Post on 22-Apr-2015
ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA E SAÚDE
O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES NO
DESENVOLVIMENTO DA PÓS-GRADUAÇÃO NACIONAL EM
SAÚDE
POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
PAÍSES DESENVOLVIDOS Final da 2ª guerra mundial e anos 50
Compreensão do papel da pesquisa apoiada e orientada pelo estado (grandes programas governamentais voltados para objetivos militares, de segurança e de prestígio nacional) para o desenvolvimento nacional.
Anos 60 Começo do questionamento, por parte da
sociedade e do congresso americanos sobre os grandes gastos x retorno econômico.
Anos 70 Mudanças de: Prioridade – saúde e energia Modo de financiamento – divisão entre público
e privado (público passa de 67% em 1965 para 27% em 2000)
Anos Bush Pai Investimentos maiores em performance das
industrias e em pequenas empresas inovadoras Papel do estado mais estimulador que
coordenador.
Anos 80 – mudança sobre patentes aumenta a parceria entre universidades e empresas.
Dinheiro para projetos com elevado poder de inovação e difusão – público complementa o privado.
Governo como coordenador e não mais líder do
processo de inovação.
(André Toni Furtado, Novos arranjos produtivos, estado e gestão da pesquisa pública, Ciencía eCultura vol,. 757 no 1 são paulo Jan/ Mar 2005)
ESTADOS UNIDOS
MAIOR SISTEMA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO MUNDO
15 milhões de alunos
• Instituição se adapta ao nível do aluno – 40% dos americanos que entraram no nível superior tiveram que fazer nivelamento.
• Só pequeno número de instituições fazem ensino, pesquisa e extensão.
• Valorização do PhD só em matemáticas e físicas, nas áreas aplicadas valoriza-se a experiência.
• Sistema extremamente competitivo entre públicas e privadas, que dependem de fundos.
• Todos pagam, em quantidades diferentes, dependendo da escola.
Média das públicas = 2535 dólares/anoMédia das privadas = 11 007 dólares
• Governo federal “pinga” 50 bilhões de dólares.
• Não há isonomia salarial.
• Não há Ministério da Educação ou CFE.
• As profissões não são regulamentadas por lei com exceção de medicina, direito, enfermagem ( profissões com riscos).
• As regras são flexíveis ou nem existem para aberturas de cursos
Problemas• Custos subiram muito. • Evasão preocupante: 40% nas públicas e
16% nas privadas• Muita pesquisa inexpressiva• Babel curricular devido ao grande número
de possibilidades de escolha dos alunos de cursos ou disciplinas
• Remédios duros para os problemas detectado: fechamento de escolas por propaganda enganosa, de departamentos e cursos: 200 cursos superiores foram extintos nos últimos anos
• Imagem externa marcada por um pequeno conjunto de escolas de elite - Harvard a mais famosa (escolas inicialmente religiosas mas que hoje fazem parte do “publish ou perish – publique ou caia fora”)
Só 3% das instituições de ensino superior se dedicam
predominantemente à pesquisa.
• Nesta universidades o que conta é a Pós-graduação. A graduação é vista pelos professores como um “mal necessário ou até mesmo desnecessário”.
• A qualidade da graduação é muito variável. Em Harvard há aulas com 1000 alunos.
• Melhor que o ensino é a qualidade dos alunos que ingressam – elite intelectual.
• Melhor graduação está em instituições que não fazem pesquisa regular ou institucionalizada e que, em geral não têm pós-gradução.
• 86% deste grupo é de escolas privadas - destas 18% deliberadamente não têm pós-graduação e oferecem programas que não profissionalizam – ensino enfoca predominantente as humanidades e alguma ciência.
• São melhores em ensino do que a maioria das grandes universidades (mesmo as que lideram em pesquisa como Berkeley, Michigam ou Indiana).
• O ensino nestes Colleges pode ser de igual qualidade com o das Ivy Leagues (como Harvard).
• 637 “Liberal Arts Schools”, alguns elitizados, voltados para as humanidades formam os profissionais buscados para dirigir as 500 maiores empresas (revista Fortune) dos EEUU.
