Epidemiologia

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EPIDEMIOLOGIA

Prof. Dr. Daniel Cassetari Neto

CLASSIFICAÇÃO DE EPIDEMIAS

1. ENDEMIA

2. EPIDEMIA

3. PANDEMIA

ENDEMIA OU ENFITOTIA

Sinônimo de doença sempre presente numa determinada área e caracteriza-se por não estar em expansão

EX: Sigatoka negra

EPIDEMIA OU EPIFITIA

Aumento da doença numa população de plantas em intensidade e/ou extensão, isto é, um aumento na incidência-severidade e/ou um aumento na área geográfica ocupada pela doença

EX: Ramularia, Brusone

PANDEMIA OU PANFITIA

Epidemia progressiva que ocupa uma área extremamente grande, de tamanho quase continental

EX: Ferrugem da soja no MT

FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DA EPIDEMIA

1. BIÓTICOS

• HOSPEDEIRO

• PATÓGENO

• HOMEM

HOSPEDEIRO

• Alta concentração de hospedeiro suscetível

• Chegada do inóculo no momento de predisposição

• Presença de hospedeiro alternativo

PATÓGENO

• Relação virulência x agressividade (PLI x PG)

• Alta capacidade de disseminação, produção de inóculo e sobrevivência

2. ABIÓTICOS

• CLIMA

• TEMPERATURA

• UR DO AR

• PERÍODO DE MOLHAMENTO FOLIAR

• QUANTIDADE DE CHUVA

• INTENSIDADE DE LUZ

• VELOCIDADE DO VENTO

• SOLO

COMPONENTES EPIDEMIOLÓGICOS

y = i0(rt)

y = doença no tempo “t”i0 = inóculo inicialr = taxa de progresso da doençat = tempo para ocorrência de “y”

CURVAS EPIDEMIOLÓGICAS DE DOENÇAS

DOENÇAS DO CICLO I

→ Doenças de ciclo primário

→ Doenças monocíclicas

→ Doenças de juros simples

→ Doenças causadas por patógenos de solo

Curva Progresso Doença

0

10

20

30

40

50

60

70

0 10 15 20 25 30 35 40 45

Tempo (dias)

Seve

ridad

e

NCS Podridão branca

NCS

PBy = ax + b

DOENÇAS DO CICLO II

→ Doenças de ciclo secundário

→ Doenças policíclicas

→ Doenças de juros compostos

→ Doenças causadas por patógenos da parte aérea

Curva Progresso Doença

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

0 3 6 9 20 30 60 90 120

Tempo (dias)

Seve

ridad

e

Antracnose Ferrugem

A

Fy = ax2 + bx + c

Curvas de Progresso da Doença

0102030405060708090

0 3 6 9 20 30Tempo (dias)

Sev

erid

ade

A

B

C

A = crescimento linear (y = ax + b)

B = crescimento exponencial (y = ax2 + bx + c)C = período de remoção

Curvas de Progresso da Doença

0102030405060708090

0 3 6 9 20 30Tempo (dias)

Sev

erid

ade

AACPD

n -1

Σi

{(yi + yi+1) / 2} (ti+1 – ti)AACPD =

Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD)

Cálculo:

Aplicações:

Estimativa comparada da severidade de doençasAvaliação da eficiência de técnicas de controleAvaliação do efeito de variáveis climáticas no

desenvolvimento de epidemias

0

20

40

60

80

100

120

14/jan 21/jan 28/jan 4/fev 11/fev

Test. Fa

Fb Fc

Fd Fe

Porcentagem média de severidade da ferrugem em soja Tabarana com a aplicação de fungicidas (UFMT, 2006 - Sapezal)

Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD)

Absoluta - AACPDa

x

Estandardizada - AACPDs

Epidemias Tratamentos AACPDa AACPDsA L1D1S1 4.273,5 38,5B L1D2S2 4.452,6 18,2

AACPD de duas epidemias de mancha anular do mamão – PRSV em diferentes condições de manejo (local, data de plantio e espaçamento)

0

20

40

60

80

100

20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Epid. A

Epid. B

AACPD de duas epidemias de mancha anular do mamão – PRSV em diferentes condições de manejo (local, data de plantio e espaçamento)

ESTRATÉGIAS EPIDEMIOLÓGICAS PARA O MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS

• Redução ou eliminação do inóculo inicial

• Diminuição da taxa de desenvolvimento da doença

• Redução da severidade da doença

• Encurtamento do tempo de exposição da cultura ao patógeno

QUANTIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS

INCIDÊNCIA

Porcentagem de plantas, frutos e ramos infectados

SEVERIDADE

Porcentagem de tecido doente

Exige acurácia e precisão (*)

(*) Acurácia e Precisão

Preciso Preciso e acurado ?

