Post on 04-Oct-2020
FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Os Gêneros Orais Formais: Uma proposta para o Ensino de Língua Portuguesa na EJA
Autor BEATRIZ MARIA ALESSI
Escola de Atuação CEEBJA ULYSSES GUIMARÃES
Município da escola COLOMBO
Núcleo Regional de Educação NRAN
Orientador KÁTIA ELISA PRUS PINHO / SILVINO IAGHER
Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Disciplina/Área (entrada no PDE) LÍNGUA PORTUGUESA
Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDÁTICA
Relação Interdisciplinar
Público Alvo 8ª SÉRIE/9ª ANO( com 75% de aproveitamento) – EJA
/MODALIDADE INDIVIDUAL
Localização AV. ARGENTINA 75- BAIRRO RIO VERDE CEP 83405420-
COLOMBO-PR
Apresentação:
Os educandos da EJA são trabalhadores, que possuem
interesse e autonomia na busca de conhecimento, e também,
precisam concluir seus estudos, num prazo curto de tempo.
Para atender esta clientela, a EJA oferta matrículas na
modalidade individual. Porém, durante as aulas de Língua
Portuguesa, não há um encaminhamento para a prática dos
gêneros textuais orais formais. Em razão disso, a produção
desta unidade didática tem como objetivo principal
desenvolver possíveis encaminhamentos metodológicos, para
que os alunos compreendam e produzam os gêneros textuais:
entrevista, reunião, apresentação de projeto e palestra, as
quais serão aplicadas por meio de cinco oficinas, com 8
encontros, nas quais serão desenvolvidas atividades práticas
com estes gêneros textuais na oralidade.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) GÊNEROS ORAIS FORMAIS; EJA; TRABALHO
1
Gêneros Formais Orais:
Uma proposta para o ensino de Língua Portuguesa na EJA
UNIDADE DIDÁTICA
Professora: Beatriz Maria Alessi
Disciplina: Língua Portuguesa
Tema: Os gêneros textuais, na modalidade oral: Reflexão e prática para a formação
profissional na Educação de Jovens e Adultos
Orientadores: Silvino Iagher e Kátia Elisa Prus Pinho
IES: UTFPR
CEEBJA Ulysses Guimarães
NRE: ÁREA METROPOLITANA NORTE
PDE-2010/2011 – COLOMBO - PR
2
Sumário APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 4
Introdução ..................................................................................................................................... 5
OBJETIVO GERAL ................................................................................................................................... 6
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................................................... 6
ESTRATÉGIAS E AÇÕES .......................................................................................................... 6
Orientação para o Professor .......................................................................................................... 7
PRIMEIRA OFICINA: Uma Noção dos Gêneros Textuais: orais e escritos, Formais e informais
....................................................................................................................................................... 8
ATIVIDADE -1 ........................................................................................................................................... 8
Outras sugestões de atividades: ............................................................................................................... 9
SEGUNDA OFICINA: Entrevista ............................................................................................... 9
ATIVIDADE -1 ......................................................................................................................................... 10
ATIVIDADE- 2 ........................................................................................................................................... 10
ATIVIDADE - 3 ........................................................................................................................................ 10
Outras sugestões de atividades: ( Ver anexo -2) ......................................................................... 11
TERCEIRA OFICINA – REUNIÃO .......................................................................................... 11
Atividade: 1 ................................................................................................................................. 12
Atividade 2 ............................................................................................................................................. 12
Observação ............................................................................................................................................. 12
QUARTA OFICINA – EXPOSIÇÃO DE PROJETO ................................................................ 13
Recursos para a exposição do Projeto ................................................................................................... 13
QUINTA OFICINA- PALESTRA .............................................................................................. 13
Proposta de Avaliação da Produção Didático-Pedagógica (Responde os objetivos do Projeto de
Intervenção Pedagógica) ............................................................................................................. 14
Referências Bibliográficas: ......................................................................................................... 15
ANEXOS..................................................................................................................................... 16
Primeira Oficina –Anexo-1 - Uma Noção dos Gêneros Textuais: orais e escritos, formais e informais .. 16
ATIVIDADE 1 - AÇÕES E REFLEXÕES ................................................................................................ 16
Refletindo sobre o gênero mais antigo da comunicação, a carta............................................................ 17
Refletindo sobre o gênero Notícia com seu professor e colegas ............................................................ 17
Atividade 1 - Reflexões sobre a leitura dos textos .................................................................................. 18
SUGESTÕES DE LEITURAS ................................................................................................................. 19
VIDA E CIDADANIA ................................................................................................................................ 19
Terceira Idade ......................................................................................................................................... 21
3
RELAÇÕES FAMILIARES .................................................................................................. 21
ENSINAMENTOS ................................................................................................................ 23
Troca de conhecimentos ...................................................................................................... 23
Experiência e renovação ..................................................................................................... 24
Sugestão de Atividade ................................................................................................................. 25
Terceira Idade ......................................................................................................................................... 25
Entrevista ................................................................................................................................................ 25
Aos avós o que é dos avós ................................................................................................... 25
SEGUE OUTRAS SUGESTÕES DE LEITURAS ..................................................................... 30
O que passa pela cabeça do jovem .............................................................................. 30
Quirerinha cremosa ................................................................................................................................ 34
Quirerinha cremosa .......................................................................................................... 35
Segunda Oficina – ANEXO - 2 - Entrevista-............................................................................................ 36
Atividade 1 – Refletindo sobre seu marketing pessoal ........................................................................... 36
ATIVIDADE- 2 – ANALISANDO A ENTREVISTA ........................................................................ 37
Terceira Atividade ....................................................................................................................... 38
Quarta Atividade ..................................................................................................................................... 38
Quinta Atividade ......................................................................................................................... 39
Sugestão de outras leituras .................................................................................................................... 42
TERCEIRA OFICINA – ANEXO - 3- Reunião ......................................................................... 42
Primeira Atividade: .................................................................................................................................. 42
Reflexão e avaliação sobre a reunião: ......................................................................................... 43
Atividade 2 .................................................................................................................................. 43
Orientações importantes para organizar a reunião ...................................................................... 43
Quarta oficina – ANEXO - 4 - Exposição de Projeto ................................................................. 44
Como será apresentado................................................................................................................ 44
Quinta Oficina – PALESTRA ..................................................................................................... 45
4
APRESENTAÇÃO
Esta Unidade Didática, cujo tema é Gêneros orais formais: uma proposta
para o ensino de Língua Portuguesa, está direcionada para alunos da EJA
(Educação de Jovens e adultos), na modalidade individual, do 9º ano/8ª série
do Ensino Fundamental. A elaboração deste material é resultado dos estudos
realizados durante o Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE/2010/2011, ofertado pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná.
O currículo para o público da EJA é diferenciado, pois os alunos
possuem interesse e autonomia na busca do conhecimento. Além disso,
desenvolvem seu próprio tempo/espaço, porque necessitam da conclusão do
ensino básico e da ampliação dos seus conhecimentos para atender às
exigências do mercado de trabalho e da sociedade. Em razão disso, as escolas
de EJA e CEEBJA- (Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos)
ofertam matrículas aos educandos, que optam pela conclusão de seus estudos,
na modalidade individual, ou seja, quando necessário contam com a orientação
de professores que estão disponíveis para solucionar as dúvidas sobre o
conteúdo que estão estudando. Embora, tenha flexibilidade de dia e horário,
para freqüentar a escola é indispensável o cumprimento de 100% da sua carta
horária.
Diante deste perfil, a comunicação oral, tanto no ensino médio como no
fundamental, não é praticada com estas turmas. Por isso, como
encaminhamento metodológico, nesta Unidade Didática, sugere-se a
organização de oficinas, inicialmente para o 9º ano/8ª série, na qual, os alunos
serão motivados a participar de dinâmicas de conversação, em pequenos
grupos para produzirem textos na modalidade oral, como: entrevista, reunião,
exposição de projetos e palestra. Além disso, estão disponibilizados, no anexo,
sugestões de materiais e fontes que têm como intuito auxiliar e orientar o
professor no desenvolvimento das práticas no ambiente escolar.
5
Introdução
Em algumas situações de comunicação, o uso da expressão oral formal
é indispensável em qualquer segmento da sociedade. Isso ocorre igualmente
no processo seletivo para ingressar no mercado de trabalho ou permanecer no
mesmo, pois participar de uma entrevista, dinâmica de grupo, reunião com a
diretoria da empresa, abordar clientes pelo telefone é o momento crucial. Nesta
hora, é preciso compreender e refletir sobre o que se ouviu para argumentar e
contra-argumentar, defender o seu ponto de vista.
A abordagem destes temas tem como propósito contextualizar a teoria
com a prática. E é com base na visão de Matos (2006) que “a qualidade da
comunicação em uma conversação com mensagens bem entendidas pelos
receptores têm sentido pretendido pelos emissores e a boa comunicação evita
conflitos, desentendimentos bate-boca, reuniões improdutivas”.
