desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

26
RÚBENS PRINCE DOS SANTOS ALVES DESENVOLVIMENTO DE UMA VACINA DE SUBUNIDADE CONTRA O SOROTIPO 2 DO VÍRUS DENGUE BASEADA NA PROTEÍNA NÃO ESTRUTURAL 5 (NS5). Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Ciências. Área de Concentração: Microbiologia Orientador: Prof. Dr. Luís Carlos de Souza Ferreira Versão original São Paulo 2015

Transcript of desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

Page 1: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

RÚBENS PRINCE DOS SANTOS ALVES

DESENVOLVIMENTO DE UMA VACINA DE SUBUNIDADE CONTRA

O SOROTIPO 2 DO VÍRUS DENGUE BASEADA NA PROTEÍNA NÃO

ESTRUTURAL 5 (NS5).

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Microbiologia do

Instituto de Ciências Biomédicas da

Universidade de São Paulo, para obtenção

do título de Mestre em Ciências.

Área de Concentração: Microbiologia

Orientador: Prof. Dr. Luís Carlos de Souza

Ferreira

Versão original

São Paulo

2015

Page 2: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

RESUMO

ALVES, R. P. S. Desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 do

vírus dengue baseada na proteína não estrutural 5 (NS5). 2015. 69 f. Dissertação de

(Mestrado em Microbiologia) – Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo,

São Paulo, 2015.

A dengue é uma doença causada por quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV 1-4), com

milhões de pessoas afetadas em todo o mundo e um número significativo de mortes. Não há

nenhum tratamento eficaz ou abordagens vacinais capazes de prevenir a infecção. As estratégias

vacinais contra a dengue baseadas em proteínas não estruturais como antígenos têm

demonstrado serem mais seguras do que as baseadas em proteínas estruturais. Além disso,

respostas imunes celulares direcionadas a proteínas não estruturais desempenham um papel

importante no controle da replicação viral. A proteína não estrutural 5 (NS5) do vírus dengue é

a proteína mais conservada entre os quatro sorotipos e desempenha um papel crucial na

replicação viral. Neste estudo, foi gerada uma forma recombinante da NS5 expressa em E. coli

em quantidades elevadas e com propriedades antigênicas preservados em relação à proteína

nativa. As condições de cultura foram optimizadas, a fim de permitir a expressão dessa proteína

na forma solúvel. A imunização de camundongos Balb/c com a NS5 sozinha ou em combinação

com um adjuvante (poli (I:C)) promoveu o aumento da sobrevida de camundongos imunizados

após desafio intracraniano com a linhagem JHA1 de DENV2. A combinação da NS5 com poli

(I:C) emulsionado em Montanide 720 induziu a expansão de linfócitos T CD8+ específicos. Em

conjunto, os resultados indicam que a proteína recombinante NS5 preserva determinantes

antigênicos da proteína nativa e pode ser uma ferramenta útil para estudos sobre a biologia do

DENV, busca de drogas anti-viriais e desenvolvimento de vacinas.

.

Palavras-chave: Dengue. Vírus dengue. NS5. Vacinas. Adjuvantes imunológicos.

Page 3: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

ABSTRACT

ALVES, R. P. S. Development of a subunit vaccine against dengue virus serotype 2 based

on the non-structural protein 5 (NS5). 2015. 69 p. Master thesis (Microbiology) – Instituto

de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

Dengue fever is a disease caused by four dengue virus serotypes (DENV 1-4), affecting millions

of people worldwide and causing a significant number of deaths. There are no effective

treatments or vaccine approaches capable of preventing such infection. Anti-DENV vaccine

strategies based on nonstructural proteins as antigens have been shown to be safer than those

based on structural proteins. In addition, anti-DENV cellular immune responses against

nonstructural proteins have shown to play a major role in controlling viral replication. The

DENV nonstructural protein 5 (NS5), the most conserved protein among the four serotypes,

plays a crucial role in viral replication. In this study, we generated a recombinant form of

DENV2 NS5 expressed in E. coli in high amounts and with preserved antigenic properties with

regard to the native protein. Culture conditions were optimized in order to allow expression of

NS5 as a soluble protein. The immunization of Balb/c mice using this protein alone or in

combination with poly (I:C) led to increased survival after intracranial challenge with the

DENV2 JHA1 strain. The combination of the protein with poly (I:C) emulsified in Montanide

720 led to the activation of NS5-specific CD8+ T lymphocytes. Altogether, the results indicate

that the recombinant NS5 protein preserves antigenic determinants of the native protein and

may be a useful tool for studies dealing with the DENV's biology, search for anti-viral drugs

and vaccine development.

Keywords: Dengue fever. Dengue virus. NS5. Vaccines. Immunologic adjuvants.

Page 4: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

1 INTRODUÇÃO

1.1 O vírus e a doença

A febre da dengue é uma doença de caráter agudo, causada pelo virus Dengue (DENV),

um arbovírus componente do gênero Flavivirus pertencente à família Flaviviridae transmitido

por mosquitos do gênero Aedes (BHATT et al., 2013; GUZMAN et al., 2010). No ciclo urbano,

o DENV circula na forma de quatro tipos imunologicamente distinguíveis (sorotipos): DENV-

1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, que apresentam aproximadamente 30% de divergência na

sequência de nucleotídeos dos seus genomas (BLOK, 1985; CHAN et al., 1965; DIERCKS,

1959; MYERS et al., 1964; SMITH, 1956). A infecção por um deles confere resposta

imunológica protetora permanente contra o mesmo sorotipo e de curta duração contra os outros

sorotipos (GUZMAN et al., 2010; GUZMAN; HARRIS, 2014; SABIN, 1952; WHITEHEAD

et al., 2007).

Figura 1. Representação esquemática do genoma do vírus dengue. O genoma do vírus dengue é

composto por um RNA de fita simples com orientação positiva e possui aproximadamente 11 kB que

codifica 10 proteínas maduras, três estruturais: Capsídeo (C), Membrana (M) e Envelope (E) e sete

proteínas não estruturais (NS): NS1, NS2 A e B, NS3, NS4 A e B e NS5. Há duas regiões não traduzíveis

em ambas as extremidades da fita de RNA chamadas de UTR (do inglês Untranslated Region). Fonte:

Guzman, et al., 2010.

O DENV possui RNA genômico com aproximadamente 11 kb de fita simples com

orientação positiva flanqueada por duas UTR’s (do inglês Untranslated Region). Na

extremidade 5’ há uma estrutura de CAP tipo I (N7meGpppA2’Ome), responsável pela

iniciação da replicação em células eucarióticas e proteção contra RNA exonucleases

(HENDERSON et al., 2011; ZHOU et al., 2007). Outras estruturas conservadas na UTR da

extremidade 5’ é o large e short stem loop (SLA e SLB, respectivamente), sendo que a SLA

age como promotor da replicação sendo crucial na síntese do RNA viral, e a SLB medeia a

interação das extremidades 5’ com a 3’, induzindo a ciclização do RNA, situação fundamental

para replicação viral (YAP et al., 2007). Eletromicrografias demonstram que o vírion é esférico,

possuindo diâmetro de aproximadamente 500 Å, apresentando um núcleo eletrondenso

circundado por uma bicamada lipídica (KUHN et al., 2002). O genoma viral (figura 1) codifica

Page 5: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

três proteínas estruturais: do capsídeo (C), do envelope (E), e a proteína precursora de

membrana (prM), a qual sofre clivagem e origina a proteína de membrana (M); e sete proteínas

não-estruturais que são: NS1, NS2a, NS2b, NS3, NS4a, NS4b e NS5 (RODENHUIS-ZYBERT

et al., 2010). Quando o mosquito transfere o vírus para o homem, ocorrem as etapas do processo

infeccioso e replicação viral (figura 2). Durante a infecção natural, as principais células-alvo de

infecção pelo vírus dengue são monócitos, macrófagos e células dendríticas (HALSTEAD et

al., 1980).

Figura 2. Etapas do processo de replicação do DENV. A primeira etapa no processo de infecção do

DENV é a ligação (1) ao receptor viral, seguido de endocitose mediada por receptor (2). O pH no interior

do endossomo é reduzido à medida que se aproxima do centro celular, o que induz a fusão da membrana

do vírus com a do endossomo (3), permitindo a liberação do RNA no citoplasma da célula (4). Em

seguida, a poli proteína viral é traduzida e maturada, e o RNA replicado pelo complexo de replicação

(5), resultando finalmente na morfogênese de novas partículas virais e liberação dessas partículas no

meio extracelular. RER: retículo endoplasmático rugoso; (+) ssRNA: RNA de fita simples com

orientação positiva; (-) ssRNA: RNA de fita simples com orientação negativa. Fonte: Amorim; Alves;

Ferreira, 2009.

