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FITOSSANIDADE DO CAFEEIROFITONEMATÓIDES, INSETOS E ÁCAROS-

PRAGA

Rodrigo José Sorgatto

Plantas EstimulantesProf. Dr. José Laércio Favarin

14 de maio de 2012.

ROTEIRO

1. Agradecimentos

2. Conceituação científica

3. Insetos-praga do cafeeiro

4. Ácaros-praga do cafeeiro

5. Principais espécies de fitonematóides

de importância agrícola

6. Considerações finais

AGRADECIMENTOS

- Professor José Laércio Favarin

- Doutoranda Ana Paula Neto-Crédito de fotos

- 1) Status “praga”

CONCEITUAÇÃO CIENTÍFICA

- 1) Status “praga”

CONCEITUAÇÃO CIENTÍFICA

- 2) Insetos e ácaros-praga

Foto: USDA

-Número de gerações

- Número de descendentes (progênie produzida)

-Tipo de reprodução (sexuada, partenogenética, etc.)

- Capacidade de dispersão

- Hábito alimentar (polifagia e monofagia)

- Comportamento em geral (fases de desenvolvimento, alimentação, reprodução...)

- 3) Bioecologia de insetos e ácaros-praga

- 3) Bioecologia de insetos e ácaros-praga-Número de gerações

- Número de descendentes (progênie produzida)

-Tipo de reprodução (sexuada, partenogenética, etc.)

- Capacidade de dispersão

- Hábito alimentar (polifagia e monofagia)

- Comportamento em geral (fases de desenvolvimento, alimentação, reprodução...)

GT Café DEXTRU/CATI

INSETOS-PRAGA DO CAFEEIRO

Broca-do-café - Hypothenemus hampei (Ferrari,1867) (Coleoptera: Scolytidae)

Peggy Greb - USDA

Bioecologia da espécie

Exótica e polífaga

Relação sexual de 1 macho para

cada 10 fêmeas;

Longevidade da fêmea de 156 dias

Cada fêmea põe de 31 a 119 ovos

As larvas nascem de 4 a 10 dias

após a postura

Período larval de 14 dias em

média

Período ovo-adulto – 27 a 30 dias

Período pupal de 7 dias

Até 7 gerações por ano

Machos não voam – asas

rudimentares;

Prejuízos

Ataca os frutos do cafeeiro,desde verdes até maduros(cerejas) ou secos

Infestações a partir de outubro

Fatores que influenciam na infestação da broca

Clima– Chuvas prolongadas na colheita– Altas temperaturas

19ºC: 63 dias22ºC: 32 dias27ºC: 21 dias

– Umidade relativa do arInverno seco com baixa umidade: desfavorávelInverno úmido com alta umidade: favorável

– Frutos com umidade inferior a 12-13%, broca nãocoloca ovos

Importância da varrição

Fatores que influenciam na infestação da broca

Colheita – método cultural de controle dapraga

Amostragem, nível de dano e controle

- Amostragem em 50 plantas do talhão – 100 frutos por

planta (cada face) - Outubro

- Infestação superior ou igual a 5% - tática de controle

- Métodos de controle

- Químico – dificuldade de emprego da tática

- Cultural

- Agentes de controle biológico

Amostragem, nível de dano e controle

- Amostragem em 50 plantas do talhão – 100 frutos por

planta (cada face) - Outubro

- Infestação superior ou igual a 5% - tática de controle

- Métodos de controle

- Químico – dificuldade de emprego da tática

- Cultural

- Agentes de controle biológicoCompatibilidade /

associação de táticas

Inseticidas novos

Bicho-mineiro - Leucoptera coffeella (Guérin-Menéville, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae)

Bioecologia da espécie

Exótica e monófaga

Microlepidóptero (6,5 mm

de envergadura)

Hábito crepuscular

Ovo: dura de 5 a 21 dias. Colocado na

parte adaxial da folha

Lagarta: dura de 9 a 40 dias. Cada ovo

dá origem a uma lesão

Crisálida: dura de 5 a 26 dias. A lagarta

desce por um fio de seda e encrisalida-

se nas folhas do terço inferior, ficando

protegida por um casulo de fios de seda

na forma de “X”

