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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
LAUREATE INTERNATIONALS UNIVERSITIES ®
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ESTUDO DE CASO CLÍNICO – INFECÇÃO PUERPERAL
ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER
MATERNIDADE DA ALVORADA – CAMI I
ADRIANO CARDOSO MARQUES
11388544
Manaus-AM
2015
ADRIANO CARDOSO MARQUES
11388544
ESTUDO DE CASO CLÍNICO – INFECÇÃO PUERPERAL
ENFERMAGEM NO PROCESSO DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER
MATERNIDADE DA ALVORADA – CAMI I
Estudo de Caso Clínico na Enfermagem no Processo de Cuidar da Saúde da Mulher – Infecção Puerperal, realizado na Maternidade da Alvorada – CAMI I; no setor de Enfermagem, no período de 19 de Março de 2015 a 14 de Abril de 2015, com supervisão e orientação da Preceptora Enfermeira Heide Maria de Oliveira Souza, que supervisionou o estagiário Adriano Cardoso Marques, do curso de Enfermagem do Centro Universitário do Norte – UNINORTE.
Manaus-AM
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3
1 APRESENTAÇÃO DA FISIOPATOLOGIA.................................................................4
1.1 FISIOPATOLOGIA DA INFECÇÃO.........................................................................4
1.2 INFECÇÃO PUERPERAL...........................................................................................4
1.3 CAUSAS E SINTOMAS DA INFECÇÃO PUERPERAL.........................................5
1.4 PREVENÇÃO................................................................................................................7
1.5 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO...........................................................................7
2 ESTUDO DE CASO..........................................................................................................7
2.1 HISTÓRICO DO PACIENTE......................................................................................7
2.1.1. IDENTIFICAÇÃO.....................................................................................................7
2.1.2. QUEIXA PRINCIPAL...............................................................................................8
2.1.3. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL..........................................................................8
2.2 EXAMES FÍSICOS.......................................................................................................8
2.3 EXAMES REALIZADOS/DIAGNÓSTICO...............................................................9
2.4 TRATAMENTO/FARMACOLOGIA MEDICAMENTOSA.................................10
2.5 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)................12
2.6 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM...........................................................................13
CONCLUSÃO.........................................................................................................................15
REFERÊNCIAS......................................................................................................................16
3
INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado inicial é uma atividade curricular obrigatória, que se
estabelece a partir da inserção do aluno no espaço sócio-ocupacional, com o objetivo de sua
capacitação para o exercício profissional. Nesse ínterim, a elaboração de um estudo de caso
clínico é necessária para compreender a problematização inserida no estagio supervisionado.
O estudo de caso é um dos mais antigos métodos utilizados no ensino de enfermagem
e pode ser utilizado em educação continuada. O estudo de caso clínico pode ser definido
como uma exploração de um sistema delimitado, envolvendo múltiplas fontes de informações,
com o objetivo de estudar não só os problemas e necessidades do paciente, mas gerar
subsídios de prevenção e cuidados.
Em vista disso, este material apresentara um Estudo de Caso Clínico no âmbito do
processo de cuidar da saúde da mulher na Maternidade da Alvorada, integrando
conhecimentos, assistindo a paciente dentro de uma perspectiva ampla e integral, no intuito de
encontrar respostas para a Infecção Puerperal, devido sua colocação nos índices internacionais
de mortalidade como uma das principais causas de morbimortalidade no período pós-parto.
Dada sua importância significativa, este Estudo de Caso Clínico abordar uma
estratégia de investigação sobre a fisiopatologia da doença, dos seus sinais e sintomas,
complementando com histórico tanto clínico como quanto fatores socioeconômicos da
paciente, pois a assistência clínica não se limita a análise de um conjunto de sintomas, mas de
uma investigação intervencionista nos diversos problemas que rodeiam o paciente. Este
estudo tem como finalidade não só levantar dados de identificação, mas de prevenir e alertar
sobre os fatores desencadeantes das infecções puerperais.
4
1 APRESENTAÇÃO DA FISIOPATOLOGIA
1.1 FISIOPATOLOGIA DA INFECÇÃO
A infecção adquirida durante a hospitalização e que não estava presente ou em período
de incubação por ocasião da admissão da paciente é chamada de infecção hospitalar.
