Post on 07-Aug-2015
Faculdade de Informática e Administração Paulista
Bacharelado em Sistemas de Informação
ACESSIBILIDADE EM SITES DE
ENSINO A DISTÂNCIA PARA
DEFICIENTES VISUAIS – CURSO DE
HTML
Ricardo Schmidt – RM 58462
Wallace Cardoso – RM 58248
São Paulo
2009
Faculdade de Informática e Administração Paulista
Bacharelado em Sistemas de Informação
ACESSIBILIDADE EM SITES DE
ENSINO A DISTÂNCIA PARA
DEFICIENTES VISUAIS – CURSO DE
HTML
Monografia apresentada à Faculdade de
Informática e Administração Paulista como parte do
Trabalho de Conclusão de Curso, requisito parcial
para obtenção do diploma de bacharel em Sistemas
de Informação.
Orientador: Prof. MS. Luiz Carlos Rampazzo Filho
São Paulo
2009
Dedicamos este trabalho, às nossas famílias,
namoradas e amigos, que nos apoiaram durante
toda trajetória da faculdade.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pela oportunidade de desenvolver esse
trabalho, e podermos conhecer um pouco sobre a vida, os desafios e a força
de vontade de pessoas portadoras de deficiência visual.
Agradecimento ao Antônio Carlos e Adriana Kravchenko da
Fundação Dorina Nowill, que nos receberam na fundação e nos ajudaram no
desenvolvimento do projeto, e ao Ivo Ramalho e Carolina Venancio, da
Fundação Bradesco, que nos orientaram com dicas e sugestões para
realização desse trabalho.
Aos nossos amigos, e antigos chefes, Reinaldo Santos e Jefferson
Amado, que nos apoiaram no desenvolvimento desse projeto desde o início.
Ao nosso professor e orientador Luiz Carlos Rampazzo, que
acompanhou, ajudou e incentivou a execução deste trabalho.
Agradecimentos carinhosos à família do aluno Ricardo Schmidt:
Edson Schmidt, Cleonice Schmidt, Rafael Schmidt, Rodrigo Schmidt, Caike
Schmidt, e a namorada Amanda Queiroz de Souza, que incentivaram o
aluno na realização deste trabalho desde seu início.
Agradecimentos carinhosos à família do aluno Wallace Cardoso:
Maria José Cardoso, Gislaine Cardoso Colaço Ricardo, e a namorada
Camila Rodrigues Vitale, que incentivaram o aluno na realização deste
trabalho desde seu início.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
ABSTRACT
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ...................................................................... 1
1.1. Objetivo do Estudo ............................................................................ 1
1.2. O problema que motivou este estudo ............................................... 1
1.3. Composição do trabalho ................................................................... 1
CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................... 3
2.1. Inclusão Social dos Deficientes ........................................................ 3
2.2. O direito ao trabalho.......................................................................... 9
2.3. Portadores de deficiência no Brasil ................................................. 10
2.4. Educação Especial.......................................................................... 11
2.5. Deficiência Visual ............................................................................ 17
2.6. Principais Causas da Deficiência Visual ......................................... 19
2.7. Introdução ao Sistema Braille ......................................................... 20
2.7.1. A Cela Básica .............................................................................. 21
2.7.2. O Alfabeto Básico da Língua Portuguesa .................................... 21
2.8. Inclusão Digital de Deficientes Visuais............................................ 21
2.9. Como Deficientes Visuais Usam o Computador ............................. 22
2.9.1. Acesso ao Computador sem Mouse ............................................ 23
2.9.2. Acesso ao Computador sem Monitor ........................................... 24
2.9.3. Softwares Leitores de Tela .......................................................... 24
2.9.3.1. Jaws ......................................................................................... 24
2.9.3.2. Virtual Vision ............................................................................ 25
2.9.3.3. Dosvox ..................................................................................... 26
2.10. EAD - Ensino a Distância............................................................. 27
2.10.1. A Evolução do EAD no Brasil ................................................... 29
2.10.2. EAD para Deficientes Visuais usando a Internet ...................... 30
2.10.3. Formação de Professores para Educação Especial ................. 32
2.11. Acessibilidade .............................................................................. 32
2.11.1. Acessibilidade na Internet ........................................................ 33
2.11.1.1. W3C - World Wide Web Consortium ..................................... 35
2.11.1.2. W3C-WAI - Web Accessibility Initiative ................................. 36
2.11.1.3. WCAG - Web Content Accessibility Guidelines ..................... 36
2.11.1.4. Recomendações do WCAG .................................................. 37
2.11.1.5. WCAG – Pontos de Verificação e Níveis de Prioridade ........ 39
2.11.1.6. WCAG - Selos de Conformidade de Acessibilidade .............. 46
2.11.1.7. Responsabilidade pelo nível de Acessibilidade..................... 47
2.11.2. Desenvolvendo Sites Acessíveis .............................................. 48
2.11.2.1. Exemplos de códigos acessíveis .......................................... 50
2.11.2.1.1. Formulários Acessíveis ...................................................... 50
2.11.2.1.2. Utilizando Texto Alternativo em Imagem ........................... 52
2.11.3. Avaliadores e Validadores Automáticos de Acessibilidade ...... 53
CAPÍTULO 3 – Materiais e métodos ............................................................ 57
3.1. Metodologias no desenvolvimento do site ...................................... 57
3.1.1. Acessibilidade .............................................................................. 57
3.1.2. Padrões Web ............................................................................... 58
3.1.3. Conteúdo acessível ..................................................................... 59
3.1.4. Ensino a distância para deficientes visuais.................................. 61
3.2. Técnicas de acessibilidade usadas no desenvolvimento do site .... 61
3.2.1. Aplicando as técnicas do WCAG ................................................. 62
3.2.1.1. Atributo TABINDEX .................................................................. 62
3.2.1.2. Atributo ACCESSKEY .............................................................. 63
3.2.1.3. Tag de Cabeçalho .................................................................... 64
3.3. Validando a acessibilidade do site .................................................. 65
3.3.1. Validando o site através de softwares leitores de tela ................. 65
3.3.2. Validando o site através de softwares de validação automática .. 66
3.3.3. Validação do site por deficientes visuais ..................................... 66
3.4. Tecnologias usadas no desenvolvimento do site ............................ 66
3.4.1. XHTML......................................................................................... 67
3.4.2. CSS ............................................................................................. 67
3.4.3. JavaScript .................................................................................... 67
3.4.4. PHP ............................................................................................. 67
3.4.5. Apache ........................................................................................ 68
3.4.6. MySQL ......................................................................................... 68
3.5. Realização do curso de HTML ........................................................ 69
3.6. Divulgação do site na internet ......................................................... 70
CAPÍTULO 4 – SISTEMA ............................................................................ 71
4.1. Codificação padrão em todas as páginas do site ............................ 71
4.2. Menu da área do aluno ................................................................... 73
4.3. Formulário de cadastro ................................................................... 74
4.4. Demais códigos utilizados no site ................................................... 77
CAPÍTULO 5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................... 78
5.1. Comparativo de validações realizado em sites de ensino a distância
pela internet .............................................................................................. 78
5.2. Alunos do site www.cursodehtml.com.br ........................................ 87
5.3. Discussão sobre os resultados ....................................................... 92
CAPÍTULO 6 – CONCLUSÃO...................................................................... 93
CAPÍTULO 7 – BIBLIOGRAFIA ................................................................... 95
APÊNDICE A – GLOSSÁRIO .................................................................... 101
APÊNDICE B – ANEXO 1 .......................................................................... 105
Como utilizar o site ................................................................................. 105
Mapa do site ........................................................................................... 105
Página inicial ........................................................................................... 106
Realizar cadastro no curso de HTML...................................................... 107
Área do aluno ......................................................................................... 107
Esqueci minha senha.............................................................................. 108
O Curso .................................................................................................. 108
Conheça o Projeto .................................................................................. 108
Fale conosco .......................................................................................... 108
Página principal da ‗Área do aluno‘ ........................................................ 109
Realização do curso ............................................................................... 109
Índice do curso ....................................................................................... 110
Exercícios ............................................................................................... 111
Esclarecer dúvida ................................................................................... 111
Avaliação do curso.................................................................................. 112
Criar meu site ......................................................................................... 112
Lista de arquivos criados ........................................................................ 113
Área administrativa ................................................................................. 113
Administração de alunos ......................................................................... 114
Administração de avaliações .................................................................. 114
Administração de dúvidas ....................................................................... 114
Relatório administrativo .......................................................................... 114
APÊNDICE B – ANEXO 2 .......................................................................... 115
APÊNDICE B – ANEXO 3 .......................................................................... 117
APÊNDICE B – ANEXO 4 .......................................................................... 121
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Cela Básica, Sistema Braille [17]. ................................................ 21
Figura 2 - Alfabeto Básico, Sistema Braille [17]. .......................................... 21
Figura 3 - Tela inicial do Jaws. Fonte: criação própria. ................................ 25
Figura 4 - Tela inicial do Dosvox. Fonte: Criação própria. ........................... 27
Figura 5 - Selos de conformidade do WCAG 1.0 [38]. ................................. 47
Figura 6 - Código HTML de formulário acessível [46]. ................................. 51
Figura 7 - Formulário acessível visualizado através de um navegador [46]. 52
Figura 8 - Código HTML para exibir imagem com texto alternativo [47]. ..... 53
Figura 9 - Selos usados quando o XHTML e CSS do site são válidos [49]. . 56
Figura 10 - Código HTML utilizando TABINDEX em formulário. Fonte:
Criação Própria. ........................................................................................... 62
Figura 11 - Código HTML utilizando TABINDEX em links. Fonte: Criação
Própria. ........................................................................................................ 63
Figura 12 - Código HTML utilizando o atributo ACCESSKEY. Fonte: Criação
Própria. ........................................................................................................ 64
Figura 13 - Código HTML utilizando a tag de cabeçalho H1. Fonte: Criação
Própria. ........................................................................................................ 65
Figura 14 - Página principal do site www.escolavirtual.com.br. Fonte: Criação
Própria. ........................................................................................................ 79
Figura 15 - Página principal do site www.iped.com.br. Fonte: Criação
Própria. ........................................................................................................ 80
Figura 16 - Página principal do site www.catho.com.br/cursos. Fonte:
Criação Própria. ........................................................................................... 80
Figura 17 - Página principal do site www.portaleducacao.com.br. Fonte:
Criação Própria. ........................................................................................... 81
Figura 18 - Resultado da avaliação do site www.cursodehtml.com.br. Fonte:
Criação Própria. ........................................................................................... 84
Figura 19 - Resultado da avaliação do site www.escolavirtual.org.br. Fonte:
Criação Própria. ........................................................................................... 84
Figura 20 - Resultado da avaliação do site www.catho.com.br/cursos. Fonte:
Criação Própria. ........................................................................................... 85
Figura 21 - Resultado da avaliação do site www.iped.com.br. Fonte: Criação
Própria. ........................................................................................................ 85
Figura 22 - Resultado da avaliação do site www.portaleducacao.com.br.
Fonte: Criação Própria. ................................................................................ 85
Figura 23 - Código HTML criado por Deficiente Visual. Fonte: Criação
Própria. ........................................................................................................ 91
Figura 24 - Visualização da página criada por Deficiente Visual. Fonte:
Criação Própria. ........................................................................................... 91
Figura 25 - Mapa com principais funcionalidades do site. Fonte: Criação
Própria. ...................................................................................................... 105
Figura 26 - Página principal do site www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação
Própria. ...................................................................................................... 106
Figura 27 - Formulário de cadastro do site www.cursodehtml.com.br. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 107
Figura 28 - Página da área do aluno www.cursodehtml.com.br. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 109
Figura 29 - Modelo de página usada nos capítulos do curso de HTML. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 110
Figura 30 – Modelo de página dos exercícios propostos na finalização de
cada capítulo do curso de HTML. Fonte: Criação Própria. ........................ 111
Figura 31 - Formulário de avaliação exibido quando o aluno finaliza todos
capítulos do curso de HTML. Fonte: Criação Própria. ............................... 112
Figura 32 - Formulário onde o aluno pode criar seu site em HTML. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 113
Figura 33 - 5 primeiras perguntas da avaliação do curso de HTML. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 115
Figura 34 - Figura 40 - 5 últimas perguntas da avaliação do curso de HTML.
Fonte: Criação Própria. .............................................................................. 116
Figura 35 - Divulgação do curso de HTML no site www.ethos.org.br. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 117
Figura 36 - Divulgação do curso de HTML no site www.terra.com.br. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 118
Figura 37 - Divulgação do curso de HTML no site www.lerparaver.com.
Fonte: Criação Própria. .............................................................................. 118
Figura 38 - Divulgação do curso de HTML no site
www.muitoespecial.com.br. Fonte: Criação Própria. .................................. 119
Figura 39 - Divulgação do curso de HTML no site www.dasilva.org.br. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 119
Figura 40 - Divulgação do curso de HTML no site
www.empresaresponsavel.com. Fonte: Criação Própria. .......................... 120
Figura 41 - Divulgação do curso de HTML no site www.praxys.com.br. Fonte:
Criação Própria. ......................................................................................... 120
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Tipos de deficiências no Brasil [7]. ............................................ 11
Gráfico 2 - Professores para atender PNEE [10]. ........................................ 15
Gráfico 3 - Formação de professores na Educação Especial [10]. .............. 16
Gráfico 4 - Evolução de matrículas das PNEE [10]. ..................................... 16
Gráfico 5 - Condições de Informática nas escolas especiais [10]. ............... 17
Gráfico 6 - Deficiência Visual Congênita e Adquirira [9]. .............................. 19
Gráfico 7- Total de alunos cadastrados no curso de HTML. Fonte: Criação
Própria. ........................................................................................................ 87
Gráfico 8 - Faixa etária dos alunos Deficientes Visuais cadastrados no curso
de HTML. Fonte: Criação Própria. ............................................................... 88
Gráfico 9 - Faixa etária dos alunos Videntes cadastrados no curso de HTML.
Fonte: Criação Própria. ................................................................................ 88
Gráfico 10 - Conclusão do Curso de HTML. Fonte: Criação Própria. .......... 89
Gráfico 11 - Resultado das avaliações respondidas pelos alunos. Fonte:
Criação Própria. ........................................................................................... 90
Gráfico 12 - Total de alunos que enviaram dúvidas. Fonte: Criação Própria.
..................................................................................................................... 90
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Comparativo das avaliações realizadas em sites de ensino a
distância. Fonte: Criação Própria. ................................................................ 86
RESUMO
A inclusão social e digital de pessoas com deficiência visual deve ser
tratada com seriedade e prioridade em nosso país. Muitos deficientes visuais
são excluídos das comunidades em que vivem e um dos principais motivos é
a falta de recursos adequados para que a inclusão aconteça.
O objetivo deste trabalho é demonstrar que o desenvolvimento de
sites de ensino a distância seguindo as recomendações de acessibilidade do
W3C é uma importante alternativa para incluir socialmente e digitalmente
deficientes visuais.
Neste trabalho também são apresentadas informações das principais
metodologias para desenvolver e validar a acessibilidade de sites.
ABSTRACT
Social and digital inclusion of people with visual disability has to be
treated seriously and priority in our country. Several people with visual
disability are excluded of the communities where they live and one of the
main reasons is the lack of appropriate resources for this inclusion to
happen.
The objective of this work is to demonstrate how the development of
sites for distance learning accordingly to the accessibility recommendations
of W3C is an important alternative to count up socially and digitally people
with visual disabilities.
This work also introduces information regarding the main
methodologies for developing and validating the accessibility on websites.
1
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1. Objetivo do Estudo
É evidente que em nosso país existe um grande déficit no campo da
educação, e que no grupo de pessoas com deficiência este é um fator ainda
mais agravante. Por isso, é extremamente importante que existam
ambientes de aprendizagem que favoreçam o atendimento e o ensino de
pessoas portadoras de deficiência. É fundamental a criação de novas
alternativas de ensino para que deficientes se integrem socialmente e
digitalmente em nossa sociedade, e então possam evoluir como pessoas e
profissionais.
O objetivo do presente trabalho é demonstrar que sites de ensino a
distância pela internet, desenvolvidos de acordo com as recomendações de
acessibilidade do W3C, é um importante meio de ensino para pessoas com
deficiência visual.
1.2. O problema que motivou este estudo
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística estima que no ano de
2000 aproximadamente 14,5% da população Brasileira possuía algum tipo
de deficiência, onde 48% eram portadoras de deficiência visual. As
dificuldades que essas pessoas encontram para se integrarem com a
comunidade são imensas, pois muitas vezes o acesso a escolas e cursos é
dificultado para essas pessoas.