700 universidades americanas têm pós-graduação divididas igualmente entre públicas e privadas, com cerca de 5 milhões de alunos.
Luta para estabelecer uma identidade e criar uma imagem de qualidade que possibilite atrair alunos e fundos.
Sacrifício da graduação (fazem de tudo).
Das 25 instituições cuja alta reputação não se estende à graduação, 23 são universidades e 2 colleges.
Escolas para todos os tipos de alunos
• Escolas baratas e de fácil acesso - segunda chance - essas escolas são as que mais inovam em pedagogia para dar conta da clientela.
• Escolas voltadas para interesses coorporativos de empresas.
• Universidades coorporativas como a da Motorola ou do Mac Donald’s.
• Faculdades profissionalizantes com cursos para cozinheiro, pedreiro, massagista, etc.
• 693 pequenas escolas, quase todas privadas, só com um ou dois cursos e poucos alunos voltadas para uma atividade específica diretamente relacionada á uma atividade econômica existente na região onde atua.
• Open University – hoje 500 instituições oferecem cerca de 10.000 cursos à distância.
• Experiências radicais - Universidade de Phoenix que proclama sem medo seus objetivos de lucro e cria cursos para responder às necessidades dos alunos, não tem campus próprio e só trabalha com salas alugadas em locais diferentes. Tem cerca 40.000 alunos.
Modelo de Educação, Cláudo de Moura Castro veja.abril.com.br/190898/p_110.htlm
POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DO BRASIL
O apoio sistemático começa mais tarde
Década de 50 – criação do CNPq e da Capes.
Década de 70 – Idade do Ouro – criação de institutos públicos de pesquisa e desenvolvimento da pós-gradução nas universidades federais, criação do FNDCT e da Finep ( desenvolvimento tecnológico).
Década de 80 – sistema estaciona devido às crises econômicas mas instituições públicas de pesquisa e a academia amadurecem por terem se beneficiado dos investimentos da década anterior.
• Sistema concentrado no Estado, com participação pequena da iniciativa privada e o setor produtivo, tanto no financiamento como na execução.
• Mas há um crescimento gradativo (em 2000 – setor privado será responsável por 32% da execução e 38% do financiamento).
• Menor ênfase nos grandes programas tecnólogicos.
• Os programas dos governos militares diminuem progressivamente com a redemocratização.
• Os setores de telecomunicaçoes, informática, aeronáutico e energético beneficiam-se dos investimentos dentro dos projetos estratégicos-militares do regime militar.
DESTAQUES
Desde o início da política de P&D houve destaque para a agricultura e a saúde, por isso a pesquisa brasileira é muito expressiva nestas áreas.
A partir de 1993 - aumento do gasto público em C&T por meio das agências como Capes, CNPq e Finep, sendo seguido por governos estaduais, com a criação de agências estaduais de fomento.
Surgem projetos cooperativos entre empresas e universidade, há regionalização de recursos, mas em 1998 com a desvalorização do real são feitos cortes nas verbas que provocam uma grande crise nas universidades e centros de pesquisa.
2º Governo FHC
• Criados os fundos setoriais, com novas fontes de receitas (exemplo é o do petróleo. com o intuito de suprir a pesquisa industrial antes realizada pela estatal).
• A pesquisa acadêmica ganha o CTInfra, para reforçar infra-estrutura das instituições públicas de pesquisa. Os fundos não alcançam seu objetivo porque as verbas passam a ser contingenciadas.
• O fomento para projetos cooperativos universidade-empresas
ganha grande incentivo mas não leva a um aumento de gasto das empresas em pesquisa interna.
André Toni Furtado, Novos arranjos produtivos, estado egestão da pesquisa pública, Ciencía eCultura vol,. 757 no 1 são paulo Jan/ Mar 2005)
(
O sistema educacional brasileiro
Anos de 1960 • uma centena de instituições; • maioria de pequeno porte; • centros urbanos; • transmissão do conhecimento;• corpo docente com escassa
profissionalização acadêmica;• pouco mais de 100 mil estudantes
FIM DA DÉCADA DE 90
• 1097 instituições.