A exposição oral formal, segundo Schneuwly, Dolz e Colabs (2010) “é
um discurso que se realiza numa situação de comunicação especifica que
poderíamos chamar de bipolar, reunindo o orador ou o expositor e seu
auditório”. Em razão disso, a seleção dos temas para discussão das atividades
teóricas e práticas será voltada para os diversos ambientes e contextos do
mercado de trabalho e da sociedade.
Portanto, conhecer as características e a noção dos gêneros, segundo
os autores citados, “permite articular a finalidade geral de aprender a
comunicar com os meios linguísticos próprios às situações que tornam a
comunicação possível.” A partir desta reflexão, apresentar aos alunos os
gêneros orais formais e informais, é uma proposta para que percebam as
diferenças do vocabulário, das formas linguísticas (a gramaticidade), da
intencionalidade do discurso, da entonação de voz, da postura corporal, da
dicção, do ritmo e da musicalidade (mais suave ou mais agressiva) da fala.
A produção oral, realizada pelos alunos, ocorrerá de forma individual e
coletiva, sendo esta avaliada pela professora e pelo grupo de alunos
participante da oficina, com intuito de esclarecer dúvidas e acrescentar
6
sugestões que contribuam para melhorar o aperfeiçoamento da exposição do
gênero que foi apresentado.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver possíveis encaminhamentos metodológicos para que
turmas da modalidade individual, de EJA/CEEBJA, produzam e compreendam
os gêneros orais formais: entrevistas de emprego, reunião, exposição de
projetos e palestra.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1) Avaliar como se constituem os gêneros orais estabelecidos para uma
análise, tomando como pressupostos teóricos a Linguística Textual e a
Análise do Discurso.
2) Possibilitar um espaço no ambiente escolar para que os alunos do
CEEBJA da modalidade individual desenvolvam a prática da oralidade,
mais próxima do formal
ESTRATÉGIAS E AÇÕES
A carga horária, no CEEBJA/EJA da 8ª série/9º ano, de Ensino
Fundamental, na modalidade individual, é de 70h/relógio ou 84h/aula na
disciplina de Língua Portuguesa. Serão realizados oito encontros, de uma hora
cada, com no máximo 20 alunos, para cada oficina que participarão das
atividades relacionadas aos Gêneros Formais Orais. Os alunos, desta série,
farão previamente sua inscrição na sala de Língua Portuguesa, na secretaria
da escola ou na sala da pedagoga. A primeira oficina a ser trabalhada é sobre
uma noção de gêneros textuais: orais e escritos, formais e informais; a
segunda, o gênero entrevista; a terceira reunião; a quarta apresentação de
projeto, e a quinta palestra.
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Orientação para o Professor
Caro (a) professor (a)
Quando propus produzir este material didático exclusivamente para os
alunos da EJA, na modalidade oral, foi com o intuito de ampliar o leque de
textos e atividades voltados para este público. Não é uma obra acabada, pois
necessita de mais estudos e pesquisas para compreender melhor a
funcionalidade dos gêneros textuais, principalmente na modalidade oral formal,
já que são inúmeros circulando em nossa sociedade. Também, por se tratar de
uma unidade didática não foi possível envolver outros gêneros orais neste
material. Fica, aqui, a proposta para a produção de outra Unidade Didática para
dar continuidade a este trabalho.
Esta Unidade Didática está dividida em duas partes: a primeira
contempla os objetivos e sugestões, ao professor, de encaminhamentos para
orientar seus alunos como desenvolver as atividades de cada oficina. Na
segunda, encontram-se os anexos. Cada anexo corresponde a uma oficina.
Nestes estão disponibilizados as atividades direcionadas aos alunos e
sugestões de alguns textos de apoio, os quais foram cedidos gentilmente, por
seus autores os direitos autorais para produção deste material.
Bom trabalho!
8
PRIMEIRA OFICINA: Uma Noção dos Gêneros Textuais: orais e
escritos, Formais e informais
Os objetivos desta oficina são:
Expor aos educandos alguns gêneros textuais: formais e informais orais e escritos
que circulam na sociedade, para que os alunos percebam as semelhanças e
diferenças entre os gêneros e compreendam a finalidade destes nos diversos
contextos.
Propor atividades de leituras de textos, imagens e filmes para que os educandos
aprendam: Selecionar informações sobre o gênero textual proposto; elaborar
informações para facilitar a exposição oral das reflexões realizadas sobre os
diversos temas estudados.
ATIVIDADE -1
Ao iniciar esta oficina é importante uma conversa com seus alunos
sobre como as pessoas viviam sem os meios de comunicação no passado. (ver
anexo1)
É bom lembrar que antes do surgimento da escrita, a comunicação só
acontecia oralmente, rosto a rosto. Quando uma mensagem se destinava a
alguém distante, mensageiros eram contratados para irem de navios ou a
cavalo levar a notícia desejada. (consulte mais informações no site
http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u27.jhtm)
Uma reflexão com os alunos sobre o uso linguagem informal no contexto
familiar também é uma forma de ensiná-los a distinguir a formalidade da
informalidade da língua ( ver anexo 1)
Levar para a sala de aula: um e-mail, uma carta, um bilhete, uma
propaganda, um folder, uma notícia, um filme, uma música, fotografias ou uma
receita entre outros gêneros textuais, oral e escrito também oportuniza o aluno
a caracterizar os gêneros e a tipologia textual predominante, veja algumas
sugestões de textos e encaminhamento de atividades para o aluno no Anexo1.
Para esta atividade sugere-se que a atividade seja realizada em
pequenos grupos e o professor deverá:
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a) Entregar para cada equipe um texto diferente;
b) Após concluir a atividade, cada equipe apresenta à turma um relato
sobre as descobertas encontradas no texto estudado: (ver anexo)
Função que o gênero exerce na sociedade;
Linguagem usada (formal ou informal);
Formato do gênero;
Tipologia textual: Expositiva, descritivo, injuntivo, narrativo,
argumentativo. (A tipologia Textual sempre foi trabalhada
desde os anos iniciais, do Ensino Fundamental, porém o (a)
professor (a) precisa retomar sempre, sobre os aspectos
linguísticos que cada tipo textual apresenta e que diversos
tipos textuais podem perpassar em um único gênero, como,
por exemplo, ocorre com o gênero carta).
Após a apresentação do grupo o restante da turma deve interagir
questionando ou acrescentando informações sobre o gênero
apresentado.
Outras sugestões de atividades:
Passar o início dos filmes Central do Brasil e o Carteiro e o Poeta e
em grupo peça aos alunos para discutirem sobre qual função do
gênero carta que representou nos dois filmes.
SEGUNDA OFICINA: Entrevista
Falar, não é difícil, mas nem todas as pessoas, conseguem se expressar, oralmente, em uma plateia.
Desde criança questionamos e somos questionados. A entrevista faz parte do
nosso cotidiano e com muita propriedade circula em diversos contextos da
sociedade exercendo funções diversificadas. Embora com estilo e propósitos
diversos, este gênero textual apresenta estrutura comum para todos os eventos
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ATIVIDADE -1
Professor (a), para esta oficina sugere-se que você:
1) Proponha aos alunos que respondam, individualmente, a entrevista
que se encontra no ANEXO-2;
2) Após responderem as atividades os alunos formem grupos com até
quatro integrantes;
3) Instrua aos grupos para que em cinco minutos discutam sobre as
respostas de seus pares;
4) Solicite que organizem um quadro expondo respostas semelhantes e
diferentes e exponham à turma, com possíveis argumentos,
justificando os motivos que os levaram a escolherem as mesmas
respostas ou que responderam de forma diferente.
5) Dê um tempo aproximado para esta atividade de 15 minutos.
ATIVIDADE- 2
Uma entrevista com o alpinista, Waldemar Niclevicz (ANEXO- 2) é uma
ótima sugestão de leitura para os alunos da EJA, nesta, o entrevistado faz uma
analogia com escalar uma montanha e uma prática de vendas. Para trabalhar
com este texto sugere-se:
1) Leitura silenciosa, para que a turma tenha o primeiro contato com o
texto, pois ninguém gosta de ler um texto oralmente, sem conhecê-lo
com antecedência.
2) Leitura dramatizada, na qual um aluno fará o papel do repórter (o
entrevistador) e o outro o entrevistado.
3) Realização das atividades relacionadas à entrevista (ANEXO 2)
ATIVIDADE - 3
1) Passar o vídeo “Como se dar bem numa entrevista” ver site:
(http://www.youtube.com/watch?v=8_4yzvx1Mj4)
que se realiza (HOFFNAGEL, 2005)
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2) Propor aos alunos, uma roda de conversa ( ver anexo 2)
3) Propor aos alunos a produção e a simulação de uma entrevista de
emprego na modalidade oral. Peça que eles iniciem a conversa
desde o primeiro contato com a empresa: a chamada pelo telefone.