1.3. Composição do trabalho
Esta monografia está dividida em 7 capítulos e 2 apêndices:
No capítulo 2, é explanado sobre a inclusão social de deficientes, os
problemas e desafios que eles enfrentam, as leis e direitos dos deficientes,
números estatísticos sobre deficiência no Brasil, educação especial para
2
pessoas deficientes e a importância da formação de professores para
interagir e ensinar pessoas com necessidades educacionais especiais. No
final desse capítulo é explicado o conceito de acessibilidade, a importância
da acessibilidade na internet para deficientes visuais, e informações de
como os sites devem ser desenvolvidos para prover acesso adequado a
deficientes visuais.
No capítulo 3 são apresentados os materiais e métodos que foram
utilizados para o desenvolvimento deste projeto.
No capítulo 4 é apresentado como foi desenvolvido o sistema
aplicando os materiais e métodos apresentados no capítulo 3.
No capítulo 5 são apresentados os resultados e as discussões obtidas
através da criação do site www.cursodehtml.com.br.
O capítulo 6 traz as conclusões do trabalho e o capítulo 7 relaciona a
bibliografia consultada.
Adicionalmente, no apêndice A, é apresentado um glossário com os
principais termos utilizados neste trabalho. No apêndice B, são apresentados
os anexos deste trabalho.
3
CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Inclusão Social dos Deficientes
O fato das pessoas com algum tipo de deficiência ou com alguma
necessidade especial serem excluídos socialmente é tão antigo quanto a
socialização do homem. Milhares de pessoas com algum tipo de deficiência
são discriminadas nas comunidades em que vivem ou são excluídas do
mercado de trabalho [1].
O processo de exclusão social muitas vezes acontecesse até
mesmo antes do período de escolarização, ocorrendo no nascimento ou no
momento em que aparece algum tipo de deficiência em algum membro da
família. Isso ocorre em qualquer tipo de constituição familiar, independente
das classes sociais [1].
A falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que a
deficiência seja considerada como uma doença. Pessoas cegas, surdas e
com deficiências mentais ou físicas são tachadas de seres incapazes,
indefesos, sem direitos, sempre deixados em segundo plano [1].
Pessoas portadoras de deficiência enfrentam grandes dificuldades
na inclusão escolar, onde só as grandes cidades possuem algum tipo de
atendimento especial voltado aos deficientes. A realidade tem mostrado que
os ciclos do ensino fundamental, com sua passagem automática de ano, e a
falta de formação de professores, de recursos técnico-pedagógicos, de
acompanhamento de equipe multidisciplinar, fonoaudiólogos, assistentes
sociais, psicólogos, de salas e de professores de apoio, deixam a questão
da inclusão escolar sem estrutura eficiente [1].
Segundo BRUMER, no caso do ensino superior, os deficientes
visuais enfrentam outro tipo de dificuldade ao freqüentarem a faculdade,
uma vez que a bibliografia específica de seu curso é de uso por demais
restrito para justificar sua impressão em Braille [2].
4
Algumas das dificuldades encontradas pelos deficientes visuais que
retardam a inclusão social destacam-se na [2]:
Falta de escolas especiais na rede pública.
Existência de poucas classes com os recursos didáticos
necessários ao atendimento de portadores de necessidades
especiais.
Falta de profissionais qualificados no atendimento de deficientes
visuais.
Dificuldade de produzir material em Braille quando a demanda é
muito reduzida, como é o caso de alunos deficientes visuais
isolados em alguns cursos universitários.
Baixa quantidade de material em Braille comparado a demanda
que existe.
A conscientização das pessoas é outro ponto fundamental para que
a inclusão social não fique apenas na teoria. A família ou responsáveis por
pessoas portadoras de deficiência, também se tornam pessoas com
necessidades especiais: eles precisam de orientação e principalmente do
acesso a grupos de apoio. Na verdade, são eles que intermediarão a
integração ou inclusão de seus filhos junto à comunidade [1].
Segundo MACIEL [1], existem 3 passos fundamentais para a
inclusão social de pessoas deficientes:
1. O primeiro passo é conseguir a alteração da visão social
através:
- de um trabalho de sensibilização contínuo e permanente por
parte de grupos e instituições que já atingiram um grau efetivo de
compromisso com a inclusão de portadores de necessidades
especiais junto à sociedade;
- da capacitação de profissionais de todas as áreas para o
atendimento das pessoas com algum tipo de deficiência;
5
- da elaboração de projetos que ampliem e inovem o
atendimento dessas pessoas;
- da divulgação da Declaração de Salamanca e outros
documentos similares, da legislação, de informações e necessidades
dos portadores de deficiência e da importância de sua participação
em todos os setores da sociedade.
2. O segundo passo no processo de inclusão social é o da
inclusão escolar. É necessário analisar se o ambiente de
aprendizagem é favorecedor, se existem ofertas de recursos
audiovisuais, se ocorreu as eliminações de barreiras arquitetônicas,
sonoras e visuais, se existem salas de apoio pedagógico para
estimulação e acompanhamento suplementar, se os currículos e
estratégias de ensino estão adequados à realidade dos alunos e se
todos os que compõem a comunidade escolar estão sensibilizados
para atender o portador de deficiência com respeito e consideração.
3. O terceiro passo para a inclusão social de portadores de
deficiência é a instituição de mecanismos fortalecedores desses
direitos, tais como destinação de maiores verbas públicas para os
projetos que atendam esse segmento e participação de entidades de
defesa de deficientes nos processos decisórios de todas as áreas
diretamente envolvidas no atendimento dessa população.
Movimentos nacionais e internacionais têm buscado a criação de
políticas de integração e de educação inclusiva. O resultado desses esforços
resultou na Conferência Mundial de Educação Especial, onde participou 88
países e 25 organizações internacionais. Esse congresso aconteceu na
cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994 [1].
Esta Conferência Mundial teve como ponto mais importante a
'Declaração de Salamanca', no qual está descrita a seguir, onde são
apresentados pontos que devem servir de reflexão e mudanças da realidade
atual [3].
6
"Acreditamos e Proclamamos que:
- toda criança tem direito fundamental à educação e
deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível
adequado de aprendizagem;
- toda criança possui características, interesses,
habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas;
- sistemas educacionais deveriam ser designados e
programas educacionais deveriam ser implementados no
sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais
características e necessidades;
- aqueles com necessidades educacionais especiais
devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los
dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de
satisfazer tais necessidades;
- escolas regulares, que possuam tal orientação
inclusiva, constituem os meios mais eficazes de combater
atitudes discriminatórias, criando-se comunidades acolhedoras,
construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação
para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação
efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em
última instância, o custo da eficácia de todo o sistema
educacional.
Nós congregamos todos os governos e demandamos
que eles:
- atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao
aprimoramento de seus sistemas educacionais no sentido de
se tornarem aptos a incluírem todas as crianças,
independentemente de suas diferenças ou dificuldades
individuais;
7
- adotem o princípio de educação inclusiva em forma
de lei ou de política, matriculando todas as crianças em escolas
regulares, a menos que existam fortes razões para agir de
outra forma;
- desenvolvam projetos de demonstração e encorajem
intercâmbios em países que possuam experiências de
escolarização inclusiva;
- estabeleçam mecanismos participatórios e
descentralizados para planejamento, revisão e avaliação de
provisão educacional para crianças e adultos com
necessidades educacionais especiais;
- encorajem e facilitem a participação de pais,
comunidades e organizações de pessoas portadoras de
deficiências nos processos de planejamento e tomada de
decisão concernentes à provisão de serviços para
necessidades educacionais especiais;
- invistam maiores esforços em estratégias de
identificação e intervenção precoces, bem como nos aspectos
vocacionais da educação inclusiva;
- garantam que, no contexto de uma mudança
sistêmica, programas de treinamento de professores, tanto em
serviço como durante a formação, incluam a provisão de
educação especial dentro das escolas inclusivas.
Nós também congregamos a comunidade internacional;
em particular, nós congregamos governos com programas de
cooperação internacional, agências financiadoras
internacionais, especialmente as responsáveis pela
Conferência Mundial em Educação para Todos, Unesco,
Unicef, UNDP e o Banco Mundial:
8
- a endossar a perspectiva de escolarização inclusiva e
apoiar o desenvolvimento da educação especial como parte
integrante de todos os programas educacionais;
- as Nações Unidas e suas agências especializadas,
em particular a ILO, WHO, Unesco e Unicef;
- a reforçar seus estímulos de cooperação técnica, bem
como reforçar suas cooperações e redes de trabalho para um
apoio mais eficaz à já expandida e integrada provisão em
educação especial;
- a reforçar sua colaboração com as entidades oficiais
nacionais e intensificar o envolvimento crescente delas no
planejamento, implementação e avaliação de provisão em
educação especial que seja inclusiva;
- Unesco, enquanto a agência educacional das Nações
Unidas;
- a assegurar que educação especial faça parte de toda
discussão que lide com educação para todos em vários foros;
- a mobilizar o apoio de organizações dos profissionais
de ensino em questões relativas ao aprimoramento do
treinamento de professores no que diz respeito a necessidades
educacionais especiais;
- a estimular a comunidade acadêmica no sentido de
fortalecer pesquisa, redes de trabalho e o estabelecimento de
centros regionais de informação e documentação e, da mesma
forma, a servir de exemplo em tais atividades e na
disseminação dos resultados específicos e dos progressos
alcançados em cada país no sentido de realizar o que almeja a
presente Declaração;
9
- a mobilizar Fundos através da criação (dentro de seu
próximo Planejamento a Médio Prazo 1996-2000) de um
programa extensivo de escolas inclusivas e programas de
apoio comunitário, que permitiriam o lançamento de projetos-
piloto que demonstrassem novas formas de disseminação e o
desenvolvimento de indicadores de necessidade e de provisão
de educação especial".
2.2. O direito ao trabalho
No que se refere ao trabalho, a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991,
estabelece quotas de empregos para deficientes nas empresas e no serviço
público, garantindo o acesso ao mercado de trabalho e a manutenção do
emprego, por pessoas portadoras de deficiência. [4].
Ao mesmo tempo, como a lei é ampla, não há quotas específicas
para cada tipo de deficiência, e as empresas podem escolher, entre os
deficientes, os que lhes são mais úteis, dando também preferência aos
portadores de deficiência parcial [5].
A lei sobre a contratação de portadores de necessidades especiais
apresenta [4]:
Lei nº 8.213 de 25 de julho de 1991
"Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência e dá
outras providências a contratação de portadores de necessidades
especiais."
Art. 93 - a empresa com 100 ou mais funcionários está
obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com
beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, na
seguinte proporção:
- até 200 empregados - 2%
10
- de 201 a 500 empregados - 3%
- de 501 a 1000 empregados - 4%
- de 1001 em diante - 5%
Dados divulgados pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)
demonstram a dificuldade que os deficientes têm em ocupar uma posição
dentro do mercado de trabalho. De acordo com os números divulgados em
2007, do total de 37,6 milhões de vínculos empregatícios formais, 348,8 mil
foram declarados como portadores de necessidades especiais, o que
representa menos de 1% de empregos formais no Brasil [6].
Desse total de 348,8 mil trabalhadores portadores de necessidades
especiais, 50,28% são deficientes físicos, 28,16% auditivos, 2,95% visuais,
2,41% mentais e 1,67% portadores de deficiências múltiplas [6].
Segundo BRUMER [2], as vagas de trabalho para deficientes visuais
limitam-se a um número reduzido de ocupações, tais como telefonista,
vendedor e ascensorista, embora haja um número mais amplo de funções
que eles poderiam exercer com competência. Pela dificuldade da inclusão
escolar, são poucos os deficientes visuais que conseguem uma formação de
curso superior, dificultando a especialização em áreas específicas.
2.3. Portadores de deficiência no Brasil
Segundo o Decreto Federal n.º 914/93, portador de deficiência é
"aquela pessoa que apresenta, em caráter permanente, perdas ou
anomalias de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica,
que gerem incapacidade para o desempenho de atividades, dentro do
padrão considerado normal para o ser humano" [6].
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em pesquisa
do Censo Demográfico, apurou que a população Brasileira estimada no ano
de 2000 era de 169.799.170 pessoas, sendo que 14,5% da população
possuíam algum tipo de deficiência [7].
11
A relação dos tipos de deficiências e a porcentagem de pessoas
deficientes são apresentadas no Gráfico 1.
Gráfico 1 – Tipos de deficiências no Brasil [7].
2.4. Educação Especial
A Educação Especial é a modalidade de educação para pessoas
que, por alguma espécie de limitação, necessitam de modificações ou
adaptações no programa educacional, para que possam atingir seu potencial
máximo. Essas limitações podem decorrer de problemas visuais, auditivos,
mentais ou motores [8].
A educação é um dos fatores essenciais para que a inclusão social
aconteça, e isso não é apenas para pessoas que possuem alguma
deficiência, mas da população em geral. Se em nosso país já existe um
grande déficit neste campo da educação, no grupo de pessoas com
deficiência este é um fator ainda mais agravante [9].
8% 4%
48%
17%
23%
Porcentagens dos tipos de deficiências no Brasil
Deficiência Mental
Deficiência Física
Deficiência Visual
Deficiência Auditiva
Deficiência Motora
12
Dados do Censo realizado pelo Ministério da Educação (MEC) em
2005 demonstram que enquanto no ensino fundamental estudavam 419 mil
alunos com deficiência, somente 11 mil estavam matriculados no ensino
médio. Já nas universidades o número de estudantes com deficiência é
praticamente insignificante, representando apenas 0,1% do total. Ou seja,
existe uma relação direta entre as barreiras enfrentadas pelas crianças com
deficiência e o índice de desistência escolar [9].
Os dados referentes à educação da população com deficiência são
dos mais importantes e preocupantes, pois esse é um fator chave na
inclusão dos deficientes em nossa sociedade. Além disso, o nível de
educação adquirida pelo deficiente refletirá em sua profissão frente ao
mercado de trabalho [9].
No ano de 2006, o Congresso Nacional decretou e o Sr. Fernando
Henrique Cardoso aprovou a Lei nº 9.394, estabelecendo diretrizes e bases
da educação nacional [8]. O Capítulo V da lei trata da educação especial,
apresentado no trecho abaixo:
LEI Nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996 - LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
CAPÍTULO V
Da Educação Especial
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais.
§ 1º. Haverá, quando necessário, serviços de apoio
especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da
clientela de educação especial.
13
§ 2º. O atendimento educacional será feito em classes, escolas
ou serviços especializados, sempre que, em função das condições
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes
comuns de ensino regular.
§ 3º. A oferta de educação especial, dever constitucional do
Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a
educação infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos
com necessidades especiais:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
organização específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem
atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em
virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor
tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio
ou superior, para atendimento especializado, bem como professores
do ensino regular capacitados para a integração desses educandos
nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva
integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas
para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem
como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas
áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais
suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino
estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas
14
sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em
educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder
Público.
Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa
preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com
necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino,
independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.
Pesquisas realizadas pelo MEC (Ministério da Educação) apontam
algumas evoluções na área de educação especial no Brasil para PNEEs
(Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais) [10]:
Professores tem se especializado em atender alunos com
necessidades educacionais especiais;
A cada novo ano a quantidade de matrículas de alunos com
algum tipo de deficiência aumenta em relação ao ano anterior;
As escolas especializadas na educação especial possuem cada
vez mais recursos como computadores, internet e laboratórios de
informática para seus alunos.
No Gráfico 2, uma pesquisa realizada pelo MEC apresenta as
distribuições dos professores com curso de no mínimo 40 horas,
especializados no atendimento de alunos com necessidades educacionais
especiais no ano de 2006 [10].
15
Gráfico 2 - Professores para atender PNEE [10].
No Gráfico 3, o MEC registra que 54.625 professores formaram-se
em 2006 para atender alunos com necessidades educacionais especiais,
onde mais de 75% dos professores especializou-se na área de educação
especial no ensino superior [10].
4%
15%
66%
13%
2%
Distribuições dos professores especializados no ensino especial
Creche
Pré-Escola
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Educação Profissional
16
Gráfico 3 - Formação de professores na Educação Especial [10].
A evolução de matrículas de alunos com necessidades educacionais
especiais no ensino superior teve um crescimento significativo em 2005,
comparado aos anos de 2003 e 2004. A formação de professores
especializados foi um dos fatores nessa crescente quantidade de matrículas
[10].
Gráfico 4 - Evolução de matrículas das PNEE [10].