Geralmente, são aquelas que aparecem após 48 a 72 horas da internação. As infecções
hospitalares constituem grave problema de saúde pública. Elas estão entre as principais causas
de morbidade e letalidade, e determinam aumento no tempo de hospitalização e
consequentemente elevados custos adicionais para o tratamento do doente.
A ocorrência de uma infecção hospitalar não indica, necessariamente, que o hospital
ou sua equipe tenha cometido um erro na assistência prestada ao paciente. As medidas
preventivas atuais não conseguem evitar muitas infecções hospitalares. A responsabilidade
médico-legal com relação à infecção hospitalar ocorre quando se pode demonstrar que os
médicos ou a equipe hospitalar foram negligentes no cumprimento dos padrões apropriados
de tratamento e que uma infecção resultou de desempenho incompatível com os padrões
vigentes na instituição (VERONESI, 2002).
1.2 INFECÇÃO PUERPERAL
De acordo com Rezende (2009) a infecção puerperal (febre puerperal) se origina do
aparelho genital após parto recente, por vezes, impossível de ser caracterizada, ocorre com
uma temperatura de no mínimo 38ºC, durante dois dias quaisquer, dos primeiros 10 dias do
pós-parto, excluídas às 24 horas iniciais. É tendência atual, conquanto não sejam da genitália,
incluir a infecção urinária, a pulmonar e a das mamas na morbidade puerperal.
Mesmo durante as primeiras 12 horas depois do parto, uma temperatura de 38,3ºC ou
mais poderá ser um sinal de infecção, embora provavelmente não o seja. As infecções
diretamente relacionadas com o parto desenvolvem-se no útero, na zona que o rodeia ou na
vagina. As infecções renais também podem surgir pouco depois do parto. Outras causas da
febre, como os coágulos sanguíneos nas pernas ou uma infecção das mesmas, têm tendência a
aparecer 4 dias ou mais depois do parto.
Com a descoberta dos antibióticos o tratamento de infecção puerperal tornou-se mais
satisfatório. O aparecimento contínuo de novos agentes quimioterápicos desde a sua
introdução tornou a terapêutica mais específica. Inicialmente o tratamento da infecção
puerperal era dirigido apenas no sentido de ajudar a paciente a criar uma resistência geral para
a doença (ERNA E.Z, 1985).
5
Segundo Rezende (2009), Holmes, em 1843 e Semmelweis, em 1847, foram os
primeiros a perceber as consequências dessa doença e tentar preveni-la. A partir dessa
descoberta, instituíram-se medidas profiláticas que constavam de lavagem das mãos, limpeza
das unhas e uso de água clorada, conseguindo reduzir drasticamente as taxas de mortalidade
materna.
1.3 CAUSAS E SINTOMAS DA INFECÇÃO PUERPERAL
A infecção puerperal pode estar associada a fatores que estão relacionados às alterações
hormonais ocorridas no organismo materno durante a gravidez, o trabalho de parto, o parto e
o pós-parto.
Entre as diversas modificações, que a gravidez imprime ao organismo materno,
encontram-se algumas alterações da flora genital e do trato urinário, que podem levar à
ocorrência de infecção. Sabe-se que a microbiota vaginal ou flora genital é constituída por
uma complexa associação de micro-organismos aeróbios, anaeróbios e microaerófilos.
A infecção se deve à invasão polimicrobiana por um ou mais microrganismos: bactérias
anaeróbias (incluindo-se Bacteroides, Peptotococcus e Clostridium) e aeróbias (inclusive
Escherichia coli, estreptococos beta-hemoliticos, Klebsiella, Proteus mirabilis, Pseudomonas,
Staphylococcus aureus e Neisseria gonorrhoeae).