4) Após cada apresentação a turma fará uma avaliação sobre os
aspectos: expressivos corporais, argumentativos, uso da linguagem
(mais formal ou menos formal), entonação da voz.
Outras sugestões de atividades: ( Ver anexo -2)
TERCEIRA OFICINA – REUNIÃO
Professor,
Os objetivos desta oficina são:
1) Orientar aos alunos, que de acordo com a etiqueta empresarial, a
reunião é um gênero textual oral que pode ser realizada em ambientes,
mais ou menos formal, - se o assunto não for muito relevante - e com
aspectos mais sofisticados, desde os acessórios até o que será servido
se for entre pessoas do alto escalão, deve ser mais formal. (ver leitura
em anexos).
2) Apresentar o formato do gênero e a tipologia textual predominante no
gênero, que é a argumentativa
3) Propor aos alunos para que conheçam ou participem de alguma reunião
em outros segmentos da sociedade.
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Atividade: 1
Esta atividade encontra-se no ANEXO -3, a qual levará o aluno a refletir
sobre o que consiste uma reunião.
Atividade 2
Professor (a),
É o momento de o aluno preparar uma reunião.
Distribua antecipadamente (uma ou duas aulas, antes desta atividade) um
tema para cada grupo, que será pesquisado sobre um assunto que está
presente nos diversos contextos da sociedade. Sugestão de temas:
Reunião de pais na escola; reunião na associação de moradores; reunião
com o Presidente de uma determinada empresa, ou onde um dos alunos
trabalha; reunião de família para discutir divisão de bens (inventário);
reunião de negócios (pode ser vendas, compra de um bem, um contrato, o
financiamento de um bem), reunião com o prefeito da cidade ou com o
vereador, reunião com o secretário ou a secretária da educação da cidade,
entre outras;
Instrua os alunos para que:
a) Elaborem pauta (lista) planejando os tópicos que serão discutidos na
reunião;
b) Explique qual é o objetivo e a necessidade dela;
c) Estabeleçam o tempo de discussão que será usado para cada tópico;
d) Elaborar uma ATA de Reunião.
Observação
Como se trata de um encaminhamento pedagógico no dia da exposição,
desta atividade, o/a professor/a deverá antecipar aos alunos que o tempo de
apresentação de cada grupo será dividido pelo número de equipes presentes
na sala. Por exemplo, se houver cinco equipes o tempo de apresentação será
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de dez minutos para uma aula de 50 minutos. Este encaminhamento é para
que o professor possa avaliar no conjunto o desempenho de todos os alunos.
O Gênero ATA, embora seja uma atividade de escrita é importante que
seja trabalhado, com todos os alunos, em uma oficina de produção de textos
escritos.
QUARTA OFICINA – EXPOSIÇÃO DE PROJETO
Professor,
O objetivo desta oficina é orientar aos alunos, que em equipe, elaborem
um projeto simples para solucionar os problemas levantados durante a Oficina
Reunião. ( ver encaminhamentos no ANEXO-4)
Recursos para a exposição do Projeto
a) Laboratório de Informática;
b) Uso do Microsoft Powert Point
c) Uso da TVPENDRIVE;
Instruir aos alunos, no laboratório de informática da escola, para usar
recursos da tecnologia, a fim de organizar a exposição do projeto.
Organizar uma aula para que as equipes apresentem seus projetos.
QUINTA OFICINA- PALESTRA
Nesta oficina professor,
Orientar aos alunos como se elabora e apresenta uma palestra;
Convidar um palestrante de sua confiança para dar uma palestra na
escola, para que os alunos analisem a desenvoltura do palestrante, as
expressões faciais e corporais, o uso da linguagem: formal ou próxima do
formal.
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Proponha a equipe da escola pedagógica da escola para que os alunos
que participaram destas oficinas preparem reuniões e palestras com temas
sugeridos pelos professores, funcionários, direção, equipe pedagógica e
alunos.
Proposta de Avaliação da Produção Didático-Pedagógica (Responde os
objetivos do Projeto de Intervenção Pedagógica)
1- Esta Produção Didático-Pedagógica visa promover aos alunos do 9º ano do
Ensino Fundamental da EJA, os conhecimentos relacionados à leitura e o
reconhecimento dos gêneros formais e informais nas modalidades orais e
escritos, para que se tornem mais críticos e possam se posicionar em lugares
públicos em ambientes mais formais ou menos formais conscientizando-se da
importância a poder que possuem os atos de fala na sociedade?
2- As ações e as atividades com os gêneros textuais orais formais, praticadas
no ambiente escolar, proporcionam orientação e benefícios que podem trazer
para o cotidiano dos alunos do 9º ano do ensino fundamental?
3) Favor acrescentar sugestões e recomendações que visem melhorias para a
produção deste material.
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Referências Bibliográficas:
ANTUNES, Irandé, 2009. Aula de Português. Encontro & Interação, São
Paulo:Parábola
DOLZ, J., SCHNEUWLY.B e COLABS, 2010. Gêneros Orais e Escritos na
Escola. Campinas: Mercado das Letras
MARCUSCHI, L.A, 2010. Produção Textual, Análise de Gêneros e
Compreensão, São Paulo: Parábola.
MATOS, G.G., 2006. A Cultura do Diálogo. Uma estratégia de Comunicação
nas Empresas. São Paulo: Negócio Editora
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO. (2004) Diretrizes
Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão
preliminar) ,Curitiba
HOFFNAGEL, JC, 2005- Entrevista: uma conversa controlada, in DIONIZIO,
MACHADO e BEZERRA. Org. Gêneros Textuais & Ensino, Rio de Janeiro:
Lucerna
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ANEXOS
Primeira Oficina –Anexo-1 - Uma Noção dos Gêneros Textuais: orais
e escritos, formais e informais
ATIVIDADE 1 - AÇÕES E REFLEXÕES
Caros alunos,
Nossa oficina se inicia com uma conversa, algumas leituras, reflexões e
ações.
São incontáveis os gêneros textuais que circulam em nossa sociedade.
Sempre presentes estão para organizar o cotidiano de todas as pessoas.
Observe que desde que você nasceu se deparou com muitos deles: Já fez lista
de compras, escreveu bilhete, contou piada, fez uma receita culinária,
entrevistou ou foi entrevistado, enviou uma carta pelo correio, enviou uma carta
correio eletrônico (e-mail) participou de um debate, de uma reunião, entre
muitos outros.
A partir deste momento você terá a oportunidade de conhecer o formato
e descrever alguns destes gêneros textuais, tanto na fala (orais) como na
escrita, formais e informais.
Quanto ao nível da linguagem os gêneros tanto oralidade como na escrita
podem ser formais, informais, dialetal
Nas conversas do cotidiano, com seus familiares, seus amigos você
naturalmente usa a linguagem simples informal, por exemplo, você não
ouve um jornalista, por exemplo, apresentando uma notícia, usando os
dialetos da sua região ou a variante caipira, pois o gênero textual notícia
pede uma linguagem formal.
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Vamos recordar um pouco, reflita com seu professor (a)
Como era a conversa entre pais e filhos? E hoje?
Na relação familiar a linguagem é informal, pois e a comunicação
acontece de forma simples. No passado, os pais conversavam
pouco com seus filhos, porém hoje a relação está mais aberta e os
pais conversam mais com seus filhos.
Refletindo sobre o gênero mais antigo da comunicação, a carta
Como as pessoas viviam sem a existência do telégrafo, do telefone da
internet. Que expressões as pessoas usavam para escrever uma carta? Qual
era finalidade da carta? E hoje, com os avanços tecnológicos, a carta ainda
possui a mesma finalidade do passado?
Refletindo sobre o gênero Notícia com seu professor e colegas
O que é uma Notícia? Como ela se organiza?Onde encontramos este
gênero textual? Quais os assuntos são apresentados? Que tipologia textual
predomina? De que forma ela é apresentada? Em que espaços ela circula?
Tanto na oralidade como na escrita ela pode ser formal ou informal?
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A notícia é um gênero textual de cunho jornalístico, que está ancorado nos
diversos suportes de gêneros da Comunicação social: jornal impresso,
revista, internet, rádio, televisão. O objetivo desta narrativa jornalística é
apresentar ao leitor informações verídicas. Ao usar os recursos da
linguagem o emissor deve selecionar enunciados ou palavras claras e
objetivas que evitem mais de uma interpretação. Além destes aspectos há
outros que caracteriza o Gênero como:
Manchete: É a chamada principal do assunto. Apresenta-se grafado de
forma bem evidente, para convidar e despertar interesse ao leitor para a
leitura da matéria.
.
Título auxiliar – Funciona como um complemento do principal,
acrescentando-lhe algumas informações, de modo a torná-lo ainda mais
atrativo.
Lide (do inglês lead) - Corresponde ao primeiro parágrafo, e normalmente
sintetiza os traços peculiares condizentes ao fato, procurando se ater aos
traços básicos relacionados às seguintes indagações: Quem? Onde? O
que? Como?Quando?Por quê?