1%
24%
75%
Distribuição de professores formados para atender PNEE
Com Ensino Fundamental
Com Ensino Médio
Com Ensino Superior
Def. Auditiva Def. Física Def. Mental Def. Múltipla Def. Visual
665
1.387
96 83
920974
1.704
72 140
1.665
2.428
3.914
225515
3.418
Evolução de Matrículas de alunos com Deficiência
2003 2004 2005
17
Segundo pesquisa realizada pelo MEC, observa-se que a
informática é uma realidade positiva nas escolas para alunos com
necessidades educacionais especiais. Como é apresentado no Gráfico 5, no
ano de 2006 existiam 7053 escolas especiais (especializadas em educação
especial), sendo que 90% tinham computadores disponíveis para seus
alunos, e 63,4% tinham acesso à internet .
Gráfico 5 - Condições de Informática nas escolas especiais [10].
2.5. Deficiência Visual
Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), existem
aproximadamente 40 milhões de pessoas com necessidades especiais com
limitação visual no mundo, das quais 75% são provenientes de regiões de
baixo poder socioeconômico [11].
No Brasil, a incidência de Pessoas com Necessidade Educacionais
Especiais com limitação visual está na faixa de 1,0% a 1,5% da população,
sendo de uma entre 3 mil crianças com cegueira, e de uma entre 500
40,4 %
90 %
63,4 %
Informática nas 7.053 Escolas Especiais
Escolas com Laboratórios de Informática
Escolas com Computadores
Escolas com Acesso à Internet
18
crianças com baixa visão. A proporção é de 80% de pessoas com baixa
visão e de 20% de pessoas totalmente cegas [11].
Outra pesquisa aponta que a falta de atendimento especializado
está fortemente relacionada à origem dos problemas de visão. Segundo
pesquisa realizada pela OMS, acredita-se que 2/3 dos portadores de
deficiência visual, poderiam ter sua deficiência prevenida, evitada e até
mesmo curada se tivessem um atendimento oftalmológico imediato [12].
De acordo com o Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04,
conceitua-se como deficiência visual [13]:
Cegueira – na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no
melhor olho, com a melhor correção óptica;
Baixa Visão – significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor
olho, com a melhor correção óptica;
Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em
ambos os olhos for igual ou menor que 60°;
Ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições
anteriores.
A partir da edição do Decreto nº 5.296/04 pessoas com baixa visão
também foram considerados como Deficientes Visuais. As pessoas com
baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns, lentes de
contato, ou implantes de lentes intra-oculares, não conseguem ter uma visão
nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao contraste,
percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da
patologia causadora da perda visual [13].
Segundo TONET [12], a cegueira caracteriza-se como aquela
pessoa que possui perda total da visão ou perda da percepção da luz. A
cegueira é considerada como sendo uma deficiência de grau severo, mas
que pode ser amenizada por tratamento médico, reeducação e uso das
19
tecnologias assistivas1, tais como: bengala, sistema Braille, leitores de tela
com síntese de voz, Braille eletrônico, impressoras Brailles, etc.
TONET [12] define visão subnormal ou baixa visão, como aquela
pessoa que mesmo com a limitação visual utiliza ou é potencialmente capaz
de utilizar a visão para o planejamento ou execução de uma tarefa/atividade,
ou ainda, que seja capaz de perceber luminosidade até o grau em que a
deficiência visual interfira ou limite seu desempenho.
A deficiência visual é a situação de diminuição da resposta visual,
podendo ser de causa congênita ou hereditária, mesmo após tratamento
clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos [9]:
a) Deficiência congênita: aquelas provenientes desde o nascimento.
b) Deficiência adquirida: aquelas adquiridas ao longo da vida.
Gráfico 6 - Deficiência Visual Congênita e Adquirira [9].
2.6. Principais Causas da Deficiência Visual
Em uma pesquisa realizada no ano de 2004 pelo Setor de
Oftalmologia do HC da Unicamp (Hospital das Clínicas), concluiu-se que a
catarata é a maior causa de cegueira em Campinas, onde 40% dos casos a
catarata aparece como principal causa da perda da visão. Outras causas
prevalentes ou importantes foram retinopatia diabética (doença na retina),
com 16%, e glaucoma, com 11% [15].
1 Tecnologia assistiva: Ferramenta ou recurso utilizado com a finalidade de proporcionar
uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência [14].
20
Segundo oftalmologista Carlos Arieta, o percentual de deficiências
visuais causadas pela catarata em Campinas coincidiu com a incidência
média da doença na maior parte dos países. Segundo ele, a doença
responde por uma margem que vai de 40% a 60% dos casos de cegueira no
mundo [15].
2.7. Introdução ao Sistema Braille
O sistema Braille foi inventado na França em 1825, por um jovem
cego chamado Louis Braille. Ele se inspirou numa invenção denominada
sonografia ou código militar, desenvolvida por Charles Barbier, oficial do
exército francês, que tinha como objetivo possibilitar a comunicação noturna
entre oficiais nas campanhas de guerra [16].
Em 1854, o Sistema Braille foi adotado no Imperial Instituto dos
Meninos Cegos (hoje, Instituto Benjamin Constant), sendo a primeira
instituição na América Latina a utilizá-lo. Atualmente o Braille é usado no
mundo inteiro, para a educação e integração dos deficientes visuais na
sociedade [16].
O Sistema Braille é um sistema de leitura e escrita tátil que consta
de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos. Os seis
pontos formam o que convencionou-se chamar de "cela Braille". Para
facilitar a sua identificação, os pontos são numerados em duas colunas [17]:
Do alto para baixo, coluna da esquerda: pontos 1-2-3;
Do alto para baixo, coluna da direita: pontos 4-5-6.
A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63
combinações ou símbolos Braille, usados em todo o mundo para representar
letras, números, símbolos — usados na matemática, na química, na música,
na informática, e etc. [17].
21
2.7.1. A Cela Básica
Figura 1 - Cela Básica, Sistema Braille [17].
2.7.2. O Alfabeto Básico da Língua Portuguesa
Figura 2 - Alfabeto Básico, Sistema Braille [17].
2.8. Inclusão Digital de Deficientes Visuais
A Inclusão digital é considerada como um caminho essencial para a
inclusão social, pois proporciona igualdade de oportunidades na sociedade
da informação para qualquer pessoa, independente de suas deficiências
[18].
Segundo SANTAROSA, a informática é um meio extremamente
importante na inclusão digital e social de pessoas portadoras de deficiência
22
visual, além disso, é o meio de propiciar o acesso à informação de cidadãos
excluídos. SANTAROSA ainda diz que as tecnologias assistivas propiciam
aos deficientes visuais uma forma de compartilhar, aprender e interagir,
construindo coletivamente em uma sociedade que muitas vezes as exclui
[11].
As dificuldades e empecilhos que os deficientes visuais encontram
na utilização da informática como meio de estudo podem ser superados se
houver, acima de tudo, a vontade de construir, de superar, e de aceitar os
desafios existentes [8].
Segundo BRUMER, a falta ou redução de visão não é o principal
obstáculo para a inclusão dos portadores de deficiência visual como
cidadãos. Se existem condições de aprendizado e meios de desenvolver e
aplicar suas habilidades, os portadores de deficiência visual têm condições
para estudar, trabalhar e de participar da vida social, econômica, cultural e
política da sociedade [2].
Dessa forma, o acesso ao computador é uma ferramenta
extremamente importante no processo de inclusão social e digital, pois o
acesso à informação, a troca de experiências e a facilidade de comunicação
proporcionada pelo meio digital e pela internet contribuem para uma
sociedade mais inclusiva, além de gerar um grande diferencial no
aprendizado e na capacidade de ascensão financeira para o cidadão
deficiente [9] [19].
2.9. Como Deficientes Visuais Usam o Computador
Os deficientes visuais contam com a ajuda das tecnologias
assistivas para utilizarem computadores. As tecnologias mais conhecidas e
utilizadas no Brasil são os softwares chamados de leitores de tela e os
softwares ampliadores de tela [21].
Segundo MELO, os ampliadores de telas têm a função de ampliar e
modificar as cores na tela, visando melhorar a leitura de textos e a
23
percepção das imagens às pessoas com dificuldade em enxergar. São
exemplos deste tipo de tecnologia assistiva a Lente de Aumento do Sistema
Operacional Microsoft® Windows e a Lente Pro.
No caso dos Leitores de telas, a função do software é explicar o que
está sendo mostrado na tela por meio de sintetizadores de voz ou displays
em Braille, promovendo acesso à informação às pessoas cegas ou com
dificuldades de leitura. SPELA explica que termo "explicar" é usado ao invés
de "ler", porque, além de saber o que está escrito, os deficientes visuais
precisam saber se aquilo é um título, um campo de formulário, uma caixa de
diálogo, uma lista, ou um botão. São exemplos de leitores de telas: Jaws for
Windows, Virtual Vision, DosVox e NVDA. Todos estes leitores de tela foram
desenvolvidos para o ambiente Windows, porém já existem softwares
similares para Unix [21] [22].
No caso das pessoas deficientes visuais que utilizam leitores de
telas, a diferença está na ausência do mouse, pois todas as operações para
utilizar o software são realizadas pelo teclado, motivo pelo qual é necessário
que o deficiente visual domine a localização dos caracteres (teclas
alfanuméricas, símbolos e funções). Para facilitar o posicionamento no
teclado, os deficientes visuais contam com a presença de uma saliência nas
teclas F, J e no número 5 [21].
2.9.1. Acesso ao Computador sem Mouse
Existem várias dificuldades na utilização do mouse por pessoas com
deficiência visual, paralisia, amputação de um membro superior ou
dificuldade de controle dos movimentos. Em muitos casos, essas
dificuldades podem ser resolvidas através das opções de acessibilidade dos
sistemas operacionais. Por exemplo, no sistema operacional Windows, com
as teclas ―Ctrl+Esc‖ é possível abrir o menu "Iniciar" do Windows, navegar
entre os itens do menu com as setas do teclado, e pressionar a tecla "Enter"
ao invés de usar o botão esquerdo do mouse [22].
24
2.9.2. Acesso ao Computador sem Monitor
Segundo SPELTA, deficientes visuais com cegueira não precisam
utilizar um monitor para acessar o computador, pois essas informações são
captadas pelos softwares leitores de tela e então enviadas para um
sintetizador de voz ou para um terminal Braille [22].
2.9.3. Softwares Leitores de Tela
Além do software leitor de tela explicar o que é mostrado na tela, o
software tem que interagir com o usuário, pois este precisa ter o controle do
que está ouvindo, e pode precisar, por exemplo, configurar a velocidade que
um texto é lido, deixando a leitura mais lenta, ou voltar a leitura de uma
frase, ou soletrar uma palavra [22].
SPLETA explica que os softwares leitores de tela também possuem
limitações. Por exemplo, eles não são capazes de interpretar uma
informação apresentada em formato gráfico, mesmo que o seu conteúdo
seja um texto. Outro ponto importante é que, pelo fato dos deficientes visuais
substituírem a utilização do mouse, utilizando basicamente os recursos de
navegação através do teclado, se algum elemento apresentado na tela não
puder ser focado através dos recursos de navegação do teclado, dificilmente
ele será acessível a um usuário deficiente visual [22].
No caso específico da internet, para que os softwares leitores de tela
consigam explicar as informações corretamente dos sites, existem diversas
diretrizes e metodologias de programação que devem ser seguidas no
desenvolvimento desses sites [22].
2.9.3.1. Jaws
O software Jaws é um leitor de tela desenvolvido pela empresa
norte-americana Henter-Joyce, pertencente ao grupo Freedom Scientific.
25
Segundo SANTAROSA, estima-se que no ano de 2003, a quantidade de
usuários deste programa era em torno de 50.000, espalhados por vários
países [23].
O Jaws trabalha em ambiente Windows, nas versões Windows Vista,
Windows XP Professional, Windows XP Home, Windows XP Media Center
Edition, Windows 2008 Server, e Windows 2003 Server. O Jaws é um
software pago, e a versão básica tem um custo de $895.00 [24].
Após a instalação do software, é possível utilizar a grande maioria
dos aplicativos existentes para o ambiente Windows, como os aplicativos do
Office, o Internet Explorer, E-mail, Chat, entre diversos outros [23].
Figura 3 - Tela inicial do Jaws. Fonte: criação própria.
2.9.3.2. Virtual Vision
O software Virtual Vision é um leitor de tela desenvolvido pela
empresa brasileira MicroPower. A primeira versão foi lançada em janeiro de
1998. Sua última versão é a 6.0, e o valor da licença do software é de
R$1.440 para pessoa física, e R$1.800 para pessoa jurídica. Correntistas do
banco Real e do banco Bradesco podem adquirir uma licença gratuita do
software. Assim como o software Jaws, após a instalação do Virtual Vision é
possível utilizar a grande maioria dos aplicativos existentes para o ambiente
26
Windows, como os softwares Word, Excel, Internet Explorer, Outlook, MSN,
Skype, entre outros. [25].
Segundo informações divulgadas no site da MicroPower, o Virtual
Vision é atualmente acessado por aproximadamente 10 mil pessoas com
deficiência visual, sendo que cerca de 1.000 deles já se encontram
ocupados no mercado de trabalho [25].
2.9.3.3. Dosvox
O Dosvox, diferente do Jaws e Virtual Vision, é um sistema
operacional com mais de 80 softwares próprios, desenvolvidos
especialmente para deficientes visuais. Além disso, não existem custos para
utilizar o Dosvox [26].
Esse sistema operacional vem sendo desenvolvido desde 1993, pelo
Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, sob a coordenação do professor José Antônio dos Santos Borges
[23].
Segundo SANTAROSA, uma das importantes características desse
sistema operacional é que ele foi desenvolvido com tecnologia totalmente
nacional, sendo o primeiro sistema comercial a sintetizar vocalmente textos
genéricos na língua portuguesa [23].
Segundo informações divulgadas no site do Dosvox, em dezembro
de 2002 existiam cerca de 6000 usuários no Brasil e alguns países da
América Latina utilizando esse sistema operacional. Nesta época, o número
desses usuários que acessavam a Internet era estimado em cerca de 1000
deficientes visuais [26].
Dentre as limitações do DOSVOX destaca-se o acesso à Internet,
que apresenta algumas restrições pelo fato da maioria das páginas
apresentarem figuras, gráficos e frames, o que torna difícil para o deficiente
visual compreender o que está sendo exibido na tela [23].
27
Figura 4 - Tela inicial do Dosvox. Fonte: Criação própria.
2.10. EAD - Ensino a Distância
A sigla EAD, cujo significado é ‗ensino a distância‘, é a modalidade
educacional alternativa para transmitir informações e instruções aos alunos,
sem que alunos e professores estejam localizados no mesmo espaço físico
[27].
ALMEIDA ainda define EAD como uma modalidade educacional cujo
desenvolvimento relaciona-se com a administração do tempo pelo aluno, o
desenvolvimento da autonomia para realizar as atividades indicadas no
momento em que considere adequado, o diálogo com os pares para a troca
de informações e o desenvolvimento de produções em colaboração [27].
Inicialmente, o EAD surgiu como uma modalidade educacional
alternativa para pessoas residentes em áreas isoladas e para aqueles que
não tinham condições de estudar nos períodos estabelecidos pelas
instituições de ensino. Dessa forma, as informações e instruções eram
transmitidas aos alunos pelo correio, e os professores, por sua vez,
recebiam destes as respostas às lições propostas [27].
28
O rádio e a televisão deram um novo impulso no EAD, favorecendo
a disseminação e a popularização do acesso à educação em diferentes
níveis, permitindo atender grande massa de alunos, onde o grande
diferencial era a emissão rápida de informações [27].
Com o advento da internet, evidenciou-se uma ampliação ao acesso
da educação, e com isso o surgimento dos ‗ambientes digitais de
aprendizagem‘, que são sistemas computacionais disponíveis na internet,
destinados ao suporte de atividades mediadas pelas TICs (tecnologias de
informação e comunicação). Através desses ambientes digitais de
aprendizagem, é possível integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos,
apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações
entre pessoas, elaborar e socializar produções tendo em vista atingir
determinados objetivos [27].
No modelo do EAD usando a internet, através dos ambientes digitais
de aprendizagem, conta-se com a presença do professor para elaborar os
materiais instrucionais e planejar as estratégias de ensino e, na maioria das
situações, com um tutor encarregado de responder as dúvidas dos alunos de
forma online. É muito importante que o tutor compreenda a concepção do
curso e esteja devidamente preparado para orientar o aluno, pois do
contrário corre-se o risco de um atendimento inadequado que pode levar o
aluno a abandonar a possibilidade de interação com o tutor, passando a
trabalhar sozinho sem ter com quem dialogar a respeito de suas dificuldades
e progressos [27].