• 2,4 milhões de alunos de graduação.
• 80 mil alunos na pós-graduação stricto sensu, em todas as áreas do conhecimento.
• Movimento de interiorização e regionalização da oferta de ensino.
Hierarquia de instituições
Indicadores vão comandar e dar legitimidade social e simbólica no campo acadêmico:
titulação dos docentes; institucionalização da pesquisa e da
produção intelectual; qualidade da formação.
Diversidade de vocações institucionais é expressada na prática das instituições por meio das diferentes formas de desenvolver e combinar as atividades de ensino, pesquisa, extensão e formação profissional.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA
Articulação estreita entre ensino e pesquisa.
Valorização das atividades de extensão.
Formação profissional para o mercado
ocupacional.
UNIVERSIDADE BRASILEIRA IMAGINÁRIA
Helena SAMPAIO. O ensino superior no Brasil: o setor privado. São Paulo Fapesp/Hucitec, 2000. 408 páginas.
“Essa tendência que, de certa maneira, tem prevalecido nos estudos sobre ensino superior no país, contribui para desviar a atenção do instigante fenômeno da diversidade de vocações acadêmicas, bem como do acirramento de conflitos manifestos e latentes entre as instituições e os diferentes atores que atuam no campo do ensino superior no país, desencadeados pela busca do reconhecimento social e acadêmico dessa pluralidade de formas de organizar e exercer suas atividades acadêmicas”.
Setor privado
• Forte presença do setor privado no ensino superior no país é anterior ao crescimento ocorrido em meados dos anos de 1960.
• Período republicano - origem
Constituição da República de 1891 descentraliza a oferta de ensino superior, permitindo aos governos estaduais e à iniciativa privada a criação de estabelecimentos próprios.
• Ampliação incipiente e diferenciação do funcionamento.
• Até 1900 - 24 instituições não-universitários e voltadas para a atividade de formação profissional.
• Até 1920 - criadas 56 novas instituições, (a maior parte iniciativa confessional católica e/ou de elites locais).
• Década de 30 - 64% dos estabelecimentos já são privados, respondendo por 44% das matrículas existentes.
• Meados de 1960 - consolidação e estabilização do setor.
• Entre 1965 e 1980 - grande crescimento das matrículas do setor privado (passa a ser numericamente superior).
• Entre 1960 e 1980 - número total de matrículas de graduação passa de cerca de 200 mil para 1,4 milhão de estudantes.
• Metade da década de 1960 - setor privado é responsável por 43% do total das matrículas.
• Início dos anos de 1980 - 63% do alunado.
• Os grupos laicos tornam-se predominantes no setor, em detrimento dos confessionais.
• O crescimento do setor, nas décadas de 1960 e 1970, ocorre por meio da criação de instituições de pequeno porte, com cursos noturnos, oriundas de antigas escolas secundárias.
• A preferência foi por criar pequenas instituições não-universitárias, sem atividades de pesquisa.
• Em 1971- 639 estabelecimentos privados, só dezesseis são instituições universitárias.
MOMENTO ATUAL
Pós- graduação
Parte mais bem sucedida da política científica brasileira, apesar
de todas as crises econômicas.
Décadas de 80 e 90
O número de alunos e de trabalhos científicos aumenta muito.
A participação brasileira na produção internacional passa de 0,44%, em 1981, para 1,55% em 2002.