O início do ciclo infeccioso do DENV depende, principalmente, da interação entre a

glicoproteína de envelope (E) e o receptor de membrana da célula alvo (BIELEFELDT-

OHMANN et al., 2001; CHEN, Y. et al., 1997; CRILL; ROEHRIG, 2001). Após a ligação, o

vírion é endocitado e dentro do endossomo tardio, com a redução do pH, há indução de

mudanças conformacionais da proteína E (ZHANG et al., 2015), o que consequentemente

proporciona a fusão do envelope viral com a membrana do endossomo e liberação do capsídeo

para o citoplasma celular (RODENHUIS-ZYBERT et al., 2010). Posteriormente, há

dissociação do capsídeo, liberação do RNA no citoplasma celular, tradução da poliproteína

viral, que é processada por um conjunto de proteases virais e celulares, dando origem ás

proteínas supracitadas na forma madura. A replicação do material genético é realizada pelo

domínio RNA-polimerase-RNA-dependente (RpRd) da NS5, porém, o processo como um todo

Page 6: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

depende do domínio MTAse da NS5, que juntamente com a NS3, participam da síntese do CAP

tipo I na porção 5’ da fita de RNA e desenovelamento do dsRNA (ACKERMANN; LUO et al.,

2008b; PADMANABHAN, 2001). Por fim, há morfogênese viral e liberação de novas

partículas infectantes (KUHN et al., 2002).

A infecção pelo DENV, após 4-8 dias de incubação, pode ser assintomática ou com

sintomatologia de caráter subclínico. No entanto, a doença se manifesta abruptamente em três

fase: febril, crítica e de recuperação. A fase crítica se inicia após a febre e o quadro patológico

que pode se manifestar por sinais como: dores de cabeça, mialgia, artralgia, vômitos e dor

abdominal aguda, bem como, o aumento da permeabilidade vascular, que podem gerar desde

raches cutâneos a choque hipovolêmico, coagulação intravascular disseminada e hemorragia

grave (GUZMAN; HARRIS, 2014; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). Devido ao

amplo espectro de sinais e sintomas que podem ser desenvolvidos na dengue, a organização

mundial de saúde (WHO, 2009), substituiu os termos febre hemorrágica da dengue (FHD) e

síndrome de Choque da dengue (SCD), pela classificação de dengue com sinais de alerta e

dengue com sinais de gravidades (WHO, 2009). Essa nova recomendação de classificação

possibilitou que a triagem em áreas endêmicas fosse melhorada, visto que, instituiu o uso de

outros sinais clínicos como indicativo de suspeita de dengue. Além disso, a decisão clínica para

o tratamento da dengue com sinais de gravidade se tornou mais rápida, visto que o

extravasamento de plasma deixou de ser uma característica sine qua non de dengue grave, de

modo que o início precoce de tratamento em dengue com sinais de gravidade reduz o risco de

morte de 20% para 1% (HORSTICK et al., 2012; SRIKIATKHACHORN et al., 2011).

Estudos recentes mostram que 96 milhões de casos anuais podem ter sintomas com

severidade suficiente para alterar a rotina do indivíduo infectado (BHATT et al., 2013) e

segundo estudos anteriores, cerca de 500 mil casos evoluem para forma grave. A taxa de

mortalidade nestes grupos chega a 10% (50 mil) em indivíduos hospitalizados e 30% (150 mil)

em indivíduos não hospitalizados (BARRETO; TEIXEIRA, 2008; GUZMAN et al., 2010

PONGSUMPUN et al., 2008; WHITEHEAD et al., 2007). Estas informações deixam clara a

urgente necessidade de desenvolvimento de uma vacina para controle desta doença.

1.2 O desenvolvimento de vacinas contra a dengue

Diversas estratégias têm sido exploradas para produzir uma vacina efetiva na prevenção

da dengue. No entanto, o desenvolvimento de uma vacina eficaz tem como principais limitações

a necessidade e a dificuldade de se produzir uma vacina tetravalente eficiente e segura. Essa

característica é um fator crucial no desenvolvimento dessa vacina, visto o grande número de

Page 7: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

evidencias experimentais e epidemiológicas que indicam que numa infecção secundária por um

sorotipo diferente da primeira infecção, a replicação viral seria exacerbada pela facilitação de

infecção de células imunológicas por uma via dependente de anticorpos sub-neutralizantes

gerados durante a primeira infecção (figura 3). Este processo denominado ADE (do inglês

Antibody Dependent Enhancement) proporciona o aumento da carga viral e intensifica a

resposta inflamatória, sendo associado também ao desenvolvimento das formas de dengue com

sinais de gravidade (HALSTEAD et al., 1977, 1980; HALSTEAD; O’ROURKE, 1977;

HALSTEAD, 1979). Logo, vacinas monovalentes oferecem riscos quanto à segurança frente a

infecções por DENV diferente do sorotipos vacinal.

Figura 3. Modelo do aumento da infecção do vírus dengue mediada por anticorpo. Esse fenômeno ocorre

quando anticorpos heterotípicos, formados durante uma infecção primaria com o DENV, ligam-se à

partícula viral de outro sorotipo de DENV numa infecção subsequente. Os anticorpos da infecção

primária não podem neutralizar o vírus eficazmente. Em vez disso, o complexo anticorpo-vírus se liga

aos receptores chamados receptores Fcγ (FcγR) em monócitos circulantes. Os anticorpos ajudam o vírus

infectar estas células de forma mais eficiente resultando num aumento global da carga viral. Adaptado

de Whitehead, et al., 2007.

Estratégias vacinais variadas foram desenvolvidas para o controle da dengue (tabela 1).

A utilização de partículas virais atenuadas fez parte dos primeiros esforços no desenvolvimento

da vacina, entretanto, a possibilidade de indução de uma resposta imunológica desequilibrada

contra os quatro sorotipos virais e o risco de reversão das cepas vacinais atenuadas de DENV

para as formas virulentas e o risco claro de ADE são preocupações significativas

(WHITEHEAD et al., 2007). As abordagens utilizando vírus quimérico vivo são as estratégias

vacinais mais aprimoradas atualmente. Entretanto, os resultados de um teste clínico recente

demonstraram a geração de proteção parcial não equilibrada entre os sorotipos e a compreensão

de que a soroconverção não é isoladamente um correlato de proteção (DURBIN et al., 2013;

GUZMAN; HARRIS, 2014; MLADINICH et al., 2012; WEISKOPF et al., 2014).

Page 8: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

Tabela 1. Diferentes tipos de candidatos vacinais contra a dengue e seus desenvolvedores.

Diversos grupos empenham-se no desenvolvimento de abordagens baseadas nas vacinas

de DNA (COSTA; FREIRE; ALVES, 2006; COSTA et al., 2007, 2011; WU et al., 2003a),

porém, os riscos de geração de autoimunidade bem como a geração de tolerância ao antígeno

continuam sendo os principais riscos associados a esse tipo de abordagem (KLINMAN et al.,

2000). Já as vacinas de subunidade, embora, por definição, necessitem de adjuvantes para

desencadear efeito protetor, induzem respostas imunológicas consideráveis e fornecem

flexibilidade quanto às vias de administração (AMORIM et al., 2012; PANG, 2003). Portanto,

as vacinas de subunidade, como as usadas neste trabalho, são mais seguras e de mais fácil

aprovação quando comparadas às vacinas de DNA e com o vírus.

