiros emitidos no exterior. A emissão do bônus Global 2023, em setembro, que resultou na menor taxa de emissão da história para um papel da dívida pública externa brasileira, é o melhor exemplo disto.
Além disso, a situação fiscal como um todo ainda tem colocado o Brasil numa posição privilegiada ante os demais países do G-20, devendo o país apresentar no final de 2012 um dos maiores superávits primários do grupo, bem como um dos menores déficits nominais.
Consolidação fiscal diferencia o País no cenário internacional
83
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Resultado Fiscal do Setor Público (% do PIB)
Crescimento econômico com consolidação fiscal
O setor público persegue as metas de resultado fiscal em conformidade com os princípios de responsabilidade fiscal, um dos pilares da política econômica brasileira. Além disso, a coordenação entre as políticas fiscal e monetária tem procurado atenuar os efeitos da crise internacional. Para os próximos anos, as metas projetadas irão reduzir ainda mais o déficit nominal e o endividamento público.
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
2012*2011201020092008200720062005200420032002
3.2 3.3
3.7 3.8
3.2 3.3 3.4
2.0
2.7
3.1
2.2
-4.4
-5.2
-2.9
-3.6 -3.6
-2.8
-2.0
-3.3
-2.5 -2.6 -2.7
3,2 3,33,7 3,8
3,2 3,3 3,4
2,02,7
3,1
2,2
-4,4-5,2
-2,9-3,6 -3,6
-2,8-2,0
-3,3-2,5 -2,6 -2,7
Nominal Total Primário Total Estatais Governos Regionais Governo Central
0,3
0,2
0,1
0,2
0,2
0,0
0,1
0,0
0,1
0,1
0,00,
7
0,8
0,9
1,0 0,
8
1,1
1,0 0,
6
0,5 0,
8
0,6
2,2
2,3
2,7
2,6
2,2
2,2
2,4
1,3
2,1
2,2
1,6
Primário Total Primário Governo Central Primário Governos Regionais Primário Estatais Nominal Total
Dados em: % do PIB
* Acumulado em 12 meses até outubro de 2012
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
84
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Resultado Primário e Resultado Nominal - 2012* (% do PIB)
Brasil se destaca no cenário fiscal internacional
Em uma comparação com países avançados e emergentes, o País mostra resultados fiscais robustos. Para 2012, é esperado que o Brasil, dentre este grupo de países, apresente um dos melhores resultados tanto em termos primário como nominal, ambos em percentual do PIB.
-10 -8 -6 -4 -2 0 2Japão
Índia
EUA
Reino Unido
França
Canadá
Itália
México
Brasil
China
Alemanha
Rússia
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4Japão
EUA
Reino Unido
Índia
Canadá
França
China
México
Rússia
Alemanha
Itália
Brasil
Resultado Primário (% do PIB) - 2012 Resultado Nominal (% do PIB) - 2012
-0,6
-2,2
-3,2
-5,2
-5,6
-6,5
-9,0
2,6
2,6
1,4
1,1
0,2
0,5
-0,4
-1,3
-2,3
-2,4
-2,7
-3,8
-4,7
-8,2
-8,7
-9,5
-10,0
Resultado Primário Resultado Nominal
Dados em: % do PIB
* Projeções FMI: Fiscal Monitor outubro de 2012. Para o Brasil, valores baseados no Relatório Focus de 30/11/2012 (BACEN)
Fonte: Banco Central do Brasil/FMIElaboração: Ministério da Fazenda
85
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Dívida Pública Líquida* (% do PIB)
Queda da dívida pública em cenário internacional adverso
A dívida líquida do País, em percentual do PIB, mantém perspectiva declinante, diferenciando a situação fiscal do Brasil em relação a várias economias, sejam avançadas ou emergentes.
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
2017*
2016*
2015*
2014*
2013*
2012*2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
56,23
39,58
26,56
80,2389,44
98,68
MéxicoItáliaEua
FrançaAlemanhaBrasil
Mexico Itália EUA França Alemanha Brasil
Dados em: % do PIB
* Projeções FMI: Fiscal Monitor outubro de 2012
Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda
86
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Resultado do Governo Central - Acima da Linha (% do PIB)
Melhoria do perfil dos gastos públicos
O resultado do Governo Central passou por mudanças consideráveis desde 2002, graças à formalização da economia e ao foco na redução da desigualdade. O incremento da receita líquida tem sido alocado para transferências de renda às famílias e investimento público.
Dados em: % do PIB
* Acumulado em 12 meses até outubro de 2012 ** Compreende benefícios previdenciários, abono e seguro desemprego, benefícios assistenciais (LOAS e RMV) e Bolsa Família *** Compreende apenas investimentos classificados no GND 4**** Compreende a constituição do FSB (2008) e a operação de capitalização da Petrobras (2010)
Fonte: STN/Ministério da Fazenda/Senado FederalElaboração: Ministério da Fazenda
Em % PIB 2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
*
Receita Bruta 21,7 21,0 21,6 22,7 22,9 23,3 23,6 22,8 22,4 23,9 23,9Transferências para Estados e Municípios 3,8 3,5 3,5 3,9 3,9 4,0 4,4 3,9 3,7 4,2 4,1Receita Líquida Total 17,9 17,4 18,1 18,8 19,0 19,3 19,2 18,9 18,7 19,7 19,8DESPESAS PRIMÁRIAS 15,7 15,1 15,6 16,4 17,0 17,1 16,4 17,7 17,4 17,5 18,2
- Pessoal e encargos 4,8 4,5 4,3 4,3 4,5 4,4 4,3 4,7 4,4 4,3 4,2 - Transferência de Renda às Famílias** 6,8 7,2 7,6 8,1 8,4 8,5 8,1 8,7 8,5 8,6 9,1 - Total Investimentos*** 0,8 0,3 0,5 0,5 0,6 0,7 0,9 1,0 1,2 1,0 1,1 - Custeio com saúde e educação 1,7 1,6 1,7 1,8 1,7 1,8 1,7 1,9 2,0 2,0 2,1 - Demais despesas de custeio 1,6 1,6 1,5 1,8 1,8 1,8 1,4 1,4 1,4 1,5 1,7RESULTADO PRIMÁRIO sem FSB e Cessão Onerosa 2,1 2,3 2,5 2,5 2,1 2,2 2,8 1,2 1,2 2,3 1,6Impacto do FSB e da Cessão Onerosa**** 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,5 0,0 0,8 0,0 0,0
RESULTADO PRIMÁRIO (acima da linha) 2,1 2,3 2,5 2,5 2,1 2,2 2,4 1,2 2,1 2,3 1,6Receita Líquida menos Transferências de Renda às Famílias 11,1 10,3 10,5 10,8 10,6 10,8 11,1 10,2 10,2 11,1 10,7
87
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Despesas Públicas Selecionadas (% do PIB)
Estabilidade do gasto com pessoal e aumento de transferências
As despesas de pessoal situam-se nos 12 meses findos em outubro de 2012 em 4,2% do PIB, abaixo da média dos últimos 10 anos. Por outro lado, as transferências de renda a famílias seguem em trajetória de crescimento.