... ... ...

FITOPATOMETRIA

Quem deve fazer ?

Quando fazer ?

Como fazer ?

FITOPATOMETRIA

Área a ser amostrada

A = 6 x N½

Onde:

A = número de amostras

N = tamanho do talhão (ha)

FITOPATOMETRIA

Tamanho do talhão (ha)

Número de amostras

100 60

200 85

300 104

400 120

500 134

ESCALAS DE AVALIAÇÃO

• DESCRITIVAS

• DIAGRAMÁTICAS

SEVERIDADEPorcentagem de tecido doente

20% 20%

Infecção muito severa (acima de 50%)4

Infecção severa (até 50%)3

Infecção moderada (até 25%)2

Infecção leve (até 5%)1

Ausência de sintomas0

AVALIAÇÃONOTA

Escala de avaliação para o índice de severidade de doenças em soja

1 2

3 4

1

23

4

Antracnose

Até 75% de infecção4

Até 50%3

Até 25% de infecção2

Até 10% de infecção1

Ausência de sintomas0

AVALIAÇÃONOTA

Escala de avaliação para o índice de severidade de ferrugem em soja

5 Acima de 75% de infecção

1

2

3

4

5

RAMULOSE(Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides)

NOTA AVALIAÇÃO

0 Ausência de sintomas

1 Lesões necróticas no limbo foliar, com aspecto de estrela

2 Encurtamento dos internódios do ápice da planta

3 Envassouramento do ápice da planta

4 Necrose das partes afetadas

MANCHA DE RAMULARIA (Ramularia areola)

Nota Severidade0 Ausência de sintomas

1 Micélio em até 25% da área foliar do terço inferior

2 Lesões necróticas em até 40% do terço inferior e micélio na página inferior, em até25% da área foliar do terço médio

3 Desfolha do terço inferior, lesões necróticasem até 40% do terço médio e micélio em 25% da área foliar do terço superior

4 Seca da planta

MANCHA PRETA E MANCHA ANGULAR

NOTA AVALIAÇÃO

0 Ausência de sintomas

1 Infecção leve (até 5%)

2 Infecção moderada (até 25%)

3 Infecção severa (até 50%)

4 Infecção muito severa (acima de 50%)

Escala diagramática para ferrugens

Brusone (Pyricularia grisea) em arroz

Mancha Parda (Drechslera oryzae) em arroz

Oídio (Erysiphe cichoracearum) em curcubitáceas

Mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum)

Mela (Thanatephorus cucumeris)

SIMULAÇÃO

ÍNDICE DE DOENÇA (McKiney)

IDMcKiney = Σ (Pn x n) / PxN

Onde:

Pn = número de plantas com determinada notan = nota da escala de avaliaçãoP = número total de plantas avaliadasN = nota máxima na escala

IDmod = Σ (Pn x n) / P

Onde:

Pn = número de plantas com determinada notan = nota da escala de avaliaçãoP = número total de plantas avaliadas

ÍNDICE DE DOENÇA (modificado)

IDmod = Σ(Pn x n) / P

IDMcKiney = Σ(Pn x n) / PxN

x

EX.: Ramulose(Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides)

NOTA AVALIAÇÃO

0 Ausência de sintomas

1 Lesões necróticas no limbo foliar, com aspecto de estrela

2 Encurtamento dos internódios do ápice da planta

3 Envassouramento do ápice da planta

4 Necrose das partes afetadas

NOTA N° DE PLANTAS

0 81 712 163 44 1

TOTAL 100

ID = (8 X 0) + (71 X 1) + (16 X 2) + (4 X 3) + (1 X 4)100 x 4

ID = 0,2975

ÍNDICE DE DOENÇA (McKiney)

ID = Σ(Pn x n)/PxN

ID = (8 X 0) + (71 X 1) + (16 X 2) + (4 X 3) + (1 X 4)100

ID = 1,19

ID = Σ(Pn x n)/P

ÍNDICE DE DOENÇA (modificado)

NOTA N° DE PLANTAS

0 81 712 163 44 1

TOTAL 100

IDMc = 0,2975

IDMod = 1,19

OBRIGADO