Tipo de Candidato Vacinal Referências

1.Virus vivo atenuado

1.1 Vírus atenuado por cultura de células (BHAMARAPRAVATI; YOKSAN,

1989; VAUGHN et al., 1996;

KANESA-THASAN et al., 2003;

SANCHEZ et al., 2006)

1.2 Vírus atenuado por mutagênese (MEN et al., 1996; DURBIN et al.,

2001; TROYER et al., 2001;

WHITEHEAD; FALGOUT; et al.,

2003)

2. Vírus quimérico

2.1 Vírus quimérico com Vírus da febre amarela (CAPEDING et al., 2011; GUY;

SAVILLE; LANG, 2010; GUY et

al., 2011; MORRISON et al., 2010)

2.2 Vírus dengue inter-sorotipo (BLANEY et al., 2004, 2008;BRAY;

LAI, 1991; OSORIO et al., 2011;

WHITEHEAD et al., 2003b)

3. Vírus inteiro inativado e purificado (PUTNAK et al., 1996; SIMMONS

et al., 2010)

4. Vacinas de subunidade (CHIANG et al., 2011 CLEMENTS

et al., 2010; GUZMÁN et al., 2003;

KELLY et al., 2000)

5. Vacinas de DNA (APT et al., 2006; BECKETT et al.,

2011; DANKO; BECKETT;

PORTER, 2011; RAVIPRAKASH et

al., 2006)

6. Vetores virais expressando antígenos da dengue (BRANDLER et al., 2007;

HOLMAN et al., 2007; RAJA et al.,

2007; RAVIPRAKASH et al., 2008;

WHITE et al., 2007;)

7. VLP (ARORA et al., 2013; MANI et al.,

2013; TANG et al., 2012;)

Page 9: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

As proteínas não estruturais são interessantes como antígenos alvos para uma vacina,

visto o alto grau de conservação entre os sorotipos, a grande imunogenicidade das mesmas, e o

risco nulo de indução de ADE, visto que essas proteínas não compões o vírion. As principais

proteínas não estruturais do DENV são: NS1, NS3 e NS5. A NS1 é uma glicoproteína de 46-

55 kDa, que pode ser associada à membrana citoplasmática, ou ainda, ser secretada para o meio

extracelular e apesar de sua função biológica não ter sido totalmente elucidada, sabe-se que é

altamente imunogênica (AVIRUTNAN et al., 2007a, 2011b; GAO et al., 2008). Dentro dos 26

anos desde o primeiro relato da NS1 em uma formulação vacinal, diversos trabalhos

demonstram a capacidade dessa proteína em gerar proteção em modelo murino (AMORIM et

al., 2012a; FALGOUT et al., 1990; HENRIQUES et al., 2013; WU et al., 2003b; ZHANG et

al., 1988). É válido ressaltar que há algumas evidencias in vitro e in vivo que em condições

altamente inflamatórias, a NS1 pode estar envolvida em fenômenos de autoimunidade, o que

torna questionável o uso dessa proteína em formulações vacinais (AMORIM et al., 2014;

AVIRUTNAN et al., 2007b, 2011a; MLADINICH et al., 2012).

A NS3 tem massa molecular de aproximadamente 70 kDa apresentando um domínio

serino-protease (~18kDa) na região N-terminal e helicase (~ 52 kDa) na região C-terminal

(LESCAR et al., 2008). A sua função biológica é vital para o ciclo viral, visto que há atuação

tanto na clivagem da poli proteína resultante da tradução do RNA viral, bem como na função

helicase que em conjunto com a NS5 promovem a replicação viral, sendo portanto, primordiais

na biologia do patógeno (LUO; XU; HUNKE; et al., 2008). A NS3H se estende entre os

aminoácidos 169-618, apresenta um sítio ATPase e por ser solúvel (diferente do domínio

protease da NS3 e da proteína inteira) pode ser mais facilmente obtida (COSTA et al., 2011).

Um fato relevante é que a NS3H conserva epítopos capazes de gerar uma resposta celular

citotóxica (SPAULDING et al., 1999a) como foi visto no uso de linhagens vacinais de

Salmonella Typhimurium como vetor para plasmídeos que continham um epítopo CTL

específico presente na NS3H que se estendia entre os aminoácidos 298 e 306.

A NS5 do DENV é uma proteína de aproximadamente 109 kDa que apresenta no

mínimo dois domínios: os resíduos de 1 a 368 da região N-terminal que compõem a 2’-O-

metiltransferase, e os resíduos de 405 a 900 que compõem uma RNA polimerase dependente

de RNA (BHATTACHARYA et al., 2009). A região inter-domínios possui duas NLS (do inglês

Nuclear Localization Sequence) bem caracterizadas que direcionam a proteína para o núcleo

(TAY et al., 2013; FRASER et al., 2014a). Ela é processada pela via de proteassoma, quando

então são produzidos e apresentados os epítopos específicos para linfócitos T, os quais são bem

conservados entre os quatro sorotipos virais. De fato, foi visto que formulações vacinais

Page 10: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

tetravalentes com vírus dengue atenuado levam à resposta citotóxica direcionada

principalmente a essa proteína (WEISKOPF et al., 2014). A referida proteína não está associada

a partículas virais livres e, provavelmente, não induz a formação de anticorpos anti-DENV

facilitadores de infecção. Há ainda evidências relacionadas ao reconhecimento da NS5 como

importante alvo na geração resposta imune celular em macacos Rhesus infectados com o

DENV-2. Linfócitos capazes de reconhecer especificamente epítopos da NS5 exibiam perfil

polifuncional (MLADINICH et al., 2012). Esse estudo foi pioneiro no uso da NS5 na forma

recombinante como antígeno alvo em formulações vacinais contra a dengue.

1.3 Os adjuvantes vacinais

No geral, um adjuvante pode ser definido como um aditivo ou veículo que melhora a

resposta imune adaptativa ou estimula o sistema imunológico inato de forma a induzir

eficientemente os efeitos imunológicos desejados (SCHIJNS; LAVELLE, 2011). Os adjuvantes

podem ser classificados em 3 tipos baseados no seu modo de ação (BRUNNER et al., 2010):

Os adjuvantes do tipo A são, em sua maioria, derivados de patógenos e atuam por uma via

imunoestimulatória específica nas células apresentadoras de antígenos (APC’s) pela indução de

sinais de perigo. Idealmente, pela escolha do sinal correto de perigo, as APC’s podem ser

programadas a induzirem uma resposta imunológica ajustada ao patógeno ao qual pertence o

antígeno vacinal. Em contraste, os adjuvantes do tipo B promovem aumento da apresentação

de antígenos (TEMMERMAN et al., 2011). Um clássico adjuvante desse tipo é o hidróxido de

alumínio. Esse sal mineral é amplamente empregado em pesquisas e o único adjuvante viável

para vacinas administradas em seres humanos no continente americano (AGUILAR;

RODRÍGUEZ, 2007). Ainda dentro dessa classificação se têm: emulsões de óleo-em-água

(o/w) e água-em-óleo (w/o), lipossomos, nanopartículas e micropartículas. Como é sabido,

esses adjuvantes promovem o prolongamento da apresentação do antígeno via formação de

depósito, proteção contra degradação, facilitação de entrega antigência direta nos linfonodos,

aumento da captação por APCs e indução de apresentação cruzada. É importante ressaltar que

a ausência de um agente imunoestimulatório pode resultar no favorecimento da tolerância

imunológica ao antígeno (BRUNNER et al., 2010). Em contraste, os adjuvantes do tipo C

promovem um sinal de perigo, porém sem a necessidade ativação das APCs, como exemplo se

pode citar o Interferon do tipo 1 e o fator de necrose tumoral na sua forma solúvel em

combinação a antígenos (BON, LE et al., 2001; KAYAMURO et al., 2009).

O RNA dupla-fita (dsRNA) é um sinal de perigo associado à infecção viral. Diversos

dsRNAs sintéticos, como poli (I:C12U), ou ácido polinosinico-policitidilico, comumente

denominado como poli (I:C), eficientemente mimetiza o dsRNA viral. Isso faz desse composto

Page 11: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

um potencial candidato a adjuvante do tipo 2 para vacinação contra infecções virais. Como

sabido, dsRNA são ligantes do receptor do tipo Toll (TLR) 3 que, por sua vez, se localiza na

membrana do compartimento endossomal da maioria das APCs (DESMET; ISHII, 2012;

TAKEUCHI; AKIRA, 2010).

A combinação de adjuvantes do tipo A (imunoestimulador) com B (sistema de entrega)

se mostra como uma estratégia promissora na proteção de ambos, antígeno e do

imunoestimulador, contra degradação. Inclusive, já foi sugerido que a apresentação de um

antígeno fagocitado é mais eficiente quando co-formulado com um imunoestimulador

(BLANDER; MEDZHITOV, 2006; SCHLOSSER et al., 2008). Algumas formulações já foram

desenvolvidas para a entrega do antígeno e poli (I:C). Como demonstrado em modelo murinho,

o Montanide ISA 720, cria uma emulsão w/o, com o poli (I:C) capaz de desencadear uma

resposta Th1 potente e persistente, com a proliferação de linfócitos T CD8+ antígenos-

específicos (JIN et al., 2007). O que contrasta com formulações contendo apenas o M720 como

adjuvante, onde houve uma notável polarização Th2 (JIN et al., 2007). O poli (I:C) formulado

em emulsão com o Montanide ISA 720 promoveu a indução da polarização Th1 mais

eficientemente que o poli (I:C) apenas, fenômeno atribuído à rápida degradação do poli (I:C)

livre por ribonucleases (HAFNER et al., 2013).