4,0
5,5
7,0
8,5
10,0
6.8
7.2
7.6
8.1
8.48.5
8.1
8.7
8.58.6
9.1
4.8
4.54.3 4.3
4.44.4 4.3
4.7
4.44.3
4.2
2012*
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
Transferências para as famíliasPessoal e encargos sociais
4,84,5 4,3 4,3 4,4 4,4 4,3
4,7 4,4 4,3 4,2
6,87,2
7,68,1
8,4 8,58,1
8,7 8,5
9,1
8,6
Transferências de Renda às Famílias Pessoal e Encargos Sociais
Dados em: % do PIB
*Acumulado em 12 meses até outubro de 2012
Fonte: STN/Ministério da Fazenda/Senado FederalElaboração: Ministério da Fazenda
88
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Composição da Dívida Pública Federal** (% do total da dívida)
Composição da Dívida Pública melhora
A parcela de títulos com taxas flutuantes na Dívida Pública Federal recuou para 23,0%, o segundo menor valor desde novembro de 1997. Por outro lado, a parcela de títulos prefixados somados a índices de preços, que garante maior previsibilidade para a dívida pública, alcançou 72,6%, o segundo maior nível histórico.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Out 2012
20122011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
20001999
19981997
19961995
19941993
19921991
1990
Taxa de Câmbio Taxa Flutuante* Índice de Preços Pre�xados
4,4
23,0
33,8
38,7
40,2
48,3
5,0
6,5
Taxa de Câmbio Taxa Flutuante* Índice de Preços Prefixados
Dados em: % do total da dívida
* Inclui SELIC, TR e outras ** Inclui dívidas interna e externa administradas pela Secretaria do Tesouro Nacional
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
89
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Dívida Bruta do Governo Geral e Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB)
Dívida Pública cai consistentemente
Desde a crise financeira, a política fiscal no Brasil tem mantido a razão da Dívida Pública/PIB em tendência declinante. Por exemplo, a Dívida Bruta do Governo Geral caiu de 63,1% em outubro de 2009 para 59,2% em outubro de 2012, enquanto a Dívida Líquida do Setor Público reduziu de 42,9% para 35,2% no mesmo período, o segundo menor valor da série iniciada em 2001.
30
35
40
45
50
55
60
65
out 2012
Jul 2
012
Abr 2012
Jan 2012
Out 2011
Jul 2
011
Abr 2011
Jan 2011
Out 2010
Jul 2
010
Abr 2010
Jan 2010
Out 2009
Jul 2
009
Abr 2009
Jan 2009
Out 2008
Jul 2
008
Abr 2008
Jan 2008
Out 2007
Jul 2
007
Abr 2007
Jan 2007
46,7
57,1
35,2
59,2
42,9
63,1
Data de elaboração: 23-11-12 Nome do Arquivo: DLSP_Divida Bruta_do_Governo Central--PT--23-11-12_PF.xls copiar célula acima e colar valores na célula abaixo
Dívida Líquida do Setor Público **
Dívida Bruta do Setor Público **
Dívida Bruta do Governo Geral* Dívida Líquida do Setor Público**
Dados em: % do PIB
* Metodologia utilizada a partir de 2008 ** Exclui os ativos e passivos da Petrobras e Eletrobras
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
90
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Prazo Médio da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (anos)
Aumenta o prazo médio da Dívida Pública Federal
O prazo médio da Dívida Publica Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou avanços históricos, subindo para 3,9 anos. O alongamento do prazo médio contribuiu para redução do risco de refinanciamento da dívida.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
Out 2012
Out 2011
Out 2010
Out 2009
Out 2008
Out 2007
Out 2006
Out 2005
Out 2004
Out 2003
Out 2002
Out 2001
Out 2000
Observações especiais às designers: Página 92 da edição 15ª da publicação,
Estoque
3,93,53,43,43,33,12,52,32,42,62,72,92,4 Dados em: anos
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
91
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Participação de Não-Residentes na Dívida Pública (% no total da DPMFi*)
Aumenta o número de investidores não-residentes na dívida pública
Nos primeiros dez meses de 2012, os títulos públicos da dívida doméstica brasileira continuaram atrativos para os investidores estrangeiros, cuja participação na dívida atingiu o maior nível da série. O típico investidor não-residente difere do investidor local, pois demanda mais títulos prefixados e com maior maturação, o que contribui para a melhora do perfil da Dívida Pública.
0
2
4
6
8
10
12
14
Out 2012
Set 2012
Jul 2
012
Mai 2012
Mar 2012
Jan 2012
Nov 2011
Set 2011
Jul 2
011
Mai 2011
Mar 2011
Jan 2011
Nov 2010
Set 2010
Jul 2
010
Mai 2010
Mar 2010
Jan 2010
Nov 2009
Set 2009
Jul 2
009
Mai 2009
Mar 2009
Jan 2009
Nov 2008
Set 2008
Jul 2
008
Mai 2008
Mar 2008
Jan 2008
Nov 2007
Set 2007
Jul 2
007
Mai 2007
Mar 2007
13,8IOF: 1,5% impostosobre entrada deinvestimentoestrangeiro
IOF: 0% de impostosobre entrada deinvestimentoestrangeiro
IOF: 2,0% impostosobre entrada deinvestimentoestrangeiro
IOF: 6,0% impostosobre entrada deinvestimentoestrangeiro
Participação de não residentes
Dados em: % no total da DPMFi
* Dívida Pública Mobiliária Federal Interna
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
92
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Política Fiscal
Taxas dos Títulos Brasileiros e dos EUA, com Prazo de 10 anos (% ao ano)
Elevação da confiança dos investidores por títulos soberanos
O compromisso com a responsabilidade fiscal ao longos dos anos e o crescimento econômico contribuíram para a redução do risco de crédito* do País e reforçaram a atratividade dos títulos públicos brasileiros no exterior. Como exemplo desta atratividade, o Tesouro Nacional emitiu, em 5 de setembro de 2012, o bônus Global 2023 a uma taxa de retorno para o investidor de 2,686% a.a., a menor taxa da história para um papel da dívida pública externa brasileira.
0
3
6
9
12
15
Set 2012
Jan 2012
Jul 2
011
Jul 2
010
Abr 2010
Dez 2009
Mai 2009
Jan 2009
Mai 2008
Abr 2007
Nov 2006
Nov 2005
Jun 2005
Fev 2005
Dez 2004
Jul 2
004
Jun 2003
Jan 2002
Out 1999
14,6
12,6
10,6
10,8
8,27,9 7,7 7,8
6,25,9
5,36,1 5,8
2,7
Títulos do Tesouro dos Estados Unidos
4,8 5,04,5 4,2
3,44,2
6,2
4,9
3,34,5 4,4 4,0
4,6 4,7 4,73,8
2,53,3 3,6 3,8
3,0 3,12,0
1,6
Títulos Soberanos Brasileiros
Títulos Soberanos Brasileiros Títulos do Tesouro dos Estados Unidos
Dados em: % ao ano
*Medido pelo diferencial das taxas (yields) de emissão dos títulos brasileiros denominados em dólar com prazo de 10 anos e das taxas (yields) das Notas do Tesouro dos EUA, de mesmo prazo, negociadas no mercado secundário em mesma data
Fonte: STN/Ministério da FazendaElaboração: Ministério da Fazenda
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Setor Externo
94
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor ExternoA balança comercial brasileira foi muito influenciada por fatores externos em 2012, resultando em quedas tanto nas exportações quanto nas importações, no acumulado em 12 meses até outubro. Isso se deve tanto à fraca demanda mundial quanto aos problemas burocráticos enfrentados pelos exportadores brasileiros. Por exemplo, as barreiras comerciais impostas pela Argentina, um dos nossos principais parceiros comerciais, têm resultado em atrasos no processo de aprovação de importação. No entanto, o Brasil possui um mercado exportador amplamente diversificado, o que tem mitigado os efeitos das dificuldades encontradas.
