Exposição 02 redes de atenção a saúde

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REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Coordenação de Urgência e Emergência

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Exposição Dialogada II

AS CONDIÇÕES DE SAÚDE

A TIPOLOGIA TRADICIONAL DE DOENÇAS

Doenças transmissíveis

Doenças não transmissíveis

(Mendes, 2009)

O CONCEITO DE CONDIÇÃO DE SAÚDE

As condições de saúde são as circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de forma mais ou menos persistente e que

exigem respostas sociais reativas ou proativas, eventuais ou contínuas e fragmentadas ou

integradas dos sistemas de atenção à saúde. FONTE: PORTER E TEISBERG (2007); MENDES

(2009FONTE: PORTER E TEISBERG (2007); MENDES (2009)

FONTE: PORTER E TEISBERG (2007); MENDES (2009)

UMA NOVA TIPOLOGIA PARA A ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

As condições agudas

As condições crônicas

Os eventos agudos

AS FUNDAMENTAÇÕES DA TIPOLOGIA DE CONDIÇÕES DE SAÚDE

O FOCO:

Condições de saúde e doenças

O TEMPO DE DURAÇÃO:

Breve ou longo

A FORMA DE RESPOSTA DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE:

Episódica e reativa ou contínua e proativa

O CENTRO DA ATENÇÃO À SAÚDE:

A queixa principal ou o plano de cuidado

O GRAU DE PREVISIBILIDADE:

Atenção não programada ou atenção programada

O MODO DE ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE:

Fragmentação ou integração

FONTE: MENDES (2009)

AS DIFERENÇAS ENTRE AS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS

VARIÁVEL CONDIÇÃO AGUDA CONDIÇÃO CRÔNICA

INÍCIO Rápido Gradual

CAUSA Usualmente única Usualmente múltiplas causas

DURAÇÃO Curta Indefinida

DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO Comumente acurados Usualmente incertos

TESTES DIAGNÓSTICOS Frequentemente decisivos Freqüentemente de valor

limitado

RESULTADO Em geral, cura Em geral, cuidado sem cura

PAPEL DOS PROFISSIONAIS Selecionar e prescrever o

tratamento

Educar e fazer parceria com

as pessoas usuárias

NATUREZA DAS INTERVENÇÕES Centrada no cuidado

profissional

Centrada no cuidado

multiprofissional e no

autocuidado

CONHECIMENTO E AÇÃO

CLÍNICA

Concetrados no profissional

médico

Compartilhados pela equipe

multiprofissional e as pessoas

usuárias

PAPEL DA PESSOA USUÁRIA Seguir as prescrições

Co-responsabilizar-se por sua

saúde em parceria com a

equipe de saúde

SISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE Reativo e fragmentado Proativo e integrado

AS CONDIÇÕES AGUDAS

As condições agudas, em geral, são manifestações

de doenças transmissíveis de curso curto, como

dengue e gripe, ou de doenças infecciosas,

também de curso curto, como apendicite, ou de

causas externas, como os traumas

AS CONDIÇÕES CRÔNICAS

As doenças crônicas: doenças cardiovasculares, cânceres, diabetes, doenças respiratórias crônicas e outras

As doenças transmissíveis de curso longo: hanseníase, tuberculose, hiv/aids

As condições maternas e perinatais

A manutenção da saúde por ciclos de vida : puericultura, herbicultura, acompanhamento das pessoas idosas

Os distúrbios mentais de longo prazo

As deficiências físicas e estruturais contínuas: amputações e deficiências motoras persistentes

As doenças bucais

( MENDES, 2009)

OS EVENTOS AGUDOS

São manifestações exuberantes, de ordem objetiva ou subjetiva, de uma

condição de saúde.

As condições agudas manifestam-se, em geral, por eventos agudos.

As condições crônicas, em certas circunstâncias, podem se manifestar sob

a forma de eventos agudos: as agudizações das condições crônicas.