Page 12: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

CONCLUSÕES

Os objetivos almejados para desenvolvimento da presente dissertação foram alcançados

e as conclusões obtidas foram:

A forma recombinante da proteína NS5 do DENV-2 foi obtida com alto

rendimento em sistema procarioto a partir da fração solúvel. A proteína preserva

epitopos conformacionais presentes na sua forma nativa.

A proteína NS5 recombinante aqui obtida é imunogênica quando

administrada pela via subcutânea, induzindo a geração de IgG antígeno-especifica,

produção de TNF-α e IFN-γ por células imunológicas e aumento de sobrevida em

modelo de desafio com DENV-2 cepa JHA1.

A imunogenicidade da NS5 foi potencializada pela adição de adjuvantes

em um protocolo vacinal, desencadeando uma resposta humoral sistêmica com perfis

de modulação adequado para cada formulação, entretanto nenhum dos adjuvantes

induziu sobrevida maior que a induzida pela proteína sozinha.

A formulação M720, que continha além da proteína os adjuvantes poli

(I:C) emulsificado em Montanide 720, foi capaz de ativar linfócitos T CD8+ específicos,

fato que não foi correlacionado com aumento na proteção ao desafio intracraniano com

a linhagem JHA1 de DENV2.

Page 13: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

REFERÊNCIAS

ACKERMANN, M.; PADMANABHAN, R. De novo synthesis of RNA by the

dengue virus RNA-dependent RNA polymerase exhibits temperature dependence at

the initiation but not elongation phase. The Journal of biological chemistry, v. 276,

n. 43, p. 39926–39937, 2001.

AGUILAR, J. C.; RODRÍGUEZ, E. G. Vaccine adjuvants revisited. Vaccine, v. 25,

n. 19, p. 3752–3762, 2007.

AMORIM, J. H.; ALVES, R. P. D. S.; BOSCARDIN, S. B.; FERREIRA, L. C. D. S.

The dengue virus non-structural 1 protein: risks and benefits. Virus research, v. 181,

p. 53–60, 2014.

AMORIM, J. H.; DINIZ, M. O.; CARIRI, F. A M. O.; et al. Protective immunity to

DENV2 after immunization with a recombinant NS1 protein using a genetically

detoxified heat-labile toxin as an adjuvant. Vaccine, v. 30, n. 5, p. 837–845, 2012.

AMORIM, J. H.; PEREIRA BIZERRA, R. S.; SANTOS ALVES, R. P. DOS; et al.

A genetic and pathologic study of a DENV2 clinical isolate capable of inducing

encephalitis and hematological disturbances in immunocompetent mice. PloS one, v.

7, n. 9, p. e44984, 2012.

APT, D.; RAVIPRAKASH, K.; BRINKMAN, A.; et al. Tetravalent neutralizing

antibody response against four dengue serotypes by a single chimeric dengue

envelope antigen. Vaccine, v. 24, n. 3, p. 335–344, 2006.

ARORA, U.; TYAGI, P.; SWAMINATHAN, S.; KHANNA, N. Virus-like particles

displaying envelope domain III of dengue virus type 2 induce virus-specific antibody

response in mice. Vaccine, v. 31, n. 6, p. 873–878, 2013.

AVIRUTNAN, P.; HAUHART, R. E.; SOMNUKE, P.; et al. Binding of flavivirus

nonstructural protein NS1 to C4b binding protein modulates complement activation.

Journal of immunology, v. 187, n. 1, p. 424–433, 2011a.

AVIRUTNAN, P.; HAUHART, R. E.; SOMNUKE, P.; et al. Binding of flavivirus

nonstructural protein NS1 to C4b binding protein modulates complement activation.

Journal of immunology, v. 187, n. 1, p. 424–433, 2011b.

AVIRUTNAN, P.; ZHANG, L.; PUNYADEE, N.; et al. Secreted NS1 of dengue

virus attaches to the surface of cells via interactions with heparan sulfate and

chondroitin sulfate E. PLoS pathogens, v. 3, n. 11, p. e183, 2007a.

De acordo com:

ASSOCIAÇÂO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

Page 14: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

AVIRUTNAN, P.; ZHANG, L.; PUNYADEE, N.; et al. Secreted NS1 of dengue

virus attaches to the surface of cells via interactions with heparan sulfate and

chondroitin sulfate E. PLoS pathogens, v. 3, n. 11, p. e183, 2007b.

BARRETO, M. L.; TEIXEIRA, M. G. Dengue no Brasil: situação epidemiológica e

contribuições para uma agenda de pesquisa. Estudos Avançados, v. 22, n. 64, p. 53–

72, 2008.

BECKETT, C. G.; TJADEN, J.; BURGESS, T.; et al. Evaluation of a prototype

dengue-1 DNA vaccine in a Phase 1 clinical trial. Vaccine, v. 29, n. 5, p. 960–968,

2011.

BHAMARAPRAVATI, N.; YOKSAN, S. Study of bivalent dengue vaccine in

volunteers. Lancet, v. 1, n. 8646, p. 1077-1081, 1989.

BHATT, S.; GETHING, P. W.; BRADY, O. J.; et al. The global distribution and

burden of dengue. Nature, v. 496, n. 7446, p. 504–507, 2013..

BHATTACHARYA, D.; MAYURI; BEST, S. M.; et al. Protein kinase G

phosphorylates mosquito-borne flavivirus NS5. Journal of virology, v. 83, n. 18, p.

9195–9205, 2009.

BIELEFELDT-OHMANN, H.; MEYER, M.; FITZPATRICK, D. R.; MACKENZIE,

J. S. Dengue virus binding to human leukocyte cell lines: receptor usage differs

between cell types and virus strains. Virus research, v. 73, n. 1, p. 81–89, 2001.

BIEN, C. G.; BAUER, J.; DECKWERTH, T. L.; et al. Destruction of neurons by

cytotoxic T cells: a new pathogenic mechanism in Rasmussen’s encephalitis. Annals

of neurology, v. 51, n. 3, p. 311–318, 2002.

BINDER, G. K.; GRIFFIN, D. E. Immune-mediated clearance of virus from the

central nervous system. Microbes and infection / Institut Pasteur, v. 5, n. 5, p. 439–

448, 2003.

BLANDER, J. M.; MEDZHITOV, R. Toll-dependent selection of microbial antigens

for presentation by dendritic cells. Nature, v. 440, n. 7085, p. 808–812, 2006.

BLANEY, J. E.; HANSON, C. T.; FIRESTONE, C.-Y.; et al. Genetically modified,

live attenuated dengue virus type 3 vaccine candidates. The American journal of

tropical medicine and hygiene, v. 71, n. 6, p. 811–821, 2004.

BLANEY, J. E.; SATHE, N. S.; GODDARD, L.; et al. Dengue virus type 3 vaccine

candidates generated by introduction of deletions in the 3’ untranslated region (3'-

UTR) or by exchange of the DENV-3 3'-UTR with that of DENV-4. Vaccine, v. 26,

n. 6, p. 817–828, 2008.

BLOK, J. Genetic relationships of the dengue virus serotypes. The Journal of

general virology, v. 66 ( Pt 6), p. 1323–1325, 1985.

Page 15: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

BON, A. LE; SCHIAVONI, G.; D’AGOSTINO, G.; et al. Type i interferons potently

enhance humoral immunity and can promote isotype switching by stimulating

dendritic cells in vivo. Immunity, v. 14, n. 4, p. 461–470, 2001.

BRANDLER, S.; LUCAS-HOURANI, M.; MORIS, A.; et al. Pediatric measles

vaccine expressing a dengue antigen induces durable serotype-specific neutralizing

antibodies to dengue virus. PLoS neglected tropical diseases, v. 1, n. 3, p. e96, 2007.

BRAY, M.; LAI, C. J. Construction of intertypic chimeric dengue viruses by

substitution of structural protein genes. Proceedings of the National Academy of

Sciences of the United States of America, v. 88, n. 22, p. 10342–10346, 1991.

BRIEN, J. D.; UHRLAUB, J. L.; NIKOLICH-ZUGICH, J. West Nile virus-specific

CD4 T cells exhibit direct antiviral cytokine secretion and cytotoxicity and are

sufficient for antiviral protection. Journal of immunology, v. 181, n. 12, p. 8568–

8575, 2008.

BRUNNER, R.; JENSEN-JAROLIM, E.; PALI-SCHÖLL, I. The ABC of clinical and

experimental adjuvants--a brief overview. Immunology letters, v. 128, n. 1, p. 29–

35, 2010.