Mesmo diante deste cenário adverso em 2012, o Brasil tem mantido uma baixa vulnerabilidade externa, em decorrência de seus excelentes fundamentos macroeconômicos. Ao contrário de episódios anteriores de crise, o volume de reservas cambiais tem ultrapassado consideravelmente a dívida externa e o déficit em conta corrente permanece em torno de 2,3% do PIB, sendo totalmente financiado pelo investimento estrangeiro direto. De fato, o Brasil tem sido um dos principais receptores de investimento estrangeiro direto (IED) no mundo.
Fatores externos influenciam a balança comercial brasileira
95
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Ministério da Fazenda
Setor Externo
Balança Comercial Brasileira* (US$ bilhões)
Fraca demanda global influencia comércio exterior brasileiro
O arrefecimento da demanda global e problemas burocráticos no exterior têm influenciado negativamente o saldo comercial brasileiro em 2012. O menor valor observado na balança comercial do País, no acumulado do ano até outubro, decorre de reduções nas exportações (US$ 246,3 bi) e importações (US$ 224,5 bi).
0
50
100
150
200
250
300
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
20001999
19981997
19961995
19940
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50Exportações
Importações
Saldo Comercial
21,8
33,1
50,0
53,3
59,7
57,7
49,2
55,8
55,6
47,2
48,3
62,8
73,6
91,4
120,
6
173,
1
127,
7
181,
8
226,
2
224,
5
43,5
46,5
47,7
53,0
51,1
48,0
55,1
58,2
60,4
73,1
96,5
118,
3
137,
8
160,
6
197,
9
153,
0
201,
9
256,
0
246,
3
Importação Exportação Saldo Comercial
Exportações Importações Saldo Comercial
Dados em: US$ bilhões
* Até 2011: valores anuais. Para 2012: acumulado em 12 meses até outubro de 2012
Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda
96
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Exportações Brasileiras – Principais Blocos Econômicos* (US$ milhões FOB)
O comportamento das exportações em 2012
As exportações brasileiras caíram em relação a 2011. As vendas para os principais parceiros foram menores, com exceção dos EUA. No acumulado entre janeiro e outubro de 2012, comparado com o mesmo período em 2011, caíram as vendas para a China, Argentina e União Europeia. Por outro lado, as vendas para os EUA cresceram próximo de 10%.
-2,5%
2011 2012
0
10
20
30
40
50
60
70
80
62.4
35.2
42 23.3 15
.1
41 22.8 9.
9
9.5
3.7
64 37.1
46.9
26.7
18.9
44.3
20.6 9.
9
10.3
4.7
Europa O
rienta
l
Oriente
Médio
África
EUA (1)
União Europeia
Argentin
a
Mercosul*
América Latin
a
e CaribeChina
Ásia
-5,2%
-10,4%
-12,8%-20%
-7,5%
10,6%0% -7%
-20,2%
2011 2012
Dados em: US$ milhões FOB
*Comparações do acumulado entre janeiro e outubro de 2012 com o mesmo período em 2011. (1) Inclui Porto Rico (2) Inclui Venezuela a partir de agosto de 2012
Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Setor Externo
Exportações Mensais para a Argentina (Var. % contra mesmo mês do ano anterior)
Queda nas exportações para a Argentina
Em fevereiro de 2012, o governo argentino passou a exigir a Declaração Jurada Antecipada de Importação (DJAI), o que obriga os importadores a registrarem informações acerca dos destinos finais dos produtos. A medida tem atrasado os embarques, resultando em queda das exportações brasileiras para a Argentina desde março deste ano.
-40
-30
-20
-10
0
10
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30
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Out 2012
Set 2012
Ago 2012
Jul 2
012
Jun 2012
Mai 2012
Abr 2012
Mar 2012
Fev 2012
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Nov 2011
Out 2011
Set 2011
Ago 2011
Jul 2
011
Jun 2011
Mai 2011
Abr 2011
Mar 2011
Fev 2011
Jan 2011
1º Fevereiro: Início de vigência da DJAI
42,7
39,8
24,3
34,7
31,4
32,8
25,5
27,8
18,0
20,5
16,2
2,7 5,
0
-14,
3
-18,
8
-23,
2
-15,
9
-34,
0
-27,
0
-24,
3
-32,
9
-18,
5
Dados em: Var. % contra mesmo mês do ano anterior
Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Setor Externo
Participação Percentual dos Maiores Parceiros Comerciais (% do total exportado)
Maior diversificação das exportações
A diversificação de mercados compradores tem sido a estratégia adotada para ampliar as exportações do Brasil. A participação percentual das exportações para a China cresceu em importância nos últimos anos, passando de 1,2% em 1990 para 17,4% entre janeiro e outubro de 2012, ao passo que as exportações para parceiros do Mercosul** passaram de 4,2%, em 1990, para 9,4%, em 2012.
0
5
10
15
20
25
30
35
1,817,4 11,2 20,3 9,45,6 20,8 25,5 9,21,8 19,1 29,8 17,429,2 33,3 4,21,2
1990
1998
2008
2012
MercosulUnião EuropeiaEstados UnidosChina
1990 1998 2004
2012*
Dados em: % do total exportado
* de janeiro a outubro de 2012**Não inclui a Venezuela
Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Setor Externo
Exportações Brasileiras de Manufaturados (% do total exportado de manufaturados)
Principais destinos das exportações brasileiras de manufaturados
As exportações de manufaturados para a Argentina cresceram em importância desde 2002, enquanto as vendas de manufaturados para os EUA diminuíram ao longo dos últimos anos. Desde 2010, no entanto, houve recuperação das vendas para os EUA e queda para o nosso principal parceiro do Mercosul. Atualmente, a UE é o principal destino das exportações brasileiras de manufaturados, com cerca de 20% destes produtos.
0
5
10
15
20
25
30
35
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
2000
19,618,314,8
2,7
Os textos em português e em inglês serão avaliados, corrigidos e revisados
em outra etapa da produção. A redação no primeiro instante indica o objetivo
do executor, podendo ser alterada pelo secretário, pelos secretários-adjuntos e
pelos revisores.
União EuropéiaArgentina
ChinaEUA
Argentina Estados Unidos China União Europeia
Dados em: % do total exportado de manufaturados
* 2012: de janeiro a outubro
Fonte: MDICElaboração: Ministério da Fazenda
100
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Redução das Exportações Para a Zona Euro: Impacto do PIB* (pp)
Brasil tem o menor impacto em suas exportações devido à crise
A análise da OCDE mostra que, entre os países emergentes, o Brasil experimentou o menor impacto da redução (-0,2 pp) das exportações para a zona euro, comparando o primeiro semestre de 2012 com o mesmo período em 2011. África do Sul, por outro lado, sofreu uma redução quatro vezes maior.
-0,8
-0,7
-0,6
-0,5
-0,4
-0,3
-0,2
-0,1
0,0
África do Sul
Rússia
Ínndia
China
IndonésiaBra
sil
-0,8
-0,7
-0,5-0,5
-0,3
-0,2
Dados em: Pontos percentuais
* entre o primeiro semestre de 2011 e o primeiro semestre de 2012
Fonte: OCDEElaboração: Ministério da Fazenda
101
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Resultado da Conta Corrente* (US$ bilhões e % do PIB)
Estabilidade no déficit em conta corrente
O déficit em transações correntes do Brasil alcançou US$ 52,2 bilhões nos últimos 12 meses até outubro. O menor volume de remessas de lucros e dividendos tem sido um fator preponderante na estabilidade da relação entre déficit e PIB, em torno de 2,3%.