Entre os anaeróbios, têm-se os Lactobacillus, presentes na maioria, aumentando à medida
que se aproxima o parto. As bactérias anaeróbias diminuem a partir do terceiro trimestre de
gestação, elevando-se novamente no período pós-parto. Na ocorrência dessas modificações na
composição da microbiota cérvico-vaginal, a maioria das mulheres não contrai infecção, pois
o corço humano possui complexos mecanismos anti-infecciosos com os quais a mulher hígida
é capaz de conviver. Essa forma, quando esses mecanismos encontram-se alterados, existe o
risco de adquirir infecção por meio de micro-organismos presentes na própria microbiota
vaginal (BARROS, 2002).
O corrimento vaginal, presente na maioria das gestantes e pouco valorizado no pré-natal,
representa também uma alteração no mecanismo de defesa cérvico-vaginal, sendo considerada
uma infecção do trato genital baixo. Na gravidez, as alterações do trato urinário constituem-se
em anatômicas e do tônus muscular. Nas anatômicas, os ureteres e a pelve renal se dilatam e a
peristalse ureteral sofre acentuada diminuição. Essas alterações surgem em torno da sétima ou
décima semanas de gestação e persistem até o termo. Cerca de 80% das mulheres grávidas
tem dilatação significante de ambos os ureteres e pelves renais
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Decorrentes desse fato, o fluxo da urina fica retardado, sendo causa de predisposição à
infecção urinária. A bexiga é progressivamente elevada pelo útero engrandecido nos últimos
dois trimestres da gestação. A área do trígono pode ser estirada a ponto de determina a
incompetências das válvulas ureterovesicais, com consequente refluxo também ureterovesical,
sendo esse outro fator predisponente de infecção urinária ascendente (BARROS, 2002).
Segundo Ledger e Reese e cols, a mulher grávida pode tornar-se um hospedeiro
suscetível, dependendo do nível socioeconômico a que pertencer ter problemas infecciosos
como a desnutrição, anemia, uso de entorpecentes, álcool, ou precárias condições de higiene e
de baixo nível socioeconômico influem. As condições de pré-eclampsia (hipertensão,
proteínas na urina e acumulação de líquido durante a gravidez), repetidas inspeções vaginais,
um atraso de mais de 6 horas entre a rotura das membranas e o parto, um parto prolongado,
uma cesariana, a retenção de fragmentos da placenta dentro do útero depois do parto e uma
grande hemorragia depois do parto (hemorragia pós-parto).
A rotura das membranas ovulares, associada ao trabalho de parto prolongado, além do
elevado número de toques vaginais, predispõe à contaminação da cavidade amniana por
anaeróbios e aeróbios, comensais e patógenos. A introdução de bactérias virulentas ou
alterações locais, como danificações de tecidos moles e remoção incompleta da placenta,
favorecem a infecção pós-parto (BARROS, 2002).
A infecção puerperal pode ser devida a muitos tipos de bactérias, isoladas ou associadas.
São frequentes os calafrios, a cefaleia, a sensação de mal-estar geral e a perda de apetite.
Geralmente, a mulher fica pálida, a sua frequência cardíaca acelera-se e no sangue
verifica-se um número anormalmente elevado de leucócitos. O útero dilata-se, fica dorido e
mole. É perceptível uma secreção procedente do útero, que pode variar em quantidade e que
costuma cheirar mal. Quando os tecidos que rodeiam o útero se infectam, a dor e a febre são
intensas; o edema dos tecidos mantém o útero doloroso, fixo no seu lugar.
As complicações incluem inflamação do revestimento abdominal (peritonite) e coágulos
de sangue nas veias da pélvis (tromboflebite pélvica), com o risco de um coágulo sanguíneo
chegar ao pulmão (embolia pulmonar). As substâncias venenosas (toxinas) produzidas pelas
bactérias que causam a infecção podem atingir níveis elevados na circulação sanguínea
(endotoxemia), o que pode provocar um choque (choque séptico), e este pode provocar uma
lesão renal grave e, inclusivamente, a morte.
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1.4 PREVENÇÃO
A infecção puerperal é uma complicação séria; portanto, todos os esforços devem ser
feitos para evitá-la, e a Enfermagem tem o papel importante em sua prevenção. Recomenda-se
a necessidade de limpeza ao cuidar da paciente, e o uso de técnicas assépticas quando
indicadas, recordando algumas precauções, é de grande importância que todo o pessoal
respeite e siga o controle de infecção hospitalar toda vez que der assistência à mãe.