CAPEDING, R. Z.; LUNA, I. A.; BOMASANG, E.; et al. Live-attenuated, tetravalent

dengue vaccine in children, adolescents and adults in a dengue endemic country:

randomized controlled phase I trial in the Philippines. Vaccine, v. 29, n. 22, p. 3863–

3872, 2011.

CHAKRABORTY, S.; NAZMI, A.; DUTTA, K.; BASU, A. Neurons under viral

attack: victims or warriors? Neurochemistry international, v. 56, n. 6-7, p. 727–735,

2010.

CHAN, Y. C.; KANAPATHIPILLAI, K.; CHEW, K. S. Isolation of two strains of

dengue virus type 3 in Singapore. Singapore medical journal, v. 5, n. 3, p. 127–132,

1965.

CHEN, C.; KUO, M.; CHIEN, L.; et al. RNA-protein interactions: involvement of

NS3, NS5, and 3’ noncoding regions of Japanese encephalitis virus genomic RNA.

Journal of Virology, v. 71, n. 5, p. 3466–3473, 1997.

CHEN, Y.; MAGUIRE, T.; HILEMAN, R. E.; et al. Dengue virus infectivity depends

on envelope protein binding to target cell heparan sulfate. Nature medicine, v. 3, n.

8, p. 866–871, 1997.

CHEVALIER, G.; SUBERBIELLE, E.; MONNET, C.; et al. Neurons are MHC class

I-dependent targets for CD8 T cells upon neurotropic viral infection. PLoS

pathogens, v. 7, n. 11, p. e1002393, 2011.

CHIANG, C.-Y.; LIU, S.-J.; TSAI, J.-P.; et al. A novel single-dose dengue subunit

vaccine induces memory immune responses. PloS one, v. 6, n. 8, p. e23319, 2011.

Page 16: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

CLAASSEN, M. A. A.; JANSSEN, H. L. A.; BOONSTRA, A. Role of T cell

immunity in hepatitis C virus infections. Current opinion in virology, v. 3, n. 4, p.

461–467, 2013.

CLEMENTS, D. E.; COLLER, B.-A. G.; LIEBERMAN, M. M.; et al. Development

of a recombinant tetravalent dengue virus vaccine: immunogenicity and efficacy

studies in mice and monkeys. Vaccine, v. 28, n. 15, p. 2705–2715, 2010.

COSTA, S. M.; AZEVEDO, A. S.; PAES, M. V; et al. DNA vaccines against dengue

virus based on the ns1 gene: the influence of different signal sequences on the protein

expression and its correlation to the immune response elicited in mice. Virology, v.

358, n. 2, p. 413–423, 2007.

COSTA, S. M.; FREIRE, M. S.; ALVES, A. M. B. DNA vaccine against the non-

structural 1 protein (NS1) of dengue 2 virus. Vaccine, v. 24, n. 21, p. 4562–4564,

2006.

COSTA, S. M.; YORIO, A. P.; GONÇALVES, A. J. S.; et al. Induction of a protective

response in mice by the dengue virus NS3 protein using DNA vaccines. PloS one, v.

6, n. 10, p. e25685, 2011.

COUTARD, B.; DECROLY, E.; LI, C.; et al. Assessment of Dengue virus helicase

and methyltransferase as targets for fragment-based drug discovery. Antiviral

research, v. 106, p. 61–70, 2014.

CRILL, W. D.; ROEHRIG, J. T. Monoclonal antibodies that bind to domain III of

dengue virus E glycoprotein are the most efficient blockers of virus adsorption to

Vero cells. Journal of virology, v. 75, n. 16, p. 7769–7773, 2001.

DANKO, J. R.; BECKETT, C. G.; PORTER, K. R. Development of dengue DNA

vaccines. Vaccine, v. 29, n. 42, p. 7261–7266, 2011.

DESMET, C. J.; ISHII, K. J. Nucleic acid sensing at the interface between innate and

adaptive immunity in vaccination. Nature reviews. Immunology, v. 12, n. 7, p. 479–

491, 2012.

DIERCKS, F. H. Isolation of a type 2 dengue virus by use of hamster kidney cell

cultures. The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 8, n. 4, p.

488–491, 1959.

DINTZIS, H. M.; DINTZIS, R. Z.; VOGELSTEIN, B. Molecular determinants of

immunogenicity: the immunon model of immune response. Proceedings of the

National Academy of Sciences of the United States of America, v. 73, n. 10, p.

3671–3675, 1976.

DURBIN, A. P.; KARRON, R. A.; SUN, W.; et al. Attenuation and immunogenicity

in humans of a live dengue virus type-4 vaccine candidate with a 30 nucleotide

deletion in its 3’-untranslated region. The American journal of tropical medicine

and hygiene, v. 65, n. 5, p. 405–413, 2001.

Page 17: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

DURBIN, A. P.; KIRKPATRICK, B. D.; PIERCE, K. K.; et al. A single dose of any

of four different live attenuated tetravalent dengue vaccines is safe and immunogenic

in flavivirus-naive adults: a randomized, double-blind clinical trial. The Journal of

infectious diseases, v. 207, n. 6, p. 957–965, 2013.

ELGERT, K. D. Immunology: Understanding The Immune System. Hoboken:

Wiley-Blackwel, 2009, 726 p.

FALGOUT, B.; BRAY, M.; SCHLESINGER, J. J.; LAI, C. J. Immunization of mice

with recombinant vaccinia virus expressing authentic dengue virus nonstructural

protein NS1 protects against lethal dengue virus encephalitis. Journal of virology, v.

64, n. 9, p. 4356–4363, 1990.

FIELD, R.; CAMPION, S.; WARREN, C.; MURRAY, C.; CUNNINGHAM, C.

Systemic challenge with the TLR3 agonist poly I:C induces amplified IFNalpha/beta

and IL-1beta responses in the diseased brain and exacerbates chronic

neurodegeneration. Brain, behavior, and immunity, v. 24, n. 6, p. 996–1007, 2010.

FRASER, J. E.; RAWLINSON, S. M.; WANG, C.; JANS, D. A.; WAGSTAFF, K.

M. Investigating dengue virus nonstructural protein 5 (NS5) nuclear import. Methods

in molecular biology, v. 1138, p. 301–328, 2014a.

FRASER, J. E.; RAWLINSON, S. M.; WANG, C.; JANS, D. A.; WAGSTAFF, K.

M. Investigating dengue virus nonstructural protein 5 (NS5) nuclear import. Methods

in molecular biology, v. 1138, p. 301–328, 2014b.

GALEA, I.; BECHMANN, I.; PERRY, V. H. What is immune privilege (not)?

Trends in immunology, v. 28, n. 1, p. 12–18, 2007.

GAO, G.; WANG, Q.; DAI, Z.; et al. Adenovirus-based vaccines generate cytotoxic

T lymphocytes to epitopes of NS1 from dengue virus that are present in all major

serotypes. Human gene therapy, v. 19, n. 9, p. 927–936, 2008.

GUPTA, R. K.; SIBER, G. R. Adjuvants for human vaccines: current status, problems

and future prospects. Vaccine, v. 13, n. 14, p. 1263–1276, 1995.

GUY, B.; BARRERE, B.; MALINOWSKI, C.; et al. From research to phase III:

preclinical, industrial and clinical development of the Sanofi Pasteur tetravalent

dengue vaccine. Vaccine, v. 29, n. 42, p. 7229–7241, 2011.

GUY, B.; SAVILLE, M.; LANG, J. Development of Sanofi Pasteur tetravalent

dengue vaccine. Human vaccines, v. 6, n. 9, p. 325-332, 2010.

GUZMAN, M. G.; HALSTEAD, S. B.; ARTSOB, H.; et al. Dengue: a continuing

global threat. Nature reviews. Microbiology, v. 8, n. 12 Suppl, p. S7–16, 2010.

GUZMAN, M. G.; HARRIS, E. Dengue. Lancet, v. 385, n. 9966, p. 453–465, 2015.

GUZMÁN, M. G.; RODRÍGUEZ, R.; RODRÍGUEZ, R.; et al. Induction of

neutralizing antibodies and partial protection from viral challenge in Macaca

Page 18: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

fascicularis immunized with recombinant dengue 4 virus envelope glycoprotein

expressed in Pichia pastoris. The American journal of tropical medicine and

hygiene, v. 69, n. 2, p. 129–134, 2003.

HAFNER, A. M.; CORTHÉSY, B.; MERKLE, H. P. Particulate formulations for the

delivery of poly(I:C) as vaccine adjuvant. Advanced drug delivery reviews, v. 65,

n. 10, p. 1386–1399, 2013.