-60
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
20122011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
20001999
19981997
1996-10
-8
-6
-4
-2
0
2
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Resultado da Conta Corrente (US$ bilhões) Conta Corrente (% PIB)-7
,6
-23,
2
-24,
2
-25,
3
-33,
4
-30,
5
-23,
5
1,6
13,6
14,0
11,7
4,2
-52,
2
-52,
5
-47,
3-24,
3
-28,
2 -2,3-2,1-2,2-1,5-1,7
0,1
1,31,61,8
0,8
-1,5
-4,2-3,8
-4,3-4,0-3,5
-2,8
Resultado da Conta Corrente (US$ bilhões) Conta Corrente (% do PIB)
Dados em: US$ bilhões e % do PIB
* Até 2011: valores anuais. Para 2012: acumulado em 12 meses até outubro de 2012
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Setor Externo
Investimento Estrangeiro Direto (US$ bilhões)
IED deve ultrapassar US$ 60 bilhões em 2012
O volume de IED ingressado no Brasil tem permanecido elevado, alcançando US$ 55,3 bilhões de janeiro a outubro de 2012. No Relatório Trimestral de Inflação de setembro de 2012, o Banco Central elevou a projeção de IED de US$ 55 bilhões para US$ 60 bilhões em 2012. Essa é a mesma projeção dos analistas de mercado para 2012 e 2013. Mas os valores finais podem ser ainda mais elevados.
0
10
20
30
40
50
60
70
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2013*
2012*2011
20102009
20082007
20062005
2004
18,1 15,1 18,8 34,6 45,1 25,9 48,5 66,7 60,0 60,0
IED total
Dados em: US$ bilhões
*Relatório Focus de Mercado do Banco Central do Brasil (30 de novembro de 2012)
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Investimento Estrangeiro Direto, Investimento Estrangeiro em Carteira e Conta Corrente (% do PIB)
IED é mais que suficiente para financiar déficit em conta corrente
O volume de IED ingressado no País (2,9% do PIB em 12 meses até outubro) tem sido mais que suficiente para financiar o déficit em conta corrente de 2,3% do PIB. Por sua vez, o investimento estrangeiro em carteira tem apresentado establidade por volta de 0,6% do PIB desde o início de 2012.
0,6
-2,3
2,9
Conta CorrenteInvestimento Estrangeiro em Carteira
Investimento Estrangeiro Direto
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
Out 2012
Set 2012
Jun 2012
Mar 2012
Dez 2011
Set 2011
Jun 2011
Mar 2011
Dez 2010
Set 2010
Jun 2010
Mar 2010
Dez 2009
Set 2009
Jun 2009
Mar 2009
Dez 2008
Set 2008
Investimento Estrangeiro Direto Investimento Estrangeiro em Carteira Saldo em Conta Corrente
Dados em: % do PIB
* Acumulado em 12 meses até outubro de 2012
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
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Setor Externo
Composição do Passivo Externo* (participação %)
IED representa quase metade do passivo externo
A participação do IED no total do passivo externo aumentou para 46,4% até outubro.
Outros passivos Renda Fixa Ações IED
0102030405060708090
100
26.4 30.6 26.5 22.4 14.2 13.4 11.0 16.8 10.4 10.5 13.1 13.2
30.9 32.1 27.8 24.121.5 18.0 15.8
19.917.2 15.0 16.4 17.8
9.97.9
13.117.3
25.1 30.739.6
21.635.0 29.4 24.7 22.6
29,4
26,4 30,6 26,5 22,4 14,2 13,4 11,0 16,8 10,4 10,5 13,1 13,2
30,9 32,127,8 24,1
21,5 18,0 15,819,9
17,2 15,0 16,4 17,8
9,97,9
13,117,3
25,1 30,7 39,621,6
35,0 29,4 24,7 22,6
32,8 32,7 36,1 39,2 37,933,6
41,6 37,345,0 45,8 46,4
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
Outros Passivos Renda Fixa Ações IED
Dados em: participação %
* Dados preliminares até outubro de 2012
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Fluxo de IED Global: Maiores Países Receptores (US$ bilhões)
Brasil entre os 10 maiores destinos de IED
As economias emergentes continuam a absorver mais da metade dos fluxos globais de IED. Comparando o primeiro semestre de 2012 com o mesmo período em 2011, houve um aumento 8,0% do IED recebido pela América Latina e países do Caribe. O Brasil aparece como o quinto maior receptor de IED do mundo durante o mesmo período.
China
Estados Unidos
Hong Kong, China
França
Reino Unido
Brasil
Cingapura
Canadá
Austrália
Bélgica
2012 2011
21,4
23,5
24,5
27,4
29,7
30,8
34,7
40,8
57,4
59,1
34,4
20,2
30,8
27,9
32,5
31,2
9,8
55,2
94,4
60,9
2011 (1º semestre) 2012 (1º semestre)
Dados em: US$ bilhões
Fonte: UNCTAD (Global Investment Trends Monitor nº 10)Elaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Índice BDO de Oportunidade de Investimento Global (Índice)
Brasil entre as melhores nações para se investir
Ao longo dos últimos anos, o Brasil tem recebido um crescente fluxo de capital produtivo, com empresas de todo o mundo investindo ou planejando entrar no mercado brasileiro. A posição do país mudou do sexto lugar, em 2011, para o terceiro em 2012. A China continua a ser o destino número um de investimento, pelo terceiro ano consecutivo.
0
60
120
180
240
300
Austrália
Reino
UnidoRússia
AlemanhaÍndia
Brasil
Estados
UnidosChina
251,0 212,0 198,0 158,0 147,0 108,0 104,0 77,0
Dados em: índice
*BDO Global Market Opportunity Index. A média aritimética de 100 é a intenção média de expansão para os países listados
Fonte: BDO Accountancy NetworkElaboração: Ministério da Fazenda
107
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Reservas Internacionais (US$ bilhões)
Reservas internacionais reduzem vulnerabilidade externa
As reservas internacionais totalizaram US$378,6 bilhões em novembro de 2012 e continuam a superar a dívida externa total, mantendo o País em forte posição de credor externo líquido. A acumulação de reservas tem sido uma estratégia importante na redução da vulnerabilidade externa, principalmente em um cenário de crise.
0
50
100
150
200
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300
350
400
17,0
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
2002
20,8 28,3 24,9
21,0 28,0 53,8 85,8 180,3 193,8 238,5 288,6 352,0 378,6
Empréstimos do FMI Reservas Internacionais
Dados em: US$ bilhões
* Até 30 de novembro de 2012
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Indicadores de Vulnerabilidade Externa (% do PIB)
Indicadores apontam baixa vulnerabilidade externa
O Brasil tem mantido as condições de baixa vulnerabilidade externa ao longo de 2012. O volume de reservas internacionais supera consideravelmente a dívida externa, diferentemente do observado em crises anteriores. Além disso, o déficit em transações correntes permanece em patamar que pode ser com facilidade financiado com investimentos de longa maturação.
-10
0
10
20
30
40
50
201220081998198719821974
Transações Correntes (%PIB) Reservas Internacionais (%PIB) Dívida externa total (%PIB)
Impacto do 1o choque do petróleo
Crise da dívida externa
Moratória da dívida externa
Antes do regime de
câmbio �utuante
Situação atual
(outubro/12)
Crise �nanceira mundial
(subprime)
4,8
1,5 2,6 5,
3
11,7
16,4
18,1
31,5
26,5
12,0
13,4
-6,8
-6,0 -0
,5
-4,0 -1
,7
-2,3
42,9
Dívida Externa Total Reservas Internacionais Transações Correntes
Dados em: % do PIB
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
109
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Setor Externo
Taxa de Câmbio Real Efetiva* (índice)
Taxa de câmbio mais competitiva
Apesar do grande volume monetário injetado pelas economias desenvolvidas em setembro de 2012, o Real não sofreu novas valorizações. As medidas de administração dos fluxos de capitais têm contribuído para evitar a perda de competitividade num cenário de guerra cambial provocada por economias avançadas.