Adulto: Oviposita até 60 ovos

Número de gerações anuais de 8 a 12

Ciclo completo varia de 19 a 87 dias

Adulto: Oviposita até 60 ovos

Número de gerações anuais de 8 a 12

Ciclo completo varia de 19 a 87 dias

Paulo Rabello Reis

Danos e prejuízos

Ataca as folhas do cafeeiroReduz a área fotossintética da culturaHábito minador na folha

Queda das folhas atacadas: produção de etilenoDesfolhaPrejuízos à formação dos frutos

época seca a síntese do etileno é máxima + ataque bichomineiro + síntese de etileno grande queda de folhas

Dados biológicos de L. coffeella em diferentes temperaturas

Temperatura

Pré-oviposição

Período de incubação

Fase larval

Fase pupal

Ciclo total (ovo -adulto)

Númerode ovos/fêmea

---------------------------- dias ----------------------------20 3,2 9,8 20,5 14 44,3 1027 1,2 4,6 9,5 5,5 19,6 6130 1,3 4,0 9,5 4,4 17,9 1035 - 3,8 3,6 3,6 17,5 -

Parra (1985)

Número de gerações

ataques mais severos em baixa umidade relativa do ar:espaçamentos maiores

chuvas mal distribuídas

Amostragem, nível de dano e métodos de controle

Presença de lagartas vivas em 100 folhas do cafeeiro

Nível de controle: 40% no período seco e 20% no

período chuvoso

Amostragem, nível de dano e métodos de controle

Métodos de controle

Importância controle biológico (conservação)

Impactos do uso de cúpricos no CB

Cultural: ervas daninhas

Resistência de plantas

Químico: inúmeros grupos químicos de inseticidas são

efetivos em aplicação foliar e no solo.

CIGARRASQuesada gigas (Oliv., 1790)

Dorisiana drewseni (Stal., 1854)

D. viridis (Oliv., 1790)

Fidicinoides pronoe (Walker, 1850)

Carineta fasciculata (Germar, 1830)

C. spoliata (Walker, 1958)

C. Matura (Distant, 1892) (Hemiptera: Cicadidae)

Quesada gigas

Fedicina mannifera

Fidicinoides pronoe

Martinellli (fotos a, c, e)Maccagnan (fotos b, d, f)

Fidicinoidespronoe

Dorisianadrewsen

Dorisianaviridis

Fotos: Livro Entomologia Agrícola – Volume 10 – ESALQ

Carinetafasciculata

Bioecologia das espécies

Fêmeas depositam ovos nosramos valhos dos cafeeiros(postura endofítica)

Após eclosão as ninfasdescem, penetram no solo,localizando-se nas raízesentre 20 a 50 cm deprofundidade

Ninfas móveis sugam a seivadas raízes

Podem ser encontradas até 1metro de profundidade

Fotos: GT Café DEXTRU/CATI

Bioecologia das espécies

Relatos de ninfas de 1 a 17 anosnessa fase

Deixam a exúvia no troncoEmergência de adultos inicia em

setembro-outubro (Q. gigas, F.pronoe e D. viridis), dezembro(D. drewseni) e fevereiro (C.matura, C spoliata e C.fasciculata)

Fotos: GT Café DEXTRU/CATI

Prejuízos e danos

A sucção da seiva nas raízes provoca um

definhamento progressivo do cafeeiro, com desfolha,

seca dos ramos (confundido com deficiências

nutricionais)

