Glêicy Leny B. dos Santos Ouvido externo - Ouvido médio - Ouvido interno 1) Canal auditivo 2)...

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DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Glêicy Leny B. dos Santos

Ouvido externo - Ouvido médio - Ouvido interno1) Canal auditivo 2) Tímpano 3) Martelo 4) Bigorna 5) Estribo 6) Janela oval 7) Tromba de Eustáquio 8) Cóclea 9) Nervo auditivo

Ouvido externo

O ouvido externo é formado de uma concha de cartilagem flexível e pele, ligada às partes laterais da cabeça conduzindo a um canal que se dirige para dentro. O ouvido externo funciona como um tubo de audição, isto é, ele recolhe e concentra ondas sonoras, conduzindo-as, depois, para que atinjam o tímpano.

Ouvido médio

No interior do ouvido médio há uma cadeia de três pequeninos ossos. O mais externo, chamado martelo, está encostado no tímpano. O martelo se articula a um outro osso chamado bigorna. Este, por sua vez, se articula ao estribo. A base do estribo repousa na janela oval do ouvido interno.Os três ossos atuam como alavancas, aumentando cerca de vinte e duas vezes a força da vibração inicial recebida pelo tímpano. Esse estímulo ampliado é conduzido à membrana que cobre a janela oval.

Ouvido interno

O ouvido interno ou labirinto é formado pela cóclea ou caracol e pelos canais semicirculares. Os canais se relacionam ao equilíbrio e ao senso de orientação do corpo. A cóclea, que é o órgão do sentido da audição, tem a forma de uma concha de caracol, sendo uma espiral de duas voltas e meia. Está cheia de linfa, um fluído semelhante ao sangue, diferente deste por não conter glóbulos vermelhos. As ondas sonoras são transmitidas do tímpano ao fluído da cóclea pelos três ossos. A cóclea é revestida pela membrana sensitiva formada de 24.000 fibras. Na cóclea, as "cordas" auditivas - as fibras basilares - aumentam gradativamente da base para o ápice da cóclea, exatamente como as cordas do piano. Quando elas aumentam de comprimento, vibram e estimulam as células nervosas próximas a enviarem um impulso nervoso ao cérebro, onde é interpretado com som grave ou agudo.

Qualquer alteração ou distúrbio no processamento normal da audição, seja qual for a causa, tipo ou grau de severidade, constitui uma alteração auditiva, determinando, para o indivíduo, uma diminuição da sua capacidade de ouvir e perceber os sons.

DEFINIÇÃO

PERÍODO DE AQUISIÇÃO

Quando o indivíduo perde a audição no decorrer da sua vida. Nesse caso a surdez poderá ser pré ou pós-lingual, dependendo de sua ocorrência ter de dado antes ou depois da aquisição da linguagem.

ADQUIRIDAS

CAUSAS DA SURDEZ

PREMATURIDADE ANÓXIA (diminuição ou insuficiência de

oxigenação no sangue, em especial no cérebro)

TRAUMA DE PARTO

PERI-NATAIS

MENINGITE CAXUMBA SARAMPO

MEDICAMENTOS OTOTÓXICOS (alguns tipos de antibióticos, desinfetantes cirúrgicos, alguns antiinflamatórios e até diuréticos)

AVANÇO DA IDADE ACIDENTES

PÓS-NATAIS

TIPOS DE PERDA AUDITIVA

Quando está localizada no ouvido externo e/ou ouvido médio.

As principais causas deste tipo são as otites, rolha de cera e acúmulo de cera.

Na maioria dos casos, essas perdas são reversíveis após o tratamento.

CONDUTIVA

Quando a alteração está localizada no ouvido interno;

Esse tipo de lesão é irreversível; a causa mais comum é a meningite e a rubéola materna.

NEUROSSENSORIAL

Quando a alteração auditiva está localizada no ouvido externo e/ou médio e ouvido interno.

Geralmente ocorre devido a fatores genéticos, determinantes de má formação.

MISTA

A alteração pode se localizar desde o tronco cerebral até às regiões subcorticais e córtex cerebral.

CENTRAL

AUDIÇÃO NORMAL – de 0 a 15dB SURDEZ LEVE – de 16 A 40 dB SURDEZ MODERADA – de 41 a 55 dB SURDEZ ACENTUADA – de 56 a 70 dB SURDEZ SEVERA – de 71 a 90 dB SURDEZ PROFUNDA – acima de 91 dB

GRAU DE COMPROMETIMENTO

RELAÇÃO ENTRE O GRAU DE SURDEZ E O

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A criança é capaz de perceber os sons da fala;

Adquire e desenvolve a linguagem oral espontaneamente;

O problema geralmente é tardiamente descoberto;

Dificilmente se coloca o aparelho de amplificação porque a audição é muito próxima do normal.

SURDEZ LEVE

A criança pode demorar um pouco para desenvolver a fala e a linguagem;

Apresenta alterações articulatórias (trocas na fala) por não perceber os sons com clareza;

Tem dificuldade de perceber a fala em ambientes ruidosos;

São crianças desatentas e com dificuldade no aprendizado da leitura e da escrita;

SURDEZ MODERADA

A criança terá dificuldades em adquirir a fala e a linguagem espontaneamente;

Poderá adquirir vocabulário do contexto familiar;

Existe a necessidade do uso de aparelho de amplificação e acompanhamento especializado.

SURDEZ SEVERA

A criança dificilmente desenvolverá a linguagem oral espontaneamente;

Só responde auditivamente a sons muito intensos como: bombas, motor de carro, avião;

Freqüentemente utiliza a leitura oro-facial Necessita fazer uso de aparelho de

amplificação; Acompanhamento especializado.

SURDEZ PROFUNDA

Ausência ou interrupção do balbucio a partir do oitavo mês;

Ausência de reações a ruídos ambientais e familiares;

As primeiras palavras com aparecimento tardio;

Excesso de comunicação gestual e pouca emissão de palavras;

Solicitação constante para que sejam repetidas as palavras e instruções;

IDENTIFICAÇÃO DA SURDEZ

Fala sempre muito alto ou baixo Dores ou supurações constantes nos

ouvidos; Cabeça virada para ouvir melhor, em

posição pouco comum; Olhar voltado para os lábios de quem fala

e não para os olhos; Respostas muito freqüentes a ruídos antes

do que a vozes; Falta de interesse às solicitações do

professor, dando a impressão de desatenção ou “preguiça”;

Frases não estruturadas.

IDENTIFICAÇÃO DA SURDEZ

Realizar campanhas de vacinação e saneamento básico para erradicar as doenças infecto-contagiosas;

Fazer acompanhamento pré-natal, evitando as infecções, as drogas, a desnutrição;

Não limpar os ouvidos com grampos, palitos ou objetos pontiagudos;

No caso de sensação de “ouvido cheio”ou coceiras e dores, procurar um médico otorrinolaringologista;

Cuidar da febre alta;

PREVENÇÃO

Não evitar o espirro; isto desequilibra o funcionamento da tuba auditiva, provocando desarticulação da cadeia ossicular;

Usar protetores com ruídos muito intensos;

Quando houver casos de surdez e/ou outras deficiências na família, buscar aconselhamento genético antes de engravidar;

Evitar automedicação e não pingar qualquer substância no ouvido sem consultar o médico;

Ter cuidado com acidentes.

PREVENÇÃO