85
90
95
100
105
110
115
Out 2012
Set 2012
Ago 2012
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012
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Mai 2012
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Fev 2012
Jan 2012
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Nov 2011
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Set 2011
Ago 2011
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011
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Abr 2011
Mar 2011
Fev 2011
Jan 2011
Dez 2010
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Set 2010
Ago 2010
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Jun 2010
Mai 2010
Abr 2010
Mar 2010
Fev 2010
Jan 2010
97,8
90,289,6
107,6
Dólar: Estados Unidos Euro: Zona do Euro Yuan: China Real: Brasil
Yuan: China Real: Brasil Dólar: Estados Unidos Euro: Zona do Euro
Dados em: índice Jan/2010=100
*Deflator: índice de preço ao consumidor para os respectivos países. Elevação reflete apreciação e queda reflete depreciação
Fonte: BISElaboração: Ministério da Fazenda
110
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Setor Externo
Taxa de Câmbio Nominal (RS/US$)
Vencendo a guerra cambial: Real em nível mais competitivo
O Governo brasileiro enfrenta a denominada “guerra cambial” implementando políticas macroprudenciais salutares sobre o fluxo de capitais internacionais de curto prazo. A incidência de IOF sobre empréstimos externos foi uma das ações que contribuíram para a elevação da taxa média de câmbio (R$/US$), de R$1,72 em 2011 para valores atuais próximos de R$ 2,10 no início de dezembro de 2012.
2,11
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
2,0
2,1
Dez 2012
Nov 2012
Out 2012
Set 2012
Ago 2012
Jul 2
012
Jun 2012
Mai 2012
Abr 2012
Mar 2012
Fev 2012
Jan 2012
Dez 2011
Nov 2011
Out 2011
Set 2011
Ago 2011
Jul 2
011
Jun 2011
Mai 2011
Abr 2011
Mar 2011
Fev 2011
Jan 2011
Média 2º sem. 2011: R$ 1,72
Média 1º sem. 2012: R$ 1,87
Média 2º sem.2012:R$ 2,04
Média 1º sem. 2011: R$ 1,63
Média Taxa de câmbio - Livre - Dólar americano (compra) - u.m.c./US$
Dados em: RS/US$
Fonte: Banco Central do BrasilElaboração: Ministério da Fazenda
Economia Brasileira em
PERSPECTIVA
Ministério daFazenda
Panorama Internacional
112
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
A crise econômica internacional iniciada em 2008 ainda não chegou a seu capítulo final. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve tem se tornado a principal fonte de estímulo econômico, tendo já implementado a terceira rodada de afrouxamento monetário. Do lado fiscal, o debate sobre o chamado “Abismo Fiscal”, situação em que diversos incentivos fiscais chegariam ao fim ao mesmo tempo em que os EUA sofreriam cortes no orçamento social e militar em 2013, ainda não encontrou a solução. O aperto fiscal poderá causar uma grave recessão no país, com impactos na economia mundial.
Na Europa, persiste a crise em países como Grécia, Portugal e Espanha, com severos impactos econômicos e sociais. A crise começa também a afetar nações mais sólidas, como a Alemanha. Assim, é importante que os membros da Zona do Euro encontrem soluções rápidas e duradouras, principalmente em termos de ampliação da supervisão bancária e da consolidação fiscal, para que o crescimento econômico retorne à região.
Países avançados ainda enfrentam grandes desafios
113
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
2013-2014: maior dinamismo para economias emergentes (previsões para o PIB)
Canadá
Brasil
ArgentinaÁfrica do Sul
EgitoÁrabia Saldita Índia
Rússia
Japão
Austrália
Coréia do Sul
Indonésia
China
Turquia
Reino Unido
México
EstadosUnidos
2,42,0
2,92,1
3,53,5
4,24,0
3,83,13,93,0
4,53,0
2,21,1
4,03,5
3,84,2 6,46,0
8,58,2
3,93,8
1,11,2
4,03,6
6,56,3
3,23,0
1,20,2Zona
do Euro
Espanha Itália
França0,4 1,1
-1,3 1,0 -0,7 0,5
Alemanha1,40,9
2013 2014
Dados em: % a.a
Fonte: WEO/FMI Outubro de 2012Elaboração: Ministério da Fazenda
114
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
2013-2014: previsões para inflação
2014
2013
ArábiaSaudita
Brasil
Rússia
Argentina
Índia
China
Indonésia
Coreia do Sul
Austrália
Japão Estados Unidos
África do Sul
México
CanadáZona
do Euro
4,9
9,7
3,5
5,2
4,69,6
6,6
2,7
5,1
3,0
2,6
-0,21,8
2,0 1,6
4,8
5,0
4,98,3
6,5
2,1
3,0
3,0
4,9
2,39,8
3,0
2,0
2,01,4
2013 2014
Dados em: % anual
Fonte: WEO/FMI Outubro de 2012Elaboração: Ministério da Fazenda
115
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
2013-2014: previsões para os saldos em conta corrente
2013
2014
ArábiaSaudita
Brasil
Rússia
Argentina
Índia
China
Indonésia
Coreia do Sul
Austrália
JapãoEstados Unidos
África do Sul
México
CanadáZona
do Euro
-0,1
-1,1
-5,8
22,7-3,3
3,8
1,7
-2,4
2,5
-5,5
2,3-3,1
-3,71,3
-2,8
z
-6,1
19,12,8
2,3
2,5
1,4
2,8
-2,3
6,1-0,7
-1,0
-3,1
-3,7
1,1
-3,3
2013 2014
Dados em: % do PIB
Fonte: WEO/FMI Outubro de 2012Elaboração: Ministério da Fazenda
116
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Desvio do Crescimento do PIB Real em Relação ao Potencial* (pontos percentuais)
Brasil é menos impactado no caso de acirramento da crise
O FMI analisou os efeitos de uma intensificação da crise europeia, tendo em conta fatores como uma brusca queda na demanda mundial e nos preços das commodities, entre outros. Sob este cenário, o Brasil estaria entre as economias menos impactadas pela crise financeira da Europa.
Forte (entre -2,5 e -2,0)
Muito Forte (<-2,5)
Limitado (entre -1,5 e 0,0)
Moderado (entre -2,0 e -1,5)
Muito Forte (<-2,5) Forte (entre -2,5 e -2,0) Moderado (entre -2,0 e -1,5) Limitado (entre -1,5 e 0,0)
Dados em: pontos percentuais
* Cálculos feitos pelo FMI. Pico de perda de produto do cenário-base do WEO de Outubro de 2012
Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda
117
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
PIB (crescimento % em relação ao mesmo trimestre do ano anterior)
Economia global: cenário de curto prazo é de lenta recuperação
A economia global não dá sinais de plena recuperação em todas as regiões do globo ao mesmo tempo. Para os próximos dois anos, a perspectiva é de melhora econômica nos Estados Unidos, América Latina e países emergentes da Ásia. O mundo ainda vê com preocupação as economias europeia e japonesa.