Atualmente, o EAD não é mais apenas uma modalidade educacional
alternativa e paliativa para atender alunos residentes em áreas isoladas, e
nem trata da simples mudança de conteúdos e métodos de ensino
presencial para o ensino a distância. Para o representante no Brasil da
Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura
(Unesco), Abdul Waheed Khan, o ensino a distância faz parte do cotidiano e
se tornou fundamental para se alcançar os objetivos mundiais de educação.
KHAN destaca que "O Brasil já é referência mundial em educação a
29
distância, pelo trabalho sério que vem realizando. Apostamos que será um
ponto determinante no desenvolvimento do País" [28].
É importante destacar que para desenvolver a educação a distância
através dos ambientes digitais de aprendizagem é necessário a preparação
de profissionais que possam implementar recursos tecnológicos (software)
condizentes com as necessidades educacionais, o que implica estruturar
equipes de interdisciplinares constituídas por educadores, profissionais de
design, programação e desenvolvimento de ambientes computacionais para
EAD, com competência na criação, gerenciamento e uso desses ambientes
[27].
2.10.1. A Evolução do EAD no Brasil
O ensino a distância está ganhando força a cada ano em nosso país.
No site do MEC são apresentados diversos projetos e investimentos que
estão sendo realizados no ano de 2009 para o incentivo e desenvolvimento
do ensino a distância. No dia 27 de maio de 2009, o Secretário de Educação
a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky, afirmou que "A educação a
distância tem contribuído para a democratização do acesso ao ensino
superior público". Essa afirmação foi feita na Comissão de Educação da
Câmara dos Deputados [29].
Na palestra de abertura dos trabalhos da comissão, Bielschowsky
apresentou dados da evolução da modalidade de educação a distância nos
últimos oito anos, que deu um salto de 1.682 para 760.599 alunos, de 2000
a 2008 [29].
Bielschowsky também abordou a formação profissional técnica a
distância, que revelou a meta de atender 200 mil alunos em mil até 2010. O
investimento para este ano no programa será de mais de R$ 160 milhões. "A
cultura da educação a distância é nova. Estamos construindo uma cultura
que possa se traduzir em ensino de qualidade", explica [30].
30
O Censo da Educação Superior de 2006 realizado pelo INEP (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) apresenta
um grande crescimento nos cursos de ensino a distância. De 2003 a 2006
houve um aumento de 571% em número de cursos e de 315% no número de
matrículas. Em 2005, os alunos de EAD representavam 2,6% do universo
dos estudantes. Em 2006 essa participação passou a ser de 4,4% [31].
2.10.2. EAD para Deficientes Visuais usando a Internet
A sociedade deve propiciar as pessoas deficientes visuais condições
de acesso à educação, à aprendizagem e ao desenvolvimento, da mesma
forma que propicia para as pessoas com visão normal. A Internet e o uso
das TICs evidenciaram uma ampliação ao acesso da educação, dessa
forma, o EAD gera novas possibilidades de inclusão de pessoas com
deficiência visual no cenário educacional [32].
Em um trabalho realizado por SANTAROSA, MORO e ESTABEL,
onde o objetivo era que um deficiente visual realizasse um curso de HTML
(HyperText Markup Language) pela internet, é detalhado as barreiras e
dificuldades enfrentadas e superadas pelo aluno deficiente visual. É
importante destacar que o aluno deficiente visual já sabia usar um
computador e acessar a internet, porém, não conhecia o conteúdo do curso,
e nunca teve contato com desenvolvimento de páginas na internet [11].
Desde o primeiro momento, quando foi proposta a atividade de
desenvolvimento da página em HTML, tinha-se consciência do desafio que a
tarefa seria por causa da distância física e das limitações apresentadas pela
ausência de visão do aluno. No entanto, a experiência teve resultado
positivo, e o deficiente visual alcançou os objetivos de forma surpreendente,
conseguindo concluir o curso e desenvolver suas próprias páginas em
HTML. Segundo SANTAROSA, MORO e ESTABEL, esse trabalho foi uma
das experiências, com resultados positivos, que demonstram que o EAD
para deficientes visuais usando a internet é totalmente possível, e que essa
31
é uma metodologia de ensino importante e viável para inclusão digital e
social dos deficientes visuais [11].
Para tanto, existem itens fundamentais que devem ser analisados e
praticados para o sucesso do EAD para deficientes visuais [27]:
Conteúdo do curso disponibilizado: a criação e adaptação do
conteúdo dos cursos disponibilizados pela internet para
deficientes visuais precisam ser validados por pessoas
competentes, com conhecimento nos assuntos abordados no
curso, e especialização na modalidade de educação especial
para deficientes visuais. Além disso, os textos do conteúdo dos
cursos devem seguir as recomendações de conteúdo acessível
do W3C [27].
Estrutura do site que os cursos são disponibilizados: os sites
criados para o EAD pela internet para deficientes visuais devem
ser desenvolvidos utilizando padrões de programação
internacionais extremamente importantes para garantir a
acessibilidade aos deficientes visuais [27].
Conhecimento e preparação dos professores e tutores: é
fundamental que os professores e tutores que auxiliarão os
alunos tenham conhecimento no conteúdo apresentado e tenham
experiência na modalidade de ensino especial e ensino a
distância [27].
Acompanhamento na realização das atividades: o papel do
professor e do tutor no EAD é ser orientador do aluno,
acompanhar seu desenvolvimento no curso, estimular a
realização do curso, fazê-lo refletir, compreender os equívocos e
depurar suas produções [27].
32
2.10.3. Formação de Professores para Educação Especial
A utilização de ambientes digitais de aprendizagem a distância, em
um país nas dimensões do Brasil, constitui-se um dever social e ético, por
isso, é fundamental a formação de professores na área da educação
especial e na área da educação a distância [33].
Ações mobilizando a formação de professores nessas áreas vêm
sendo realizadas no Brasil desde 1999. Assim, por meio da Secretaria de
Educação Especial, o MEC criou o PROINESP (Programa Nacional de
Informática na Educação Especial) [34].
O PROINESP incentiva o uso pedagógico das TICs na educação
para alunos com necessidades educacionais especiais, disponibilizando
recursos tecnológicos em escolas públicas inclusivas e, simultaneamente,
formando, na dimensão técnica e metodológica, professores dessas
unidades educativas, criando estratégias pedagógicas e de acessibilidade
pela interface das TICs [33].
2.11. Acessibilidade
Segundo a legislação brasileira, acessibilidade é a ―possibilidade e
condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos
transportes e dos sistemas e meios de comunicação por pessoa portadora
de deficiência ou com mobilidade reduzida‖ [35].
A falta de acessibilidade dificulta, e chega até a impossibilitar o
convívio social, aumentando os níveis de exclusão social. A falta de
acessibilidade está diretamente ligada à qualificação e formação escolar de
pessoas com deficiência, fortemente impactada pela dificuldade de acesso
as escolas e universidades [9].
A acessibilidade está em edificações, nas ruas, no transporte público
e nas comunicações. Construção de rampas de acesso, mobiliário
apropriado, vias públicas rebaixadas, sinais sonoros e outras iniciativas
33
revelam-se imprescindíveis para permitir o desenvolvimento e a inclusão das
pessoas com deficiência [9].
É evidente que a acessibilidade é imprescindível na sociedade, pois
ela permite que todas as pessoas, independente de suas limitações físicas,
possam desfrutar das mesmas oportunidades em educação, saúde,
trabalho, lazer, turismo e cultura [9].
No Brasil, destacam-se as seguintes leis de acessibilidade [35]:
Lei nº 10.048/2000 – 08 de Novembro de 2000: aborda o
assunto de atendimento prioritário e de acessibilidade nos meios de
transportes e introduz penalidades ao não cumprimento da lei.
Lei nº 10.098/2000 – 19 de Dezembro de 2000: estabelece
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade
das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,
e dá outras providências.
Comitê CB-40 da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas): dedica-se à normalização no campo de acessibilidade,
atendendo aos preceitos de desenho universal. Este Comitê possui
diversas comissões, definindo normas de acessibilidade em todos os
níveis, desde o espaço físico até o virtual.
2.11.1. Acessibilidade na Internet
Conforme definição do W3C (World Wide Web Consortium),
acessibilidade na internet significa prover recursos nos sites para que
pessoas com necessidades especiais tenham a capacidade de utilizar a
internet como outra pessoa qualquer [36].
Uma das regras básicas da acessibilidade na internet é em relação à
flexibilidade para atender diversos tipos de necessidades, situações e
preferências. Esta flexibilidade acaba beneficiando todas as pessoas que
usam a internet, inclusive aquelas sem qualquer tipo de limitação em
diferentes situações (pessoas que usam conexão lenta para acessar a
34
internet), pessoas com restrições temporárias (com um braço quebrado) e
pessoas idosas [36].
É fundamental proporcionar oportunidades iguais a todas as
pessoas. A participação de pessoas portadoras de necessidades especiais
na internet é extremamente importante, pois a internet exerce um papel
crescentemente nas diversas áreas como a educação, os negócios, o
comércio, o governo e recreação [36].
Atualmente existem milhões de pessoas portadoras de
necessidades especiais que tem o seu acesso a internet restrita, pois a
maioria dos sites tem barreiras de acessibilidade, que dificultam ou mesmo
tornam impossível o acesso ao site por essas pessoas [36].
Segundo SANTAROSA, o desenvolvimento de sites deve seguir
recomendações e princípios de acessibilidade para possibilitar o acesso
pelas pessoas com necessidades especiais [37].
Essas recomendações e princípios abordam dois eixos: assegurar
uma transformação harmoniosa, e tornar o conteúdo compreensível e
navegável [37]:
Assegurar uma transformação harmoniosa da informação:
deve-se apresentar a informação de mais de uma maneira. Por
exemplo: o que for áudio deve ter uma versão em texto; o que for
imagem deve ser descrito. Este princípio se justifica tanto em
função de possíveis limitações dos usuários quanto da existência
de tecnologias de qualidades distintas.
Fazer o conteúdo compreensível e navegável: deve-se utilizar
um estilo bem simples, observando a estrutura lógica do site, em
termos da compreensão dos seus diversos pontos de enlace. O
usuário pode ter dificuldades em compreender a informação, seja
devido ao idioma, seja devido ao contexto em que ela é
apresentada.
35
SANTAROSA e CONFORTO explicam que as causas mais
freqüentes da falta de acessibilidade em muitos sites na internet estão
muitas vezes associados [38]:
A falta de planejamento na estrutura do site, desorientando e
dificultando a navegação pelo usuário;
O uso abusivo de informações gráficas (imagens, mapas de
imagens, tabelas para formatar o conteúdo das páginas,
elementos multimídias, e etc.) sem proporcionar alternativas
adequadas de texto ou outro tipo de comentário.
Esse tipo de desenvolvimento de site gera problemas de
acessibilidade principalmente as pessoas com limitação visual, pois esses
dependem da informação que é falada pelos leitores de tela [38].
Segundo o W3C, o trabalho requerido para desenvolver um site
acessível depende de vários fatores, entre eles o tipo de conteúdo, o
tamanho e a complexidade do site, e das ferramentas e ambiente de
desenvolvimento [36].
Muitos dos aspectos da acessibilidade podem ser facilmente
implementados se forem planejados antes do início do desenvolvimento de
um novo site. Contudo, adaptar sites já existentes pode demandar uma
quantidade considerável de trabalho e esforço, especialmente para aqueles
sites que não seguem as recomendações do W3C [36].
2.11.1.1. W3C - World Wide Web Consortium
Criado por Tim Berners-Lee, o W3C é um consórcio internacional no
qual organizações filiadas, uma equipe em tempo integral e o público
trabalham juntos para desenvolver padrões para a internet. Berners-Lee
também é o criador da World Wide Web, criada em 1989 enquanto
trabalhava na Organização Européia para Pesquisa Nuclear [39].
36
Criada em 1994, a missão do W3C é conduzir a World Wide Web
para que atinja todo seu potencial, desenvolvendo protocolos e diretrizes
que garantam seu crescimento de longo prazo. O W3C já publicou mais de
110 desses padrões, denominados Recomendações do W3C, onde constam
recomendações de como desenvolver para a internet [39].
2.11.1.2. W3C-WAI - Web Accessibility Initiative
Em Outubro de 1997, o W3C lança o WAI (Web Accessibility
Initiative). Esta iniciativa tem como missão promover a acessibilidade na
internet para pessoas com deficiência. Entre várias atividades no domínio da
tecnologia, investigação e educação, destacam-se as relacionadas com o
desenvolvimento de normas de acessibilidade do conteúdo na internet, e de
ferramentas de criação de conteúdo [39].
2.11.1.3. WCAG - Web Content Accessibility Guidelines
Em Maio de 1999, o W3C-WAI publicou o documento WCAG 1.0
(Web Content Accessibility Guidelines), primeiro documento que serve de
referência mundial para a acessibilidade na internet, onde constam
recomendações de acessibilidade de conteúdo para internet, abordando
técnicas a serem implementadas por designers e desenvolvedores na
internet. Um site seguindo os WCAG irá beneficiar as pessoas portadoras de
deficiências, mas estende benefícios para usuários em diversas situações,
tais como: usuários de dispositivo móvel com tela pequena, acesso à
internet com conexão lenta, equipamento sem áudio, navegadores que não
são comuns na internet, ambiente com ruídos ou com luminosidade precária,
usuários temporariamente impossibilitados de exercer certas ações e idosos
[40].
Em Dezembro de 2008, o W3C-WAI publicou a versão WCAG 2.0.
Embora seja possível estar em conformidade com a WCAG 1.0 ou com a
WCAG 2.0 (ou ambos), o W3C recomenda que conteúdos novos e
atualizações usem o WCAG 2.0 [42].
37
A WCAG é, a princípio, direcionada para [40]:
Desenvolvedores de conteúdo para internet (autores de páginas
de internet, projetistas de sites, etc.).
Desenvolvedores de ferramentas para internet.
Desenvolvedores de ferramentas de avaliação da acessibilidade.
2.11.1.4. Recomendações do WCAG
Segundo o W3C, as recomendações do WCAG proporcionam, a
qualquer usuário, acesso mais rápido às informações na internet. Estas
recomendações não visam restringir a utilização de imagem ou vídeo, mas
sim explicam como tornar o conteúdo mais acessível a um público mais
vasto [41].
O WCAG 1.0, descreve quatorze princípios ou diretrizes que
abordam questões acessibilidade na internet. Embora já exista a versão do
WCAG 2.0, os quatorzes princípios publicados na versão 1.0 continuam
válidas para a versão 2.0 [41]:
Recomendação 1 - Fornecer alternativas equivalentes ao
conteúdo sonoro e visual: Proporcionar conteúdo que, ao ser
apresentado ao usuário, transmita, em essência, as mesmas
funções e finalidade que o conteúdo sonoro ou visual.
Recomendação 2 - Não recorrer apenas à cor: Assegurar a
percepção do texto e dos elementos gráficos quando vistos sem
cores.
Recomendação 3 - Utilizar corretamente marcações e folhas de
estilo: Marcar os documentos com os elementos estruturais
adequados. Controlar a apresentação por meio de folhas de estilo,
em vez de elementos de apresentação e atributos.
38
Recomendação 4 - Indicar claramente qual o idioma utilizado:
Utilizar marcações que facilitem a pronúncia e a interpretação de
abreviaturas ou texto em língua estrangeira.
Recomendação 5 - Criar tabelas passíveis de transformação
harmoniosa: Assegurar que as tabelas têm as marcações
necessárias para poderem ser transformadas harmoniosamente
por navegadores acessíveis e outros agentes do usuário.
Recomendação 6 - Assegurar que as páginas dotadas de novas
tecnologias sejam transformadas harmoniosamente: Assegurar
que as páginas são acessíveis mesmo quando as tecnologias
mais recentes não forem suportadas ou tenham sido desativadas.
Recomendação 7 - Assegurar o controle do usuário sobre as
alterações temporais do conteúdo: Assegurar a possibilidade de
interrupção momentânea ou definitiva do movimento, intermitência,
transcurso ou atualização automática de objetos ou páginas.
Recomendação 8 - Assegurar a acessibilidade direta de
interfaces do usuário integradas: Assegurar que a interface do
usuário obedeça a princípios de design para a acessibilidade:
acesso independente de dispositivos, operacionalidade pelo
teclado, emissão automática de voz (verbalização).