Corpo da notícia – Relaciona-se à informação propriamente dita,
procedendo à exposição de uma forma mais detalhada no que se refere
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://www.portugu
es.com.br/redacao/generostextuais/anoticiaumgenerotextualcunhojornalistic
o.html extualcun
Atividade 1 - Reflexões sobre a leitura dos textos
1. Em grupo com até quatro colegas leia o texto sugerido pelo (a) sua (seu)
professor(a) e seguindo as orientações solicitadas discuta com seus
pares:
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1) O gênero textual lido pelo grupo está e escrito de forma informal,
ou seja, sem regras, como você fala no dia a dia ou de maneira
formal?
2) Na opinião do grupo o que representa para a sociedade saber
usar os gêneros formais?
E os gêneros informais?
O que você entende por marcas de oralidade?
É possível usar marcas da oralidade na escrita? Em que
situação?
3) Qual discurso que predomina na sociedade, oral ou escrito?
4) De que forma a leitura contribui para que o cidadão se expresse
oralmente, nos diversos contextos da sociedade?
5) Qual foi a contribuição que o texto passou para ampliar o
conhecimento do grupo?
a) na a vida pessoal;
b) na vida profissional;
c) no convívio com outros grupos sociais
6) Nem sempre concordamos com o que ouvimos ou lemos. Em
que situação o grupo não concordou com o discurso do texto
estudado?
SUGESTÕES DE LEITURAS
VIDA E CIDADANIA
No Dia dos Avós, confira algumas dicas de saúde para os idosos
Os avós são lembrados de forma especial em 26 de julho porque é nessa
data que se comemora o dia de Santa Ana e São Joaquim. Eles são os avós
de Jesus Cristo e o pais de Maria
26/07/2011 | 09:35 | GAZETA DO POVO
20
O Dia dos Avós é comemorado nesta terça-feira (26) e nunca é demais
destacar alguns cuidados que se deve ter para ajudar a preservar a saúde
dos idosos.
Os avós são lembrados de forma especial em 26 de julho porque é nessa
data que se comemora o dia de Santa Ana e São Joaquim. Eles são os avós
de Jesus Cristo e o pais de Maria.
De acordo com o médico geriatra Gilberto Martin, entre 5 e 10% da
população mundial com mais de 60 anos já sofreu um acidente doméstico
grave, A estatística é da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil,
esses acidentes correspondem à quinta causa de morte entre os idosos, de
acordo com o Ministério da Saúde.
Em Curitiba, a situação não é diferente. Os hospitais Evangélico,
Trabalhador e Cajuru registraram 1.417 quedas entre de idosos de Curitiba e
região metropolitana nos seis primeiros meses do ano – sete acidentes por
dia – segundo levantamento feito pelo médico.
Prevenção
A prevenção é a chave para a redução desses índices. Algumas dicas do
geriatra são a instalação de pisos antiderrapantes, corrimões, rampas de
acesso nos imóveis. Também é preciso ter atenção quanto à altura dos
móveis e deixar os objetos ao alcance dos idosos. “Cadeiras, poltronas e
camas deve estar em fácil acesso. Deve-se colocar apoios para os momentos
de levantar, sentar e deitar”, afirmou Martin.
É preciso ter atenção não apenas com as quedas. O controle do colesterol,
pressão arterial e diabete são fundamentais para que o idoso possa viver
mais e com saúde. “O colesterol alto - comum entre os idosos - está
associado a um maior risco cardíaco”, alertou o médico.
Outro cuidado essencial deve ser com a alimentação. O médico salientou que
os idosos, e os adultos em geral, precisam ingerir 800 miligramas de cálcio
por dia para evitar a osteoporose. Alimentos ricos em cálcio são leite, iogurte,
feijão branco e queijo.
21
A qualidade de vida dos idosos é ampliada com a prática de atividades de
lazer, atenção dos familiares e com os hábitos de não fumar e não beber.
Além disso, eles precisam evitar a exposição ao sol sem protetor solar e não
devem permanecer em ambientes com muito ruído.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania
Terceira Idade
RELAÇÕES FAMILIARES
O desafio de aprender com as outras gerações
Os idosos estão passando mais tempo com os netos. Veja como aproveitar o
lado positivo dessa parceria
Publicado em 28/07/2011 | Vanessa Prateano / Gazeta do Povo
Está cada vez mais comum ter avô e avó por perto. Eles levam os netos à
escola, dão banho, ensinam a lição de casa e até auxiliam na educação.Se há
algumas décadas os avós figuravam sozinhos em um retrato em preto e
branco pendurado na parede, hoje aparecem lado a lado dos netos no álbum
de família. Avós não são mais aqueles de quem só ouvimos falarem histórias
relatadas por terceiros.
Com o aumento da longevidade, eles, que pouco conviveram com os pais de
seus pais, têm uma segunda chance de viver essa relação, embora em outro
papel. A revolução silenciosa que emerge desse convívio entre gerações
deve mudar para sempre a maneira como essas “figuras” são vistas tanto
pelas famílias quanto pela sociedade.
Na semana em que se comemora o dia dos avós (26 de julho), uma psicóloga
gerontóloga, uma terapeuta familiar e um pediatra dão dicas de como usar e
abusar do lado positivo dessa convivência e alertam para os desafios
impostos por uma nova configuração familiar.
22
Aos avós o que é dos avós
Para especialista, é preciso abrir mão de certos valores quando os netos
nascem. E valorizar o papel dos filhos é importante para que a relação entre
todos dê certo.
Confira entrevista com o pediatra Leonardo Posternak sobre o papel dos avós
na educação dos netos
Contato obrigatório com os quatro netos
As histórias contadas pelo engenheiro aposentado Gilson Gomy de Ribeiro, 69
anos, a respeito dos quatro netos fornecem um retrato rico e divertido da
relação saudável que pode ser criada entre os mais velhos e os pequenos. Ele,
que não conheceu os avós paternos e pouco conviveu com os avós maternos,
se enche de orgulho ao falar da relação com Pedro Henrique, 9, Mariana, 8,
Gabriel, 4, e Marcela, 6.
Nos finais de semana, os encontros com Marcela, que mora em Curitiba, são
obrigatórios. No caso dos demais, que vivem em São Paulo, a visita é no
mínimo mensal. A intimidade já rendeu cenas engraçadas, como da vez em
que, num hotel-fazenda em Gaspar (SC), os quatro foram repreendidos por
outras crianças por enfiarem uma torta na cara do avô durante uma brincadeira.
“Disseram a eles que era preciso ter respeito pelos avôs, que onde já se viu
uma coisa dessa”, diverte-se Ribeiro.
Perguntas
Em outra ocasião, os netos chegaram a perguntar ao avô quantos anos ele
tinha. ”Meia-nove”, respondeu Ribeiro, e ouviu de volta: “Nossa, como você é
velho! Você vai morrer logo?” Os cabelos perdidos com a idade também
intrigam os pequenos. “Vamos procurar o seu cabelo, então. Onde será que ele
pode ter caído?”, dizem sempre.
A troca de experiências e lembranças entre as gerações, recomendada por
especialistas, está presente quando os cinco se encontram. Na casa de praia
(em Guaratuba, litoral do Paraná) estão brinquedos antigos da própria infância
23
de Ribeiro e da dos filhos que o aposentado faz questão de dar aos netos. “Não
é fácil um elefante de corda competir com o videogame”, brinca o avô coruja.
O contrário também acontece, já que o avô se sente impelido a conhecer
melhor o universo dos netos. Os que vivem em São Paulo surpreendem ao
falar com naturalidade de fatos que o avô não conheceu na infância, como na
vez em que assistiram policias entrarem na escola onde estudam para evitar
que um ladrão invadisse o local. Sem falar, é claro, na familiaridade com a
tecnologia.
ENSINAMENTOS
Velhice sem mistérios
Cabelos brancos, pele molinha, passos mais lentos. Para uma criança, a
figura do idoso ainda causa mal-estar, confusão, pena ou até mesmo repulsa.
A convivência com os avós, neste sentido, tem a capacidade de ensinar aos
mais novos noções importantes sobre o processo de envelhecimento e
mostrar que o declínio do corpo e dos reflexos são um processo natural.
“Isso [a proximidade entre gerações] é importante para que as crianças
entendam o sentido de finitude, de limitações e perdas que a velhice traz.
Essa convivência tem o poder de despertar essa consciência, dá a
oportunidade de se conceber o fim”, avalia a psicóloga Mariana Zilli Calabresi.
Como lembra a especialista, este é um privilégio que os avós de hoje, que
precisam lidar com o envelhecimento, não tiveram quando crianças.