-10
-5
0
5
10
15
2014*
2013*
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
2000-10
-5
0
5
10
15
2014*
2013*
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
2000
7,5
4,1
5,5
2012 2013
Ásia Emergente 6,7 7,2
América Latina 3,2 3,9
África Sub-Saariana 5,0 5,7
2014
2012 2013
Estados Unidos 2,2 2,1
Zona do euro -0,4 0,2
Japão 2,2 1,2
2014
2,9
1,2
1,1 Dados em: %
* Previsões do WEO/FMI Outubro de 2012
Fonte: WEO/FMI Outubro de 2012Elaboração: Ministério da Fazenda
118
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
PIB da Zona do Euro (crescimento % em relação ao trimestre imediatamente anterior)
Zona do euro em recessão
Desde o quarto trimestre de 2011, o crescimento econômico da Área do Euro tem sido zero ou menos do que isto. Em 2012, a economia da Zona do Euro encolheu por dois trimestres consecutivos, caindo 0,1% no terceiro trimestre em relação ao segundo. Os líderes europeus estão ainda tentando encontrar uma solução consistente para colocar a região de volta para a trajetória de crescimento.
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,60,8
1,0
1,2
3 T 2012
2 T 2012
1 T 2012
4 T 2011
3 T 2011
2 T 2011
1 T 2011
4 T 2010
3 T 2010
2 T 2010
1 T 2010
0,5
1,0
0,40,3
0,6
0,20,1
-0,3
0,0
-0,2-0,1
Dados em: %
Fonte: Banco Central EuropeuElaboração: Ministério da Fazenda
119
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
G20 e Europa: Dívida Pública Bruta em Países Selecionados (% do PIB)
Trajetória do endividamento público ainda preocupa
A crise econômica atual está profundamente relacionada ao alto nível de endividamento em países como Itália, Irlanda e Portugal. As projeções para 2012 para estes países são de mais de 110% na relação dívida/PIB. A situação na Grécia é ainda pior (170%).
2007 2012*
Argentina 67,09 45,22 Austrália 9,71 27,07 Brasil 65,19 64,08 Canadá 66,52 87,52 China 19,59 22,16 Índia 75,46 67,59 Indonésia 35,05 23,90 Japão 183,01 236,56 México 37,56 43,08 Rússia 8,51 11,03 África do Sul 28,29 41,25 Coréia do Sul 30,66 33,46 Turquia 39,92 37,70 Estados Unidos 67,16 107,18 Zona do Euro 66,43 93,62
2007 2012*
França 64,22 89,97
Alemanha 65,36 83,04
Itália 103,08 126,33
Reino Unido 43,71 88,68
Bélgica 84,01 99,03
Grécia 107,45 170,73
Irlanda 24,99 117,74
Holanda 45,30 68,20
Polônia 44,99 55,10
Portugal 68,27 119,07
Espanha 36,30 90,69
Suécia 39,73 37,15
Países do G20 Países Europeus do G20 Membros da Zona do Euro
Dados em: % do PIB
* Previsões do WEO/FMI Outubro de 2012
Fonte: WEO/FMI Outubro de 2012Elaboração: Ministério da Fazenda
120
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Crescimento Anual do Valor Adicionado da Manufatura (% a.a.)
Produção industrial mundial continua fraca em 2012
O crescimento da indústria mundial tem permanecido fraco em 2012, devido às incertezas da crise financeira internacional. De acordo com estimativas da UNIDO, o valor adicionado da manufatura mundial deverá fechar 2012 com crescimento de 3,0%. Mas a produção industrial nas economias emergentes expandirá mais do que nas economias avançadas: 4,5% e 1,4%, respectivamente.
Setor 2011 Expectativas para 2012
Mundo 2,9 3,0
Países Industrializados 0,4 1,4
América do Norte 0,4 1,7
Leste da Ásia -1,6 4,1
Europa 1,8 -1,7
Países em Desenvolvimento 5,4 4,5
China 10,6 9,0
Países Recentemente Industrializados 5,7 4,4
Outros Países em Desenvolvimento 3,7 4,4
Dados em: variação % em relação ao ano anterior (preços constantes de 2000 em US$)
Fonte: UNIDO - United Nations Industrial Development OrganizationElaboração: Ministério da Fazenda
121
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Indicador de Clima Econômico (ICE): Países/Regiões Selecionadas* (pontos)
Brasil supera outros países do Brics em clima econômico
A Sondagem da América Latina, realizada pela FGV, procura captar o sentimento de especialistas sobre a economia em seus respectivos países no momento atual e as expectativas seis meses adiante. Os dados do trimestre finalizado em outubro de 2012 mostram que o Índice de Clima Econômico (ICE) brasileiro avançou para 6,1 pontos no trimestre, ante os 5,2 registrados no trimestre imediatamente anterior. Esta pontuação é superior à verificada em outros BRICS, assim como em economias avançadas.
0
1
2
3
4
5
6
7
Brasil
Índia
Reino Unido
Alemanha
Estados U
nidosChina
Rússia
União Européia
Japão
França
África do Sul
Out 2012Jul 2012
2,9
3,3
3,6
4,1
4,3
4,7
4,7
4,8
4,8
5,4
6,1
4,1
3,8
4,2
4,4
4,5
5,0
4,6
5,4
4,7
5,0
5,2
Out 2012 Jul 2012
Dados em: pontos
*O ICE oscila entre 1 e 9 pontos, sendo calculado por meio de respostas de especialistas a um questionário com opções de resposta de natureza qualitativa
Fonte: IFO/FGVElaboração: Ministério da Fazenda
122
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Indicador Antecendente da OCDE (pontos)
Indicador antecedente mostra retomada do crescimento no Brasil
O indicador antecedente da OCDE, que antecipa em 6 meses a inflexão da tendência de longo prazo da atividade econômica, continua a apontar perspectivas de fraca expansão em muitas economias do mundo, principalmente na Zona do Euro. Mas já há sinais de estabilização em países como a China e EUA. As perspectivas para o Brasil já apontam para a retomada do crescimento econômico.
BrasilChina EuroEUA
92
94
96
98
100
102
104
20122011
20102009
20082007
20062005
20042003
200292
94
96
98
100
102
104
20122011
20102009
20082007
20062005
20042003
2002
China Brasil EUA Euro
Dados em: pontos
* A linha horizontal em 100 representa a tendência de longo prazo da atividade econômica
Fonte: OCDEElaboração: Ministério da Fazenda
123
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Brasil, Zona do Euro e Estados Unidos: Taxa de Desemprego* (%)
Taxa de desemprego com dinâmicas diversas
As taxas de desemprego no Brasil, Estados Unidos e Zona do Euro têm apresentado dinâmicas diferentes. Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego tem caído, mas ainda está acima da média histórica. Na Europa, uma das principais preocupações é o fraco desempenho do mercado de trabalho. Por outro lado, o desemprego no Brasil tem caído consistentemente, com 5,3% em outubro.
7,9
5,3
11,6
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Out 2012
Jul 2
012
Abr 2012
Jan 2007
Out 2006
Jul 2
006
Abr 2006
Jan 2006
Out 2005
Jul 2
005
Abr 2005
Jan 2005
Out 2009
Jul 2
009
Abr 2009
Jan 2009
Out 2008
Jul 2
008
Abr 2008
Jan 2008
Out 2007
Jul 2
007
Abr 2007
Jan 2007
Out 2006
Jul 2
006
Abr 2006
Jan 2006
Out 2005
Jul 2
005
Abr 2005
Jan 2005
BrasilZona do EuroEstados Unidos
Estados Unidos Zona do Euro Brasil
Dados em: %
*Dados até outubro de 2012, com exceção da Zona do Euro (set/12). Taxa no Brasil é sem ajuste sazonal. Dados para Estados Unidos e Europa são ajustados sazonalmente.