É importante manter a resistência da paciente durante um trabalho de parto prolongado
com repouso e líquidos adequados, e prevenir a perda sanguínea ou restaurar a perda quando
necessário. A disponibilidade imediata de antibióticos para profilaxia não basta. Ainda é
importante empregar conscientemente técnicas assépticas em todas as ocasiões.
1.5 DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Para diagnosticar uma infecção, são examinados os pulmões da mulher, bem como o
útero, e são enviadas amostras de urina e da secreção uterina para um laboratório, para que
seja feita um exame bacteriológico cultural.
O médico começa por prevenir qualquer problema que possa degenerar numa infecção e,
se for possível, administra o tratamento adequado. O parto vaginal raramente provoca
infecção, mas, quando esta se desenvolve, é administrado um antibiótico por via endovenosa
durante 48 horas até que a febre passe.
2 ESTUDO DE CASO
2.1 HISTÓRICO DO PACIENTE
1.1.1. Identificação
Nome: J.P.S Profissão: Dona de casa
Idade: 19 anos Grau de Instrução:
Ensino Médio Completo
Sexo: Feminino Naturalidade: Manaus-Am
Estado Civil: União estável Religião: Católica
Internação: 25/03/2015 Nº de Partos: Primária
Modalidade de Parto: Cesárea
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1.1.2. Queixa principal
Apresentou como principal secreção purulenta em incisão cirúrgica, dor no local da
incisão cirúrgica e febre, após dois dias de alta hospitalar de parto normal. RN encontra-se aos
cuidados do pai.
1.1.3. História da doença atual
Cliente J.P. S internada desde o dia 25.03.2015 às 22:00 hrs, com 30º dia de internação
hospitalar na Maternidade Alvorada com diagnóstico médico de Infecção puerperal e está no
1º dia de pós-cirúrgico de resutura em incisão cirúrgica na região pélvica.
Realizada entrevista podem-se obter os seguintes dados: 19 anos, morena, procedente
de Manaus, católica, nega tabagismo, não faz uso de etilismo, alérgica a dipirona, mora na
casa da sua mãe no bairro da compensa, com boas condições de moradia, não mora com pai
do seu filho, com renda familiar de aproximadamente 900 reais. Possuindo relacionamento
social satisfatório, porém apresentando problemas com o pai do seu filho. Informa não ter
história familiar de doenças como, por exemplo; Diabetes e Hipertensão Arterial.
Relata que foi sua primeira gestação, realizou todas as consultas de pré-natal, não tem
problemas hormonais e psicológicos. Apresentou como principal queixa em consulta
administrativa para o processo de internação hospitalar secreção purulenta em incisão
cirúrgica, dor no local da incisão cirúrgica e febre, após dois dias de alta hospitalar de parto
normal, no presente momento o RN não se encontra com a mãe, esta aos cuidados do pai.
Não é praticante de atividades físicas regularmente, ao processo de higienização toma
banho diariamente, lava os cabelos 1 a 2 vezes por semana, realiza higiene oral todos os dias
após as refeições.
2.2 EXAMES FÍSICOS
Paciente consciente/orientada, afebril, com diagnostico médico de Infecção Puerperal.
Cabelos bem implantados, coro cabeludo integro, mucosas oculares hipocoradas, acuidade
visual preservada, fáceis típica com expressão calma, pavilhão auditiva preservada sem
presença de cerume, nariz integro sem desvio de septo nasal, boca limpa sem presença de
sialorréia, mucosas orais úmidas e coradas dentição presente, região do pescoço na palpação
sem presença de gânglios linfáticos, mama com presença de colostro, não apresenta fissura
nos mamilos e não apresenta dor a palpação, tórax simétrico normo percutivo, respiração
torácica sem alteração, com presença de MV normais, abdome flácido globoso, incisão
cirúrgica de resutura, com curativo oclusivo, MSE com acesso periférico salenizado, com
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jelco nº 18, funções fisiológicas normais, MMII sem presença de edema, puérpera com
dificuldade de deambular, queixa principal no momento dor no local em incisão cirúrgica.
