ergo - orient - UFSC · 2013. 4. 24. · O processo de orientação espacial, também chamado de...

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Ergonomia no Ambiente Construído

Orientação Espaciale informação adicional gráfica

Erik Silva dos Santos � DesignerGiseli Zuchetto Knak � Arquiteta e Urbanista

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACentro TecnológicoPrograma de Pós-Graduação em Engenharia de Produção I PPGEPEGR 410013 - Fundamentos da Ergonomia / EPS 6216 � Introdução à ErgonomiaProf. Dr. Eugenio Andrés Díaz MerinoProf. Dr. Vilson João Batista

Ergonomia Ambiental

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Conforme a exposição de Villarouco (2002) segundo a qual devem ser considerados: o conforto ambiental, à percepção ambiental, os materiais de revestimentos e acabamentos, e os postos de trabalho, layout espacial e mobiliário

A Ergonomia no ambiente construído trata das questões resultantes das interações entre :

HOMEM TAREFA*

ESPAÇO

Orientação Espacial

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A orientação espacial envolve questões cognitivas para que o sujeito: processe a informação, tome suas decisões quanto ao seu destino e parta para a ação.

Implica num complexo sistema cujas variáveis envolvem: o homem e suas capacidades e necessidades individuais e o ambiente construído e os elementos que o constituem.

Sob o olhar da ergonomia ambiental, o lugar deve responder de maneira que facilite a execução da tarefa e satisfaça ao usuário durante o seu uso.

Orientação Espacial

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Segundo Mont�Alvão e Ribeiro (2004) o termo orientabilidade quer dizer orientação, direcionamento espacial, signi�ca a facilidade ou não em orientar-se num espaço, sendo um resultado da interpretação do ambiente.

Para as autoras, o ambiente deve fornecer ao usuário as informações de onde ele se encontra e de como chegar ao local desejado.

Way�nding

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O processo de orientação espacial, também chamado de way�nding, compreende uma sequência de ações e começa por saber onde se está, para onde se quer ir, como chegar lá através da escolha da melhor rota para esse destino, reconhecer o local de destino no momento em que chegar nele e conseguir inverter todo o processo, isto é, encontrar o caminho de volta. (CARPMAN, 2003)

Para Dows e Steal (1973, apud Atkins et al. 2003) o way�nding desenvolve-se em 4 fases: Orientação, Decisão da rota, Monitoramento da rota e Reconhecimento.

Constrangimento

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Mont�Alvão e Ribeiro (2004), é importante a compreender a in�uência do ambiente construído no comportamento do usuário e os constrangimentos sofridos por ele.

�O pavor de perder-se vem da necessidade de que um organismo móvel possa orientar-se em seu ambiente.� (LYNCH, 1997, p. 141)

�(...) se alguém sofrer o contratempo da desorientação, o sentimento de angústia � e mesmo de terror � que o acompanha irá mostrar com que intensidade a orientação é importante para a nossa sensação de equilíbrio e bem-estar.� (LYNCH, 1997, p. 4)

Vídeo sub-comitê

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Elementos de informação

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Para que haja um desempenho satisfatório do usuário na orientação vários elementos de informação existentes no espaço colaboram com este processo:

Informação Arquitetônica, Informação do Objeto (ambiente ou equipamento), Informação Adicional Grá�ca Alfabética Informação Adicional Grá�ca Pictográ�ca, Informação Adicional Grá�ca - Mapas, Informação Adicional Sonora, Informação Adicional Verbal, Informação Adicional Tátil.

Informação adicional grá�ca

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Informação grá�ca é aquela transmitida através de suportes físicos permanentes ou transitórios locados em um espaço (placas, sinais, displays, mapas, banners), ou de uso individual, fornecida aos usuários através de folhetos, brochuras, etc.

Placa [Elevador e sanitários]Fonte: GUIDE Sign Graphics

PLACAS

MAPAS

MapaFonte: GUIDE Sign Graphics

Display [Informação tá�l e sonora]Fonte: GUIDE Sign Graphics

DISPLAYS

Fonte:

GUIDE

Sign

Graphics

Fonte:

GUIDE

Sign

Graphics

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Informação grá�ca têm por base a transmissão de informação através de signos grá�cos, podendo ser signos alfabéticos ou pictográ�cos.

�Os lugares normalmente identi�cados por muitos objetos contextualizados só podem ser identi�cáveis através de um símbolo distintivo e independente. (...) Se os símbolos se misturam, o homem está perdido.� (LYNCH, 1997, p. 141)

Informação adicional grá�ca

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São representações bidimensionais sintéticas, em escala reduzida, de um país, território, terreno ou ambiente, através de relações grá�cas entre cores, linhas, hachuras e símbolos que podem oferecer compreensão imediata ou estarem explicitados em uma legenda.

