Fisiologia Humana 4 - Tecido Muscular

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TECIDO MUSCULAR

MSc LORENA ALMEIDA DE MELO

INTRODUÇÃO

� 40% - músculo esquelético e 10% - músculo liso e cardíaco.

� Tecido muscular – ½ do peso total do corpo;

MSc Lorena Almeida de Melo

Tipos de Tecido Muscular

� Tecido muscular esquelético� Mover os ossos do esqueleto;� Estriado (faixas claras e escuras);� Voluntário (neurônios - SNS).

� Tecido muscular cardíaco� Parede das câmeras cardíacas;� Estriado;� Involuntário (marcapasso – contração - SNA).

� Tecido muscular liso� Estruturas ocas internas (vasos sangüíneos, vias aéreas);� Não estriado;� Involuntário (SNA). MSc Lorena Almeida de Melo

Tipos de Tecido Muscular

MSc Lorena Almeida de Melo

Anatomia Fisiológica do Músculo Esquelético – A Fibra Muscular Esquelética

� Epimísio: membrana que envolve o músculo;

� Perimísio: membrana que envolve o fascículo muscular;

� Endomísio: membrana que envolve a fibra muscular.

MSc Lorena Almeida de Melo

Anatomia Fisiológica do Músculo Esquelético – A Fibra Muscular Esquelética

MSc Lorena Almeida de Melo

Estrutura Interna da Membrana Muscular Celular

� Sarcolema� Membrana plasmática da fibra muscular;

� Túbulos T (transversos)� Invaginação da membrana da fibra muscular;� Local de propagação dos potenciais de ação;� Fazem contato com as cisternas do retículo

sarcoplasmático.

� Retículo sarcoplasmático� Local de armazenamento e liberação de cálcio;� No RS o cálcio se fixa a calsequestrina.

MSc Lorena Almeida de Melo

Estrutura Interna da Membrana Muscular Celular

� Tríade� Túbulo T + 2 cisternas laterais – fazem parte do

retículo sarcoplasmático;

� Sarcômeros� Porção da miofibrila localizado entre dois discos Z

sucessivos.

MSc Lorena Almeida de Melo

Estrutura Interna da Membrana Muscular Celular

MSc Lorena Almeida de Melo

Estrutura Interna da Membrana Muscular Celular

MSc Lorena Almeida de Melo

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

MSc Lorena Almeida de Melo

� Faixa A – situada no centro do sarcômero. São escuras e pode ocorrer sobreposição entre os filamentos;

� Faixa I – situadas a cada lado da faixa A. São claras e apresentam apenas filamentos finos;

� Zona H – situada no centro do sarcômero. Contém apenas filamentos grossos;

� Linha M – divide a zona H ao meioMSc Lorena Almeida de Melo

FILAMENTO GROSSOMIOSINA

� Proteína que forma os filamentos espessos.

� Duas cadeias protéicas (pesada) – entrelaçam -cauda.

� Um par de cabeças (leve)

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FILAMENTO GROSSOMIOSINA

� Cabeça

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- Sítio fixador da actina- Hidrólise do ATP

FILAMENTO FINOACTINA

� São formados por 3 proteínas: actina, tropomiosina e troponina;

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Actina Tropomiosina Troponinas

FILAMENTO FINOACTINA

� ACTINA� Possui um sítio fixador para a miosina;

� Durante o repouso – coberto por tropomiosina.

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FILAMENTO FINOTROPOMIOSINA

� TROPOMIOSINA

� Entrelaçada ao longo do filamento de actina;

� Função – bloquear a interação actina-miosina;

� Contração - deslocada de cima do sítio de fixação da actina.

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FILAMENTO FINOTROPONINAS

� TROPONINAS� Troponina T – fixa o complexo troponina à

tropomiosina;

� Troponina I – junto com a tropomiosina inibe a interação actina-miosina;

� Troponina C – fixa o cálcio/gera contração muscular.