Pulso radial palpável, forte e rítmico. SSVV, PA: 110x80 mmhg, T: 36,5 ºC; P: 70 bpm; R; 20
rpm.
2.3 EXAMES REALIZADOS/DIAGNÓSTICO
De acordo com Melson et al. (2002), estas são algumas das assistências de
enfermagem que podem ser prestadas as puérperas portadoras de infecção puerperal:
Avaliar os lóquios: quanto ao tipo, volume, odor e as características. Este exame
confirma que o Processo evolutivo está normal e ajuda a detectar sinais de infecção;
Monitorar os sinais vitais da paciente, principalmente temperatura a cada quatro horas;
Anotar a contagem de leucócitos e correlacioná-los com o quadro clínico geral. A
leucocitose acompanha a inflamação, entretanto os níveis normais do pós- parto são
aumentados (15.000 a 30.000 mm³) e o diagnóstico depende da integração de todos os
dados suspeitos pertinentes;
Avaliar as características da dor, incluindo o tipo, a frequência, a localização e a
intensidade. As características da dor podem ajudar a formular o diagnóstico médico;
Programar medidas de conforto, como ajudar a paciente a mudar de posição e
administrar analgesia farmacológica caso prescrita. O aumento da perfusão tissular e a
estimulação das fibras aferentes diminuem a percepção da dor, já a analgesia
farmacológica possibilita o controle da dor no nível central;
Avaliar os sons pulmonares, a frequência e o esforço respiratório. Os exercícios
respiratórios melhoram a oxigenação e impedem a acumulação de secreções,
reduzindo o risco de atelectasia e pneumonia;
Fazer a administração da medicação prescrita.
De acordo com as prescrições descritas, foram realizados os seguintes exames:
Exames Laboratoriais: Hemograma; Ultrassonografia, Fator RH: O +; Soro
Não Reagente.
Exames Físicos: Inspeção localiza abdominal, do tórax, pressão arterial, pulso,
temperatura, padrão respiratório de 2/2 horas.
Resultados:
Diagnóstico Laboratorial:
HEMOGRAMA: Os valores de Hemoglobina e Hematócrito abaixo do
normal relacionado com o quadro de anemia.
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ULTRASSONOGRAFIA: sem evidência de abscesso cervical
FATOR Rh: O +
VDRL: Soro não reagente
Diagnóstico Físico:
Inspeção localizada abdominal: incisão cirúrgica de resutura, detectado
vermelhidão, dor, e secreção, possível quadro de infecção puerperal de sítio cirúrgico.
Inspeção do tórax e padrão respiratório: Expansibilidade simétrica do tórax;
aspiração das vias aéreas normais; sons auscultatórios dentro do padrão de
normalidade (DPNE).
Indicadores – temperatura, pulso radial, frequência respiratória, pressão arterial
sistólica e pressão arterial diastólica – apresentando desvio moderado em relação aos
parâmetros esperados - SSVV, PA: 110x80 mmhg, T: 36,5 ºC; P: 70 bpm; R; 20 rpm.
2.4 TRATAMENTO/FARMACOLOGIA MEDICAMENTOSA
Ajudar a paciente a escolher uma dieta balanceada estimulando a ingestão de
proteínas, vitamina C e ferro. Proteínas e vitamina C facilitam a cicatrização, já o ferro
ingerido junto com os alimentos ou com os suplementos pode ajudar a corrigir a anemia.
Ensinar à paciente a forma correta de lavagem das mãos para prevenir infecção, orientando-a
quanto aos sinais e sintomas de infecção. Esta medida é importante principalmente para as
pacientes que recebem alta precoce podendo estar em casa quando a infecção de manifestar
(MELSON, K.A 2002).
Os esquemas de antibioticoterapia devem ser padronizados em comum acordo entre o
Serviço de Obstetrícia e o Serviço ou a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).
É incomum acontecer infecção puerperal em mulheres que realizaram parto natural,
entretanto quando isto ocorre em geral é administrado um antibiótico IV (intravenosa) até que
a paciente passe a não apresentar febre durante 48 horas (BARROS, 2006).