HALSTEAD, S. B. In Vivo Enhancement of Dengue Virus Infection in Rhesus

Monkeys by Passively Transferred Antibody. Journal of Infectious Diseases , v. 140

, n. 4 , p. 527–533, 1979.

HALSTEAD, S. B.; O’ROURKE, E. J. Dengue viruses and mononuclear phagocytes.

I. Infection enhancement by non-neutralizing antibody. The Journal of

experimental medicine, v. 146, n. 1, p. 201–217, 1977.

HALSTEAD, S. B.; O’ROURKE, E. J.; ALLISON, A. C. Dengue viruses and

mononuclear phagocytes. II. Identity of blood and tissue leukocytes supporting in

vitro infection. The Journal of experimental medicine, v. 146, n. 1, p. 218–229,

1977.

HALSTEAD, S. B.; PORTERFIELD, J. S.; O’ROURKE, E. J. Enhancement of

Dengue Virus Infection in Monocytes by Flavivirus Antisera. The American

Journal of Tropical Medicine and Hygiene , v. 29 , n. 4 , p. 638–642, 1980.

HANLEY, K. A.; LEE, J. J.; BLANEY, J. E.; MURPHY, B. R.; WHITEHEAD, S.

S. Paired charge-to-alanine mutagenesis of dengue virus type 4 NS5 generates

mutants with temperature-sensitive, host range, and mouse attenuation phenotypes.

Journal of virology, v. 76, n. 2, p. 525–531, 2002.

HENDERSON, B. R.; SAEEDI, B. J.; CAMPAGNOLA, G.; GEISS, B. J. Analysis

of RNA binding by the dengue virus NS5 RNA capping enzyme. PloS one, v. 6, n.

10, p. e25795, 2011.

HENRIQUES, H. R.; RAMPAZO, E. V; GONÇALVES, A. J. S.; et al. Targeting the

non-structural protein 1 from dengue virus to a dendritic cell population confers

protective immunity to lethal virus challenge. PLoS neglected tropical diseases, v.

7, n. 7, p. e2330, 2013.

HOLMAN, D. H.; WANG, D.; RAVIPRAKASH, K.; et al. Two complex,

adenovirus-based vaccines that together induce immune responses to all four dengue

virus serotypes. Clinical and vaccine immunology, v. 14, n. 2, p. 182–189, 2007.

HORSTICK, O.; FARRAR, J.; LUM, L.; et al. Reviewing the development, evidence

base, and application of the revised dengue case classification. Pathogens and global

health, v. 106, n. 2, p. 94–101, 2012.

JIN, B.; WANG, R. Y.; QIU, Q.; et al. Induction of potent cellular immune response

in mice by hepatitis C virus NS3 protein with double-stranded RNA. Immunology,

v. 122, n. 1, p. 15–27, 2007.

Page 19: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

JOLY, E.; MUCKE, L.; OLDSTONE, M. B. Viral persistence in neurons explained

by lack of major histocompatibility class I expression. Science, v. 253, n. 5025, p.

1283–1285, 1991.

KÄGI, D.; LEDERMANN, B.; BÜRKI, K.; ZINKERNAGEL, R. M.;

HENGARTNER, H. Molecular mechanisms of lymphocyte-mediated cytotoxicity

and their role in immunological protection and pathogenesis in vivo. Annual review

of immunology, v. 14, p. 207–232, 1996.

KANESA-THASAN, N.; EDELMAN, R.; TACKET, C. O.; et al. Phase 1 studies of

Walter Reed Army Institute of Research candidate attenuated dengue vaccines:

selection of safe and immunogenic monovalent vaccines. The American journal of

tropical medicine and hygiene, v. 69, n. 6 Suppl, p. 17–23, 2003.

KAYAMURO, H.; ABE, Y.; YOSHIOKA, Y.; et al. The use of a mutant TNF-alpha

as a vaccine adjuvant for the induction of mucosal immune responses. Biomaterials,

v. 30, n. 29, p. 5869–5876, 2009.

KEDZIERSKA, K.; GRUTA, N. L. LA; TURNER, S. J.; DOHERTY, P. C.

Establishment and recall of CD8+ T-cell memory in a model of localized transient

infection. Immunological reviews, v. 211, p. 133–145, 2006.

KELLY, E. P.; GREENE, J. J.; KING, A. D.; INNIS, B. L. Purified dengue 2 virus

envelope glycoprotein aggregates produced by baculovirus are immunogenic in mice.

Vaccine, v. 18, n. 23, p. 2549–2559, 2000.

KNICKELBEIN, J. E.; KHANNA, K. M.; YEE, M. B.; et al. Noncytotoxic lytic

granule-mediated CD8+ T cell inhibition of HSV-1 reactivation from neuronal

latency. Science, v. 322, n. 5899, p. 268–271, 2008.

KUHN, R. J.; ZHANG, W.; ROSSMANN, M. G.; et al. Structure of dengue virus:

implications for flavivirus organization, maturation, and fusion. Cell, v. 108, n. 5, p.

717–725, 2002.

LANCKI, D. W.; HSIEH, C. S.; FITCH, F. W. Mechanisms of lysis by cytotoxic T

lymphocyte clones. Lytic activity and gene expression in cloned antigen-specific

CD4+ and CD8+ T lymphocytes. Journal of immunology, v. 146, n. 9, p. 3242–

3249, 1991.

LANCKI, D. W.; KAPER, B. P.; FITCH, F. W. The requirements for triggering of

lysis by cytolytic T lymphocyte clones. II. Cyclosporin A inhibits TCR-mediated

exocytosis by only selectively inhibits TCR-mediated lytic activity by cloned CTL.

Journal of immunology, v. 142, n. 2, p. 416–424, 1989.

LESCAR, J.; LUO, D.; XU, T.; et al. Towards the design of antiviral inhibitors against

flaviviruses: the case for the multifunctional NS3 protein from Dengue virus as a

target. Antiviral research, v. 80, n. 2, p. 94–101, 2008.

LIU, T.; CHAMBERS, T. J. Yellow fever virus encephalitis: properties of the brain-

associated T-cell response during virus clearance in normal and gamma interferon-

Page 20: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

deficient mice and requirement for CD4+ lymphocytes. Journal of virology, v. 75,

n. 5, p. 2107–2118, 2001.

LUNDEGAARD, C.; LAMBERTH, K.; HARNDAHL, M.; et al. NetMHC-3.0:

accurate web accessible predictions of human, mouse and monkey MHC class I

affinities for peptides of length 8-11. Nucleic acids research, v. 36, n. p. 509–12,

2008.

LUO, D.; XU, T.; HUNKE, C.; et al. Crystal structure of the NS3 protease-helicase

from dengue virus. Journal of virology, v. 82, n. 1, p. 173–183, 2008.

LUO, D.; XU, T.; WATSON, R. P.; et al. Insights into RNA unwinding and ATP

hydrolysis by the flavivirus NS3 protein. The EMBO journal, v. 27, n. 23, p. 3209–

3219, 2008.

MALYALA, P.; SINGH, M. Endotoxin limits in formulations for preclinical

research. Journal of pharmaceutical sciences, v. 97, n. 6, p. 2041–2044, 2008.

MANI, S.; TRIPATHI, L.; RAUT, R.; et al. Pichia pastoris-expressed dengue 2

envelope forms virus-like particles without pre-membrane protein and induces high

titer neutralizing antibodies. PloS one, v. 8, n. 5, p. e64595, 2013.

MEDANA, I.; MARTINIC, M. A.; WEKERLE, H.; NEUMANN, H. Transection of

major histocompatibility complex class I-induced neurites by cytotoxic T

lymphocytes. The American journal of pathology, v. 159, n. 3, p. 809–815, 2001.

MEN, R.; BRAY, M.; CLARK, D.; CHANOCK, R. M.; LAI, C. J. Dengue type 4

virus mutants containing deletions in the 3’ noncoding region of the RNA genome:

analysis of growth restriction in cell culture and altered viremia pattern and

immunogenicity in rhesus monkeys. Journal of virology, v. 70, n. 6, p. 3930–3937,

1996.

MLADINICH, K. M.; PIASKOWSKI, S. M.; RUDERSDORF, R.; et al. Dengue

virus-specific CD4+ and CD8+ T lymphocytes target NS1, NS3 and NS5 in infected

Indian rhesus macaques. Immunogenetics, v. 64, n. 2, p. 111–121, 2012.

MORRISON, D.; LEGG, T. J.; BILLINGS, C. W.; et al. A novel tetravalent dengue

vaccine is well tolerated and immunogenic against all 4 serotypes in flavivirus-naive

adults. The Journal of infectious diseases, v. 201, n. 3, p. 370–377, 2010.

