Historia da Unificacao Italiana

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Unificação Italiana

As unificações italiana e alemã alteraram profundamente o quadro político da Europa no século XIX, rearticulando um equilíbrio de forças

que resultaria na I Guerra Mundial (1914 - 1918). Na base desses processos estavam os movimentos liberais, acentuadamente

nacionalistas nestes países.

Os interesse internos na unificação:O desenvolvimento industrial foi intenso no norte da península, as

cidades cresceram de maneira espantosa e o comércio foi impulsionado pela indústria. Criou-se uma infra-estrutura ferroviária

considerável. Com as transformações econômicas e sociais o norte da Península

Itálica se desenvolveu. A alta burguesia queria a unificação, que garantiria o progresso e lhe daria possibilidades de concorrer no mercado externo. Para ela, a unificação tinha significado apenas

liberal; o nacionalismo não passou de instrumento. A média burguesia, aliada ao proletariado urbano, desejava um

Estado que adotasse medi das econômicas e sociais de tendência democrática. Preferia uma unificação em termos republica nos, enquanto a alta burguesia queria unificar o mais fácil e rápido

possível, em torno do reino mais forte da Itália: Piemonte-Sardenha.

Qual era a situação antes:Após o período de Napoleão Bonaparte e a Revolução Francesa, a Itália ficou sob domínio do Império Austri-Húngaro. Dividida em 7

Estados: Reino do Piemonte-Sardenha; Parma; Módena e Toscana; Reino Lombardo-Veneziano; o Estado Pontifício; Reino das Duas

Sicílias. Em 1848, o rei Carlos Alberto do Piemonte -Sardenha tentou a

unificação e declarando guerra à Áustria. Não obteve sucesso e deixou o trono para seu filho Vítor Emanuel II. Estava lançado a idéia

da unificação.Fatores que retardaram o liberalismo na Itália:

- Fragmentação territorial e autonomia política das cidades;- Influência da ideologia Católica na região;

- Intervenção das potências estrangeiras no país (Áustria e França).Lutas nacionalistas e populares:

As revoluções ocorrida na Europa em 1830 e 1848 desencadearam diversos movimentos nacionalistas na Itália,

foram eles: - Movimento Jovem Itália ( de caráter republicano);

- Resurgimento (de caráter liberal); - Sociedade Carbonária (de caráter popular);

Apesar do clima de grandes agitações populares, esse movimento não conseguiu êxito na primeira metade do século XIX. Porém, uma nova

onda de protestos bem sucedidos ocorreria a partir de 1860/1871. Os fatores que possibilitaram o processo de unificação foram:

1. Uma burguesia forte que promoveu um grande desenvolvimento industrial na região norte da Itália.

2. Política beligerante de Cavour, primeiro na Guerra da Criméia contra a Rússia e depois na guerra contra a Áustria.

Conchavos pré-guerra

Em 1852, o ministro Cavour (Click) , de Piemonte, viu que sem ajuda não seria possível vencer a Áustria e pensou em possíveis aliandos. A oportunidade surge na, Guerra da Criméia que opunha Rússia contra França e Inglaterra (1854 1856). Resolveu enviar tropas para ajudar a França o que lhe rendeu uma grande alianda. Nesta época Napoleão III era o governante. Em 1859, Cavour e Napoleão III se encontra ram para fazer uma acordo: Napoleão apoia Piemonte contra a Áustria e

receberia em troca os condados da Savóia e de Nice; o Piemonte recebe ria a Lombardia-Veneza, que pertenciam à Áustria

Quer dar uma olhadinha no porque? Click aqui!Guerra da Criméia.

A guerra começou contra os austríacos.Franceses e sardo-piemonteses tiveram vitórias, mas a mobilização da Prússia e a reação dos franceses amedrontaram Napoleão, que

assinou a paz com a Áustria. O Piemonte recebeu a Lombardia, mas a Áustria conservou Veneza. Nesse tratado ficou combinado à

formação de uma confederação dos Estados italianos sob a presidência do papa, o que contrariava os objetivos de Cavour. As campanhas militares de 1859 repercutiram em toda a Itália.

Toscana, Parma, Módena e Romagna, Estados pertencentes ao papa, se revoltaram, querendo unir-se ao Piemonte. Napoleão III concordou desde que a França recebesse Savóia e Nice. Os dois condados, em plebiscito em 1860, aprovaram a passagem para a

França quase por unanimidade.

Com a conivência de Cavour, Giuseppe Garibaldi (Click) e seu Exército Popular dos Camisas Vermelhas, conseguiu invadir o reino

dos Bourbons se apossando da Sicília e passaram por Nápoles e pondo em fuga o rei Francisco II (Click). As tropas do Piemonte

invadiram os Estados papais, únicos ainda não integrados. Garibaldi, republicano, opunha-se à casa de Savóia; pois daria ao país um regime monárquico. Para não atrapalhar a unificação, afastou-se da vida pública temporariamente. Quando Cavour morreu em 1861,

Piemonte já dominava quase toda a Itália. Vítor Emanuel II (Click) declarou-se rei e transferiu a capital para Florença. Para completar a unificação, faltava só a adesão dos

restantes Estados.

A conquista de Veneza foi possível graças à guerra entre Áustria e Prússia(1864), à qual os italianos se aliaram. Vencida, a Áustria pediu

o arbitramento de Napoleão III. Veneza passou à Itália após um plebiscito. A Áustria ainda conservaria Trento e Trieste.

O problema com os Estados papais era mais difícil o papa se recusava a entregar a cidade, pois considerava que era a garantia da

independência da Igreja. Garibaldi tentou tomar Roma, mas Napoleão III enviou uma guarnição

para proteger o papa: tomar Roma pela força equivaleria a declarar guerra à França (Click).

Em 1870, os prussianos invadiram e venceram a

França; os italianos então tomaram Roma e ocuparam o resto dos Estados. Em 1871, Vítor Emanuel ofereceu ao

papa as leis de garantia, mas Pio IX considerou-se

prisioneiro no Vaticano e recusou qualquer conciliação.

A questão romana só se resolveu em 1929 pelo Tratado de Latrão entre Mussolini e Pio

XI, que criou o Estado do Vaticano (Click)

, com quase cinco quilômetros quadrados de superfície.

Vaticano

A Guerra da Criméia se estendeu de 1854 a 1856. Começou com uma discussão entre monges ortodoxos russos e católicos

franceses sobre quem teria precedência sobre os locais sagrados em Jerusalém e Nazaré. Em 1853 os ânimos se acirraram resultando em violência e casos de morte em Belém. O Czar Nicolau I aproveita o incidente. Aega estar

defendendo os cristãos que habitavam os domínios do sultão turco e seus templos na Terra Santa. Envia tropas para ocupar a Moldávia e a Romênia. Em resposta, os turcos declaram guerra à Rússia. Com a guerra declarada, a frota

russa destruíu a flotilha turca, no Mar Negro. Não passou de um movimento para aumentar a presença russa no Mar Negro

e, desta forma, ampliar sua influência por todo o Mediterrâneo e no Oriente Médio. Para evitar a expansão russa, os britânicos e franceses abandonaram uma rivalidade secular e decidiram se declarar a favor dos turcos. A Rainha Victoria e Napoleão III, imperador da França enviam forças militares para os

bálcans.Em Setembro de 1854 os russos já haviam sido expulsos da Moldávia e da

Romênia. A guerra deveria ter terminado neste ponto, mas Lord Palmerstone, primeiro ministro britânico, decidiu que a grande base naval russa em

Sabastopol constituía uma ameaça direta à segurança da região no futuro. As forças expedicionárias, então, se dirigem para a península da Criméia.

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