Recomendação 9 - Projetar páginas considerando a
independência de dispositivos: Utilizar funções que permitam a
ativação de elementos de página por meio de uma grande
variedade de dispositivos de entrada de comandos.
Recomendação 10 - Utilizar soluções de transição: Utilizar
soluções de acessibilidade transitórias, para que as tecnologias de
apoio e os navegadores mais antigos funcionem corretamente.
39
Recomendação 11 - Utilizar tecnologias e recomendações do
W3C: Utilizar tecnologias do W3C (de acordo com suas
especificações) e seguir as recomendações de acessibilidade.
Quando não for possível utilizar tecnologia, ou quando tal
utilização produzir materiais que não possam ser objeto de
transformação harmoniosa, fornecer uma versão alternativa,
acessível, do conteúdo.
Recomendação 12 - Fornecer informações de contexto e
orientações: Fornecer contexto e orientações para ajudar os
usuários a compreenderem páginas ou elementos complexos.
Recomendação 13 - Fornecer mecanismos de navegação claros:
Fornecer mecanismos de navegação coerentes e sistematizados,
informações de orientação, barras de navegação, mapa do site,
para aumentar as probabilidades de uma pessoa encontrar o que
procura em um determinado site.
Recomendação 14 - Assegurar a clareza e a simplicidade dos
documentos: Assegurar a produção de documentos claros e
simples, para que sejam mais fáceis de compreender.
2.11.1.5. WCAG – Pontos de Verificação e Níveis de
Prioridade
Para cada uma das 14 recomendações, o WCAG apresenta pontos
de verificação que devem ser implementados e alcançados para que sites
fiquem de acordo com os padrões de acessibilidade do W3C-WAI. Cada um
dos pontos de verificação foi elaborado de forma que fosse suficientemente
específico, permitindo que qualquer pessoa que examine a página ou site
possa verificar facilmente se o ponto de verificação em questão foi satisfeito
[41].
40
Existem 3 níveis de prioridade, onde o grupo de determinados
pontos de verificação são atribuídos a um dos níveis, com base no
respectivo impacto, em termos de acessibilidade [41].
Nível de Prioridade 1 - Pontos que os desenvolvedores de
conteúdo para internet devem satisfazer inteiramente. Se não o fizerem, um
ou mais grupos de usuários ficarão impossibilitados de acessar as
informações contidas no documento. A satisfação desse tipo de pontos é um
requisito básico para que determinados grupos possam acessar documentos
disponíveis na internet [43].
Pontos de verificação:
1. Fornecer um equivalente textual a cada elemento não textual.
Isso abrange: imagens, representações gráficas do texto, etc.
2. Assegurar que todas as informações veiculadas com cor
estejam também disponíveis sem cor.
3. Identificar claramente quaisquer mudanças de idioma no texto
de um documento, bem como nos equivalentes textuais. Exemplo:
legendas.
4. Organizar os documentos de tal forma que possam ser lidos
sem recurso a folhas de estilo.
5. Assegurar que os equivalentes de conteúdo dinâmico sejam
atualizados sempre que esse conteúdo mudar.
6. Evitar concepções que possam provocar interrupção
momentânea na tela, até que os dispositivos de auxílio do usuário
possibilitem o seu controle.
7. Utilizar linguagem a mais clara e simples possível, adequada
ao conteúdo do site.
Na utilização de imagens, abaixo dois pontos de verificação:
8. Fornecer links de texto redundantes relativos a cada região
ativa de um mapa de imagem armazenado no servidor.
41
9. Fornecer mapas de imagem armazenados no cliente ao invés
de no servidor, exceto quando as regiões não puderem ser definidas
por forma geométrica disponível.
Na utilização de tabelas, abaixo dois pontos de verificação:
10. Em tabelas de dados, identificar os cabeçalhos de linha e de
coluna.
11. Em tabelas de dados com dois ou mais níveis lógicos de
cabeçalhos de linha ou de coluna, utilizar marcações para associar as
células de dados às células de cabeçalho.
Na utilização de frames, abaixo um ponto de verificação:
12. Disponibilizar, a cada frame, um título que facilite a
identificação dos frames e sua navegação
Na utilização de frames, abaixo um ponto de verificação:
13. Assegurar que todas as páginas possam ser utilizadas mesmo
que os programas interpretáveis, os applets ou outros objetos
programados tenham sido desativados ou não sejam suportados. Se
isso não for possível, fornecer informações equivalentes em uma
página alternativa, acessível.
Na utilização de multimídia, abaixo dois pontos de verificação:
14. Fornecer uma descrição sonora das informações importantes
veiculadas em trechos visuais das apresentações multimídia, até que
os agentes do usuário consigam ler, automaticamente e em voz alta,
o equivalente textual dos trechos visuais.
15. Em apresentações multimídia baseadas em tempo (filme ou
animação), sincronizar as alternativas equivalentes (legendas ou
descrições sonoras dos trechos visuais) e a apresentação.
No item 16, é apresentada uma solução caso os pontos de verificação
não tenha sido atendidos:
42
16. Fornecer um link a uma página alternativa que utilize
tecnologias do W3C, que seja acessível, contenha informações (ou
funcionalidades) equivalentes e seja atualizada tão freqüentemente
quanto à página original, considerada inacessível.
Nível de Prioridade 2 - Pontos que os desenvolvedores de
conteúdo para internet deveriam satisfazer. Se não o fizerem, um ou mais
grupos de usuários terão dificuldades em acessar as informações contidas
no documento. A satisfação desse tipo de pontos promoverá a remoção de
barreiras significativas ao acesso a documentos disponíveis na internet [43].
Pontos de verificação:
1. Assegurar que a combinação de cores entre o fundo e o
primeiro plano seja suficientemente contrastante para poder ser vista
por pessoas com cromodeficiências, bem como pelas que utilizam
monitores de vídeo monocromático.
2. Sempre que existir uma linguagem de marcação apropriada,
utilizar marcações em vez de imagens para transmitir informações.
3. Criar documentos passíveis de validação por gramáticas
formais, publicadas.
4. Utilizar folhas de estilo para controlar a paginação (disposição
em página) e a apresentação.
5. Utilizar unidades relativas, e não absolutas, nos valores dos
atributos da linguagem de marcação e nos valores das propriedades
das folhas de estilo.
6. Utilizar elementos de cabeçalho indicativos da estrutura do
documento, de acordo com as especificações.
7. Marcar corretamente listas e pontos de enumeração em listas.
8. Marcar as citações. Não utilizar marcações de citação para
efeitos de formatação, como, por exemplo, o avanço de texto.
9. Assegurar a acessibilidade do conteúdo dinâmico ou fornecer
apresentação ou páginas alternativas.
43
10. Evitar situações que possam provocar o piscar do conteúdo
das páginas (isto é, alterar a apresentação a intervalos regulares,
como ligar e desligar), até que os agentes do usuário possibilitem o
controle desse efeito.
11. Não criar páginas de atualização automática periódica, até que
os agentes do usuário possibilitem parar essa atualização.
12. Não utilizar marcações para redirecionar as páginas
automaticamente, até que os agentes do usuário possibilitem parar o
redirecionamento automático. Ao invés de utilizar marcações,
configurar o servidor para que execute os redirecionamentos.
13. Não provocar o aparecimento de janelas de sobreposição ou
outras quaisquer, e não fazer com que o conteúdo da janela atual
seja modificado sem que o usuário seja informado disso, até que os
agentes do usuário tornem possível a desativação de janelas
secundárias.
14. Utilizar tecnologias do W3C sempre disponíveis e adequadas a
uma determinada tarefa; utilizar as versões mais recentes, desde que
suportadas.
15. Evitar funcionalidades desatualizadas de tecnologias do W3C.
16. Dividir grandes blocos de informação em grupos mais fáceis
de gerenciar, sempre que for o caso.
17. Identificar claramente o destino de cada link.
18. Fornecer informações de dados para acrescentar informações
semânticas a páginas ou sites.
19. Dar informações sobre a organização geral de um site.
20. Utilizar os mecanismos de navegação de maneira coerente e
sistemática.
Na utilização de tabelas, abaixo dois pontos de verificação:
21. Não utilizar tabelas para efeitos de disposição em página, a
não ser que a tabela continue a fazer sentido depois de ser
linearizada. Se não for o caso, fornecer um equivalente alternativo.
44
22. Se for utilizada uma tabela para efeitos de disposição em
página, não utilizar qualquer marcação estrutural para efeitos de
formatação visual.
Na utilização de frames, abaixo um ponto de verificação:
23. Descrever a finalidade dos frames e o modo como se
relacionam entre si, se isso não for óbvio a partir unicamente dos
títulos.
Na utilização de formulários, abaixo dois pontos de verificação:
24. Assegurar o correto posicionamento de todos os controles de
formulários que tenham rótulos implicitamente associados, até que os
agentes do usuário venham a suportar associações explícitas entre
rótulos e controles de formulários.
25. Associar explicitamente os rótulos aos respectivos controles.
Na utilização de applets e scripts, abaixo cinco pontos de verificação:
26. Em programas interpretáveis e applets, assegurar que a
resposta a eventos seja independente do dispositivo de entrada.
27. Evitar páginas contendo movimento, até que os agentes do
usuário possibilitem a imobilização do conteúdo.
28. Criar elementos de programação, tais como programas
interpretáveis e applets, diretamente acessíveis pelas tecnologias de
apoio ou com elas compatíveis
29. Assegurar que qualquer elemento dotado de interface própria
possa funcionar de modo independente de dispositivos.
30. Em programas interpretáveis, especificar respostas a eventos,
preferindo-as a rotinas dependentes de dispositivos.
Nível de Prioridade 3 - Pontos que os desenvolvedores de
conteúdo para internet podem satisfazer. Se não o fizerem, um ou mais
grupos poderão se deparar com algumas dificuldades em acessar
45
informações contidas nos documentos. A satisfação deste tipo de pontos irá
melhorar o acesso a documentos armazenados na internet [43].
Ponto de Verificação:
1. Especificar por extenso, cada abreviatura ou sigla quando da
sua primeira ocorrência em um documento.
2. Identificar o principal idioma utilizado nos documentos.
3. Criar uma seqüência lógica de tabulação para percorrer links,
controles de formulários e objetos.
4. Fornecer atalhos por teclado que apontem para links
importantes (incluindo os contidos em mapas de imagem
armazenados no cliente), controles de formulários e grupo de
controles de formulários.
5. Inserir, entre links adjacentes, caracteres que não funcionem
como link e sejam passíveis de impressão (com um espaço de início
e outro de fim), até que os agentes do usuário (incluindo as
tecnologias de apoio) reproduzam clara e distintamente os links
adjacentes.
6. Fornecer informações que possibilitem aos usuários receber os
documentos de acordo com as suas preferências (por ex., por idioma
ou por tipo de conteúdo)
7. Fornecer barras de navegação para destacar e dar acesso ao
mecanismo de navegação.
8. Agrupar links relacionados entre si, identificar o grupo (em
benefício dos agentes do usuário) e, até que os agentes do usuário
se encarreguem de tal função, fornecer um modo de contornar
determinado grupo.
9. Se forem oferecidas funções de pesquisa, ativar diferentes
tipos de pesquisa de modo a corresponderem a diferentes níveis de
competência e às preferências dos usuários.
10. Colocar informações para identificação no início de
cabeçalhos, parágrafos, listas e etc.
46
11. Fornecer informações sobre coleções de documentos (isto é,
documentos compostos por várias páginas).
12. Fornecer meios para ignorar inserções de arte ASCII com
várias linhas.
13. Complementar o texto com apresentações gráficas ou
sonoras, sempre que facilitarem a compreensão da página.
14. Criar um estilo de apresentação coerente e sistemático, ao
longo das diferentes páginas.
Na utilização de imagens e mapas de imagens, abaixo um ponto de
verificação:
15. Fornecer links textuais redundantes para cada região ativa dos
mapas de imagem no cliente, até que os agentes do usuário
proporcionem equivalentes textuais dos links a mapas de imagem
armazenados no cliente.
Na utilização de tabelas, abaixo três pontos de verificação:
16. Fornecer resumos das tabelas.
17. Fornecer abreviaturas para os rótulos de cabeçalho.
18. Proporcionar uma alternativa de texto linear (na mesma ou em
outra página), em relação a todas as tabelas que apresentem o texto
em colunas paralelas e com mudanças de linha, até que os agentes
do usuário (incluindo as tecnologias de apoio) reproduzam
corretamente texto colocado lado a lado.
2.11.1.6. WCAG - Selos de Conformidade de Acessibilidade
Com a finalidade de promover a acessibilidade na internet, criaram-
se os selos de conformidade com as WCAG 1.0 e as WCAG 2.0.
Desenvolvedores de site usam esses selos para indicar a conformidade com
determinado nível de prioridade que o site atende [38].
47
Nível "A" de conformidade: todos os pontos de verificação para
Prioridade 1 são satisfeitos.
Nível "Duplo-A" de conformidade: todos os pontos de
verificação para Prioridade 1 e 2 são satisfeitos.
Nível "Triplo-A" de conformidade: todos os pontos de
verificação para Prioridade 1, 2 e 3 são satisfeitos.
Figura 5 - Selos de conformidade do WCAG 1.0 [38].
2.11.1.7. Responsabilidade pelo nível de Acessibilidade
Segundo o W3C, os desenvolvedores de sites são os únicos
responsáveis pelo uso dos selos. É importante que antes de utilizar um selo
de conformidade, o desenvolvedor conheça bem as WCAG, e utilize vários
métodos de revisões e verificações para ter certeza que o conteúdo esteja
realmente em conformidade com o nível solicitado [44].
Além disso, qualquer pessoa responsável pela atualização ou
manutenção do site deve conhecer o significado do uso do selo de
conformidade, e a cada atualização do site de ser feita uma nova verificação,
para que tenha certeza que o site continue seguindo a recomendações do
W3C-WAI. Caso a atualização no site interfira negativamente em alguma
recomendação do WCAG, o selo de conformidade deverá ser retirado [44].
Por padrão um selo de conformidade refere-se a uma página
somente. Se a indicação de conformidade for para mais de uma página o
selo de conformidade deverá ser complementado com informações
explicando quais são as páginas indicadas com as conformidades [26].
48
2.11.2. Desenvolvendo Sites Acessíveis
Segundo Departamento de Governo Eletrônico Brasileiro, padrões
web são especificações estabelecidas pelo W3C, utilizadas na criação e
interpretação do conteúdo da internet. Essas tecnologias são desenvolvidas
prevendo a acessibilidade de sites ao maior grupo de pessoas possível [45].
Quando um site segue os padrões web, significa que [45]:
É escrito em uma linguagem de marcação válida, mais
comumente em HTML (HyperText Markup Language) ou XHTML
(eXtensible Hypertext Markup Language);
Utiliza folhas de estilo CSS (Cascading Style Sheets) para a
apresentação;
Está estruturado de forma semântica;
Funciona em qualquer navegador ou dispositivo que acesse a
rede.
Desenvolver um documento com uma estrutura semântica significa
utilizar os elementos da linguagem de acordo com a função para as quais
foram criados [45].
Embora o desenvolvimento utilizando padrões web requeira um
maior esforço inicial, os padrões web oferecem uma série de benefícios [45]:
Simplifica o desenvolvimento e a manutenção: Os ciclos de
desenvolvimento e manutenção são mais curtos, pois o código é
menor, sem tabelas de estrutura ou elementos desnecessários;
Independência de legado: Utilizar e conhecer os padrões web
permite que os membros da equipe compreendam o código
independente de quem o tenha escrito;
Estabelece métricas consistentes: O desenvolvimento
seguindo os padrões web tem parâmetros consistentes de
qualidade de código;
Compatibilidade com navegadores futuros e outros
dispositivos: Utilizar os padrões web reduz o risco das páginas
49
não serem funcionais em outros dispositivos ou navegadores
futuros;
Carregamento e apresentação de página mais ágil: A
utilização de padrões web incorre em menos código escrito e os
navegadores conseguem montar a página de forma mais ágil;
Melhora na acessibilidade: Separar a estrutura da
apresentação auxilia a interpretação do conteúdo por leitores de
tela e dispositivos alternativos de navegação;
Melhor posicionamento nos resultados de busca: Assim
como a separação do conteúdo da apresentação facilita a
acessibilidade também o torna mais representativo aos motores
de busca;
Facilidade de evoluir e adaptar: A adoção de padrões web
facilita a transposição para outras mídias, como a impressão das
páginas e outros dispositivos como celulares;
Diminuição nos custos de hospedagem, manutenção e
banda: O redesenho de páginas seguindo os padrões web tem
um impacto no tamanho/peso dos arquivos e uma diminuição no
tempo de carregamento e número de arquivos requisitados,
reduzindo os custos com hospedagem e banda.