MOSEMAN, E. A.; MCGAVERN, D. B. The great balancing act: regulation and fate

of antiviral T-cell interactions. Immunological reviews, v. 255, n. 1, p. 110–124,

2013.

MOSMANN, T. R.; COFFMAN, R. L. TH1 and TH2 cells: different patterns of

lymphokine secretion lead to different functional properties. Annual review of

immunology, v. 7, p. 145–173, 1989.

Page 21: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

MOUTAFTSI, M.; PETERS, B.; PASQUETTO, V.; et al. A consensus epitope

prediction approach identifies the breadth of murine T(CD8+)-cell responses to

vaccinia virus. Nature biotechnology, v. 24, n. 7, p. 817–819, 2006.

MURALI-KRISHNA, K.; RAVI, V.; MANJUNATH, R. Protection of adult but not

newborn mice against lethal intracerebral challenge with Japanese encephalitis virus

by adoptively transferred virus-specific cytotoxic T lymphocytes: requirement for

L3T4+ T cells. The Journal of general virology, v. 77 ( Pt 4), p. 705–714, 1996.

MYERS, R. M.; CAREY, D. E.; RODRIGUES, F. M.; KLONTZ, C. E. THE

ISOLATION OF DENGUE TYPE 4 VIRUS FROM HUMAN SERA IN SOUTH

INDIA. The Indian journal of medical research, v. 52, p. 559–565, 1964.

NAGLER-ANDERSON, C.; LICHTENHELD, M.; EISEN, H. N.; PODACK, E. R.

Perforin mRNA in primary peritoneal exudate cytotoxic T lymphocytes. Journal of

immunology, v. 143, n. 11, p. 3440–3443, 1989.

NORDLY, P.; ROSE, F.; CHRISTENSEN, D.; et al. Immunity by formulation

design: induction of high CD8+ T-cell responses by poly(I:C) incorporated into the

CAF01 adjuvant via a double emulsion method. Journal of controlled release, v.

150, n. 3, p. 307–317, 2011.

OSORIO, J. E.; HUANG, C. Y.-H.; KINNEY, R. M.; STINCHCOMB, D. T.

Development of DENVax: a chimeric dengue-2 PDK-53-based tetravalent vaccine

for protection against dengue fever. Vaccine, v. 29, n. 42, p. 7251–7260, 2011.

PONGSUMPUN, P.; GARCIA LOPEZ, D.; FAVIER, C.; et al. Dynamics of dengue

epidemics in urban contexts. Tropical medicine & international health, v. 13, n. 9,

p. 1180–1187, 2008.

PUTNAK, R.; BARVIR, D. A.; BURROUS, J. M.; et al. Development of a purified,

inactivated, dengue-2 virus vaccine prototype in Vero cells: immunogenicity and

protection in mice and rhesus monkeys. The Journal of infectious diseases, v. 174,

n. 6, p. 1176–1184, 1996.

RAJA, N. U.; HOLMAN, D. H.; WANG, D.; et al. Induction of bivalent immune

responses by expression of dengue virus type 1 and type 2 antigens from a single

complex adenoviral vector. The American journal of tropical medicine and

hygiene, v. 76, n. 4, p. 743–751, 2007.

RAVIPRAKASH, K.; APT, D.; BRINKMAN, A.; et al. A chimeric tetravalent

dengue DNA vaccine elicits neutralizing antibody to all four virus serotypes in rhesus

macaques. Virology, v. 353, n. 1, p. 166–173, 2006.

RAVIPRAKASH, K.; WANG, D.; EWING, D.; et al. A tetravalent dengue vaccine

based on a complex adenovirus vector provides significant protection in rhesus

monkeys against all four serotypes of dengue virus. Journal of virology, v. 82, n. 14,

p. 6927–6934, 2008.

Page 22: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

REMAKUS, S.; SIGAL, L. J. Memory CD8+ T cell protection. Advances in

experimental medicine and biology, v. 785, p. 77–86, 2013.

RIVINO, L.; KUMARAN, E. A. P.; JOVANOVIC, V.; et al. Differential targeting of

viral components by CD4+ versus CD8+ T lymphocytes in dengue virus infection.

Journal of virology, v. 87, n. 5, p. 2693–2706, 2013.

RIVINO, L.; KUMARAN, E. A.; THEIN, T.-L.; et al. Virus-specific T lymphocytes

home to the skin during natural dengue infection. Science Translational Medicine,

v. 7, n. 278, p. 27835–27842, 2015.

RODENHUIS-ZYBERT, I. A; WILSCHUT, J.; SMIT, J. M. Dengue virus life cycle:

viral and host factors modulating infectivity. Cellular and molecular life sciences,

v. 67, n. 16, p. 2773–2786, 2010.

SABIN, A. B. Research on dengue during World War II. The American journal of

tropical medicine and hygiene, v. 1, n. 1, p. 30–50, 1952.

SALEM, M. L.; DIAZ-MONTERO, C. M.; EL-NAGGAR, S. A.; et al. The TLR3

agonist poly(I:C) targets CD8+ T cells and augments their antigen-specific responses

upon their adoptive transfer into naïve recipient mice. Vaccine, v. 27, n. 4, p. 549–

557, 2009.

SAMBROOK, J.; RUSSELL, D. W. Molecular Cloning: A Laboratory Manual..

Cold Spring Harbor: Cold Spring Harbor Laboratory Press, 2001. v.1, 2344 p.

SANCHEZ, V.; GIMENEZ, S.; TOMLINSON, B.; et al. Innate and adaptive cellular

immunity in flavivirus-naïve human recipients of a live-attenuated dengue serotype 3

vaccine produced in Vero cells (VDV3). Vaccine, v. 24, n. 23, p. 4914–4926, 2006.

SCHIJNS, V. E. J. C.; LAVELLE, E. C. Trends in vaccine adjuvants. Expert review

of vaccines, v. 10, n. 4, p. 539–550, 2011.

SCHLOSSER, E.; MUELLER, M.; FISCHER, S.; et al. TLR ligands and antigen need

to be coencapsulated into the same biodegradable microsphere for the generation of

potent cytotoxic T lymphocyte responses. Vaccine, v. 26, n. 13, p. 1626–1637, 2008.

SCHUCH, A.; HOH, A.; THIMME, R. The role of natural killer cells and CD8(+) T

cells in hepatitis B virus infection. Frontiers in immunology, v. 5, p. 258-264, 2014.

SCHWARZ, H.; SCHMITTNER, M.; DUSCHL, A.; HOREJS-HOECK, J. Residual

endotoxin contaminations in recombinant proteins are sufficient to activate human

CD1c+ dendritic cells. PloS one, v. 9, n. 12, p. e113840, 2014.

SHATZ, C. J. MHC class I: an unexpected role in neuronal plasticity. Neuron, v. 64,

n. 1, p. 40–45, 2009.

SIMMONS, M.; BURGESS, T.; LYNCH, J.; PUTNAK, R. Protection against dengue

virus by non-replicating and live attenuated vaccines used together in a prime boost

vaccination strategy. Virology, v. 396, n. 2, p. 280–288, 2010.

Page 23: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

SITATI, E. M.; DIAMOND, M. S. CD4+ T-cell responses are required for clearance

of West Nile virus from the central nervous system. Journal of virology, v. 80, n. 24,

p. 12060–12069, 2006.

SMITH, C. E. G. Isolation of three strains of type 1 dengue virus from a local outbreak

of the disease in Malaya. The Journal of hygiene, v. 54, n. 4, p. 569–580, 1956.

SPAULDING, A. C.; KURANE, I.; ENNIS, F. A.; ROTHMAN, A. L. Analysis of

murine CD8(+) T-cell clones specific for the Dengue virus NS3 protein: flavivirus

cross-reactivity and influence of infecting serotype. Journal of virology, v. 73, n. 1,

p. 398–403, 1999a.

SPAULDING, A. C.; KURANE, I.; ENNIS, F. A.; ROTHMAN, A. L. Analysis of

murine CD8(+) T-cell clones specific for the Dengue virus NS3 protein: flavivirus

cross-reactivity and influence of infecting serotype. Journal of virology, v. 73, n. 1,

p. 398–403, 1999b.

SRIKIATKHACHORN, A.; ROTHMAN, A. L.; GIBBONS, R. V; et al. Dengue--

how best to classify it. Clinical infectious diseases : an official publication of the

Infectious Diseases Society of America, v. 53, n. 6, p. 563–567, 2011.