Essa proximidade, inclusive, não deve despertar receios nos pais, ciosos de
proteger os filhos da dor e do medo supostamente causados pelas limitações
e pela separação. Se o avô está doente, esta é uma boa hora para falar sobre
a vulnerabilidade humana e que um dia as pessoas amadas podem ir embora.
“Não deve haver segredos. Todos nós precisamos elaborar os lutos
decorrentes de nossas perdas”, diz Mariana.
Troca de conhecimentos
Por passarem mais tempos juntos, avós e netos também precisam lançar mão
da criatividade e de disposição para que a convivência não se resuma a horas
sentados na frente da televisão ou em longos silêncios. A troca de
24
conhecimentos típicos de cada geração é o antídoto anti-monotonia para
possíveis situações como essas.
Por parte dos mais velhos, é possível resgatar brincadeiras típicas da infância,
como peteca, três marias, bolinha de gude e xadrez, que valorizam um
período da vida do idoso e permitem aos netos conhecer outras formas de
diversão que não o computador e o videogame. A tecnologia, no entanto, não
é um problema – pode ser uma aliada.
Como o objetivo é permitir que ambos aprendam, os netos também podem
ensinar os avós a navegar na internet, criar um perfil nas redes sociais,
manusear o celular ou pagar contas e fazer compras on-line. A terapeuta
familiar Eneida Ludgero observa que ambas as gerações têm muito a
contribuir. “Os netos trazem para a vida dos avós uma perspectiva de
renovação e crescimento, e os avós trazem sabedoria e experiência. Essa
troca é extremamente positiva.”
Experiência e renovação
E quando se fala em experiência, todo esse conhecimento adquirido em seis,
sete ou oito décadas de vida pode ser aproveitado até mesmo para fins de
formação. Quem tem hoje esta idade viveu desde a discussão da lei do
divórcio e o auge do movimento feminista até a ditadura militar e o surgimento
da pílula anticoncepcional. Por que não aproveitar esse conhecimento e essa
vivência para auxiliar os pequenos com a tarefa de casa e até mesmo discutir
a mudança de costumes e a noção de tradição versus renovação?
Quando os netos chegam contando o que aprenderam na escola, essa é uma
boa hora para o avô, que muitas vezes supervisiona a lição de casa, contar
como era o ensino naquela época e, caso ele tenha vivido o período
estudado, relatar como episódios maiores da História influenciaram o
cotidiano de pessoas comuns. Isso, de acordo com a gerontóloga Mariana
Calabresi, aproxima a família e valoriza a experiência de vida dos mais
velhos.
Isso é importante até mesmo para que os avós possam refletir sobre
princípios dos quais não se deve abrir mão e quais ideias devem se adaptar à
25
nova realidade – que envolve até mesmo a forma de se educar os mais
novos. O pediatra Leonardo Posternak, autor de O livro dos Avós, avalia que é
importante valorizar a bagagem adquirida com o passar dos anos, porém, sem
glorificar demais a forma como se vivia antes, sob o risco de se parar no
tempo. “Cada geração tem seus erros e acertos.”
* * * * *
Sugestão de Atividade
Interatividade
Como estimular a convivência entre avós e netos? E até onde eles
podem interferir na educação das crianças?
Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.
mais roteiros
Terceira Idade
Entrevista
Aos avós o que é dos avós
Para especialista, é preciso abrir mão de certos valores quando os netos
nascem. E valorizar o papel dos filhos é importante para que a relação entre
todos dê certo
Publicado em 28/07/2011 | VANESSA PRATEANO
Afinal, qual é o papel de um avô ou avó? Pela experiência que possuem,
seriam uma espécie de segundo pai ou segunda mãe dos netos ou, pelo
contrário - por já estarem com a vida feita e o dever cumprido - têm direito a
ser mais flexíveis e apenas mimar (e até 'estragar') os pequenos?
26
A resposta não é fácil, e ainda há poucos estudiosos pensando o assunto. Ao
contrário dos pais, para os quais há ajuda em forma de livros, revistas, grupos
de encontro e até, literalmente, manuais, os avós estão mais "solitários".
Saiba mais
Ciente de que os avós necessitam de conselhos, a psicoterapeuta Lídia
Aratangy e o pediatra Leonardo Posternak resolveram dar mais espaço a eles
nas consultas que têm com as famílias que atendem - até porque o
"fantasma" dos avós sempre aparecia nos encontros, com seus conselhos e
regras a povoar a cabeça dos pais, muitos deles jovens.
No caso de Leonardo, foi colocada até uma poltrona amarela em seu
consultório, em São Paulo, destinada aos avós. E eles começaram a
aparecer. Os questionamentos e possíveis respostas surgidos nesses
encontros podem ser conferidos no livro "O livro dos avós - na casa dos avós
é sempre domingo?", que já está na sexta edição, de autoria dos dois
especialistas.
Nesta entrevista à Gazeta do Povo, o médico cita alguns conselhos que
costuma dar aos avós, muitos dos quais ele testou a eficácia na prática -
Posternak é avô de uma menina de seis anos, e só aceitou o pedido de Lídia
para escrever o livro após o nascimento da neta. "Antes, eu recusava
elegantemente. No dia seguinte ao nascimento dela, liguei para a Lídia e
disse: 'agora sim'", revela. Confira a entrevista:
O que os levou a escrever o livro? Que mensagem pretendiam passar
aos avós?
Tanto eu quanto a Lídia percebíamos, durante as consultas com os pais, que
os avós estavam sempre presentes. Se não fisicamente, pelo menos nas
conversas. Os pais, principalmente os mais jovens, sempre traziam muito das
crenças de seus pais [em relação à educação dos filhos], estando ou não de
acordo com eles. Assim, percebemos que uma forma de ajudar esses pais
seria ajudar também os avós, porque é preciso focar toda a família. Isso é
importante. No meu consultório, há sempre uma poltrona amarela para os
27
avós. Muitas vezes eles vêm. Quando não vêm, a figura continua permeando
permanentemente a consulta, como se estivessem ali.
No que os avós de hoje se diferenciam dos avós de ontem?
O papel do avô mudou, seguindo as mudanças da própria sociedade. Antes,
vivíamos em uma família ampliada, com vários membros da família vivendo e
trabalhando juntos. Hoje, a família é nuclear - apenas mãe, pai e filhos. A
figura do avô era permanente, mas hoje, nós não vivemos com eles, nós o
visitamos e eles nos visitam. Outro aspecto: na época em que eu era criança,
por exemplo, os avós já estavam chegando ao fim da vida e em relação às
expectativas - o que eles poderiam fazer era cuidar dos netos. Hoje, fazemos
isso também, mas estamos muito mais ativos - trabalhamos, fazemos
ginástica, viajamos, damos uma entrevista e podemos nos negar a cuidar dos
netos como se isso fosse uma obrigação. Mas é importante salientar: os de
hoje não são melhores nem piores do que os de antigamente, são apenas
diferentes..
Qual é o papel que os avós devem assumir em relação aos netos e
também aos próprios filhos, que agora são pais?
Há algo fundamental, e que eu aprendi quando nasceu minha neta, aos oito
anos: quando nasceu teu neto, a conversa com os filhos tem de deixar de ser
uma conversa de pais para filhos para virar uma conversa entre pais e pais.
Isso implica respeitar o papel que o teu filho passa a desempenhar e esperar
que ele te pergunte. Você não deve entrar de maneira dramática no meio
dessa nova família que surge. O fato de você ser avô não o coloca num
patamar mais alto do que teu filho.
Qual o maior erro dos avós nesse sentido?
Eles não entendem que o que era considerado certo na época deles pode não
funcionar mais ou aceito pela sociedade, pois a cultura muda. E é importante
permitir aos filhos que errem para que possam aprender. Claro que se os avós
observarem algo que os incomoda, podem dizer aos filhos, mas num patamar
de igualdade, expondo o que acham, não impondo. Eu sempre pergunto aos
avós: "Por acaso, quando estávamos criando os nosso filhos, nós não
28
falhamos? Cada geração tem seus erros e acertos". E os filhos devem ser
criados pelos pais. Você não pode sabotar a autoridade dos pais.
O livro traz a pergunta a respeito de se na casa dos avós é sempre
domingo. Se na casa dos avós as regras são mais flexíveis, e na casa
dos pais, elas são mais duras, isso não pode gerar confusão para a
criança?
Não. O que gera insegurança é se numa mesma casa se tomam duas
medidas a respeito da mesma coisa. Isso de haver diferença de normas é
algo parecido com o que ocorre na escola e em casa. A escola não educa
exatamente como os pais. O importante é respeitar as regras de cada
território. E pai e mãe devem concordar sobre as decisões que estão
tomando.
Muitos dos que hoje são avós não tiveram contato com os próprios avós
durante a infância. Como isso impacta na relação que têm hoje com os netos?
Eu acredito que não. Eu sou um felizardo, pois, ao contrário de muitos, tive a
oportunidade de ter contato com meus quatro avós quase até ir para a
faculdade. Tive muito tempo de avós, mas quem me ensinou a ser avô foi a
minha neta, não foram eles. Foi ela que me pegou pela mão e me mostrou o
caminho. Eu devo muito a ela.