Segundo os documentos de padrão web do W3C, um site deve ser
organizado em camadas de conteúdo, de apresentação e de comportamento
[45]:
Camada de conteúdo: O desenvolvimento da página de internet
deve sempre começar por essa camada, porque dessa forma, o
restante do desenvolvimento vai depender de como foi
estruturado o conteúdo. Caso o conteúdo não tenha sido bem
estruturado, é provável que as camadas posteriores apresentem
problemas e dificuldades no desenvolvimento, que seriam
facilmente resolvidas se a camada de conteúdo tivesse sido
construída corretamente. Para desenvolver essa camada são
50
utilizadas linguagens de estruturação como HTML e XHTML. O
conteúdo é dividido em partes lógicas com seus blocos de
informações, utilizando os elementos corretos na sua marcação
[45].
Camada de apresentação: A camada de apresentação é a parte
visual do conteúdo. Ela deve ser construída após a camada de
conteúdo. Para desenvolver essa camada é utilizada a linguagem
CSS. O desenvolvimento dessa camada deve ter como objetivo
principal a simplicidade [45].
Camada de Comportamento: É utilizada para modificar o
comportamento dos elementos presentes na camada de
conteúdo, visando melhorar a experiência do usuário. Essa
camada é opcional e geralmente, não suportada por dispositivos
mais antigos. A página ou aplicação deve funcionar na ausência
dessa camada. Para desenvolver essa camada é utilizada a
linguagem Java Script [45].
2.11.2.1. Exemplos de códigos acessíveis
Existem diversos códigos disponibilizados no documento do WCAG
que servem como base para a criação de sites acessíveis. Nos códigos a
seguir são apresentados apenas alguns exemplos de códigos seguindo as
recomendações de acessibilidade do WCAG [40].
2.11.2.1.1. Formulários Acessíveis
Para tornar um formulário HTML acessível, primeiramente é preciso
organizá-lo de forma compreensível, tanto na sua formatação quanto
visualmente. O formulário deve ser acessível não só pelos programas
leitores de tela, mas pelas pessoas que utilizam navegadores gráficos [46].
Os elementos básicos para a construção de um formulário são:
51
FORM: o grupo de elementos do formulário;
INPUT: que específica vários tipos de campos como text, submit,
button, radio, button e checkbox:
TEXTAREA: campo de texto multi-linha, como observações e
comentários;
SELECT: Utilizado para listas selecionáveis (como um menu);
BUTTON: Utilizado para botões.
Depois da criação do formulário com os elementos básicos de
construção, é necessário adicionar elementos que garantam a acessibilidade
dos formulários. Alguns desses elementos são: LABEL, FIELDSET e,
LEGEND [46].
O elemento LABEL é utilizado, em conjunto com o atributo "id" para
relacionar de forma clara o elemento ao seu rótulo. O elemento LABEL pode
ser usado em conjunto com todos os elementos de formulário, exceto o
elemento BUTTON [46].
O elemento FIELDSET é utilizado para agrupar os itens de
formulários com características em comum. Além disso, ele é utilizado em
conjunto com o elemento LEGEND, que melhora a acessibilidade do
elemento FIELDSET quando este não é visível em navegadores gráficos
[46].
Figura 6 - Código HTML de formulário acessível [46].
52
Figura 7 - Formulário acessível visualizado através de um navegador [46].
2.11.2.1.2. Utilizando Texto Alternativo em Imagem
Um texto alternativo é utilizado para elementos não textuais em uma
página HTML. No caso dos deficientes visuais que utilizam leitores de tela
para navegar na internet, é extremamente importante que os sites utilizem
textos alternativos nas imagens apresentadas, pois os navegadores de tela
não conseguem ‗ler‘ uma imagem, e por isso, os textos alternativos precisam
explicar e detalhar o conteúdo de cada imagem apresentado no site [47].
O texto alternativo é implementado através do atributo ALT, e deve
ser usado em conjunto com a tag IMG. Segundo o W3C, toda a imagem
deve ter o atributo ALT mesmo que vazio ou nulo, pois isto é um requisito
dos padrões de internet. Imagens sem o atributo ALT são inacessíveis.
Quando os leitores de tela encontram uma imagem sem o atributo ALT eles
extraem a informação de outro lugar, como o nome do arquivo da imagem,
suas dimensões ou sua localização, ou seja, dados que não representam a
função e conteúdo da imagem [47].
Dentre algumas características do atributo ALT, destacam-se os
itens a seguir [47]:
O texto apresentado dentro do atributo ALT de ser equivalente e
representar o mesmo conteúdo e função da imagem;
O texto deve ser escrito de forma resumida, com poucas palavras
ou uma frase curta.
53
Figura 8 - Código HTML para exibir imagem com texto alternativo [47].
2.11.3. Avaliadores e Validadores Automáticos de
Acessibilidade
Segundo o Departamento de Governo Eletrônico Brasileiro, em sua
Cartilha Técnica de Acessibilidade, é explicado que as recomendações do
W3C apenas orientam os desenvolvedores de como eles devem
desenvolver um site para que os requisitos de acessibilidade sejam
cumpridos, por isso é recomendável, e super importante, que os sites sejam
avaliados e validados por softwares de acessibilidade, e softwares
específicos para pessoas portadores de necessidade especiais, como por
exemplo, os programas leitores de tela utilizados por deficientes visuais [48].
Esses softwares avaliadores e validadores de acessibilidade fazem
uma pesquisa automática no código do site, emitindo relatórios onde
constam erros e avisos de acordo com as recomendações sugeridas no
documento do WCAG. Os erros são códigos HTML identificados pelo
software como códigos que irão dificultar ou até mesmo impossibilitar o
acesso ao conteúdo por determinado grupo de usuários. Os avisos são os
códigos que o software não conseguiu identificar como erro, mas que podem
vir a causar alguma dificuldade de acesso ao conteúdo e, por isso, precisam
ser verificados pelo desenvolvedor de forma manual [41].
ESTABEL, MORO E SANTAROSA explicam que ao término do
desenvolvimento de um site, é muito importante verificar se o site atende aos
critérios de acessibilidade, submetendo-o aos softwares automáticos, com o
objetivo de garantir uma acessibilidade adequada [11].
54
Com base nas recomendações internacionais do W3C-WAI, foram
desenvolvidos softwares que avaliam o nível de acessibilidade em sites na
Internet. Os softwares mais conhecidos e usados são [11]:
W3C Validator : http://validator.w3.org
DaSilva : http://www.dasilva.org.br
oTAW : http://www.tawdis.net
Bobby : http://www.cast.org/bobby
Os sites validados positivamente por esses softwares poderão
utilizar os selos de conformidade de acessibilidade, sendo que o resultado
da validação determinará qual o nível do selo que poderá ser utilizado no
site [38].
Conforme orientações do W3C, é importante que desde o início do
desenvolvimento de um site sejam realizadas avaliações e validações do
site, com o objetivo de garantir sua acessibilidade. Uma maneira para
efetuar o teste de site, após ter usado as recomendações acessibilidade do
WCAG, é realizando as verificações a seguir [41]:
1. Utilizar softwares automáticos de avaliação e validação de
acessibilidade, e ferramentas de validação de navegadores.
2. Validar a sintaxe do site (por exemplo, o HTML, XML, etc.).
3. Validar as folhas de estilo (por exemplo, o CSS).
4. Utilizar um navegador só de texto ou um emulador.
5. Utilizar vários navegadores gráficos com:
O som e os gráficos ativos;
Sem gráficos;
Sem mouse;
Sem carregar frames, programas interpretáveis, folhas de
estilo ou applets.
55
6. Utilizar vários navegadores, antigos e recentes.
7. Utilizar um navegador de emissão automática de fala, com leitores
de tela, com software de ampliação, monitores monocromáticos, etc.
8. Utilizar corretores ortográficos e gramaticais. Um usuário que
utilize para ler uma página um sintetizador de voz pode não ser
capaz de decifrar a melhor aproximação do sintetizador a uma
palavra que contém um erro ortográfico. A eliminação dos problemas
gramaticais aumenta o grau de compreensão.
9. Rever o documento, verificando-lhe a clareza e a simplicidade. A
estatística de legibilidade, como a que é gerada por alguns
programas de tratamento de texto, pode ser um valioso indicador da
clareza e simplicidade da redação. É fundamental submeter o
documento a um revisor literário experiente para rever o conteúdo
escrito e avaliar a clareza da redação, podendo também, identificar
questões culturais potencialmente delicadas que possam decorrer
do tipo de linguagem ou do emprego dos ícones.
10. Validar as páginas com usuários reais. Esses usuários, com ou
sem experiência, são uma fonte inestimável de informações sobre o
estado da página ou site, no que diz respeito ao seu grau de
acessibilidade e de facilidade de utilização.
Além dos Selos de Conformidade de Acessibilidade disponibilizados
pelo W3C, existem dois outros selos que são usados quando um validador
avalia e aprova o código XHTML e o código CSS de um site. As validações
são realizadas de acordo com as recomendações estabelecidas nos
documentos de padronização web do W3C. As validações do XHTML e do
CSS são realizadas no site W3C Validator - http://validator.w3.org [49].
57
CAPÍTULO 3 – MATERIAIS E MÉTODOS
O projeto final se dá pela realização do curso de HTML por pessoas
deficientes visuais (através do site www.cursodehtml.com.br), e pelo
conhecimento que esses alunos devem adquirir na realização do mesmo.
Para que isso fosse possível, os seguintes requisitos foram essenciais
no desenvolvimento desse projeto:
1. Desenvolvimento do site www.cursodehtml.com.br seguindo as
recomendações de acessibilidade do W3C.
2. Conteúdo do curso desenvolvido e adaptado para atender
pessoas com deficiência visual.
3. Testes e validações realizadas em todo o site para garantir a
acessibilidade.
4. Acompanhamento e tutoria na realização do curso para os alunos
deficientes visuais.
Para atender esses requisitos, foram usadas diversas metodologias
de desenvolvimento, técnicas de acessibilidade e tecnologias, no qual são
apresentados a seguir. Após a explanação desses requisitos, é apresentado
o conteúdo do curso de HTML, e as ferramentas e exercícios disponíveis
para a avaliação do conhecimento adquirido pelos alunos deficientes visuais.
3.1. Metodologias no desenvolvimento do site
3.1.1. Acessibilidade
Conforme a heurística de acessibilidade apresentado na revisão
bibliográfica, antes de iniciar o desenvolvimento de um site acessível é
necessário observar a estrutura do site a ser desenvolvido, analisando as
diversas possibilidades de navegação dentro do site.
58
O site www.cursodehtml.com.br foi desenhado e planejado antes de
iniciar-se o desenvolvimento dos códigos e do banco de dados, e dessa
forma, foi possível definir quais as páginas necessárias que deveriam ser
desenvolvidas, qual o objetivo de cada página, e qual o fluxo para que uma
determinada página fosse acessada.
Além disso, nessa análise foi possível identificar todas as
funcionalidades necessárias que o site deveria contemplar para atender os
alunos deficientes visuais. A seguir destacam-se duas funcionalidades
essenciais em sites para deficientes visuais, ambas aplicadas nesse projeto:
Recursos para aumentar ou diminuir os textos apresentados no
site: esse recurso é utilizado por deficientes visuais que
apresentam baixa visão, e que necessitam de recursos para
controlar o tamanho dos textos do site.
Recurso para alterar o contraste das cores do site: esse recurso é
necessário para as pessoas com baixa visão, que podem ter
sensibilidade ao contraste, percepção das cores e intolerância à
luminosidade.
Ambas as funcionalidades foram desenvolvidas usando a linguagem
Java Script, no qual é explicada em capítulos posteriores.
3.1.2. Padrões Web
Conforme explanado na revisão bibliográfica, o desenvolvimento de
um site acessível deve seguir os padrões web estabelecidos pelo W3C. No
desenvolvimento do site www.cursodehtml.com.br foram seguidos todos os
padrões web propostos pelo W3C. A seguir são apresentados os padrões
utilizados:
Desenvolvimento do site através da linguagem XHTML, que é uma
linguagem de marcação válida pelo W3C.
59
Estrutura do site organizado em camadas de conteúdo, de
apresentação e de comportamento:
Na camada de conteúdo foi utilizada a linguagem XHTML.
Na camada de apresentação, foram criados arquivos com a
extensão CSS, que são responsáveis pela ‗aparência‘ do site
(aparência em um site é dada pelo layout do site, pelas cores
utilizadas, pela formatação de texto, pela disposição dos
elementos na tela, entre outros).
Na camada de comportamento, foram criados arquivos com a
extensão JS, que são responsáveis em modificar o
comportamento de elementos apresentados na camada de
apresentação, como por exemplo, um botão que tem a função
de aumentar e diminuir o tamanho dos textos apresentados no
site.
3.1.3. Conteúdo acessível
O desenvolvimento ou adaptação dos textos disponibilizados em sites
de ensino a distância para deficientes visuais devem seguir as
recomendações do W3C para garantir que o conteúdo seja acessível e
compreensível a deficientes visuais.
Os textos disponibilizados no site www.cursodehtml.com.br foram
escritos pelos próprios alunos responsáveis por este projeto. Todos os textos
foram criados seguindo as recomendações de conteúdo acessível do W3C.
A seguir são apresentadas as recomendações que foram utilizadas no
desenvolvimento do conteúdo do curso:
Os softwares leitores de tela não conseguem interpretar os textos
que são apresentados dentro de imagens ou gráficos, por isso,
todo conteúdo do site www.cursodehtml.com.br se dá através de
60
texto. Dessa forma, os leitores de tela conseguirão ler todo
conteúdo disponibilizado dentro do site.
Para que o conteúdo do curso e do site fique acessível é
extremamente importante que os textos disponibilizados sejam
escritos com um português correto (sem erros de português), e
usando as pontuações de forma correta. Do contrário, o deficiente
visual terá dificuldades em compreender o texto que está sendo
falado pelo software leitor de tela. Dessa forma, antes de
disponibilizar o site na internet, todos os textos apresentados no
site www.cursodehtml.com.br foram revisados no corretor
ortográfico do software Microsoft Word 2007. Além disso, foram
realizados diversos testes utilizando softwares leitores de tela,
onde o objetivo era ouvir como o leitor de tela falava os textos
apresentados no site, e então validar se texto falado era
compreensível ou não.
Uma das regras fundamentais em sites acessíveis é que os textos
usados em links sejam descritivos. Conforme orientação do W3C,
links que possuem apenas o texto ‗clique aqui‘ não são eficientes,
pois eles não são descritivos. Dessa forma, todos os textos de
links disponíveis no site www.cursodehtml.com.br são detalhados.
Ao invés de criar um link apenas a palavra ‗clique aqui‘, o correto é
criar um texto onde o link abranja a frase inteira, detalhando para o
usuário qual é o destino daquele link. Por exemplo, para direcionar
um usuário para uma página com mais detalhes do projeto, o
correto é criar um link com a frase ‗Para entender mais sobre esse
projeto clique neste link‘, ao invés de criar um link apenas o texto
‗clique neste link‘.
Em sites acessíveis não se pode recorrer a cores para transmitir
algum tipo informação. Por exemplo, em formulários na internet é
comum os desenvolvedores de sites utilizarem um texto na cor
61
vermelho ao lado de campos de formulário, indicando ao usuário
que aqueles campos são de preenchimento obrigatório, porém,
deficientes visuais não conseguirão identificar a cor usada no
formulário, e não identificarão quais campos são obrigatórios. Por
isso, o site www.cursodehtml.com.br não recorreu a cores para
transmitir qualquer tipo de informação.
3.1.4. Ensino a distância para deficientes visuais
Conforme apresentado na revisão bibliográfica, em um site de ensino
a distância pela internet é extremamente importante que exista um tutor que
interaja, acompanhe e estimule os alunos a realizarem o curso. Esse tutor
também tem o papel de esclarecer as dúvidas dos alunos, eliminando todas
as dúvidas relacionadas ao conteúdo do curso.
Nesse projeto de curso de HTML para deficientes visuais, os tutores
do curso foram os próprios criadores desse projeto, Ricardo Schmidt e
Wallace Colaço.
Durante a realização do curso, os alunos deficientes visuais tiveram a
possibilidade de acessar um link dentro do site para enviar suas dúvidas, e
então os tutores esclarecerem todas essas dúvidas.