Dados da avaliação trienal 2005
Relação de cursos recomendados e reconhecidos
Mestrados/Doutorados Reconhecidos
Conceito 3
Conceito 4
Conceito 5
Conceito 6
Conceito 7
RESULTADOS DA AVALIAÇÃO TRIENAL 2007
CONCEITOS OBTIDOS PELOS PROGRAMAS PÚBLICOS E PRIVADOS
EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE PROGRAMAS
INSTITUIÇÕES COM PROGRAMAS
ODONTOLOGIA
NORTE1 Universidade Federal
NORDESTE5 Universidades Federais1 Universidade Estadual1 Universidade Privada1 Escola Privada
CENTRO-OESTE1 Universidade Federal
SUL2 Universidades Federais1 Universidade Estadual2 Universidades Privadas (PUCS)1 Escola Privada
SUDESTE4 Universidades Federais9 Universidades Estaduais15 Universidades Privadas, sendo 1 PUC 1 Instituto de Pesquisa Privado
Onde se concentra a maior oferta de programas? Região Sudeste: 60 ProgramasSão Paulo: 50 ProgramasInstituição: Universidade EstadualUNICAMP: 7 ProgramasUSP: 7 ProgramasUSP/FOB: 7 Programas
MEDICINA
NORTE2 Universidades Federais1 Universidade Estadual
NORDESTEI Universidade Estadual9 Universidades Federais1 Escola Privada
CENTRO-OESTE 3 Universidades Federais
SUL2 Universidades Estaduais 6 Universidades Federais2 Universidades Privadas (PUCS)
SUDESTE9 Universidades Federais3 Instituições Federais6 Universidades Estaduais2 Instituições estaduais3 Escolas Privadas1 Universidade Privada
Onde se concentra a maior oferta de programas?
Região Sudeste:124 ProgramasSão Paulo: 92 ProgramasInstituição: Universidade EstadualUNIFESP: 32 ProgramasInstituição: Escola PrivadaFCMSCSP: 2 Programas
SAÚDE COLETIVANORTE0
NORDESTE3 Universidades Federais2 Universidades Estaduais1 Universidade Privada
CENTRO-OESTE0
SUL3 Universidades Federais1 Universidade Estadual2 Universidades Privadas
SUDESTE4 Universidades Federais5 Universidades Estaduais2 Universidades Privadas
Onde se concentra a maior oferta de programas?
Região Sudeste:17 Programas
Rio de Janeiro: 8 Programas
São Paulo: 8 Programas
Instituição Pública
Fiocruz: 5 Programas
FARMÁCIANORTE
1 Universidade Federal
NORDESTE
3 Universidades Federais
CENTRO-OESTE
1 Universidade Federal
1 Universidade Particular
SUL
4 Universidades Federais
1 Universidade Estadual
1 Universidade Privada
SUDESTE
3 Universidades Federais
3 Universidades Estaduais
Onde se concentra a maior oferta de programas?
Região Sudeste:17 Programas
São Paulo: 9 Programas
Instituição: Universidade Estadual
USP: 4 Programas
ENFERMAGEMNORTE0
NORDESTE4 Universidades Federais1 Universidade Estadual
CENTRO-OESTE2 Universidades Federais
SUL4 Universidades Federais1 Universidade Estadual
SUDESTE5 Universidades Federais5 Universidades Estaduais
1 Universidade Privada
Onde se concentra a maior oferta de programas?
Região Sudeste:15 Programas
São Paulo: 10 Programas
Instituição: Universidade Estadual
USP: 3 Programas
USP/RP: 3 Programas
EDUCAÇÃO FÍSICA
NORTE0
NORDESTE0
CENTRO-OESTE1 Universidade Federal1 Universidade Privada
SUL5 Universidades Federais1 Universidade Estadual1 Universidade Privada
SUDESTE
4 Universidades Federais
4 Universidades Estaduais
8 Universidades Privadas
Onde se concentra a maior oferta de programas?
Região Sudeste: 20 Programas
São Paulo: 13 Programas
Instituição: Universidade Estadual
USP: 3 Programas
FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
NORTE1 Universidade Federal NORDESTE0
CENTRO-OESTE0
SUL0
SUDESTE4 Universidades Federais1 Universidade Estadual2 Universidades Privadas2 Centros Universitários
Onde se concentra a maior oferta de programas?
Região Sudeste
São Paulo: 5 ProgramasPres. Prudente, Piracicaba, São Carlos, São Paulo (2)
Instituições: 3 públicas e 2 privadas
CONCLUSÕES