TAKAHASHI, H.; TAKAHASHI, C.; MORELAND, N. J.; et al. Establishment of a

robust dengue virus NS3-NS5 binding assay for identification of protein-protein

interaction inhibitors. Antiviral research, v. 96, n. 3, p. 305–314, 2012.

TAKEUCHI, O.; AKIRA, S. Pattern recognition receptors and inflammation. Cell, v.

140, n. 6, p. 805–820, 2010.

TAN, B. H.; FU, J.; SUGRUE, R. J.; et al. Recombinant dengue type 1 virus NS5

protein expressed in Escherichia coli exhibits RNA-dependent RNA polymerase

activity. Virology, v. 216, n. 2, p. 317–325, 1996.

TANG, Y.-X.; JIANG, L.-F.; ZHOU, J.-M.; et al. Induction of virus-neutralizing

antibodies and T cell responses by dengue virus type 1 virus-like particles prepared

from Pichia pastoris. Chinese medical journal, v. 125, n. 11, p. 1986–1992, 2012.

TAY, M. Y. F.; FRASER, J. E.; CHAN, W. K. K.; et al. Nuclear localization of

dengue virus (DENV) 1-4 non-structural protein 5; protection against all 4 DENV

serotypes by the inhibitor Ivermectin. Antiviral research, v. 99, n. 3, p. 301–306,

2013.

TAY, M. Y. F.; SAW, W. G.; ZHAO, Y.; et al. The C-terminal 50 Amino Acid

Residues of Dengue NS3 Protein Are Important for NS3-NS5 Interaction and Viral

Replication. The Journal of biological chemistry, v. 290, n. 4, p. 2379–2394, 2015.

TEMMERMAN, M.-L. DE; REJMAN, J.; DEMEESTER, J.; et al. Particulate

vaccines: on the quest for optimal delivery and immune response. Drug discovery

today, v. 16, n. 13-14, p. 569–582, 2011.

Page 24: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

TROYER, J. M.; HANLEY, K. A.; WHITEHEAD, S. S.; et al. A live attenuated

recombinant dengue-4 virus vaccine candidate with restricted capacity for

dissemination in mosquitoes and lack of transmission from vaccinees to mosquitoes.

The American journal of tropical medicine and hygiene, v. 65, n. 5, p. 414–419,

2001.

TUNG, J. W.; HEYDARI, K.; TIROUVANZIAM, R.; et al. Modern flow cytometry:

a practical approach. Clinics in laboratory medicine, v. 27, n. 3, p. 453–468, v, 2007.

VAUGHN, D. W.; HOKE, C. H.; YOKSAN, S.; et al. Testing of a dengue 2 live-

attenuated vaccine (strain 16681 PDK 53) in ten American volunteers. Vaccine, v.

14, n. 4, p. 329–336, 1996.

VOULGARIDOU, G.-P.; MANTSO, T.; CHLICHLIA, K.; PANAYIOTIDIS, M. I.;

PAPPA, A. Efficient E. coli expression strategies for production of soluble human

crystallin ALDH3A1. PloS one, v. 8, n. 2, p. e56582, 2013.

WADA, T.; KOHARA, M.; YASUTOMI, Y. DNA vaccine expressing the non-

structural proteins of hepatitis C virus diminishes the expression of HCV proteins in

a mouse model. Vaccine, v. 31, n. 50, p. 5968–5974, 2013.

WAKELIN, S. J.; SABROE, I.; GREGORY, C. D.; et al. “Dirty little secrets”--

endotoxin contamination of recombinant proteins. Immunology letters, v. 106, n. 1,

p. 1–7, 2006.

WANG, P.; SIDNEY, J.; DOW, C.; et al. A systematic assessment of MHC class II

peptide binding predictions and evaluation of a consensus approach. PLoS

computational biology, v. 4, n. 4, p. e1000048, 2008.

WANG, P.; SIDNEY, J.; KIM, Y.; et al. Peptide binding predictions for HLA DR,

DP and DQ molecules. BMC bioinformatics, v. 11, p. 568-572, 2010.

WEISKOPF, D.; ANGELO, M. A.; BANGS, D. J.; et al. The human CD8+ T cell

responses induced by a live attenuated tetravalent dengue vaccine are directed against

highly conserved epitopes. Journal of virology, v. 89, p. 120-128, 2014.

WHITE, L. J.; PARSONS, M. M.; WHITMORE, A. C.; et al. An immunogenic and

protective alphavirus replicon particle-based dengue vaccine overcomes maternal

antibody interference in weanling mice. Journal of virology, v. 81, n. 19, p. 10329–

10339, 2007.

WHITEHEAD, S. S.; BLANEY, J. E.; DURBIN, A. P.; MURPHY, B. R. Prospects

for a dengue virus vaccine. Nature reviews. Microbiology, v. 5, n. 7, p. 518–528,

2007.

WHITEHEAD, S. S.; FALGOUT, B.; HANLEY, K. A.; et al. A live, attenuated

dengue virus type 1 vaccine candidate with a 30-nucleotide deletion in the 3’

untranslated region is highly attenuated and immunogenic in monkeys. Journal of

virology, v. 77, n. 2, p. 1653–1657, 2003.

Page 25: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

WHITEHEAD, S. S.; HANLEY, K. A.; BLANEY, J. E.; et al. Substitution of the

structural genes of dengue virus type 4 with those of type 2 results in chimeric vaccine

candidates which are attenuated for mosquitoes, mice, and rhesus monkeys. Vaccine,

v. 21, n. 27-30, p. 4307–4316, 2003.

WHO. Dengue: guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control - New

edition. Disponível em:

<http://whqlibdoc.who.int/publications/2009/9789241547871_eng.pdf?ua=1>.

Acesso em: 15/8/2014.

WILLIAMS, N. S.; ENGELHARD, V. H. Identification of a population of CD4+

CTL that utilizes a perforin- rather than a Fas ligand-dependent cytotoxic mechanism.

Journal of immunology, v. 156, n. 1, p. 153–159, 1996.

WOODLAND, D. L. Jump-starting the immune system: Prime-boosting comes of

age. Trends in Immunology, v. 25, n. 2, p. 98–104, 2004.

WORTZMAN, M. E.; CLOUTHIER, D. L.; MCPHERSON, A. J.; LIN, G. H. Y.;

WATTS, T. H. The contextual role of TNFR family members in CD8(+) T-cell

control of viral infections. Immunological reviews, v. 255, n. 1, p. 125–148, 2013.

WRIGHT, S.; RAMOS, R.; TOBIAS, P.; ULEVITCH, R.; MATHISON, J. CD14, a

receptor for complexes of lipopolysaccharide (LPS) and LPS binding protein.

Science, v. 249, n. 4975, p. 1431–1433, 1990.

WU, S.-F.; LIAO, C.-L.; LIN, Y.-L.; et al. Evaluation of protective efficacy and

immune mechanisms of using a non-structural protein NS1 in DNA vaccine against

dengue 2 virus in mice. Vaccine, v. 21, n. 25-26, p. 3919–3929, 2003a.

WU, S.-F.; LIAO, C.-L.; LIN, Y.-L.; et al. Evaluation of protective efficacy and

immune mechanisms of using a non-structural protein NS1 in DNA vaccine against

dengue 2 virus in mice. Vaccine, v. 21, n. 25-26, p. 3919–3929, 2003b.

YAP, T. L.; XU, T.; CHEN, Y.-L.; et al. Crystal structure of the dengue virus RNA-

dependent RNA polymerase catalytic domain at 1.85-angstrom resolution. Journal

of virology, v. 81, n. 9, p. 4753–4765, 2007.

YUN, N. E.; PENG, B.-H.; BERTKE, A. S.; et al. CD4+ T cells provide protection

against acute lethal encephalitis caused by Venezuelan equine encephalitis virus.

Vaccine, v. 27, n. 30, p. 4064–4073, 2009.

ZHANG, X.; SHENG, J.; AUSTIN, S. K.; et al. Structure of acidic pH dengue virus

showing the fusogenic glycoprotein trimers. Journal of virology, v. 89, n. 1, p. 743–

750, 2015.

ZHANG, Y. M.; HAYES, E. P.; MCCARTY, T. C.; et al. Immunization of mice with

dengue structural proteins and nonstructural protein NS1 expressed by baculovirus

recombinant induces resistance to dengue virus encephalitis. Journal of virology, v.

62, n. 8, p. 3027–3031, 1988.

Page 26: desenvolvimento de uma vacina de subunidade contra o sorotipo 2 ...

ZHOU, Y.; RAY, D.; ZHAO, Y.; et al. Structure and function of flavivirus NS5

methyltransferase. Journal of virology, v. 81, n. 8, p. 3891–3903, 2007.