3.2. Técnicas de acessibilidade usadas no desenvolvimento
do site
No documento do WCAG são apresentadas diversas técnicas de
como desenvolver sites acessíveis a deficientes visuais. Seguindo essas
técnicas, foi desenvolvido o site www.cursodehtml.com.br, possibilitando
assim que deficientes visuais consigam realizar o curso de HTML.
A seguir são apresentados alguns códigos utilizados no
desenvolvimento do site.
62
3.2.1. Aplicando as técnicas do WCAG
3.2.1.1. Atributo TABINDEX
A ordem de tabulação em uma página HTML é a ordem na qual os
elementos de links e formulários recebem o foco à medida que a tecla "TAB"
é pressionada. Normalmente os deficientes visuais que utilizam leitores de
tela para navegar na internet usam essa tecla para percorrer esses
elementos e então conhecer a estrutura do site que esta visitando.
A ordem de tabulação padrão é definida pela ordem que os elementos
aparecem no código HTML. Porém, é possível definir a ordem de tabulação
usando o atributo "TABINDEX". Os elementos que tiverem o atributo
TABINDEX com menor valor terão a ordem de tabulação priorizada.
Na figura 10 é apresentado o código HTML utilizado no formulário de
‗fale conosco‘ do site www.cursodehtml.com.br. Em todos os elementos do
formulário foram utilizados o atributo TABINDEX.
Ao clicar a tecla TAB, o foco será dado inicialmente no campo LOGIN,
pois ele possui um TABINDEX menor que os demais campos. Ao clicar pela
segunda vez a tecla TAB, o foco mudará para o campo SENHA, pois esse
campo tem o atributo TABINDEX maior que o campo LOGIN.
Figura 10 - Código HTML utilizando TABINDEX em formulário. Fonte: Criação Própria.
63
Na figura 11 é apresentado um exemplo de utilização do TABINDEX
em links. Ao clicar a tecla TAB o primeiro link que receberá o foco é o link
utilizado caso um aluno tenha esquecido sua senha, pois esse link tem um
TABINDEX com valor menor que os demais links. Ao clicar a tecla TAB pela
segunda vez, o link que receberá o foco será o link para cadastrar-se no
curso de HTML, pois esse tem um valor do TABINDEX maior que o link
anterior.
Figura 11 - Código HTML utilizando TABINDEX em links. Fonte: Criação Própria.
No site www.cursodehtml.com.br o atributo TABINDEX foi utilizado em
todos os elementos de links e formulários, garantindo assim uma melhor
acessibilidade aos deficientes visuais.
3.2.1.2. Atributo ACCESSKEY
O atributo ACCESSKEY é utilizado para atribuir uma tecla de atalho a
um link. A tecla de atalho deve ser composta por um caractere alfanumérico.
Existe uma diferença desse atributo quando utilizado nos
navegadores Internet Explorer e Firefox.
64
No Internet Explorer, o caractere alfanumérico escolhido para a
tecla de atalho, deve ser combinado com a tecla ALT. Ao apertar
essas duas teclas simultaneamente, foco será dado ao link
correspondente.
No Firefox, o caractere alfanumérico escolhido para a tecla de
atalho, deve ser combinado com as teclas ALT e SHIFT. Ao
apertar essas três teclas simultaneamente, foco será dado ao link
correspondente.
Na figura 12 é apresentado um exemplo da utilização do atributo
ACCESSEKEY para o navegador FIREFOX.
Figura 12 - Código HTML utilizando o atributo ACCESSKEY. Fonte: Criação Própria.
3.2.1.3. Tag de Cabeçalho
Conforme o W3C, a importância do uso correto dos cabeçalhos no
HTML destaca-se na acessibilidade que é oferecida aos deficientes visuais,
e também porque é a escolha semanticamente correta na criação de
páginas HTML.
65
Os cabeçalhos auxiliam deficientes visuais que utilizam softwares
leitores de tela a navegarem pelos cabeçalhos de uma página HTML, e
então conhecerem o conteúdo apresentado na página em questão.
A utilização de cabeçalhos no HTML se dá pela tag H*, onde o *
representa o valor correspondente ao nível do tópico do cabeçalho no qual
deseja aplicar, podendo utilizar até 6 níveis de tópicos de cabeçalho para a
definição dos títulos e subtítulos das páginas HTML. O primeiro cabeçalho
deve ser necessariamente o de nível H1 seguido dos cabeçalhos de níveis
inferiores.
Em todo o site www.cursodehtml.com.br foi utilizado as tags de
cabeçalhos, seguindo as recomendações do W3C, dessa forma, facilitando a
navegação dos usuários deficientes visuais. Na figura 13 é apresentado um
exemplo da utilização da tag H1.
Figura 13 - Código HTML utilizando a tag de cabeçalho H1. Fonte: Criação Própria.
3.3. Validando a acessibilidade do site
O W3C recomenda que ao finalizar um site sejam realizados
diferentes tipos de validações para assegurar que a acessibilidade do site
seja positiva para os usuários deficientes visuais. A seguir são apresentadas
3 metodologias de validações sugeridas pelo W3C, e que foram realizadas
no site www.cursodehtml.com.br.
3.3.1. Validando o site através de softwares leitores de tela
Durante o desenvolvimento do site www.cursodehtml.com.br foram
realizados testes utilizando os softwares Jaws, Virtual Vision e DosVox.
Conforme recomendação do W3C, todas as páginas de um site devem ser
66
testadas utilizando-se softwares leitores de tela, e com isso, verificando se
tudo que foi desenvolvido será apresentado corretamente para deficientes
visuais que usam esses softwares. As validações realizadas com os
softwares leitores de tela são para garantir que a estrutura e o conteúdo das
páginas sejam acessíveis aos deficientes visuais, e também para garantir
que as ações e fluxos desenvolvidos sejam executados corretamente.
3.3.2. Validando o site através de softwares de validação
automática
Os softwares de validação automática pesquisam todos os códigos
XHTML e CSS utilizados no desenvolvimento de um site. O site
www.cursodehtml.com.br foi validado pelos softwares DaSilva e W3C
Validator.
3.3.3. Validação do site por deficientes visuais
Além das validações utilizando leitores de tela e as validações
utilizando validadores automáticos, o W3C recomenda que os sites sejam
testados e validados por deficientes visuais que tenham experiência na
internet, e que conheçam as barreiras que normalmente são apresentadas
em sites. O site www.cursodehtml.com.br foi validado e aprovado por 5
deficientes visuais que possuem grande experiência na utilização da
internet.
3.4. Tecnologias usadas no desenvolvimento do site
No desenvolvimento do site www.cursodehtml.com.br foram utilizadas
diversas linguagens e tecnologias. A seguir são apresentadas cada uma
delas, com uma breve explicação sobre sua utilização.
67
3.4.1. XHTML
O XHTML é uma reformulação da linguagem HTML, baseada em XML
(eXtensible Markup Language). O XHTML combina as tags de HTML com
regras da XML. Este processo de padronização tem o objetivo de melhorar a
acessibilidade das páginas da internet para que possam ser acessadas por
diferentes dispositivos.
.
3.4.2. CSS
O CSS é uma linguagem de estilo utilizada para formatar a exibição
de páginas da internet escritas com as linguagens de marcação como
HTML, XHTML ou XML.
Uma das principais vantagens da utilização do CSS é a facilidade de
manutenção do layout das páginas de um site.
3.4.3. JavaScript
O JavaScript é uma linguagem de programação feita para
complementar as capacidades do HTML. O código de JavaScript é enviado
ao navegador como parte do código HTML de uma página, e pode ser
utilizado para criar efeitos especiais, como botões animados, sons etc.
3.4.4. PHP
PHP (Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de script de código
aberto que tem como objetivo a geração de conteúdo dinâmico para páginas
da internet. As vantagens dessa linguagem destacam-se nos seguintes
itens:
• Alto desempenho;
• Interfaces para muitos sistemas diferentes de banco de dados;
68
• Bibliotecas integradas para muitas tarefas comuns da web;
• Baixo custo;
• Fácil de aprender e utilizar;
• Portabilidade;
• Disponibilidade de código-fonte.
3.4.5. Apache
O servidor Apache é um servidor WEB, criado em 1995 por Rob
McCool. A linguagem PHP é executada através do servidor Apache.
3.4.6. MySQL
O MySQL é um banco de dados relacional que utiliza a linguagem
padrão SQL, e é largamente utilizado em aplicações para a internet. É o
mais popular entre os bancos de dados com código-fonte aberto.
O MySQL é uma alternativa atrativa porque seu custo é
extremamente baixo comparado com outros banco de dados. As vantagens
desse banco de dados destacam-se nos seguintes itens:
Velocidade, escalabilidade e confiabilidade do banco de dados;
Número ilimitado de utilização por usuários simultâneos;
Capacidade de manipulação de tabelas com mais de
50.000.000 de registros;
Alta velocidade de execução de comandos;
Fácil e eficiente controle de privilégio de usuários.
69
3.5. Realização do curso de HTML
O curso disponibilizado no site www.cursodehtml.com.br conta com 9
capítulos que tratam da linguagem básica do HTML. Os capítulos são:
Capítulo 1: Como usar este site.
Capítulo 2: Algumas dicas importantes.
Capítulo 3: Como tudo funciona.
Capítulo 4: Conceitos Básicos do HTML.
Capítulo 5: Atributos, e a formatação de texto.
Capítulo 6: Definindo cores nos textos, e no fundo de tela.
Capítulo 7: Criando links.
Capítulo 8: Utilizando imagens na página HTML.
Capítulo 9: Criando Listas no HTML.
Nos 2 primeiros capítulos são apresentadas dicas de como utilizar o
site, e de como tirar o máximo proveito na realização do curso. No capítulo 3
são apresentados conceitos básicos de internet (o que são navegadores,
servidores, etc.).
Do capítulo 4 em diante são explicados como criar páginas HTML. No
final de cada um desses capítulos são apresentados exercícios para o aluno
resolver. Os exercícios propostos são relacionados ao último capítulo
estudado, e sua realização não é obrigatória, porém, o aluno é estimulado a
realizar os exercícios, para que então absorva melhor o conteúdo.
Ao finalizar os 9 capítulos, é proposto ao aluno a realização de uma
avaliação, contendo 10 perguntas, onde cada pergunta possui 5 alternativas,
sendo que apenas 1 alternativa é a correta. O objetivo dessa avaliação é
avaliar se o aluno entendeu alguns dos conceitos e códigos essenciais da
linguagem HTML. Ao responder a avaliação, é apresentado ao aluno
70
quantas perguntas ele acertou. No caso das questões respondidas erradas,
é apresentado ao aluno qual era a alternativa correta. A avaliação com as
perguntas e alternativas propostas ao aluno encontra-se no anexo deste
trabalho.
Para todos os alunos que finalizarem os 9 capítulos, e responderem a
avaliação do curso, é disponibilizado uma ferramenta onde o aluno pode
criar seu site, e então hospedá-lo dentro do site www.cursodehtml.com.br.
3.6. Divulgação do site na internet
O site foi publicado na internet no dia 25/07/2009, e foi realizada uma
divulgação intensa na internet, focando em instituições de ensino para
deficientes visuais, em grupos de e-mails utilizados por deficientes visuais, e
em sites que tratam dos temas de acessibilidade, inclusão social e inclusão
digital. As páginas em que o site www.cursodehtml.com.br foi divulgado
encontram-se no anexo deste trabalho.
71
CAPÍTULO 4 – SISTEMA
Neste capítulo são apresentados os códigos HTML de algumas das
principais páginas do site www.cursodehtml.com.br. Os códigos
apresentados a seguir é o que garantem a acessibilidade do site, permitindo
que os deficientes visuais realizem o curso disponibilizado.
As telas resultantes dos códigos apresentados neste capítulo podem
ser visualizadas no manual do site, disponível no anexo deste trabalho.
4.1. Codificação padrão em todas as páginas do site
No site www.cursodehtml.com.br são utilizados trechos de códigos
padrões, que são incluídos em todas as páginas do site. Esses códigos têm
os seguintes objetivos:
Definir da versão do XHTML utilizado nas páginas.
A implementação desse item é através do código:
1. <!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0
Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-
strict.dtd">.
Definir o idioma utilizado nas páginas.
A implementação desse item é através dos códigos:
1. <html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" xml:lang="pt"
lang="pt-br">.
2. <meta http-equiv="content-language" content="pt-br" />.
Incluir os arquivos da camada de apresentação e da
camada de comportamento.
72
A implementação desse item é através dos códigos:
1. <script type="text/javascript"
src="http://www.cursodehtml.com.br/js/site.js"
></script><noscript>.
2. <link rel="stylesheet" type="text/css"
href="http://www.cursodehtml.com.br/css//estilos.css"
title="normal" /> .
3. <link rel="alternate stylesheet" type="text/css"
href="http://www.cursodehtml.com.br/css//contraste.css"
title="preto_branco" media="screen" />.
Incluir códigos para aumentar e diminuir texto do site.
A implementação desse item é através dos códigos a seguir,
funcionando juntamente com os arquivos de apresentação e
comportamento:
1. <a href="#" id='aMais' class="NOBORDER
TAMANHO_TEXTO_LINK" title="Aumentar tamanho do
texto." tabindex="1" ><img
src="http://www.cursodehtml.com.br/img/a_mais.gif"
alt="Aumentar tamanho do texto." /></a>.
2. <a href="#" id='aMenos' class="NOBORDER
TAMANHO_TEXTO_LINK" title="Diminuir tamanho do
texto." tabindex="2" ><img
src="http://www.cursodehtml.com.br/img/a_menos.gif"
alt="Diminuir tamanho do texto." /></a>.
73
Incluir códigos alterar o contraste do site.
A implementação desse item é através dos códigos a seguir,
funcionando juntamente com os arquivos de apresentação e
comportamento:
1. <a id="contraste" class="NOBORDER
TAMANHO_TEXTO_LINK" href="#topo" title="Alterar o
contraste da página." tabindex="3" >Mudar contraste</a>.
Incluir link para o navegador voltar ao topo da página.
A implementação desse item é através do código:
1. <a name="topo" id="topo"></a> (esse código fica localizado
no topo de cada página).
2. <a href='#topo' title="Voltar ao topo da página.">Voltar ao
topo.</a> (esse código fica localizado no final de cada
página).
4.2. Menu da área do aluno
O menu disponível na área do aluno utiliza códigos específicos para
garantir a acessibilidade e facilitar a navegação do aluno. O código HTML foi
desenvolvido utilizando os atributos accesskey, title, e tabindex.
A implementação do menu é através dos códigos a seguir:
<div id="MENU_TOPO_CURSO">
<ul>
<li><h2><a
href="http://www.cursodehtml.com.br/curso/index.php?state=Di
splayNextCapitulo&moduloId=awrfTVRrNU5RPT0%3D"
title="Ir para o próximo capítulo. Tecla de atalho: Alt + Shift +
74
1" accesskey="1" tabindex="6" ><strong>Próximo
capítulo</strong></a></h2></li>
<li><h2><a
href="http://www.cursodehtml.com.br/curso/index.php?state=Di
splayEnviarDuvida&moduloId=awrfTVRrNU5BPT0%3D"
accesskey="2" title="Esclarecer dúvida. Tecla de atalho: Alt +
Shift + 2" tabindex="7" ><strong>Esclarecer
dúvida</strong></a></h2></li>
<li><h2><a
href="http://www.cursodehtml.com.br/curso/index.php?state=Di
splayIndice" accesskey="3" title="Ir para o índice do curso.
Tecla de atalho: Alt + Shift + 3" tabindex="8" ><strong>Índice
do curso</strong></a></h2></li>
<li><h2><a
href="http://www.cursodehtml.com.br/curso/index.php?state=Di
splayContato" title="Fale com os criadores do site"
class="MENU_1" tabindex="9" >Fale Conosco</a></h2></li>
<li><h2><a
href="http://www.cursodehtml.com.br/index.php?state=DisplayS
air" accesskey="4" title="Sair do curso e voltar para a página
inicial. Tecla de atalho: Alt + Shift + 4" tabindex="10"
><strong>Sair do curso</strong></a></h2></li>
</ul>
</div>
4.3. Formulário de cadastro
O desenvolvimento do formulário de cadastro no curso de HTML
seguiu diversas recomendações de acessibilidade do W3C. Essas
75
recomendações garantem que o deficiente visual, ao acessar o formulário de
cadastro, consiga preencher corretamente os campos solicitados.