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NEURÔNIOCÉLULA NERVOSA

� A unidade funcional do sistema nervoso;

� Divisão� Corpo celular - Contém o núcleo -regula a homeostase do neurônio.

� Dendritos - recepção da informação de outros neurônios;

� Axônio – fibra nervosa; transmite a mensagem elétrica do corpo celular em direção a outro neurônio ou a um órgão efetor (músculo);

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NEURÔNIOCÉLULA NERVOSA

� CÉLULAS DE SCHWANN - revestem as fibras nervosas grandes;

� BAINHA DE MIELINA;

� NÓDULOS DE RANVIER - intervalos entre os segmentos da bainha de mielina;

� O potencial de ação salta de um nódulo ao nódulo seguinte quando ele percorre uma fibra mielinizada (condução saltatória) - condução rápida;

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ARCO REFLEXO

Um arco reflexo éa via nervosa do

receptor ao SNC e do SNC

de volta ao órgão efetor através da

via motora.

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JUNÇÃO NEUROMUSCULARESTRUTURAS

MSc Lorena Almeida de Melo

JUNÇÃO NEUROMUSCULARREPOUSO

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JUNÇÃO NEUROMUSCULARPOTENCIAL DE AÇÃO

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JUNÇÃO NEUROMUSCULARENTRADA DO CÁLCIO

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FUSÃO DAS VESÍCULAS SINÁPTICAS

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JUNÇÃO NEUROMUSCULARLIBERAÇÃO ACh+SAÍDA DO CA+2

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JUNÇÃO NEUROMUSCULARAÇÃO DA ACETILCOLINESTERASE

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JUNÇÃO NEUROMUSCULARREPOUSO

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ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Energia para a contraçãoo Antes que a contração comece as cabeças das

pontes cruzadas (miosina) fixam o ATP;

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ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Atividade ATPásicao Cabeça da miosina cliva o ATP → ADP+Pi

o Antes que a contração comece as cabeças das pontes cruzadas (miosina) fixam o ATP;

MSc Lorena Almeida de Melo

ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Estímulo do neurônioo Propagação do

potencial de ação –túbulos T

o Liberação dos íons cálcio que estavam armazenados no retículo sarcoplasmático;

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ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Fixação do cálcio e alteração conformacional

o Íons cálcio se liga à troponina C.

o Alteração conformacional (deslocamento da molécula de tropomiosina).

MSc Lorena Almeida de Melo

ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Fixação da miosina

o Sítios ativos no filamento de actinadescobertos pelo complexo troponina-tropomiosina –fixação da miosina.

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ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Uso da energia

o Transformação de energia química (Pi) em energia mecânica (contração);

o Liberação de ADP e Pi

MSc Lorena Almeida de Melo

ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Energia

o Nova molécula de ATP se encaixa o que fará a cabeça se soltar da actina.

o Cabeça da miosina se solta da actina

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ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Energia

o Uma nova molécula de ATP é clivada

o Início de um novo ciclo

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ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO

� Bomba de cálcio

o Transporte de cálcio do citosol para o interior do RS.

o Ação da calseqüestrina (proteína fixadora de cálcio).

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1-

3-

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SISTEMAS METABÓLICOS DO MÚSCULO

� ATP→ ADP+Pi� ATP presente no músculo – 3 segundos de potência

muscular.

� SISTEMA DO ATP-CP (FOSFAGÊNIO)

o A fosfocreatina (CP), como o ATP, é armazenada nas fibras musculares (2 a 4 vezes mais que ATP).

o PC → Creatina cinase (CK) → P+C+energia+energia+ADP+Pi

→ ATPo CP+ATP muscular – potência muscular máxima e

breve.