Quando foi que o senhor se deu conta de que era um avô?
Foi quando olhei nos olhos dela pela primeira vez. Enquanto eu falava, ela
abria e fechava os olhos de jabuticaba como se entendesse o que eu estava
dizendo. Naquele momento, eu entendi que era avô. Ali eu descobri que meu
papel havia mudado. E isso é interessante, pois o papel muda não por algo
que você faz, mas pelo que fizeram teus filhos. Você decide ser pai ou mãe,
mas ser avô é uma decisão que teus filhos tomam por você. Mas é um papel
que você aprende quando se coloca frente a frente com teu neto.
Há avós que, quando seus netos ficam órfãos ou são abandonados por
um dos pais, passam a desempenhar o papel de mãe ou pai. Isso é
recomendável?
29
Nesse caso, é preciso que algo fique claro: o que é a biologia, e o que é o
desempenho de uma função. A função não tem idade, nem sexo. Ele pode
desempenhar, em determinados momentos, essa função, mas tem de ser apenas
avô ou avó, ou isso pode gerar um nó na cabeça da criança. Até porque, caso o pai
ou mãe dessa criança arranje um companheiro, como pode ficar essa criança? A
função pode ser desempenhada, mas não o papel. E o avô ou avó não pode auto-
determinar-se pai ou mãe.
Essa convivência pode proporcionar à criança aprender mais sobre o
envelhecimento e a morte, algo que ainda não é discutido muito na escola e
na família?
Sim, até porque a criança tem a capacidade de entender isso, caso esse processo
seja narrado de forma inteligente. A minha neta me deu de presente um livro de
três páginas feito por ela em que ela mostra isso com uma clareza e uma
inteligência que só as crianças têm. Na primeira folha, ela fala de nosso carinho. Na
segunda folha, eu morro e ela chora. Na terceira, ela fala que encontrou uma forma
de me ter sempre por perto: os sonhos. O fato de ela ter um avô a ajudou a
elaborar o conceito de morte. E as crianças não precisam de muita teoria. Basta
que os adultos a ouçam, mais do que falem com ela.
Qual a lembrança mais feliz que o senhor tem de seus avós?
Eu me lembro de que quando tinha nove anos, meu avô paterno me convidou a ir
trabalhar com ele. Isso, para mim, já foi espetacular, porque ele me fez esse convite.
Aí, quando voltávamos para casa, ele me levou a um antigo bar de Buenos Aires
onde os homens tomavam o seu vermute. Ele me levou a um local de adultos, e eu
fiquei emocionado. Mas o melhor foi quando voltávamos para casa e ele me pediu
que não contasse isso à minha avó. Ele me fez depositário de seu segredo, e isso
me marcou.
Fonte> http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania
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SEGUE OUTRAS SUGESTÕES DE LEITURAS
Quem é:
Leonardo Posternak é pediatra há 40 anos. Nascido em Buenos Aires, o
médico atua em seu consultório e no Hospital Israelita Albert Einstein. Também
é autor de "E agora, o que fazer? A difícil arte de criar os filhos", e "O direito à
verdade - cartas para uma criança", que ganhou o prêmio Jabuti de Psicologia
de 2003Saiba mais. Saiba mais
O que passa pela cabeça do jovem
Estudo com 14 mil pessoas de seis países sul-americanos revela que a
juventude está mais educada, menos religiosa e mais preocupada com o
mercado de trabalho
Publicado em 26/08/2010 | Paola Carriel
Um estudo divulgado ontem mostra que a atual geração de jovens sul-
americanos é mais escolarizada que as anteriores e que a principal
preocupação da juventude é a entrada no mercado de trabalho. Foram ouvidas
14 mil pessoas no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia, entre
2008 e 2009. Elas opinaram sobre temas polêmicos como homossexualidade,
religião e legalização da maconha. Em geral, o jovem tende a ser mais
progressista que homens e mulheres mais velhos. Os países mais liberais e
menos católicos são Chile e Uruguai. A pesquisa foi realizada pelo Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e Instituto Pólis.
No livro Juventudes Sul-Americanas, que reúne os dados da pesquisa, foi
realizada também um estudo qualitativo com os jovens para saber como e se
eles se mobilizam por causas sociais. Apesar de haver diferenças em relação a
décadas anteriores, os pesquisadores concluíram que garotos e garotas
31
continuam reivindicando seus direitos e desta vez têm na internet uma grande
aliada. São eles o grupo que têm mais acesso ao universo on-line. Em países
como Paraguai, jovens têm acesso cinco vezes maior que adultos.
Quando questionados sobre as principais preocupações em relação ao futuro,
os entrevistados afirmaram que o ingresso no mercado de trabalho vem antes
do ensino superior. Para a pesquisadora do Ibase Patrícia Lânes, isso ocorre
porque os jovens são os mais afetados pelo desemprego. “Quando há um
aumento nesta taxa, o impacto é maior na juventude”, argumenta. “Eles
percebem que a universidade não é um passaporte direto para o mercado de
trabalho”.
O professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Lindomar
Boneti argumenta que os garotos e garotas querem um ensino mais objetivo.
“Eles condicionam o estudo ao mercado de trabalho”. Os cursos técnicos, por
exemplo, acabam sendo uma alternativa para uma parcela da população que
não tem condições de custear uma universidade.
Futuro
Educação precisa melhorar
Adepto do uso crítico dos meios de comunicação como forma de educar, o
educomunicador Flávio Sebastião de Freitas vê na prática a realidade retratada
pelo estudo. Ele trabalha com garotos e garotas que frequentam o programa
Pró-Jovem Urbano, realizado pelo governo federal, no bairro Sítio Cercado, em
Curitiba. Na região pobre da capital, ele ajuda os estudantes a construírem um
futuro melhor. A cada semana temas da atualidade são discutidos, como a
exploração sexual infantil. “Muitos não têm a educação como prioridade. Eles
querem um bom emprego, mas às vezes não se dão conta que um está ligado
ao outro. Faltam referências positivas”.
A experiência de Freitas é comprovada na pesquisa do Ibase. Mesmo que os
jovens de hoje estejam mais escolarizados que a geração anterior, os dados
ficam bem abaixo da média de países europeus.
32
No Brasil, por exemplo, mesmo com o aumento de 16% para 43% de uma
geração para outra, o porcentual não chega a metade dos garotos e garotas.
Os campeões nesse quesito são Argentina e Uruguai, que mesmo assim não
passam de 56%.
Para o vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da
Ordem dos Advogados do Brasil, Ariel de Castro Alves, a oferta do ensino
superior no país é muito baixa, o que desestimula os jovens. “Aqui ainda há
defesa do trabalho infantil, enquanto em países europeus o ingresso no
mercado de trabalho é aos 28 anos”. Alves acredita que a educação é uma das
principais responsáveis por quebrar o ciclo de pobreza existente na América
Latina.
Outro fator que chamou a atenção dos pesquisadores foi a religiosidade. Os
adultos se declaram mais católicos do que as pessoas mais novas. No Uruguai,
onde metade dos adultos segue a Igreja Católica, apenas 38% dos garotos e
garotas o são. Alguns preferiram declarar que acreditam em algo, mas não se
ligam à religião. No Paraguai, ao contrário, o porcentual da nova geração
aumentou.
Políticas
Em relação às políticas públicas para essa faixa etária, os especialistas
afirmam que há áreas estratégicas, mas o investimento global é que fará a
diferença. Isso porque não adianta o país criar, por exemplo, um programa de
saúde só para jovens e deixar o restante da população desassistida. “Iden-
tificamos que setores como trabalho, segurança pública e meio ambiente são
importantes. Mas ainda assim é preciso ações gerais”, diz Patrícia. Já Boneti
acredita que é preciso investir na área da educação, universalizando o acesso
ao ensino superior e cursos técnicos.
Para Araci Asinelli, professora da Universidade Federal do Paraná e
especialista em políticas públicas para jovens, é essencial que os governos
vejam os jovens em sua pluralidade. “Há uma tendência em somente olhar
para a juventude pobre. Mas todos precisam de ações”. Outra questão é
33
dialogar. “Tudo é sempre feito na visão do adulto e esta nem sempre é a
melhor”. Araci argumenta que os garotos e garotas têm os mesmos sonhos dos
adultos. Eles só precisam identificar seus projetos de vida.
A pesquisa foi desenvolvida nos demais países pela Fundación SES
(Argentina), U-Pieb (Bolívia), Cidpa (Chile), Base-IS (Paraguai), Cotidiano
Mujer e Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de la República
(Uruguai).