FONTE: MENDES (2009)

( Mendes, 2009)

OS EVENTOS AGUDOS NO REINO UNIDO

30% decorrentes de condições agudas

70% decorrentes de agudizações de condições

crônicas

FONTE: SINGH (2005

OS EVENTOS AGUDOS DECORRENTES DE CONDIÇÕES CRÔNICAS NA KAISER PERMANENTE

As agudizações de condições crônicas, em geral, são

consideradas como eventos sentinelas que apontam para

falhas sistêmicas da atenção à saúde

Como tal, devem ser analisadas e devem gerar medidas de

correção no sistema de atenção à saúde, especialmente na

atenção primária à saúde

As taxas de internações por agudizações de condições

crônicas são 1/3 na Kaiser Permanente em relação ao Serviço

Nacional de Saúde do Reino Unido

FONTE: HAM(2007); PORTER & KELLOGG (2008)

AS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO REINO UNIDO

• 80% dos atendimentos na Atenção Primária à Saúde são por condições crônicas

FONTE: SINGH (2005); SINGH 7 HAM (2006)

AS FORMAS DE RESPOSTAS DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE ÀS CONDIÇÕES DE SAÚDE

As condições e eventos agudos:

• A REDE DE ATENÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

As condições crônicas:

• As REDES DE ATENÇÃO às CONDIÇÕES CRÔNICAS

FONTE: MENDES (2009)

A SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL

A ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE NO BRASIL

A transição demográfica

A mortalidade

A morbidade

Os fatores de risco

A carga de doenças

FONTE: IBGE (2004)

A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

9% da população idosa BRASIL 2005 a 2030

15% da população idosa

20 MILHÕES MAIS DE 40 MILHÕES

1980 1990 2000

2005 2010 2020 2030

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Minas Gerais - Proporção de pessoas que declararam

ter doença crônica por sexo e grupo de idade, 2003

28,94

14,94 14,19

10,78

22,03

41,20

62, 11

12,40 11,36 13,15

30,03

54,48

75,05

83,82

74,79

37,07

0,0

Total 0 a 4 5 a 13 14 a 19 20 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais

GRUPO DE IDADE (em anos)

Homens

Mulheres

%

FONTE: PNAD/IBGE (2003)

CAUSA DE INTERNAÇÃO %

Parto Normal 13,5

Pneumonia 6,9

Parto Cesáreo 4,9

Enteroinfecção 3,1

Insuficiência cardíaca 2,9

Curetagem pós-aborto 2,1

Doença pulmonar obstrutiva crônica 1,5

Acidente vascular-cerebral 1,5

Crise asmática 1,5

Hernorrafia inguinal 1,3

Crise hipertensiva 1,3

Pielonefrite 1,2

Diabetes 1,0

AS PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAÇÕES NO SUS EM VALORES PORCENTUAIS, BRASIL, 2005.

FONTE: MENDES (2009)

FATOR DE RISCO %

Tabagismo 18,8

Excesso de peso 44,3

Consumo inadequado de frutas e hortaliças 56,9

Atividade física insuficiente 89,5

Consumo abusivo de álcool 12,0

Hipertensão arterial 21,4

PORCENTUAL DE ADULTOS COM FATORES DE RISCO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

VIGITEL - 2006

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2007)

CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA PERDIDOS

AJUSTADOS POR INCAPACIDADE (AVAI´S),

BRASIL, 1998

DOENÇA OU CONDIÇÃO AVAI´s POR MIL

HABITANTES %

Infecciosas, parasitárias e desnutrição 34 14,8

Causas externas 19 10,2

Condições maternas e perinatais 21 8,8

Doenças não transmissíveis 124 66,2

TOTAL 232 100

FONTE: SCHRAMM et alii (2004)

TAXA DE YLL POR MACRORREGIÃO DE

SAÚDE E POR GRUPO DE CAUSA

MINAS GERAIS, 2004 - 2006

A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS

Uma agenda não concluída de infecções, desnutrição e

problemas de saúde reprodutiva

O desafio das doenças crônicas e de seus fatores de risco,

como tabagismo, sobrepeso, inatividade física, uso excessivo

de álcool e outras drogas e alimentação inadequada

O forte crescimento da violência e das causas externas

FONTE: FRENK (2006)

TIPO DE GASTO VALOR EM R$ %

Gasto ambulatorial 3.824.175.399 35,0

Gasto hospitalar 3.738.515.448 34,2

Gasto total com doenças crônicas 7.562.690.848 69,2

Gasto total hospitalar e ambulatorial 10.938.741.553 100,0

ESTIMATIVA DE GASTOS HOSPITALARES E AMBULATORIAIS DO SUS COM DOENÇAS CRÔNICAS ,

2002

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE (2005)

A EPIDEMIA OCULTA:

POR QUÊ?