Neste estudo de caso foi observado o seguinte tratamento e medicação:
HEMOGRAMA REALIZADO DIA 26/03/15
HEMOGRAMA RESULTADOS ALTERADOS RESULTADOS NORMAIS
LEUCÓCITOS 13.400 4.500 A 10.500MM³
HEMATÓCRITO 27% 36% A 48%
HEMOGLOBINA 9.9 12 A 16 G/DL
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Repouso;
Hidratação e suporte/dieta calórica adequada;
Curativos oclusivo com SF 0,9% - 3 vezes por dia
Antibioticoterapia:
CEFALOTINA (CEFALEXINA): 1g endovenoso de 6/6 horas. Implementado a partir
do dia 25 de Março.
Indicação: infecção urinaria, endocardite bacteriana e infecção do tecido mole
Contraindicação: reação alérgica previa, derivados da penicilina.
Efeitos adversos: dor abdominal severa ou dor de cólica, diarreia, disfunção renal.
Cuidados de enfermagem: Evitar via intramuscular por ser muito dolorosa; Informar
ao paciente sobre as ações do medicamento, os efeitos colaterais mais comuns; Ressaltar a
importância doa hábitos saudáveis quando a dieta alimentar adequada, consumo regular de
líquidos.
Demais fármacos:
DIPIRONA SÓDICA (METAMIZOL): em caso de dor, 2 comprimidos de 500mg 2
vezes ao dia.
Indicações: Dor, febre, dores renais, analgésico pós-operatório, suspeita e sintomas de
dengue.
Efeitos diversos: Analgésico e antitérmico
Cuidados de enfermagem: A dipirona sódica não deve ser utilizada em casos de
hipersensibilidade a dipirona sódica, algumas doenças metabólicas hepática agudas
intermitente, com risco de crises.
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2.5 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE)
SAE
1. ACHADO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEMRecuperação pós-cirúrgica com 30 dia de internação
Recuperação cirúrgica retardada relacionada à infecção pós-operatório no local da cirurgia evidenciado pela resutura da incisão cirúrgica.
PLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIO
Reduzir o tempo de internação e recuperação após procedimento cirúrgico de resutura.
- Rever os sinais e sintomas que requerem avaliação médica;
M/T/N
- Encorajar a ingestão de líquidos, dieta rica em proteínas com fibras;
ATENÇÃO
-Administrar antibiótico, conforme prescrição médica.
6/6 horas
- Aferir sinais sinas vitais. M/ T/ N
AVALIAÇÃO
Cliente apresenta melhora do seu quaro clínico, após cuidado de enfermagem rigoroso com a incisão cirúrgica.
SAE
2. ACHADO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEMDor a palpação no local da incisão cirúrgica
Dor aguda relacionada a agentes lesivos físicos e relato verbal de dor evidenciado por resutura em incisão cirúrgica.
PLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIO
A cliente terá dor mínima
- avaliar as características da dor, incluindo-o tipo, frequência, a localização e a intensidade.
Durante a realização do
curativo.- Realizar curativo oclusivo com SF 0,9%, 3 x por dia. Em incisão cirúrgica.
M/ T/ N
- Administrar analgésico, conforme prescrição médica.
Se Necessário
- Proporcionar conforto, técnicas de relaxamento e massagem, mudança de posição e deambulação.
ATENÇÃO
AVALIAÇÃOCliente apresentou melhora da dor (diminuída), em local da incisão cirúrgica.
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SAE
3. ACHADO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEMSecreção purulenta em incisão cirúrgica
Integridade tissular prejudicada relacionada a fatores mecânicos, evidenciado pela incisão cirúrgica.
PLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIOReduzir o risco de disseminação das bactérias
1- Inspecionar a incisão e os curativos M /T/ N
2-Encorajar a ficar em posição confortável, ajudar a se virar;
Sempre que necessário
3- Praticar e instruir sobre a lavagem das mãos e cuidados assépticos com a ferida;
Sempre que necessário
4- Administra antibiótico conforme prescrição médica.
6/6 horas
AVALIAÇÃOCliente apresenta melhora de quadro, sem presença de secreções após dois dias intervenções de enfermagem.