Mais “liberais” que os adultos em temas como aborto e drogas
A pesquisa Juventudes Sul-Americanas abordou temas controversos como o
aborto e a legalização da maconha. Os dados mostram que pode haver
diferença tanto entre as faixas etárias como entre as nações. No Brasil, por
exemplo, há uma ampla aceitação de professores homossexuais, o que não
ocorre na Bolívia. Por outro lado, quando o assunto é drogas, os adultos
chilenos são mais liberais que os jovens brasileiros. Em relação ao aborto, a
proporção entre as idades é a mesma.
Para a pesquisadora Patrícia Lânes, há mais diferença entre os países do que
entre faixas etárias. Se uma nação é contrária ao aborto, é provável que tanto
jovens como adultos tenham a mesma opinião, embora os primeiros tendam a
ser mais liberais. “Os jovens já foram socializados em um momento histórico
em que algumas questões são colocadas de maneira menos preconceituosa,
como a visibilidade das paradas gays. Há maior abertura”, diz.
Já a participação no movimento estudantil é baixa. Quando se analisa o
porcentual de jovens participantes, o Brasil fica na penúltima posição, com
6,5%, à frente apenas da Argentina, com 5,9%. O campeão é o Paraguai, com
20% dos jovens engajados de alguma forma nas reivindicações estudantis. Em
seguida estão Bolívia, 18%, e Uruguai, 11%.
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Quirerinha cremosa
Aprenda passo a passo a fazer esta delícia interiorana e deixá-la ainda mais
saborosa
21/07/2011 | 00:44 | Gilson Garrett Jr.
A história da quirera de milho com carne de porco tem origem tropeira e até
hoje faz sucesso nas mesas de qualquer família, especialmente nos dias mais
frios. O Bom Gourmet convidou a chef Joy Perine, do restaurante Zea Maïs em
Curitiba, para ensinar o passo a passo de uma receita tradicional e dar dicas de
variações do prato.
O primeiro passo é escolher os ingredientes, começando pela carne. A chef
explica que a suan de porco ou costela defumada são as mais utilizadas. “Não
acredito que há carne de primeira ou segunda, todas podem ser utilizadas
dependendo do bolso de quem faz”, afirma. Ela também lembra que todos os
produtos utilizados devem ser de boa procedência.
Além da quirera de milho convencional, há também a chamada canjiquinha, um
pouco maior em relação à primeira. As duas são basicamente o mesmo
produto, o que muda é o tamanho. “Tanto uma quanto a outra podem ser
utilizadas e atingem igual resultado”, diz.
Outra dica importante é em relação ao caldo de legumes, que segundo Joy,
pode ser preparado de forma artesanal ou comprado pronto. Para dar mais
sabor e facilitar o cozimento, é recomendado acrescentar a quirera ao caldo e
deixar de molho por 20 minutos. Segundo Joy, outros caldos, como o de carne
ou galinha, não devem ser utilizados porque perdem totalmente o sabor
original.
O ponto ideal de cozimento é quando a quirera fica com a textura de polenta,
bem cremosa e com pouco caldo.
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Caso queira deixar seu prato com uma nova cara, a chef ensina que pode
substituir a carne de porco por camarão ou quiabo. Outra possibilidade, é
adicionar 40 ml de vinho branco no momento em que estiver fritando a carne.
Para deixar mais crocante e sentir o sabor dos legumes, ao final do cozimento
da quirera, frite 10 gramas de cada ingrediente da receita, com exceção da
carne, acrescente ao prato e está pronto!
Quirerinha cremosa
21/07/2011 | 00:28
Ingredientes
Confira os produtos necessários para preparar o prato tradicional que serve
duas pessoas e leva pouco mais de uma hora para ficar pronto:
• 250 g de quirera
• 50 g de cebola
• 50 g de cenoura picada
• 50 g de alho poró
• 5 g de alho comum picado
• 5 g de pimenta dedo de moça
• 200 g de costelinha de porco defumada
• 100 ml de azeite de oliva
• 10 g de ciboulette picada
• 500 ml de caldo de legumes
• Sal a gosto
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Segunda Oficina – ANEXO - 2 - Entrevista-
Alunos, alunas,
Falar, não é difícil, mas nem todas as pessoas, conseguem se expressar,
oralmente, em uma plateia.
Nesta oficina vamos conhecer algumas entrevistas, na modalidade oral,
àquelas que usamos no dia a dia e àquelas que precisamos usar com uma
linguagem mais adequada, quando estamos sendo avaliados para ingressar
no mercado de trabalho, ou em qualquer situação do dia em que
casualmente entrevistamos
Atividade 1 – Refletindo sobre seu marketing pessoal
a) Você faz amizade com facilidade?Costuma iniciar a conversa?
b) Já foi entrevistado numa situação formal: para seleção de emprego, na
escola, numa pesquisa de opinião pública (senso, ibope, rádio, TV),
outros?
c) Quando foi entrevistado, sentiu-se a vontade para responder as
perguntas?
d) Com que você mais se preocupa na hora de uma entrevista? Do jeito de
falar ou do que vai responder?
Desde criança questionamos e somos questionados. A
entrevista faz parte do nosso cotidiano e com muita
propriedade circula em diversos contextos da sociedade
exercendo funções diversificadas. Embora com estilo e
propósitos diversos, este gênero textual apresenta estrutura
comum para todos os eventos que se realiza (HOFFNAGEL,
2005)
37
e) Quando uma pessoa vai para uma entrevista de emprego, em sua
opinião, o que é mais importante. Relacione de acordo com o grau de
importância.
( ) Chegar no horário marcado;
( ) chegar com alguns minutos mais cedo;
( ) Se por ventura chegar atrasado, se desculpar gentilmente com
entrevistador;
( ) Estar bem apresentável, vestindo-se adequadamente, sem exageros;
( ) Falar muito sobre suas habilidades profissionais;
( ) Conhecer o perfil da empresa;
( ) Ao responder as perguntas, usando linguagem adequada,
procurando ouvir atentamente as perguntas do entrevistador.
ATIVIDADE- 2 – ANALISANDO A ENTREVISTA
Para esta atividade, uma entrevista com um alpinista Waldemar Niclevicz, o
qual faz uma analogia com escalar uma montanha e uma prática de vendas. .
a) Faça leitura silenciosa do texto que segue;
b) Em grupos com no máximo quatro colegas levante informações que
vocês julgaram importantes para a vida profissional;
Qualquer pessoa, às vezes precisa de planejamento e esforços
mentais para superar os medos, desafiar os limites. E participar de
uma entrevista ou de um ato de fala, dependendo do contexto, em que
estamos inseridos, nem sempre é confortável. Por exemplo, um
cidadão que precisa convencer o entrevistador, que é a pessoa ideal
para trabalhar numa determinada empresa, o que deve fazer?
38
c) Quais foram os argumentos citados, pelo entrevistado, que
convencem as pessoas a ler a entrevista?
d) O tema da entrevista teve o objetivo de atingir qual público?
Explique.
e) O que há em comum entre a profissão do vendedor com a do
montanhista? Explique.
Terceira Atividade
Assista ao vídeo “Como se dar bem numa entrevista”
(http://www.youtube.com/watch?v=8_4yzvx1Mj4)
1) Descreva, oralmente, como este vídeo pode contribuir para a sua
vida profissional.
2) Faça um comentário sobre relação com o tema proposto pela
entrevista de Waldemar Niclevicz e o vídeo.
3) Ao ler a entrevista você percebeu que o entrevistado e o
entrevistador tiveram um comportamento específico. Discuta com seus
colegas sobre qual foi o papel do entrevistado e do entrevistador.
Quarta Atividade
1) Em grupo com até três participantes prepare uma dramatização,
na qual vocês deverão representar uma pessoa jovem, adulto ou
idoso se preparando para ingressar no mercado de trabalho e
precisa vender a sua imagem, tanto pessoal como profissional.
2) Após a apresentação do grupo o restante da turma deve comentar
sobre o desempenho da equipe.
a) Postura
b) Uso da linguagem (formal ou informal)
c) Expressão corporal
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d) Dicção
e) Entonação da voz
Quinta Atividade
1) Participe da discussão na modalidade oral, com seus colegas e
professor (a) relacionando alguns tipos de entrevistas, que estão no dia
a dia das pessoas, descrevendo a finalidade e a que público se destina.
2) Planeje sua entrevista e seu currículo.
3) O Portfólio é um instrumento rico para comprovar suas qualidades
profissionais na hora de ingressar no mercado de trabalho. Para isso é
importante formar uma pasta com: a) Certificado de cursos; b) Fotos de
participações importantes como: (atividades voluntárias, participação de
eventos); c) Recortes de jornais, em que você obteve alguma
premiação ou participou de algum evento;
COM A PALAVRA
por Redação VendaMais
Encontre sua montanha e se prepare para a escalada!
Waldemar Niclevicz é alpinista profissional e já escalou as maiores e
mais difíceis montanhas do mundo. Para que sua escalada seja um sucesso,
ele está em constante treinamento e valoriza muito o trabalho de preparação
para enfrentar desafios.