MSc Lorena Almeida de Melo

SISTEMAS METABÓLICOS DO MÚSCULO

� SISTEMA GLICOGÊNIO – ÁCIDO LÁTICO (GlicóliseAnaeróbica)

o Todos os carboidratos são transformados em glicose –usada imediatamente ou armazenada – no fígado ou no músculo – glicogênio.

o A molécula de glicose é decomposta em duas moléculas de ácido pirúvico – liberação de energia – 4 moléculas de ATP.

o Ausencia de oxigenio – ácido pirúvico – ácido lático –celulas musculares – sangue e LEC

o Período curto a moderado de contração muscular.

o 1,3 a 1,6 minutos de atividade muscular máxima.

MSc Lorena Almeida de Melo

SISTEMAS METABÓLICOS DO MÚSCULO

� Sistema Aeróbico

o Utiliza a oxidação de substâncias nutrientes na mitocôndria para fornecer energia.

o Glicose, ácidos graxos e aminoácidos –combinação com o oxigênio – liberando energia

o Mais de 95% de toda a energia usada pelos músculos para a contração prolongada.

o Tempo de contração – ilimitado (duração dos nutrientes).

MSc Lorena Almeida de Melo

TIPOS DE CONTRAÇÃO

� CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA

o Extremidades dos músculos em posição fixa.

o Ausência de encurtamento.

o Não gera trabalho mecânico efetivo.

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TIPOS DE CONTRAÇÃO

� CONTRAÇÃO ISOTÔNICA

o Uma das extremidades – fixa – alteração no comprimento do músculo.

o Tipos

� Concêntrica: concordância entre a direção do encurtamento e o movimento da carga.

� Excêntrica: sentido da contração oposto ao do movimento da carga

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TIPOS DE CONTRAÇÃO

� CONTRAÇÃO ISOCINÉTICA

o Aparelhos que determinam:

o Velocidade do movimento.

o Adaptam a resistência (tensão máxima para cada ângulo)

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CONTRAÇÃO MUSCULAR - PRINCÍPIOS

� � Curva de Comprimento-Tensão (Força)

� Força Total Produzida Nº Pontes Transversas de Miosina � Actina � Comprimento Ótimo do Sarcômero.

� Abaixo: Sobreposição dos filamentos de actina

� Acima: Não formação de pontes cruzadas

� Resultado: Prod. de Força Ineficiente

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MÚSCULO LISO

� Não possui estriações.

� Os filamentos finos e grossos não estão organizados em sarcômeros – corpos densos.

� É encontrado no trato gastrointestinal, bexiga, útero, vasos sangüíneos, ureteres, bronquíolos.

� Funções: motilidade e manutenção da tensão (vasos sangüíneos .

TIPOS DE MÚSCULOS LISOS

� Músculo Liso Unitário� Encontrado no trato gastrointestinal, bexiga, útero,

ureteres;

� Fibras musculares agregadas - suas células estão conectadas entre si por junções abertas (fácil difusão dos íons).

� Contração coordenada de todo órgão (sincício).

� Músculo Liso Multiunitário� Encontrado na íris, músculo ciliar, cristalino;

� Fibras musculares lisas individualizadas – fibra independente;

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TIPOS DE MÚSCULOS LISOS

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PROCESSO CONTRÁTIL DO MÚSCULO LISO

� BASE QUÍMICA DA CONTRAÇÃO� Presença dos filamentos de actina e miosina –

características semelhantes (não idênticas).� Ativação do processo contrátil: Íons Cálcio e

Hidrólise da ATP - fornecimento de energia.

� BASE FÍSICA DA CONTRAÇÃO� Filamentos de actina presos a corpos densos� Corpos densos interligados - pontes protéicas

intercelulares – transmissão de força;� Filamentos de miosina apresentam-se intercalados

entre os filamentos de actinaMSc Lorena Almeida de Melo

COMPARAÇÃO DAS CONTRAÇÕES DOS MÚSCULOS LISO E ESQUELÉTICO

� Ciclo lento das pontes cruzadaso Pontes cruzadas permanecem fixadas ao filamento de

actina por longo tempo – força de contração;o Cabeças das pontes cruzadas – baixa atividade

ATPásica – lentidão na degradação do ATP.