UMA QUESTÃO

A forma vigente de organização dos SUS dá conta de

responder com efetividade, eficiência e equidade à situação

de saúde brasileira de tripla carga de doença?

OS SISTEMAS DE

ATENÇÃO À SAÚDE

AS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

Os sistemas fragmentados de atenção à saúde

As redes de atenção à saúde

FONTE: MENDES (2009)

O PRINCIPAL PROBLEMA DO SUS

FONTE: MENDES (2009)

A incoerência entre uma situação de saúde de tripla carga de

doenças, com predominância relativa das condições crônicas,

e um sistema fragmentado de saúde, voltado principalmente

para as condições agudas.

O CONCEITO DE

SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

FONTE: WORLD HEALTH ORGANIZATION (2000); MENDES (2002)

Os Sistemas de Atenção à Saúde são respostas sociais,

organizadas deliberadamente, para responder às necessidades

de saúde das populações, em determinada sociedade e em certo

tempo.

OS OBJETIVOS DOS

SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE

FONTES: WORLD HEALTH ORGANIZATION (2000); INSTITUTE OF MEDICINE (2001)

O alcance de um nível ótimo de saúde, distribuído de forma equitativa.

A garantia de uma proteção adequada dos riscos para todos os cidadãos.

O acolhimento humanizado de todos os cidadãos.

A garantia da provisão de serviços efetivos, oportunos e de qualidade.

A garantia da prestação de serviços com eficiência.

SEPARAÇÃO DE FUNÇÕES

PRIVATIZAÇÃO

NOVOS ARRANJOS ORGANIZATIVOS

DESCENTRALIZAÇÃO

NOVOS MODELOS DE FINANCIAMENTO

AS REFORMAS DO SETOR SAÚDE NOS ANOS 90

FONTE: CERCONE (2007)

POR QUE O FRACASSO?

FONTES: CERCONE (2008); MENDES (2009)

Porque essas reformas não geraram valor para as pessoas

que utilizam os sistemas de atenção à saúde.

SISTEMA FRAGMENTADO DE ATENÇÃO

À SAÚDE

Organizado por componentes isolados

Organizado por níveis hierárquicos

Orientado para a atenção a condições agudas

Voltado para indivíduos

O sujeito é o paciente

Reativo

Ênfase nas ações curativas

Cuidado profissional

Planejamento da oferta

Financiamento por procedimentos

A FRAGMENTAÇÃO NO SUS

A pequena diversidade dos pontos de atenção

à saúde.

A precariedade da função de coordenação da

Atenção Primária à Saúde comunicando os

diferentes pontos de atenção à saúde.

A atenção isolada nos pontos de atenção sem

visão sistêmica, gerando pouco valor para os

usuários em termos de uma condição de

saúde.

A CONCEPÇÃO

HIERÁRQUICA DO SUS

ALTA

COMPLEXIDADE

MÉDIA

COMPLEXIDADE

ATENÇÃO

BÁSICA

O SISTEMA FRAGMENTADO DE

ATENÇÃO À SAÚDE

A lógica da atenção às condições agudas

Sistema hospitalocêntrico ou agudocêntrico?

A LÓGICA DA ATENÇÃO ÀS

CONDIÇÕES AGUDAS

TEMPO

FONTE: ADAPTADO DE EDWARDS,HENSHER & WERNEKE ( 1999)

ATENÇÃO

HOSPITALAR

ATENÇÃO

AMBULATORIAL

DE PRONTO

ATENDIMENTO

ATENÇÃO

PRIMÁRIA

A

B

INTERNAÇÃO HOSPITALAR

SEVERIDADE DA

DOENÇA

UPA AMBULATORIAL

OS RESULTADOS DO SISTEMA

FRAGMENTADO DE ATENÇÃO À SAÚDE

NO DIABETES NOS ESTADOS UNIDOS

O gasto com diabetes supera 100 bilhões de dólares por ano.