Subir montanhas pode ser mais difícil que se imagina, quando não há
preparação e treinamento. Entretanto, a montanha não precisa ser de rocha ou
de gelo, ela pode ser uma venda complicada de fechar, uma negociação que
não tem fim ou um cliente cheio de objeções. Nesta entrevista, concedida com
exclusividade para a Motivação, Niclevicz conta um pouco sobre sua carreira e
dá dicas para os vendedores que desejam escalar suas montanhas.
Quando surgiu a vontade de ser alpinista?
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● Foi naturalmente, nasci em Foz do Iguaçu, PR, e passei a infância em uma
chácara, convivendo com a natureza. Quando fui para Curitiba, morava em
uma casa cercada por um muro alto e eu me sentia dentro de uma prisão. Aos
15 anos, peguei um trem e viajei para a Serra do Mar do Paraná. Desci na
estação do Marumby e reencontrei a natureza que tanto gostava. Eu acabei me
surpreendendo com as montanhas. E a primeira coisa que pensei foi: “Será
que eu consigo chegar lá em cima?”. Na semana seguinte, eu já estava lá
novamente, só que tentando chegar ao topo, mas não consegui porque
encontrei uma cobra no meio do caminho, estava sozinho e morrendo de
medo.
Assim como alguns vendedores, você precisa definir rotas para
desenvolver seu trabalho. Como você escolhe a melhor rota?
● É preciso fazer um planejamento. No meu caso, é feito um grande trabalho
de pesquisa antes de começar uma escalada. Eu preciso saber de vários
dados da montanha, além de traçar um perfil detalhado do objetivo que quero
atingir e de tudo o que pode acontecer no percurso. Quanto melhor for o
planejamento, maior será a chance de sucesso – isso é lógico e vale para
qualquer coisa na vida.
Para que possa escalar, você precisa do patrocínio de empresas. Como
você as convence de que sua escalada pode ser lucrativa para elas?
●Isso não é fácil. Preciso ter uma visão comercial do meu produto, que é a
minha expedição. Eu realmente tenho de ser um pouco vendedor para
convencer as empresas. Eu preciso entender o que é o produto, além de
formatar a expedição como sendo um produto que venderei para os
patrocinadores. É necessário um embasamento comercial, um plano de
comercialização, é preciso justificar o custo–benefício, pois o patrocínio é um
investimento e o patrocinado é um “prestador de serviços”, ou seja, ninguém
me dará dinheiro para eu sair por aí viajando ou tirar férias remuneradas.
Alguém vai investir no meu projeto e vai esperar um retorno comercial em
troca.
Muitos vendedores temem não fechar uma venda – o fechamento pode
ser considerado o topo da montanha escalada pelos vendedores. E você,
teme não chegar ao topo?
● Eu não tenho medo de não conseguir porque isso faz parte de toda escalada.
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Nem sempre a gente chega ao topo de uma montanha. Em várias ocasiões, fui
obrigado a retroceder, mas não tenho medo de não conseguir alcançar o cume
porque estou preparado para esse tipo de acontecimento. Acho que as
pessoas, independentemente do que fazem, devem estar preparadas para
qualquer coisa. É por isso que valorizo tanto o treinamento, pois quando a
pessoa está treinada, preparada e tem um planejamento entende melhor
qualquer coisa que possa aparecer durante a subida.
O que o motiva para terminar uma escalada e já pensar na próxima?
● Você já imaginou terminar uma escalada e não ter outra montanha para
subir? Existem infinitas montanhas comparadas com a nossa breve vida aqui
na terra, e cada montanha é uma descoberta e cada descoberta é um prazer
imenso. Eu gosto de escalar pontos diferentes. Eu gosto de ir a um lugar e,
depois, virar a bússola para o lado oposto e ir para outro completamente
diferente.
Além da dificuldade da escalada, o que interfere na hora da escolha da
próxima montanha?
● Gosto de adquirir novos conhecimentos, conhecer outros lugares e tudo isso
baseado em uma montanha. Procuro definir os meus objetivos dessa forma,
pois não consigo ficar muito tempo parado. Por mais dolorosa que a
experiência e a escalada sejam, após alguns dias, começo a pensar e definir
qual vai ser a próxima. Conta a beleza, a dificuldade, a história... Várias coisas.
Os vendedores escalam montanhas diariamente para vender o seu
produto ou serviço. Através dessa analogia, quais são as suas dicas para
que os vendedores também consigam atingir o topo de suas montanhas?
– Descubra qual é a sua montanha e aonde você quer chegar.
– Se prepare para essa “escalada”. Faça uma pesquisa sobre o ambiente em
que vai atuar, sobre o perfil do seu cliente, estude o seu produto e conheça
bem as qualidades dele – o que ele pode oferecer de vantagem para seu
cliente ou seu futuro cliente.
– Sonhe! O meu produto são as montanhas, é o meu sonho de escalar as
montanhas. Então, sou um vendedor de sonhos e um sonho é um
encantamento por aquilo que você faz. Você deve encantar as pessoas por
aquilo que faz para convencê-las a acreditarem e sonharem, também, os seus
próprios sonhos. Acredite na realização dos seus sonhos e busque a realização
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deles – através de planejamento, treinamento e capacitação.
– A altura que você atingirá na sua montanha vai depender de você e das suas
atitudes. Quanto mais você fizer, mais alto chegará. Se ficar sentado, você não
vai sair do lugar, não vai chegar ao cume e nunca sentirá a sensação
maravilhosa de uma verdadeira conquista.
Sugestão de outras leituras
Para saber mais Título: Um Sonho Chamado K2
Autor: Waldemar Niclevicz
Editora: Record
Visite o site: www.niclevicz.com.br
matéria incluída em: 03/12/2007
TERCEIRA OFICINA – ANEXO - 3- Reunião
Se você já participou de alguma reunião, na empresa, onde trabalha, de
negócio na escola de seu filho, associação de moradores, de algum movimento
estudantil entre outros e ao voltar para casa disse que foi só perder tempo, está
equivocado. Assim como a entrevista, a reunião é um gênero textual em que a
comunicação acontece na oralidade. Podemos considerar que embora, haja
momentos de conflitos, é momento em que muitas decisões são tomadas
podem solucionar o problema de uma comunidade, de uma nação.
Primeira Atividade:
Analise a foto que segue. Forme uma equipe com no máximo quatro alunos
para simular uma discussão sobre reunião do grupo de policiais.
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Galeria de Charlye Bravo - COPOM
Reflexão e avaliação sobre a reunião:
a) Houve tempo hábil para a equipe ou do representante preparar a
reunião? Explique:
b) Será que o grupo da foto também teve tempo para preparar a pauta da
reunião? Explique.
c) Houve alguma divergência de opinião no grupo? Qual foi a estratégia
usada para que o grupo chegasse num consenso?
Atividade 2
Caro aluno (a)
É o momento de você preparar uma reunião. O professor já lhe entregou
um tema para preparar com seus colegas uma reunião.
Faça uma pesquisa de campo e observe como acontecem as reuniões.
Nos sites da internet estão disponibilizadas algumas sugestões de
leituras, como “Etiqueta Empresarial”, “Como o organizar uma reunião” que
servirão de apoio para você realizar esta atividade.
Orientações importantes para organizar a reunião
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a) Elaborem pauta (lista) planejando os tópicos que serão discutidos na
reunião;
b) Pensem sobre objetivo e a necessidade da reunião e a quem se
destina;
c) O tempo é precioso, seu professor lhe orientará sobre o tempo
máximo que sua equipe terá para preparar e apresentar a reunião.
Quarta oficina – ANEXO - 4 - Exposição de Projeto
Caros alunos.
O objetivo desta oficina é orientá-los para a elaboração de um projeto
simples em duas laudas (folhas) para solucionar os problemas levantados
durante a oficina Reunião.
Nesta oficina, em grupo com até três membros esquematizem sobre:
a) O principal problema que foi abordado, durante a reunião, sobre o
tema pesquisado;
b) Justificar porque será abordado o assunto no projeto;
c) Objetivo: Explicar como se pretende resolver o problema;
d) Ler algum texto que aborde sobre o assunto do projeto que
fundamente sua opinião sobre o tema que você pretende
desenvolver;
e) Dê um título para o seu projeto.
Como será apresentado
a) Se possível use o laboratório de informática da sua escola e auxiliado
por seus (suas) professores (as) faça um “Power Point” com o
resumo dos tópicos principais do seu projeto.
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b) Preparem uma fala de aproximadamente de cinco minutos, todos da
equipe devem participar da apresentação.
c) Evite o uso da linguagem informal
Quinta Oficina – PALESTRA
Nesta oficina, assista a uma palestra interessante sugerida por seu
professor e analise-a sobre:
a) Desenvoltura do palestrante e domínio do assunto;
b) As expressões faciais e corporais;
c) O uso da linguagem: formal ou próxima do formal.
d) Entonação de voz e dicção