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
124
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Preços de Commodities CRB * (índice)
Em 2012, preços dos alimentos influenciados por fatores climáticos
Nos 12 meses que finalizaram em novembro de 2012, os preços das commodities apresentaram estabilidade. Por exemplo, o índice CRB spot recuou 2,2%, enquanto o índice de metais reduziu em 0,1%, em relação à média de novembro de 2011. No entanto, os preços das commodities agrícolas subiram durante o período de junho a setembro de 2012, por conta de fatores climáticos adversos nos EUA, passando a cair em outubro e novembro.
50
90
130
170
210
250
Nov 2012
Set 2012
Jun 2012
Mar 2012
Dez 2011
Set 2011
Jun 2011
Mar 2011
Dez 2010
Set 2010
Jun 2010
Mar 2010
Dez 2009
Set 2009
Jun 2009
Mar 2009
Dez 2008
Set 2008
Jun 2008
Mar 2008
Dez 2007
Set 2007
Jun 2007
Mar 2007
Dez 2006
Set 2006
Jun 2006
Mar 2006
Dez 2005
196,23181,62
158,10
CRB Metais CRB Alimentos CRB Spot
CRB Spot CRB Alimentos CRB Metais
Dados em: Número-índice (dez 2005=100)
*Dados de novembro de 2012 referentes ao dia 15
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
125
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Petróleo Brent Diário (US$)
Preços internacionais do petróleo em níveis de 2011
A tendência de alta nos preços do petróleo, que se iniciou depois da crise de 2008-2009, se alastrou até o começo de 2011. Depois de caírem em meados de 2012, os preços do petróleo se recuperaram e atingiram o mesmo patamar de 2011.
0
20
40
60
80
100
120
140
Nov 2012
Set 2012
Jul 2
012
Mai 2012
Mar 2012
Jan 2012
Nov 2011
Set 2011
Jul 2
011
Mai 2011
Mar 2011
Jan 2011
Nov 2010
Set 2010
Jul 2
010
Mai 2010
Mar 2010
Jan 2010
Nov 2009
Set 2009
Jul 2
009
Mai 2009
Mar 2009
Jan 2009
108,2
Dados em: US$
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
126
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
EUA: Indicador Antecedente e Índice Coincidente (número-índice)
Indicador antecedente dos EUA sinalizando melhora
Apesar de o ritmo de recuperação da economia americana ser muito baixo, há sinais positivos quanto ao desempenho presente. O indicador antecedente do “Conference Board” tem mostrado crescimento e está bem acima dos valores registrados em 2009, fase mais acentuada do recuo da atividade. Além disso, o índice de confiança, que mede as condições econômicas atuais, tem aumentado, apesar de leve queda em outubro de 2012.
80
85
90
95
100
105
110
Out 2012
Set 2012
Jun 2012
Jan 2012
Jun 2011
Jan 2011
Jun 2010
Jan 2010
Jun 2009
Jan 2009
Jun 2008
Jan 2008
Jun 2007
Jan 2007
Jun 2006
Jan 2006
Jun 2005
Jan 2005
Jun 2004
Jan 2004
Jun 2003
Jan 2003
Jun 2002
Jan 2002
Jun 2001
Jan 2001
Jun 2000
Jan 2000
Jun 1999
Jan 1999
104,8
96
Coincident Economic Indicator (CEI)Leading Economic Indicator (LEI)
Indicador Econômico Antecedente (LEI) Indicador Econômico Coincidente (CEI)
Dados em: número-índice (2004=100)
Fonte: The Conference BoardElaboração: Ministério da Fazenda
127
Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Estados Unidos: Vendas de Residências (milhões) e Construção de Novas Residências (milhares)
Setor habitacional nos EUA com leves sinais de recuperação
O mercado imobiliário dos Estados Unidos está melhorando consistentemente em vendas e construção de novas residências. A construção de novas residências alcançou 894 mil unidades no mês de outubro de 2012, contra 630 mil em outubro de 2011, aumento de 40,9%. As vendas de residências subiram 10,9% no mesmo período de comparação. É o 16º mês consecutivo de aumento nas vendas de residências nos Estados Unidos, na comparação anual.
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
Out 2012
Jul 2
012
Abr 2012
Jan 2012
Out 2011
Jul 2
011
Abr 2011
Jan 2011
Out 2010
Jul 2
010
Abr 2010
Jan 2010
Out 2009
Jul 2
009
Abr 2009
Jan 2009
Out 2008
Jul 2
008
Abr 2008
Jan 2008
Out 2007
Jul 2
007
Abr 2007
Jan 2007
Out 2006
Jul 2
006
Abr 2006
Jan 2006
Construção de novas Residências Vendas de Residências
4,79894
3
4
5
6
7
8
Vendas de Residências Construção de Novas Residências
Dados em: milhares e milhões
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
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Edição Dezembro | Ano 2012
Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
EUA: Receitas e Despesas Governamentais, Estoque de Dívida e PIB (US$ trilhões)
EUA: estoque da dívida já supera PIB
Quanto às finanças públicas dos EUA, as receitas têm decrescido e as despesas têm aumentado. A dívida pública americana já alcança US$ 16 trilhões (superior ao PIB). De outro lado, um aperto fiscal mais rígido poderá levar o país a uma recessão, com reflexos para a economia mundial.
0,00,5
1,0
1,5
2,02,5
3,0
3,5
4,0
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
20000
2
4
6
8
1012
14
16
18
2012*2011
20102009
20082007
20062005
20042003
20022001
2000
Japão
DespesaReceita
3,5
2,4
9,9
10,3
10,6
11,1
11,8
12,6
13,4
14,0
14,3
14,0
14,5
15,1
15,6
5,7
5,9
6,4
7,0
7,6
8,2
8,7
9,2
10,7
12,3
14,0
15,2
16,3
PIB EUAEstoque de dívida EUA
Despesas Receitas Estoque de Dívida PIB
Dados em: US$ trilhões
*Dados Fiscais são expectativas do Governo. Estoque da Dívida refere-se ao realizado em outubro de 2012
Fonte: Imprensa Oficial dos EUA, BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
EUA: Abismo Fiscal e suas Consequências (US$ bilhões e % do PIB)
O problema do abismo fiscal nos EUA
O problema do “Abismo Fiscal” norte-americano se refere ao fim de incentivos fiscais e ao início de cortes no orçamento social e militar em 2013. O valor a ser retirado da economia está próximo de US$ 500 bilhões. Caso não se chegue a um acordo no curto prazo, este aperto fiscal poderá levar a um PIB negativo de 0,5% em 2013 e a uma taxa de desemprego de 9,1% no 4º trimestre de 2013, embora apresentando redução no estoque da dívida.
Cenário Abismo Fiscal* Cenário Alternativo**
1.128,0 1.128,0
(US$ bilhões) 641,0 1.037,0
2012 (US$ bi) 487,0 91,0
Crescimento Econômico em 2013 (4T2013/4T2012) -0,5% 1,7%
Taxa de Desemprego (4T2012) 9,1% 8,0%
Dívida Pública Bruta (% PIB) 2012 = 73% 2022 = 58%
2012 = 73%2022 = 90%
Dados em: US$ bilhões e % do PIB
*Congresso implementa todos os cortes de gastos e aumento de impostos **Cortes de gastos e aumento de impostos são parcialmente implementados
Fonte: Congressional Budget Office (CBO)Elaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
Cenários Possíveis de Desaceleração em Diferentes Regiões (pp)
Impactos globais do “Abismo Fiscal” e da crise na Europa
Os problemas econômicos enfrentados pela zona do euro já têm consequências em várias regiões do mundo. O debate sobre o “abismo fiscal” nos Estados Unidos adiciona mais incerteza na economia global. A expectativa é de que a América Latina seja menos afetada por essas adversidades.
