Post on 11-Nov-2018
- Diarreia infecciosa resulta da infecção do trato gastrointestinal por uma ampla
gama de patógenos.
- Caracterizada por aumento do número de evacuações, pastosas ou líquidas
[3 ou mais evacuações em 24h].
- Disenteria: quando há sangue, muco e células brancas do sangue nas fezes.
100nm de diâmetro;
Não envelopado;
Simetria icosaédrico
RNA de fita dupla [11 seguimentos]
VIROSES ENTÉRICAS
VIROSES ENTÉRICAS
• 3 camadas de
proteínas
- VP2
- VP6
- VP7
• Espículas protéicas
- VP4
• Complexo da
polimerase
- VP1
- VP3
Patogênese: Replicação inicial: enterócitos próximos ao ápice
da vilosidades do intestino delgado.
Transmitido por via fecal-oral
Período de incubação: 1 a 3 dias
Sintomas de gastroenterite: 3 a 7 dias
Infecção: ▪ Não invasiva;
▪ Não induz resposta inflamatória destrutiva;
▪ Não ocorre desenteria.
VIROSES ENTÉRICAS
Manifestações clínicas
Assintomático
Diarreia grave
Vômito
Desidratação
Desiquilíbrio eletrolítico
Choque
Morte
VIROSES ENTÉRICAS
Diagnóstico Microscopia eletrônica [1973] ELISA IF Aglutinação látex RT-PCR Cultivo de células: MA-104 [células de rim de
macaco] e CaCo-2 [células adenocarcinoma de cólon humano] – propagação lenta.
VIROSES ENTÉRICAS
Epidemiologia
Praticamente todas as crianças de 3 a 5 anos já sofreram um episódio de diarreia por RV.
VIROSES ENTÉRICAS
Adenovírus: HAdV: replicação no intestino
Excretados nas fezes.
1979 – 1983 vários HAdV isolados de diarreia de crianças
Atualmente são considerados agentes etiológicos de diarreia em crianças, jovens e adultos.
VIROSES ENTÉRICAS
Espécie Principal sítio de infecção Sorotipo
HAdV-A Sistema respiratório, urinário e gastrointestinal.
12, 18 e 31.
HAdV-B Sistema respiratório, urinário e gastrointestinal e conjuntiva.
3, 7, 11, 14, 16, 21, 34, 35, 50 e 55.
HAdV-C Sistema respiratório, urinário e gastrointestinal.
1, 2, 5, 6 e 57.
HAdV-D Sistema gastrointestinal e conjuntiva. 8-10, 13, 15, 17, 19, 20, 22-30, 32, 33, 36-39, 42-49, 51, 53, 54 e 56.
HAdV-E Sistema respiratório e conjuntiva 4.
HAdV-F Sistema gastrointestinal. 40, 41.
HAdV-G Sistema gastrointestinal. 52.
VIROSES ENTÉRICAS
Classificação das espécies e sorotipos dos adenovírus humanos e os respectivos sítios De infecção:
Transmissão por contato direto ou indireto.
Aerossóis
Secreções oculares e respiratórias
Via rota fecal-oral
Água
Alimentos contaminados.
Gastroenterite causado pelos sorotipos 40 e 41: atrofia das vilosidades das criptas.
VIROSES ENTÉRICAS
Manifestações clínicas:
10% de doenças febris que acometem crianças.
Infecções oculares
Hemorragias
Hepatites
Gastroenterites
Intussuscepção
VIROSES ENTÉRICAS
Manifestações clínicas:
Infecção entérica:
▪ Sorotipos 40 e 41, espécie HAdV F
▪ Sorotipo 50, espécie HAdV B
▪ Sorotipo 51, espécie HAdV D
Período de incubação: 8 dias
Vômito e febre estão acompanhado dessa infecção.
VIROSES ENTÉRICAS
Diagnóstico laboratorial:
Isolamento viral: células A549, HeLa e Hep-2
Imunofluorescência
Soroneutralização
Genotipagem
▪ Sequenciamento
▪ PCR
▪ PCR em tempo real
VIROSES ENTÉRICAS
Epidemiologia:
Crianças com diarreia: 1,1 a 1,2% em todo o mundo.
No Brasil:
▪ Poucos estudos
▪ 4 a 6% de crianças com diarreia.
VIROSES ENTÉRICAS
Prevenção e controle:
Medidas preventivas
▪ Boas condições sanitárias
▪ Higiene pessoal.
▪ Não existem vacinas atualmente.
Tratamento:
Mesmo em outros casos de gastroenterite viral
Reidratação
Reposição de eletrólitos.
VIROSES ENTÉRICAS
“Doença do vômito do inverno” Zahorsky, 1929
1968: 116 de 232 estudantes e professores de Norwalk, Ohio, EUA.
Náuseas, vômitos e diarreia: duram de 12 a 24 horas.