� Energia necessária para manter a contração do músculo lisoo Baixa velocidade dos ciclos de fixação das pontes

cruzadas;o Uma molécula de ATP/ciclo.

� Lentidão do início da contração ou do relaxamentoo Contração 50 a 100 milisegundos após ser excitado;o Lentidão da fixação e da liberação das pontes cruzadas;

COMPARAÇÃO DAS CONTRAÇÕES DOS MÚSCULOS LISO E ESQUELÉTICO

� Força de contração muscularo Poucos filamentos de miosina e lento tempo de ciclo das

pontes cruzadas;o Longo período de fixação das pontes cruzadas da miosina aos

filamentos de actina.

� Encurtamento percentual do músculo liso –contraçãoo Grande capacidade de encurtamento durante a contração;

� Mecanismo de trancao Contração – Relaxamento – mantém uma contração tônica

prolongada – pouco consumo de energia.o Fixação prolongada das pontes cruzadas da miosina aos

filamentos de actina.

MSc Lorena Almeida de Melo

PROCESSO CONTRÁTILMÚSCULO LISO

� Fator desencadeador – aumento dos íons cálcio intracelular;

� Ausência de troponina (proteína ativada pelos íons cálcio – contração do músculo esquelético);

� Presença da calmodulina (proteína reguladora) –desencadeia a contração ao ativar as pontes cruzadas de

MSc Lorena Almeida de Melo

PROCESSO CONTRÁTILSEQÜÊNCIA DE EVENTOS

� Cabeça da miosina não está fosforilada – ciclo fixação-liberação da cabeça de miosina com a actina não pode ocorrer;

� Os íons cálcio se fixam à calmodulina;

� Combinação cálcio-calmodulina – ativação da miosinaquinase (enzima fosforilativa);

� Cabeça de miosina é fosforilada pela miosinaquinase;

� Cabeça da miosina fosforilada – fixação da miosina na actina e prossegue todo o ciclo da mesma forma do músculo esquelético.

MSc Lorena Almeida de Melo

PROCESSO CONTRÁTILSEQÜÊNCIA DE EVENTOS

� Cessação da contração

o Redução da concentração dos íons cálcio;

o Ação da enzima miosina fosfatase – cliva o fosfato da cadeia reguladora;

o Cessam os ciclos e termina a contração.

MSc Lorena Almeida de Melo

Controle Neural e Hormonal da Contração do Músculo Liso

� Estímulo para contração do músculo liso

� Sinais neurais, estimulação hormonal, estiramento do músculo.

� Presença de proteínas receptoras (contração e inibição).

MSc Lorena Almeida de Melo

Junções Neuromusculares do Músculo Liso

� Fibras nervosas autonômicas – se ramificam sobre uma camada de fibras musculares lisas.

� Ausência de contato direto das fibras nervosas com as fibras musculares lisas – formam as junções difusas – secretam substâncias transmissoras.

� Os axônios não apresentam botões terminais

� Ausência de placa motora presença de varicosidades contendo vesículas.

� Acetilcolina ou norepinefrina – excitam e inibem o músculo liso – proteína receptora.

Junções Neuromusculares do Músculo Liso

Junções Neuromusculares do Músculo Liso

� Acetilcolina e Norepinefrina

� Excitam ou inibem o músculo liso.

� Proteína receptora excitatória e inibitória.

� Tipo de receptor que determina se o músculo liso seráinibido ou excitado.

� Efeitos hormonais sobre a contração do músculo liso

� Norepinefrina, epinefrina, acetilcolina, angiotensina, vasopressina, ocitocina, serotonina e histamina;

� Um hormônio produz contração do músculo liso quando a membrana celular desse músculo contém receptores excitatórios para o hormônio respectivo; e causa inibição quando a membrana tem receptores inibitórios.