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
América Latin
a
Ásia emergente
Japão
Outros paises
Estados U
nidos
Mundo
Zona do euro centra
l
Zona do euro perif
érica
-2,0
-1,8
-1,6
-1,4
-1,2
-1,0
-0,8
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-0,4
-0,2
0,0
América Latin
a
Ásia emergente
Japão
Outros paises
Estados U
nidos
Mundo
Zona do euro centra
l
Zona do euro perif
érica
Cenário de Depressão Zona do Euro
(Queda do PIB, desvio percentual em relação ao cenário base 2013)
(Queda do PIB, desvio percentual em relação ao cenário base 2013)
Crise Fiscal dos E.U.A
Dados em: pontos percentuais
Fonte: FMIElaboração: Ministério da Fazenda
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Ministério da Fazenda
Panorama Internacional
China: Crescimento Real do PIB (%)
PIB chinês: crescimento mais moderado
A economia chinesa crescerá menos em 2012, principalmente por conta da queda da demanda global. A expectativa é de retomada, mas em patamares mais modestos do que os registrados em 2010 e 2011. A projeção de crescimento econômico chinês é de 8,1% em 2013.
0
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2013*
2012*2011
2010
2009
2008
2007 2006
20052004
20032002
2001
8,3 9,1 10,0 10,1 11,3 12,7 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 8,1
Dados em: % a.a
* Previsões do WEO/FMI Outubro de 2012
Fonte: Bloomberg e WEO/FMIElaboração: Ministério da Fazenda
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Panorama Internacional
China: Índices de Confiança (índice)
China: índices de confiança refletem arrefecimento da atividade
Os índices de confiança chineses estão em tendência de queda desde meados de 2011, reflexo da maior incerteza econômica. O resultado é um menor dinamismo da atividade econômica, já demonstrado pelo menor crescimento do PIB em 2012, que deverá atingir 7,7%, depois de ter alcançados taxas de crescimento bem mais elevadas no passado recente.
90,2
82,9
60
65
70
75
80
85
90
95
100
105
Set 2012
Jun 2012
Mar 2012
Dez 2011
Set 2011
Jun 2011
Mar 2011
Dez 2010
Set 2010
Jun 2010
Mar 2010
Dez 2009
Set 2009
Jun 2009
Mar 2009
Dez 2008
Set 2008
Jun 2008
Mar 2008
Con�ança Mercado Imobiliário Con�ança nos Negócios
Índice de Confiança nos Negócios Índice de Confiança do Mercado Imobiliário
Dados em: índice
Fonte: BloombergElaboração: Ministério da Fazenda
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Panorama Internacional
Taxa de Crescimento Médio, em % a.a (tabela) e em % PIB (gráfico)
China: menos investimentos e mais consumo no médio prazo
Enquanto a demanda global enfraquece, o foco da economia chinesa se torna o mercado doméstico. Assim, um novo modelo econômico está em gestação no país, no qual há uma maior participação do consumo no PIB. Por volta de 2030, esta participação deve ser bem maior do que temos hoje e, por outro lado, haverá queda na participação do investimento.
Período Investimento (crescimento médio)
Consumo Final (crescimento médio)
PIB (crescimento médio)
Taxa de Investimento
1991 - 1995 19,30% 10,70% 12,30% 33%1996 - 2000 8,80% 8,90% 8,60% 34%2001 - 2005 14,60% 8,60% 9,80% 40%2006 - 2010 16,40% 11,10% 11,20% 46%2011 – 2015 6,50% 10,40% 7,80% 44%2016 – 2020 3,20% 9,80% 6,70% 39%
010203040506070
2025 - 20302021 - 20252016 - 20202011 - 20151995 - 2010
Investimento/PIBConsumo/PIB
Fonte: DRC e Banco MundialElaboração: Ministério da Fazenda
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Glossário
Glossário - Instituições
ABAL Associação Brasileira do Alumínio
ANA Agência Nacional de Águas
ANFAVEA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
BASA Banco da Amazônia
BB Banco do Brasil
BIS Banco de Compensações Internacionais
BM&F BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo
BNB Banco do Nordeste
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CMN Conselho Monetário Nacional
CNI Confederação Nacional da Indústria
CONAB Companhia Nacional de Abastecimento
EPE Empresa de Pesquisa Energética
FGV Fundação Getúlio Vargas
FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
FMI Fundo Monetário Internacional
FUNAI Fundação Nacional do Índio
FUNCEX Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPEA O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MCTI Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário
MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MF Ministério da Fazenda
MMA Ministério do Meio Ambiente
MME Ministério de Minas e Energia
NASDAQ National Association of Security Dealers Automated Quotation
OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
OGU Orçamento Geral da União
ONU Organização das Nações Unidas
SFB Serviço Florestal Brasileiro
STN Secretaria do Tesouro Nacional
UE União Europeia
UNCTAD Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento
USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
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Glossário
Glossário - Termos
BACEN Banco Central do Brasil
BRICS Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
CDS Credit Default Swap
CRB Commodity Research Bureau
CRI Certificado de Recebível Imobiliário
DPF Dívida Pública Federal
DPMFi Dívida Pública Mobiliária Federal Interna
FBCF Formação Bruta de Capital Fixo
FED Federal Reserve
FIDC Fundo de Investimento em Direitos Creditórios
FIP Fundo de Investimento em Participações
IED Investimento Estrangeiro Direto
IGP-DI Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna
IGP-M Índice Geral de Preços do Mercado
INCC-DI Índice Nacional de Custo da Construção Civil - Disponibilidade Interna
IOF Imposto Sobre Operações Financeiras
IPA-DI Índice de Preços ao Produtor Amplo - Disponibilidade Interna
IPC-BR Índice de Preços ao Consumidor
IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo
IPI Imposto Sobre Produtos Industrializados
ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial
LOAS Lei Orgânica da Assistência Social
PAA Programa de Aquisição de Alimentos
PAC Programa de Aceleração do Crescimento
PDE Plano Decenal de Expansão de Energia
PIB Produto Interno Bruto
PME Pesquisa Mensal de Emprego
PMI Purchasing Managers' Index
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
PRONATEC Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
RMV Renda Mensal Vitalícia
Selic Sistema Especial de Liquidação e Custódia
TR Taxa de Referência
UHE Usina Hidrelétrica
WEO World Economic Outlook/FMI
UNIDO Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial
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Ministério da Fazenda
Presidente da República: Dilma Vana RousseffMinistro da Fazenda: Guido MantegaSecretário Executivo: Nelson BarbosaSecretário de Política Econômica: Márcio Holland Chefe de Gabinete: Marcelo Fiche
Produção e ExecuçãoSecretaria de Política Econômica
Conselho EditorialCleomar GomesDanniel LafetáFabio Graner José Gilberto Scandiucci FilhoLígia Ourives
Suporte TécnicoAssessoria de Assuntos Econômicos do Gabinete do MinistroAssessoria de Comunicação Social do Gabinete do Ministro - ACSSecretaria de Assuntos Internacionais - SAIN Secretaria de Acompanhamento Econômico - SEAESecretaria do Tesouro Nacional - STNServiço Federal de Processamento de Dados - SERPRO www.fazenda.gov.br Disponível em: http://www.fazenda.gov.br/ebp
Finalizado em 6 de dezembro de 2012
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ArteProjeto Gráfico: Viviane BarrosArte da capa e entre capítulos: André Nóbrega Diagramação: Alline Luz e Letícia LopesEstagiários de Design: Amanda Martins e Bárbara Vonne