GÓTICO FLAMENGO

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Gótico flamengo HISTÓRIA DA ARTE

“Rejeitavam a elegância cortês e os ornamentos extravagantes do

gótico internacional em favor de um novo realismo. Cenas extremamente

dramáticas foram substituídas por retratos da vida doméstica, nos quais a

espiritualidade e a realidade eram dispostas lado a lado.”

(FARTHING, 2011, p.140)

“Os enormes avanços produzidos pela arte gótica flamenga nos

primeiros anos do século XV estão diretamente relacionados à

Renascença, que surgiu na Itália e se espalhou pela maior parte da

Europa. Em um curto período de tempo, os artistas se tornaram mais

confiantes de que eram capazes de retratar tanto o ser humano quanto a

natureza.”

(FARTHING, 2011, p.141)

RETRATO DE MULHER EM

CHAPÉU DE PONTA Rogier Van Der Weyden, 1435

MADALENA LENDO

(detalhe) Rogier Van Der Weyden, 1435

National Gallery, Londres, Reino Unido

CASAL ARNOLFINI Jan Van Eyck, 1434

Os medalhões que enfeitam o espelho contém

10 cenas identificável da Paixão de Cristo. No

espelho, vê-se o reflexo de dois homens, dos

quais um talvez seja o artista, o que acrescenta

significado à assinatura e à inscrição em latim

sobre o espelho: “Jan van Eyck esteve aqui

1434.”

CASAL ARNOLFINI

(detalhe) Jan Van Eyck, 1434

“Com a prosperidade econômica da região em que se

desenvolveu o gótico flamengo, os artistas se aproveitaram da riqueza

crescente e da importância das guildas (associações de profissionais) e das

instituições civis. É interessante notar que A descida da cruz (c.1435-1440),

de Van der Weyden - uma das pinturas mais influentes do período -, foi

encomendada por uma guilda, e não por um membro do clero ou da

nobreza.”

(FARTHING, 2011, p.141)

LAMENTAÇÃO Rogier Van Der Weyden, 1450

A DESCIDA DA CRUZ Rogier van der Weyden, 1464

“Muitas guildas eram confrarias religiosas que se reuniam para

realizar rituais e promover obras de caridade. Essas confrarias

costumavam competir umas com as outras para encomendarem as mais

impressionantes obras de arte para sua congregação.”

(FARTHING, 2011, p.141)

“Christus pinta em O ourives em sua oficina (imagem seguinte), uma

casal de gentis que escolhe uma aliança de casamento. O artista exibe sua

capacidade técnica na representaçnao detalhada dos vários tecidos e usa o

reflexo no espelhop para conectar o espectador ao espaço pictórico, um

artifício visto com frequência na pintura gótica flamenga.”

(FARTHING, 2011, p.142)

O OURIVES EM SUA

OFICINA Petrus Christus, 1449

“Em A virgem entre os santos, Gerard David dispõe seus

personagens ordenadamente, retratando cada um deles sem idealizá-los.

David administrava um ateliê bastante concorrido, e sua obra é um dos

pontos altos da arte flamenga.”

(FARTHING, 2011, p.142)

A VIRGEM ENTRE OS SANTOS Gerard David, 1509

“A expansão do mecenato ajudou a aumentar o prestígio social

de vários artistas flamengos. Na primeira metade do século XV, os

pintores trabalhavam para a Igreja ou estavam ligados a uma fam[ilia real

ou aristocrata. Já na segunda metade, os artistas adquiriam muito mais

independência. Memling e Van der Weyden administravam enormes

ateliês, com uma clientela internacional.”

(FARTHING, 2011, p.142)

“Ao contrário do que já faziam seus colegas italianos, os artistas

flamengos organizavam suas composições intuitivamente, sem a utilização

de um sistema metódico para calcular a perspectiva e a proporção. Eles

foram os primeiros a explorar as possibilidades da pintura a óleo, que Van

Eyck, em especial, elevou a novos patamares. Ele usou camadas

sobrepostas de brilho translúcido a fim de misturar tons

imperceptivelmente e para reproduzir objetos minúsculos.”

(FARTHING, 2011, p.143)

MARIA NA IGREJA Jan van Eyck, 1439

THE GHENT ALTARPIECE Jan van Eyck, 1432

“Os artistas flamengos se deleitavam com as oportunidades que a

pintura a óleo lhes oferecia. Eles retratavam o mundo em que viviam com

uma originalidade genuína, como se estivessem vendo tudo pela primeira

vez. E continuaram a fazer isso mesmo quando abordavam temas

bíblicos.”

(FARTHING, 2011, p.143)

TRÍPIDICO PORTINARI Hugo van der Goes, 1478

CRUCIFICAÇÃO Rogier Van Der Weyden, 1445

“Os sentimentos religiosos em Flanders eram influenciados pelos

movimentos espirituais da época, que estimulavam os fiéis a estabelecer

uma relação mais próxima e pessoal com Deus. Muitas obras dos

primeiros pintores exibem uma devoção simples: da intensidade

emocional de Van der Weyden, que enfatiza a proximidade com o

sofrimento de Cristo, ao misticismo de Van der Goes e o ar de

contemplação serena de David e Memling.”

(FARTHING, 2011, p.143)

A QUEDA Hugo van der Goes, 1445

TRÍPTICO DO CALVÁRIO Hugo van der Goes, 1468

ADORAÇÃO Hugo Van Der Goes, 1470

LAMENTAÇÃO Rogier Van Der Weyden, 1450

O JUÍZO FINAL Rogier Van Der Weyden, 1450

ANUNCIAÇÃO Rogier Van Der Weyden, 1440

SONHO DO

PAPA SERGIUS Rogier Van Der Weyden, 1446

VISITAÇÃO DE MARIA Rogier Van Der Weyden, 1445

FARTHING, Stephen. Gótico flamengo. In: ____. Tudo sobre arte.

Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2011.

WÖLFFLIN, Heinrich. Renascença e barroco. São Paulo:

Perspectiva, 2010.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS