HELTON FERNANDES DOS SANTOS LABVIR ICBS - UFRGS · Espécie Principal sítio de infecção Sorotipo...

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HELTON FERNANDES DOS SANTOS LABVIR – ICBS - UFRGS

Principal causa de mortalidade em todo o mundo.

ONU, 2015

- Diarreia infecciosa resulta da infecção do trato gastrointestinal por uma ampla

gama de patógenos.

- Caracterizada por aumento do número de evacuações, pastosas ou líquidas

[3 ou mais evacuações em 24h].

- Disenteria: quando há sangue, muco e células brancas do sangue nas fezes.

Diarreia infantil:

Diarreia infantil:

Diarreia infantil:

Ministério da Saúde, 2015

Diarreia infantil:

Diarreia infantil:

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

ICTV, 2015

100nm de diâmetro;

Não envelopado;

Simetria icosaédrico

RNA de fita dupla [11 seguimentos]

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

• 3 camadas de

proteínas

- VP2

- VP6

- VP7

• Espículas protéicas

- VP4

• Complexo da

polimerase

- VP1

- VP3

Patogênese: Replicação inicial: enterócitos próximos ao ápice

da vilosidades do intestino delgado.

Transmitido por via fecal-oral

Período de incubação: 1 a 3 dias

Sintomas de gastroenterite: 3 a 7 dias

Infecção: ▪ Não invasiva;

▪ Não induz resposta inflamatória destrutiva;

▪ Não ocorre desenteria.

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

Manifestações clínicas

Assintomático

Diarreia grave

Vômito

Desidratação

Desiquilíbrio eletrolítico

Choque

Morte

VIROSES ENTÉRICAS

Diagnóstico Microscopia eletrônica [1973] ELISA IF Aglutinação látex RT-PCR Cultivo de células: MA-104 [células de rim de

macaco] e CaCo-2 [células adenocarcinoma de cólon humano] – propagação lenta.

VIROSES ENTÉRICAS

Epidemiologia

Praticamente todas as crianças de 3 a 5 anos já sofreram um episódio de diarreia por RV.

VIROSES ENTÉRICAS

Epidemiologia

Climas temperados: doença sazonal [meses mais frios e secos]

VIROSES ENTÉRICAS

Epidemiologia

VIROSES ENTÉRICAS

Prevenção e controle

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

Tratamento

Tratamento de suporte

Hidratação

Alimentação apropriada

Soro caseiro.

VIROSES ENTÉRICAS

Adenovírus: HAdV: replicação no intestino

Excretados nas fezes.

1979 – 1983 vários HAdV isolados de diarreia de crianças

Atualmente são considerados agentes etiológicos de diarreia em crianças, jovens e adultos.

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

ICTV, 2015

90nm de diâmetro;

Não envelopado;

Simetria icosaédrico

DNA de fita dupla

VIROSES ENTÉRICAS

Espécie Principal sítio de infecção Sorotipo

HAdV-A Sistema respiratório, urinário e gastrointestinal.

12, 18 e 31.

HAdV-B Sistema respiratório, urinário e gastrointestinal e conjuntiva.

3, 7, 11, 14, 16, 21, 34, 35, 50 e 55.

HAdV-C Sistema respiratório, urinário e gastrointestinal.

1, 2, 5, 6 e 57.

HAdV-D Sistema gastrointestinal e conjuntiva. 8-10, 13, 15, 17, 19, 20, 22-30, 32, 33, 36-39, 42-49, 51, 53, 54 e 56.

HAdV-E Sistema respiratório e conjuntiva 4.

HAdV-F Sistema gastrointestinal. 40, 41.

HAdV-G Sistema gastrointestinal. 52.

VIROSES ENTÉRICAS

Classificação das espécies e sorotipos dos adenovírus humanos e os respectivos sítios De infecção:

Transmissão por contato direto ou indireto.

Aerossóis

Secreções oculares e respiratórias

Via rota fecal-oral

Água

Alimentos contaminados.

Gastroenterite causado pelos sorotipos 40 e 41: atrofia das vilosidades das criptas.

VIROSES ENTÉRICAS

Manifestações clínicas:

10% de doenças febris que acometem crianças.

Infecções oculares

Hemorragias

Hepatites

Gastroenterites

Intussuscepção

VIROSES ENTÉRICAS

Manifestações clínicas:

Infecção entérica:

▪ Sorotipos 40 e 41, espécie HAdV F

▪ Sorotipo 50, espécie HAdV B

▪ Sorotipo 51, espécie HAdV D

Período de incubação: 8 dias

Vômito e febre estão acompanhado dessa infecção.

VIROSES ENTÉRICAS

Diagnóstico laboratorial:

Isolamento viral: células A549, HeLa e Hep-2

Imunofluorescência

Soroneutralização

Genotipagem

▪ Sequenciamento

▪ PCR

▪ PCR em tempo real

VIROSES ENTÉRICAS

Epidemiologia:

Crianças com diarreia: 1,1 a 1,2% em todo o mundo.

No Brasil:

▪ Poucos estudos

▪ 4 a 6% de crianças com diarreia.

VIROSES ENTÉRICAS

Prevenção e controle:

Medidas preventivas

▪ Boas condições sanitárias

▪ Higiene pessoal.

▪ Não existem vacinas atualmente.

Tratamento:

Mesmo em outros casos de gastroenterite viral

Reidratação

Reposição de eletrólitos.

VIROSES ENTÉRICAS

“Doença do vômito do inverno” Zahorsky, 1929

1968: 116 de 232 estudantes e professores de Norwalk, Ohio, EUA.

Náuseas, vômitos e diarreia: duram de 12 a 24 horas.

Fonte de contaminação: bebedouro.

Surtos pelo mundo são descritos desde 1968.

Vírus Norwalk.

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

ICTV, 2015

VIROSES ENTÉRICAS

27 a 40nm de diâmetro;

Não envelopado;

Simetria icosaédrico

Capsideos VP1 [forma de cálice]

RNA de fita simples, polaridade positiva.

Patogênese:

Predominante via oral

Período de incubação: 10 a 51h

Doença aguada: 24 a 48h

Achatamento e alargamento das vilosidades

Doença rápida e explosiva.

VIROSES ENTÉRICAS

Manifestações clínicas

Doença branda

Náusea

Vômito

Diarreia

Dor abdominal

VIROSES ENTÉRICAS

Diagnóstico diferencial

4 critérios:

▪ Vômito em mais de 50% das pessoas afetadas no surto

▪ Período de incubação entre 24 e 48 horas

▪ Duração da doença: 12 a 60 h

▪ Não identificação de bactérias na coprocultura.

VIROSES ENTÉRICAS

Diagnostico laboratorial:

RT-PCR: fezes, vômito, água, alimento contaminado e fômites.

ELISA: em etapa de aprovação.

VIROSES ENTÉRICAS

Epidemiologia

Surtos em escolas, restaurantes, asilos, exércitos;

Pico de incidência no inverno;

Guerra do Golf em 1991 – grandes surtos

Nova variante de norovírus GII4 [2012]

▪ 23% dos surtos em setembro/12 EUA

▪ 52% dos surtos em novembro/12 EUA

▪ Relatos: Austrália, França e Nova Zelândia, Japão e Holanda.

VIROSES ENTÉRICAS

Epidemiologia

2005 após a passagem do furação Katrina [EUA]

▪ 18% dos refugiados apresentaram infecção por NoV

VIROSES ENTÉRICAS

No Brasil:

▪ Surtos em navios de cruzeiros.

▪ Surtos em presídios

▪ Creches

▪ 14,5% entre crianças hospitalizadas com diarreias

VIROSES ENTÉRICAS

Prevenção e tratamento:

No momento não existe uma vacina.

Em fase de preparação: VLP de NoV [EUA]

Tratamento:

▪ Reidratação: fluidos e eletrólitos.

VIROSES ENTÉRICAS

Descrito em 1975 em surto de diarreia na Inglaterra [Appleton e Higgins, 1975].

Por microscopia eletrônica.

AstV: também associado a diarreias em ruminantes e aves.

VIROSES ENTÉRICAS

28 A 30 nm de diâmetro;

Não envelopado;

Simetria icosaédrico

Morfologia de estrela

RNA de fita simples

Polaridade positiva

VIROSES ENTÉRICAS

ICTV, 2015

VIROSES ENTÉRICAS

Transmitida via fecal-oral

Idosos, indivíduos imunocomprometidos.

Crianças menores de 2 anos

Replicação nas células do intestino delgado.

Diarreia não de natureza inflamatória

Diarreia: mecanismo ainda não esclarecido.

VIROSES ENTÉRICAS

Manifestações clínicas:

Período de incubação: 1 – 4 dias

Sintomas: 2 a 3 dias após a infecção podem durar até 4 dias.

Quadro clínico não grave.

VIROSES ENTÉRICAS

Diagnóstioco:

Amostras fecais em microscopia eletrônica;

Isolamento em células CaCo-2

IF

RT-PCR

ELISA

VIROSES ENTÉRICAS

Epidemiologia:

Brasil: 2001 primeiro surto associado ao HAstV: RJ, crianças de uma creche com diarreia.

Gastro

Enterite em comunidade indígena em MG.

VIROSES ENTÉRICAS

Prevenção e tratamento:

Remoção de fontes de infecção;

Reposição de fluídos.

VIROSES ENTÉRICAS

Família: Parvoviridae 2009: amostras fecais de crianças

paquistanesas com paralisia facial. HBoV 1, 2, 3.

No Brasil: 20,8% de pacientes com diarreia no

RJ em 2009, grupo de 144 pacientes.

VIROSES ENTÉRICAS

VIROSES ENTÉRICAS

Família: Picornaviridae Papcientes com gastroenterite associado ao

consumo de ostras [Aichi – Japão, 1980].

Já descrito em vários países do mundo associado ao consumo de ostras.

VIROSES ENTÉRICAS

Família: Picornaviridae Descoberto em 2009 em amostras pediátricas e

de esgoto nos EUA, Nigéria, Espanha, Austrália, Tunísia

No Brasil: 41 amostras de 598, em um estudo epidemiológico do RJ.

VIROSES ENTÉRICAS

Família: Picornaviridae Detectado em fezes de crianças na Ásia

[2008]

No Brasil: 33% amostras de 359, em um estudo epidemiológico do RJ.

VIROSES ENTÉRICAS

Primeiro cardiovírus humano [2007] A partir de fezes de crianças em estado febril,

San Diego - EUA

Podem causar gastroenterite, infecção respiratória e complicações neurológicas em crianças, mas provavelmente causa infecção silenciosa com frequência.

HELTON FERNANDES DOS SANTOS LABVIR – ICBS - UFRGS