O manejo inadequado do diabetes leva a 145 mil mortes prematuras por ano e a 1 milhão de incapacitados totais.

58% dos portadores de diabetes desenvolvem doenças cardiovasculares.

35% dos portadores de diabetes desenvolvem nefropatias

O diabetes é a 1ª causa de amputação

• O restabelecimento da coerência entre a situação de saúde e um sistema integrado de saúde, voltado equilibradamente, para a atenção às condições agudas e crônicas, o que exige a implantação das Redes de Atenção à Saúde.

A SOLUÇÃO DO PRINCIPAL PROBLEMA DO SUS

DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS PARA AS

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

SISTEMA FRAGMENTADO

E HIERARQUIZADO

REDES POLIÁRQUICAS

DE ATENÇÃO À SAÚDE

APS

AC

APS

MC

O CONCEITO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

• As Redes de Atenção à Saúde são organizações

poliárquicas de conjuntos de serviços de saúde, vinculados entre si por uma missão única, por objetivos comuns e por uma ação cooperativa e interdependente, que permite ofertar uma atenção contínua e integral a determinada população, coordenada pela atenção primária à saúde - prestada no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa e de forma humanizada -, e com responsabilidades sanitária e econômica por esta população.

Missão e objetivos comuns

Ação cooperativa e interdependente

Responsável por uma população definida

Articulada em territórios sanitários

Organizada de forma poliárquica

Organizada por um contínuo de atenção: primária, secundária e terciária

Organizada de forma integral: ações de promoção da saúde e de

prevenção, cura, cuidado, reabilitação ou paliação das doenças

Coordenada pela Atenção Primária à Saúde

Orientada para a atenção às condições agudas e crônicas

Focada no ciclo completo da atenção a uma condição de saúde

AS CARACTERÍSTICAS DAS REDES DE

ATENÇÃO À SAÚDE

AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS

FRAGMENTADOS E AS REDES DE ATENÇÃO À

SAÚDE

SISTEMA FRAGMENTADO REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

Organizado por componentes isolados Organizado por um contínuo de atenção

Organizado por níveis hierárquicos Organizado por uma rede poliárquica

Orientado para a atenção a condições

agudas

Orientado para a atenção a condições

crônicas e agudas

Voltado para indivíduos Voltado para uma população

O sujeito é o paciente O sujeito é agente de saúde

Reativo Proativo

Ênfase nas ações curativas Atenção Integral

Cuidado profissional Cuidado multiprofissional

Planejamento da oferta Planejamento da demanda

Financiamento por procedimentos Financiamento por capitação

OS ELEMENTOS DAS

REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

UMA POPULAÇÃO:

A população adscrita à rede de atenção à saúde

UMA ESTRUTURA OPERACIONAL:

Os componentes da rede de atenção à saúde

UM MODELO LÓGICO:

O modelo de atenção à saúde

A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

A Atenção Primária à Saúde

Os Pontos de Atenção Secundária e Terciária

Os Sistemas de Apoio

Os Sistemas Logísticos

O Sistema de Governança

A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS

REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

TRANSPORTE EM SAÚDE

INFORMAÇÃO EM SAÚDE

ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

APOIO DIAGNÓSTICO

CARTÃO DE

IDENTIFICAÇÃO

DO USUÁRIO

PRONTUÁRIO

CLÍNICO

ACESSO

REGULADO

RT 2 RT 1 RT n RT 3

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

PO

NT

OS

DE

AT

EN

ÇÃ

O À

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E

SE

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ND

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RIO

S

SIS

TE

MA

S

DE

AP

OIO

SIS

TE

MA

S

LO

GÍS

TIC

OS

GOVERNANÇA CIB Micro e

Macrorregional

O CONCEITO DE MODELO DE

ATENÇÃO À SAÚDE

• O modelo de atenção à saúde é um sistema lógico que organiza o funcionamento das Redes de Atenção à Saúde, articulando, de forma singular, as relações entre os componentes da rede e as intervenções sanitárias, definido em função da visão prevalecente da saúde, das situações demográfica e epidemiológica e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade.

OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAUDE

Os modelos de atenção às condições agudas

Os modelos de atenção às condições crônica

RESULTADOS DA IMPLANTAÇÃO DE REDES

DE ATENÇÃO AO DIABETES NOS ESTADOS

UNIDOS

Redução de 50% nas amputações de

extremidades

Redução de 50% nas doenças renais graves

Redução de 60% nas cegueiras por

retinopatias

Redução de 40% nos dias perdidos de trabalho

AS EVIDÊNCIAS SOBRE AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE

Melhoram a qualidade dos serviços

Produzem melhores resultados sanitários

Reduzem os custos dos sistemas de atenção à

saúde

Aumentam a satisfação das pessoas usuárias

FONTES: WEINGARTEN ET AL. (1985); OSMAN et al (1996); McCULLOCH et al (1998); BING et al (1998);

REUBEN et al (1999); WAGNER et al (1999); MALCOM et al (2000); SIMON et al (2001); WAGNER et al

(2001); DOUGHTY et al (2002); FEACHAM et al (2002); UNUTZER et al (2002); GILBODY et al (2003); HAM

et al (2003); POLONSKY et al (2003); KATON et al (2004); SMITH et al (2004); VETTER et al (2004); SING

(2005); SING & HAM (2006).

AS FORMAS DE RESPOSTAS DOS SISTEMAS

DE ATENÇÃO À SAÚDE ÀS CONDIÇÕES DE

SAÚDE Respostas sociais às condições e eventos agudos:

• A Rede de Urgência e Emergência com foco na atenção

não programada

Respostas sociais às condições crônicas:

• As Redes de Atenção às Condições Crônicas com foco

relativo na atenção programada

A ATENÇÃO NÃO PROGRAMADA

• A atenção não programada centra-se na queixa principal e caracteriza-se pela falta de informações estruturadas sobre as necessidades das pessoas usuárias, pelas diferentes expectativas de profissionais de saúde e pessoas usuárias e pela impossibilidade da equipe de saúde planejar totalmente o atendimento.

FONTE: IMPROVING CHRONIC ILLNESS CARE (2008)

A ATENÇÃO PROGRAMADA

A atenção programada é agendada previamente, faz-se com o foco na elaboração e monitoramento do plano de cuidado realizado colaborativamente pela pessoa usuária e a equipe de saúde e desenvolve-se sem o “barulho” do evento agudo.

FONTE: BODENHEIMER & GRUMBACH (2007)

APS

ESTRUTURA

OPERACIONAL DAS

REDES DE ATENÇÃO ÀS

CONDIÇÕES CRÔNICAS

ESTRUTURA OPERACIONAL DA

REDE DE ATENÇÃO ÀS

CONDIÇÕES AGUDAS

FONTE: MENDES (2009)

AS RELAÇÕES ENTRE ATENÇÃO PROGRAMADA E NÃO PROGRAMADA

Sempre haverá os dois tipos de atenção

No Reino Unido 70% das atenções não programadas são agudizações de condições crônicas

Na Kaiser Permanente um único caso de atenção não programada por agudização de condição crônica é tratado como evento sentinela

As taxas de internações por agudizações de condições crônicas são 1/3 na Kaiser Permanente em relação ao Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido

A introdução do modelo de atenção às condições crônicas reduz significamente as atenções não programadas

Em casos de insuficiência cardíaca o modelo de atenção às condições crônicas reduz as internações não programadas em 50 a 85%

A forma mais efetiva de reduzir a atenção não programada é por meio de uma atenção primária de qualidade

DUAS REFLEXÕES • “O paradigma da condição aguda predominante é um

anacronismo. Ele foi elaborado na noção do século XIX da doença como uma ruptura no estado normal, produzida por um agente externo ou trauma. Neste modelo, a atenção às

condições agudas é o que importa. O problema é que a epidemiologia contemporânea mostra que a situação

prevalecente é dominada pelas condições crônicas, tanto em temos de custos, quanto dos impactos na saúde”.

FONTE: KANE (2003)

“Agora mais que nunca”. WORLD HEALTH ORGANIZATION (2008)

OBRIGADO!

urgencia@saude.mg.gov.br