Fonte de contaminação: bebedouro.
Surtos pelo mundo são descritos desde 1968.
Vírus Norwalk.
VIROSES ENTÉRICAS
VIROSES ENTÉRICAS
27 a 40nm de diâmetro;
Não envelopado;
Simetria icosaédrico
Capsideos VP1 [forma de cálice]
RNA de fita simples, polaridade positiva.
Patogênese:
Predominante via oral
Período de incubação: 10 a 51h
Doença aguada: 24 a 48h
Achatamento e alargamento das vilosidades
Doença rápida e explosiva.
VIROSES ENTÉRICAS
Diagnóstico diferencial
4 critérios:
▪ Vômito em mais de 50% das pessoas afetadas no surto
▪ Período de incubação entre 24 e 48 horas
▪ Duração da doença: 12 a 60 h
▪ Não identificação de bactérias na coprocultura.
VIROSES ENTÉRICAS
Diagnostico laboratorial:
RT-PCR: fezes, vômito, água, alimento contaminado e fômites.
ELISA: em etapa de aprovação.
VIROSES ENTÉRICAS
Epidemiologia
Surtos em escolas, restaurantes, asilos, exércitos;
Pico de incidência no inverno;
Guerra do Golf em 1991 – grandes surtos
Nova variante de norovírus GII4 [2012]
▪ 23% dos surtos em setembro/12 EUA
▪ 52% dos surtos em novembro/12 EUA
▪ Relatos: Austrália, França e Nova Zelândia, Japão e Holanda.
VIROSES ENTÉRICAS
Epidemiologia
2005 após a passagem do furação Katrina [EUA]
▪ 18% dos refugiados apresentaram infecção por NoV
VIROSES ENTÉRICAS
No Brasil:
▪ Surtos em navios de cruzeiros.
▪ Surtos em presídios
▪ Creches
▪ 14,5% entre crianças hospitalizadas com diarreias
VIROSES ENTÉRICAS
Prevenção e tratamento:
No momento não existe uma vacina.
Em fase de preparação: VLP de NoV [EUA]
Tratamento:
▪ Reidratação: fluidos e eletrólitos.
VIROSES ENTÉRICAS
Descrito em 1975 em surto de diarreia na Inglaterra [Appleton e Higgins, 1975].
Por microscopia eletrônica.
AstV: também associado a diarreias em ruminantes e aves.
VIROSES ENTÉRICAS
28 A 30 nm de diâmetro;
Não envelopado;
Simetria icosaédrico
Morfologia de estrela
RNA de fita simples
Polaridade positiva
VIROSES ENTÉRICAS
Transmitida via fecal-oral
Idosos, indivíduos imunocomprometidos.
Crianças menores de 2 anos
Replicação nas células do intestino delgado.
Diarreia não de natureza inflamatória
Diarreia: mecanismo ainda não esclarecido.
VIROSES ENTÉRICAS
Manifestações clínicas:
Período de incubação: 1 – 4 dias
Sintomas: 2 a 3 dias após a infecção podem durar até 4 dias.
Quadro clínico não grave.
VIROSES ENTÉRICAS
Diagnóstioco:
Amostras fecais em microscopia eletrônica;
Isolamento em células CaCo-2
IF
RT-PCR
ELISA
VIROSES ENTÉRICAS
Epidemiologia:
Brasil: 2001 primeiro surto associado ao HAstV: RJ, crianças de uma creche com diarreia.
Gastro
Enterite em comunidade indígena em MG.
VIROSES ENTÉRICAS
Família: Parvoviridae 2009: amostras fecais de crianças
paquistanesas com paralisia facial. HBoV 1, 2, 3.
No Brasil: 20,8% de pacientes com diarreia no
RJ em 2009, grupo de 144 pacientes.
VIROSES ENTÉRICAS
VIROSES ENTÉRICAS
Família: Picornaviridae Papcientes com gastroenterite associado ao
consumo de ostras [Aichi – Japão, 1980].
Já descrito em vários países do mundo associado ao consumo de ostras.
VIROSES ENTÉRICAS
Família: Picornaviridae Descoberto em 2009 em amostras pediátricas e
de esgoto nos EUA, Nigéria, Espanha, Austrália, Tunísia
No Brasil: 41 amostras de 598, em um estudo epidemiológico do RJ.
VIROSES ENTÉRICAS
Família: Picornaviridae Detectado em fezes de crianças na Ásia
[2008]
No Brasil: 33% amostras de 359, em um estudo epidemiológico do RJ.
VIROSES ENTÉRICAS
Primeiro cardiovírus humano [2007] A partir de fezes de crianças em estado febril,
San Diego - EUA
Podem causar gastroenterite, infecção respiratória e complicações neurológicas em crianças, mas provavelmente causa infecção silenciosa com frequência.