Mapas

Mapa VisualFonte: GUIDE Sign Graphics

Kagoshima-Chuo Sta�onLocalização : Japão (2004)

Mapa VisualFonte: GUIDE Sign Graphics

Mapa VisualFonte: GUIDE Sign Graphics

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Trata dos suportes grá�cos que utilizam a signi�cação alfabética como principal meio de transmissão da informação. Limitações: necessita conhecimento da língua e o reconhecimento de signos alfabéticos. Prejudica os estrangeiros. Exclui os não alfabetizados.

Informação Adicional Alfabética

[Símbolo + Informação Adicional Gráfica Alfabé�ca]Fonte: GUIDE Sign Graphics

Informação Adicional Gráfica Alfabé�ca [Japonês]Fonte: GUIDE Sign Graphics

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Os pictogramas são signos de comunicação visual que tem por função transmitir mensagens de natureza informativa, prescritiva ou instrutiva ao maior número possível de pessoas, independentemente das diferenças de sexo, idade, instrução ou nacionalidade.

Pictogramas

Totem indica�vo e Placa de setorizaçãoFonte: GUIDE Sign Graphics

Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)Localização : Brasil (2002)

Totem indica�vosFonte: GUIDE Sign Graphics

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Vídeo Simulação

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Análise da Situação

Destino: Clínica Odontológica IILocalização: CCSOrientação: Seta indicativa paraseguir em frente.

Mapa com impressão desgastada;Problemas de visualização devido a sombra do usuário;Um ícone de �tachinha� representa a sua atual localização;O mapa está posicionado de forma invertida.

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Análise da Situação

Presença de placas de orientação no decorrer do caminho até o prédio onde �cam localizadas as clínicas odontológicas, no entanto, ainda percebe-se aplicação inadequada ou ine�caz das mesmas.

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Análise da Situação

Ausência de padrão ou família que con�gure um sistema de sinalização;Ausência de p ictogramas que facilitem a localização do destino pelo usuário;Aplicações improvisadas de um sistema de informação.

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Considerações

MONTMOLLIN (1970) de�ne a Ergonomia como a �tecnologia das comunicações nos sistemas homens-máquinas�. E acrescenta mais adiante: �as comunicações entre o homem e a 'máquina' de�nem o trabalho�. O intuito deste, foi apresentar e ressaltar a importância da ergonomia no aspecto informacional - nesse caso especí�co - na aplicação de um sistema de sinalização que possibilite o usuário, executar a sua tarefa com o mínimo de constrangimentos possíveis e de forma independente, através do suporte de elementos de orientação, indicação e posicionamento (sejam eles, mapas, ícones, pictogramas, setas indicativas ou informações alfabéticas).

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Referências

BINS ELY, V.H.M. Orientar-se no Espaço: Condição Indispensável para a Acessibilidade. In: SEMINÁRIO NACIONAL ACESSIBILIDADE NO COTIDIANO, 1, 2004. Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.

CARPMAN, J.R. What in Way�nding? Disponívem em: http://muhc-healing.mcgill.ca/english/Speakers/carpman_p.html. Acesso em: 16 abr. 2013

DISCHINGER, M.; BINS ELY, V. H. M.; PIARDI, S. M.D. G.. Promovendo acessibilidade nos edifícios públicos: Guia de avaliação e implementação de normas técnicas. Santa Catarina: Ministério Público do Estado, 2005.

GUIDE Sign Graphics. Tokyo : Pie Books, c2006. 268 p, il.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

OKAMOTO, J. Percepção Ambiental e Comportamento. São Paulo: Makenzie, 2002.

PASSINI, R.; ARTHUR, P. Way�nding: People, Signs and Architecture. McGraw Hill, Toronto, New York, 1992.

RANGEL, Márcia Moreia. Cor e Ergonomia do Ambiente Construído: uma investigação da orientação espacial em um ambiente hospitalar. Orientado por Cláudia Mont�Alvão. Rio de Janeiro, 2011. 255f. Dissertação (Mestrado em Artes & Design) - Ponti�cia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Artes & Design, Programa de Pós-Graduação em Design. Rio de Janeiro, 2011.

RIBEIRO, Lúcia Gomes; MONT'ALVÃO, Cláudia (Org.). Ergonomia no ambiente construído: teoria e prática. In: MORAES, Anamaria. Ergodesign do Ambiente Construído e habitado: Ambiente Urbano, Ambiente Público, Ambiente Laboral. Rio de Janeiro: iUsEr, 2004. p. 146.

VILLAROUCO, V. Avaliação Ergonômica do Projeto Arquitetônico. In: 6º Congresso Latino-Americano de Ergonomia e 12º Congresso Brasileiro de Ergonomia, 2002, Recife. Anais ... Recife, 2002.