SAE
4. ACHADO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEMFebre Risco de desequilíbrio na temperatura corporal relacionado ao trauma,
evidenciado pela incisão cirúgicaPLANEJAMENTO INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM HORÁRIOEstabilização da temperatura corporal
1- Verificar a temperatura 4h a 4h
2-Aferir SSVV; M/T/N
3- Praticar e instruir cuidados gerais Sempre que necessário
4- Administra medicação conforme prescrição médica.
Se necessário
AVALIAÇÃOCliente apresenta melhora de temperatura com parâmetros normais .
2.6 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Paciente encontra-se acordada, orientada sem queixa no momento. Após aplicações
das prescrições de enfermagem, não apresenta dor no local na incisão de resutura, em região
pélvica, sem sinais flogisticos, sendo realizado curativo oclusivo com SF 0,9%, gaze e luva
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estéril com duas vezes o dia. FF+, sem alterações, com boa aceitação da dieta. Com alta
hospitalar programada. SSVV: PA 110X70 mmHg, P 70, R 20, T 36.
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CONCLUSÃO
Colocar em prática o saber crítico, reflexivo do conhecimento alcançado ao logo do
curso de Enfermagem no estágio supervisionado é se permitir criar e tomar decisões nas
várias situações de interação com a sociedade.
Em contrapartida o estudo de caso clínico é um método que permite a aplicação
estratégias de tratamento, que de forma consciente vão além do conhecimento próprio em
enfermagem.
Através deste estudo de caso, foi possível associar os fundamentos entre teoria e
prática. Assistir e acompanhar a puérpera em toda sua internação não é só uma maneira de
haver seu histórico, seus exame físico, mas é poder realizar interpretações dos seus dados
socioeconômicos e de saúde, podendo assim elaborar a sistematização de enfermagem no
atendimento a paciente internada.
Observa-se ainda a necessidade de uma linguagem própria ao entendimento da
paciente, mas ao mesmo tempo técnica e simples, com o objetivo de prestar a uma assistência
mais humanizada.
A utilização da Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE) incrementou
grande êxito na construção do conhecimento e estratégias de atuação sobre a fisiopatologia,
tornando-se uma fonte organizada para traçar uma assistência de qualidade.
No entanto, ressalta-se a necessidade do reconhecimento e prática de controle das
infecções hospitalares pelos profissionais e usuários do sistema de saúde como parâmetro
essencial de qualidade do cuidado e procedimentos hospitalares.
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REFERÊNCIAS
ÁVILA, Carlos. Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem. 4.e.d. EPUB. Rio de Janeiro, 2004.
BARROS, S. Enfermagem no Ciclo Gravídico Puerperal. 27 ed. Barueri, Manole, 2006.
BARROS, SMO. MARIN, H F, Abrão. ACFV- Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática assistencial. 2002. Capítulo 16, página 292.
BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada a mulher. Brasília (DF): Ministério da Saúde: Febrasgo/Abenfo. 2001.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM DA NANDA: definições e classificação 2012-2014. [NANDA Internacional], Tradução: Regina Machado Garcesi. Revisão técnica: Alba Lucia Bottura Leite de Barros... (et.al.)- Porto Alegre: ARTMED, 2013. 606 p.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico: Elaboração e Formatação e Explicitação das Normas da ABNT. 15ª ed. Porto Alegre: s.n., 2009. (p. 58-129).
MELSON, K. A. et al. Enfermagem Materno Infantil: planos de cuidados. Tradução HENRRIQUE, Carlos. Rio de Janeiro, 3ª Ed. 2002.
NETTINA. Sandra M. Prática de Enfermagem BRUNER. Revisão técnica: Shannon Lynne Myers – Tradução: José Eduardo Ferreira de Figueiredo. 7ª ed.vol.3. Guanabara/Koogan. 2009.
REZENDE, J. Obstetrícia. 10ª ed. Editora Guanabara Koogan S. A . Capítulo 46, pág. 1209
REZENDE FILHO, Jorge; MONTENEGRO FILHO, Carlos Antonio Barbosa. Obstetrícia Fundamental. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
VERONESI, Tocaccia R. Tratado de infectologia. 2º ed. Editora Atheneu/2002
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