Sintomas mais acentuados nas épocas de déficit

hídrico

Pode ser encontradas de 240 a 370 ninfas por cova

Fotos: GT Café DEXTRU/CATI

Amostragem, nível de danos e métodos de controle

Abertura de trincheirasControle químicoArmadilhas sonoras – atração de fêmeas

Cochonilhas

Coccus viridis (Green, 1889) – cochonilha-verde

Saissetia coffeae (Walker, 1852) – cochonilha-parda

Planococcus citri (Risso, 1813) – cochonilha-branca

Pinnaspis aspidistrae (Sign., 1869) – cochonilha-farinha

Dysmicoccus cryptus (Hempel, 1918) – cochonilha-da-raiz

(Hemiptera: Pseudococcidae

Bioecologia das espéciesCATI, 1979

Possuem tamanho reduzido

Reprodução partenogenética e

sexuada

Polifagia

Dysmicoccus cryptus

- Ovo – 3 ínstares – fase adulta (pré-oviposição,

crescimento, oviposição e pós-oviposição)

- Até 5 ciclos em um ano

- 81 a 121 dias de período ovo-adulto (conta com a

longevidade do adulto)

- Formam nodosidades e sugam a seiva das raízes

- Injeção de toxinas

- Interação com fungos do gênero Bornetia

Paulo Rabello Reis

Amostragem, nível de dano e métodos de controle

- Monitoramento na área

- Não há níveis de danos definidos

- Métodos de controle

- Cochonilhas parte áerea da planta: controle em

reboleiras e com alto volume de calda

- Cochonilha-da-raiz: inspeção de plantas e uso de

inseticidas via solo (dissulfotom)

LAGARTAS DESFOLHADORAS

Eacles imperialis magnifica Walk, 1856 (Lepidoptera:

Saturniidae)

Entomologia Agrícola – 2002

Lonomia circumstans (Walker, 1855) (Lepidoptera:

Saturniidae)

Entomologia Agrícola – 2002

- Ocorrência de surtos dessas espécies

ÁCAROS-PRAGA DO CAFEEIRO

Ácaro-branco - Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904)

Ácaro-da-leprose - Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939)

Ácaro-vermelho-do-cafeeiro - Oligonychus ilicis (McGregor,

1919)

Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904)

- Ataca brotos novos e condições de umidade favorecem a

ocorrência

Brevipalpus phoenicis (Geijskes, 1939)

- Tem importância como vetor da doença “mancha anular”

(queda das folhas na saia)

Oligonychus ilicis (McGregor, 1919)

- Causam bronzeamento de folhas. Problemas maiores em

anos mais quentes que o normal

EPAMIG

Características bioecológicas gerais dos

ácaros-praga

- Polifagia bastante acentuada

- O uso de fungicidas cúpricos e piretróides causa

explosões populacionais dos ácaros

- Geralmente encontram-se os danos e de difícil visão a

olho nu (uso de lupa para reconhecimento)

Nematóides das galhas

Meloidogyne coffeicola

M. paranaensis

M. incognita

M. goeldii

M. exigua

Nematóides das lesões

Pratylenchus coffea

PRINCIPAIS ESPÉCIES DE FITONEMATÓIDES DE

IMPORTÂNCIA AGRÍCOLA

www.cenicafe.org

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Necessidade de informações mais precisas e atuais a

respeito da bioecologia de insetos e ácaros-praga sob

condições de laboratório e campo

Controle biológico

Controle químico

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Necessidade de informações mais precisas e atuais a

respeito da bioecologia de insetos e ácaros-praga sob

condições de laboratório e campo

Controle biológico

Controle químico

Controle biológico – situação atual

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Necessidade de informações mais precisas e atuais a

respeito da bioecologia de insetos e ácaros-praga sob

condições de laboratório e campo

Controle biológico

Controle químico

Controle biológico – situação atual

Controle químico – retirada de produtos do mercado,

proibição de modalidades de aplicação

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Necessidade de informações mais precisas e atuais a

respeito da bioecologia de insetos e ácaros-praga sob

condições de laboratório e campo

Controle biológico

Controle químico

Controle biológico – situação atual

Controle químico – retirada de produtos do mercado,

proibição de modalidades de aplicação

Maior profissionalização da cultura trará aumento dos

problemas fitossanitários em geral

Obrigado!

Rodrigo Josérodrigosorgatto@hotmail.com