A implementação do formulário de cadastro no curso de HTML é
através dos códigos a seguir:
<form method="get"
action='http://www.cursodehtml.com.br/cursos.php'
class="FORM_INSCRICAO">
<pre><input type='hidden' name='cursoId'
value='awrfTVE9PQ%3D%3D' /><input type='hidden'
name='state' value='SaveInscricao' /></pre>
<fieldset>
<legend>Formulário de cadastro no curso de HTML.</legend>
<label for="nome">
Preencha seu nome:<br />
<input type='text' name='nome' id='nome' value=' '
title='Preencha seu nome:' tabindex="4" class="input_textbox"
/>
</label>
<label for="email">
Preencha seu e-mail, não obrigatório:<br />
<input type='text' name='email' id='email' value=' '
title='Preencha seu e-mail, não obrigatório:' tabindex="5"
class="input_textbox" />
</label>
<label for="login">
Preencha seu login:<br />
76
<input type='text' name='login' id='login' value=' '
title='Preencha seu login:' tabindex="6" class="input_textbox"
/>
</label>
<label for="senha">
Preencha sua senha:<br />
<input type='password' name='senha' id='senha' value=' '
title='Preencha sua senha:' tabindex="7" class="input_textbox"
/>
</label>
<label for="anoNascimento">
Preencha o ano de seu nascimento:<br />
<input type='text' name='anoNascimento' id='anoNascimento'
value=" " title='Preencha o ano de seu nascimento:'
tabindex="8" maxlength="4" class="input_textbox" />
</label>
<label for="instituicao">
Caso frequente alguma escola especial, digite o nome da
escola:<br />
<input type='text' name='instituicao' id='instituicao' value=" "
title='Caso frequente alguma escola especial, digite o nome da
escola:' tabindex="9" maxlength="200" class="input_textbox"
/>
</label>
<label for="deficiente_sim">Você é deficiente
visual?<br/><input type='radio' name='deficiente'
77
id='deficiente_sim' value='sim' title='Marque esta opção caso
você seja deficiente visual' checked="checked" tabindex="10"
/> Sim </label>
<label for="deficiente_nao"><input type='radio'
name='deficiente' id="deficiente_nao" value='nao' title='Marque
esta opção se você não é deficiente visual' tabindex="11" />
Não</label>
<input type="submit" value='Realizar cadastro' tabindex="12"
/>
</fieldset>
</form>
4.4. Demais códigos utilizados no site
Os códigos utilizados na criação do site www.cursodehtml.com.br não
se limitam apenas aos códigos explicados neste capítulo, porém, grande
parte das páginas do site segue a lógica dos códigos apresentados, sempre
utilizando as metodologias de desenvolvimento e técnicas de acessibilidade
explicadas anteriormente no capítulo 3.
78
CAPÍTULO 5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme os objetivos deste trabalho, que é demonstrar que sites de
ensino a distância pela internet é uma importante alternativa de ensino para
pessoas com deficiência visual, neste capítulo são apresentados resultados
de avaliações realizadas em 4 sites de ensino a distância, com o objetivo de
comparar a acessibilidade desses sites com o site www.cursodehtml.com.br.
Além disso, no final deste capítulo são apresentados todos os resultados
obtidos com o desenvolvimento deste trabalho.
5.1. Comparativo de validações realizado em sites de ensino
a distância pela internet
Para comparar a acessibilidade do site www.cursodehtml.com.br com
outros sites de ensino a distância, foram selecionados 4 sites com cursos
disponibilizados pela internet, e então, todos esses sites foram submetidos
as validações realizadas pelo software DaSilva.
A seguir é apresentada uma breve descrição sobre cada um desses 4
sites selecionados.
Site 1: www.escolavirtual.org.br - Projeto sem fins lucrativos criado
pela Fundação Bradesco. O site disponibiliza 42 cursos pela internet, sendo
que 3 desses cursos são acessíveis a deficientes visuais. Todos os cursos
são gratuitos.
79
Figura 14 - Página principal do site www.escolavirtual.com.br. Fonte: Criação Própria.
Site 2: www.iped.com.br – Site que disponibiliza 60 cursos pela
internet, tanto para pessoas videntes2 como para deficientes visuais. As
pessoas com deficiência visual não pagam para realizar os cursos, porém,
os cursos para videntes são pagos.
2 Vidente : Pessoa que enxerga normalmente, sem nenhuma deficiência visual.
80
Figura 15 - Página principal do site www.iped.com.br. Fonte: Criação Própria.
Site 3: www.catho.com.br/cursos - Site de cursos pela internet da
empresa Catho Online. O site disponibiliza 56 cursos, todos são pagos, e
são destinados a pessoas videntes.
Figura 16 - Página principal do site www.catho.com.br/cursos. Fonte: Criação Própria.
81
Site 4: www.portaleducacao.com.br – Empresa que trabalha com
ensino a distância pela internet desde 2001. O site disponibiliza um total de
350 cursos online, todos são cursos pagos e são direcionados apenas a
pessoas videntes.
Figura 17 - Página principal do site www.portaleducacao.com.br. Fonte: Criação
Própria.
Ao realizar as validações de acessibilidade nos 5 sites de ensino a
distância utilizando o software DaSilva, apenas no site
www.cursodehtml.com.br não foram encontrados erros, sendo que nos
outros 4 sites foram encontrados diversos problemas críticos, que
comprometem, e até impedem a utilização do site por deficientes visuais. Até
mesmo os sites que possuem cursos para deficientes visuais tiveram
problemas considerados críticos na avaliação realizada pelo software
DaSilva. A seguir são listados alguns dos erros mais importantes
encontrados nesses 4 sites.
82
Erro crítico 1:
Inconformidade com o ponto de verificação 1.1 - "Fornecer
um equivalente textual a cada elemento não textual. Isso abrange:
imagens, representações gráficas do texto, etc.".
Essa inconformidade é apresentada quando os sites não
seguem a recomendação de utilizar o atributo ALT nos elementos de
imagens, gráficos, etc., e dessa forma, impedem que o leitor de tela
explique para o deficiente visual do que se trata o elemento não
textual.
Este erro foi apresentado nos sites:
www.escolavirtual.org.br
www.iped.com.br
www.catho.com.br/cursos
www.portaleducacao.com.br
Erro crítico 2:
Inconformidade com o ponto de verificação 3.2 - "Identificar
o principal idioma utilizado nos documentos. O idioma do documento
deve ser especificado na expressão HTML".
Essa inconformidade é apresentada quando os sites não
seguem a recomendação de definir qual o idioma do site. Não
seguindo esta recomendação os deficientes visuais que utilizarem
leitores de tela podem encontrar dificuldades em navegar no site, pois
o software leitor de tela usará sua configuração padrão de idioma para
ler a página. Por exemplo: se o software leitor de tela estiver
configurado no idioma inglês, e um o deficiente visual acessar um site
em português onde não foi definido seu idioma no código HTML, o
leitor de telas irá falar os textos de forma errada, e o deficiente visual
não compreenderá o que está sendo falado pelo software.
83
Este erro foi apresentado nos sites:
www.escolavirtual.org.br
www.iped.com.br
www.catho.com.br/cursos
www.portaleducacao.com.br
Erro crítico 3:
Inconformidade com o ponto de verificação 2.9 - "Assegurar
a acessibilidade do conteúdo dinâmico ou fornecer apresentação ou
páginas alternativas".
Quando essa recomendação não é seguida, os usuários
deficientes visuais que navegam através do teclado poderão
encontrar dificuldades ou até mesmo serem incapazes de navegar
dentro do site.
Este erro foi apresentado nos sites:
www.escolavirtual.org.br
www.catho.com.br/cursos
Erro crítico 4:
Inconformidade com o ponto de verificação 2.24 / 2.25 -
"Assegurar o correto posicionamento de todos os controles de
formulários que tenham rótulos implicitamente associados, até que os
agentes do usuário venham a suportar associações explícitas entre
rótulos e controles de formulários. Associar explicitamente os rótulos
aos respectivos controles".
Essa inconformidade é apresentada quando os sites não
seguem a recomendação de utilizar os elementos corretos para criar
84
formulários, dessa forma, dificultando o acesso aos campos do
formulário aos deficientes visuais.
Este erro foi apresentado nos sites:
www.iped.com.br
www.catho.com.br/cursos
www.portaleducacao.com.br
Os erros apontados pelo software DaSilva nos sites acima, são
causados pela não implementação das recomendações de acessibilidade do
W3C.
Nas figuras 18 a 22 são apresentados os resultados das avaliações
realizadas nesses 5 sites de ensino a distância (incluindo o site
www.cursodehtml.com.br), onde as avaliações foram realizadas utilizando o
software DaSilva.
Figura 18 - Resultado da avaliação do site www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação
Própria.
Figura 19 - Resultado da avaliação do site www.escolavirtual.org.br. Fonte: Criação
Própria.
85
Figura 20 - Resultado da avaliação do site www.catho.com.br/cursos. Fonte: Criação
Própria.
Figura 21 - Resultado da avaliação do site www.iped.com.br. Fonte: Criação Própria.
Figura 22 - Resultado da avaliação do site www.portaleducacao.com.br. Fonte:
Criação Própria.
Conforme os resultados das avaliações realizadas, é possível
observar que, com exceção do site www.cursodehtml.com.br, os 4 sites
selecionados não foram desenvolvidos seguindo as recomendações de
acessibilidade do W3C, e com isso, diversos erros foram identificados pelo
software DaSilva.
Dessa forma, os deficientes visuais que acessarem os sites
www.escolavirtual.org.br, www.catho.com.br/cursos, www.iped.com.br e
86
www.portaleducacao.com.br encontrarão dificuldades na navegação do site,
podendo até mesmo ficarem impossibilitados de realizarem os cursos.
Conforme apresentado na revisão bibliográfica, nos resultados das
avaliações realizados pelo software DaSilva são apresentados erros e avisos
de acessibilidade. Na avaliação realizada não foi identificado nenhum erro
no site www.cursodehtml.com.br. No caso dos avisos, foram identificados 82
avisos, onde todos eles foram analisados manualmente, conforme
orientação do W3C, e nenhum dos avisos apresentados comprometem a
acessibilidade do site.
Com exceção do site www.cursodehtml.com.br, apenas as páginas
principais3 dos 4 sites selecionados foram validadas, pois essa é a porta de
entrada dos visitantes, e portanto se existirem problemas de acessibilidade
nessa página todo o restante da navegação do site poderá ficar
comprometida.
Embora neste capítulo seja apresentando apenas os resultados das
avaliações realizadas na página principal do site www.cursodehtml.com.br, é
importante ressaltar que todas as páginas deste site foram validadas e
aprovadas nas avaliações realizadas pelo software DaSilva.
Tabela 1 - Comparativo das avaliações realizadas em sites de ensino a distância.
Fonte: Criação Própria.
Site avaliado
Quantidade de erros Validação final
pelo software
DaSilva Prioridade 1 Prioridade 2 Prioridade 3
www.cursodehtml.com.br 0 0 0 Aprovado
www.escolavirtual.org.br 9 92 1 Reprovado
www.catho.com.br/cursos 41 108 4 Reprovado
www.iped.com.br 9 4 3 Reprovado
www.portaleducacao.com.br 38 8 3 Reprovado
3 Página principal é a primeira página exibida quando um usuário acessa um determinado
site.
87
5.2. Alunos do site www.cursodehtml.com.br
No período de 25/07/2009 a 17/10/2009 o site
www.cursodehtml.com.br contou com 172 alunos cadastrados, tanto alunos
deficientes visuais como alunos sem nenhuma deficiência visual.
No gráfico 7 é apresentado o total de alunos deficientes visuais e o
total de alunos videntes.
Gráfico 7- Total de alunos cadastrados no curso de HTML. Fonte: Criação Própria.
A faixa etária dos alunos cadastrados no curso de HTML é
apresentado nos gráficos 8 e 9. Os alunos com idade entre 30 e 39 anos
representaram 35% do total de alunos deficientes visuais cadastrados no
site.
99
73
0
20
40
60
80
100
120
Deficientes visuais Videntes
Total de Alunos cadastrados no curso
Total de Alunos
88
Gráfico 8 - Faixa etária dos alunos Deficientes Visuais cadastrados no curso de
HTML. Fonte: Criação Própria.
Gráfico 9 - Faixa etária dos alunos Videntes cadastrados no curso de HTML. Fonte:
Criação Própria.
Até o dia 17/10/2009, existiam 99 deficientes visuais cadastrados no
site www.cursodehtml.com.br, onde 19 alunos finalizaram todos 9 capítulos
disponibilizados no curso.
Menos de 20 anos10%
Entre 20 e 29 anos22%
Entre 30 e 39 anos35%
Entre 40 e 49 anos16%
Com mais de 50 anos
17%
Faixa etária dos alunos Deficientes Visuais
Menos de 20 anos15% Entre 20 e 29
anos48%
Entre 30 e 39 anos18%
Entre 40 e 49 anos12%
Com mais de 50 anos7%
Faixa etária dos alunos Videntes
89
Gráfico 10 - Conclusão do Curso de HTML. Fonte: Criação Própria.
Dos 19 alunos deficientes visuais que finalizaram os 9 capítulos do
curso, 10 alunos responderam a avaliação do curso, onde a média da nota
desses alunos foi de 8,5 (considerando uma nota de 0 a 10).
No caso dos alunos videntes, dos 16 alunos que finalizaram o curso,
9 alunos responderam a avaliação, onde a média da nota desses alunos foi
de 9,2 (considerando uma nota de 0 a 10).
As perguntas da avaliação, juntamente com as alternativas, estão
disponíveis no anexo deste trabalho.
19 16
80
57
0
20
40
60
80
100
120
Conclusão do curso - Alunos Deficientes Visuais
Conclusão do curso - Alunos Videntes
Conclusão do curso pelos Alunos
Curso não concluído / curso em andamento
Curso concluído
90
Gráfico 11 - Resultado das avaliações respondidas pelos alunos. Fonte: Criação
Própria.
O gráfico 12 apresenta o total de alunos deficientes visuais que
interagiram com os tutores do site, enviando suas dúvidas em relação ao
curso. Todas as dúvidas enviadas pelos alunos estão disponíveis no anexo
deste trabalho.
Gráfico 12 - Total de alunos que enviaram dúvidas. Fonte: Criação Própria.
10
8,59 9,2
7,5
8
8,5
9
9,5
10
10,5
Total de alunos que responderam a
avaliação
Média da nota da avaliação
Resultado das avaliações respondidas pelos Alunos
Alunos deficientes visuais
Alunos videntes
54
0
1
2
3
4
5
6
Alunos que concluiram o curso
Alunos que não concluiram o curso
Alunos que enviaram dúvidas
Alunos que enviaram dúvidas
91
De todos os alunos que finalizaram o curso, e responderam a
avaliação, apenas dois alunos utilizaram a ferramenta para criar um site e
hospedá-lo no servidor do site www.cursodehtml.com.br.
Um desses alunos é deficiente visual, e o código criado por esse
aluno é apresentado na figura 23.
Figura 23 - Código HTML criado por Deficiente Visual. Fonte: Criação Própria.
Na figura 24 é apresentada a página gerada a partir do código da
figura 23.
Figura 24 - Visualização da página criada por Deficiente Visual. Fonte: Criação
Própria.
92
5.3. Discussão sobre os resultados
Os resultados deste trabalho demonstram que até mesmo nos 4 dos
maiores sites de ensino a distância do Brasil existem erros críticos de
acessibilidade, devido os desenvolvedores desses sites não terem seguido
as recomendações de acessibilidade do W3C. O impacto disso é que o
acesso desses sites pelos deficientes visuais fica comprometido, e até
mesmo, impossível. Esse resultado negativo das avaliações realizadas em
sites de ensino a distância mostram o quanto é importante a criação de sites
acessíveis que favoreçam o atendimento e o ensino de pessoas portadoras
de deficiência visual.
Conforme apresentado, dos 99 alunos deficientes visuais cadastrados
no site www.cursodehtml.com.br, 19 alunos finalizaram o curso, sendo que
10 desses alunos responderam uma avaliação com perguntas sobre o
conteúdo do curso, e a nota média desses alunos foi de 8,5. Isso demonstra
que além do site ser acessível, o conteúdo do curso também estava
acessível, e que os deficientes visuais conseguiram absorver o conteúdo
disponibilizado no curso.
A realização do curso de HTML por pessoas videntes foi outro ponto
interessante e não previsto. O curso contou com o cadastro de 73 alunos
videntes, onde 16 alunos finalizaram o curso, e 9 alunos responderam a
avaliação final, obtendo uma nota média de 9,2.
Outro ponto interessante foi a utilização da ferramenta para que os
alunos interagissem com os tutores do curso, enviando suas dúvidas. Isso
demonstrou o interesse dos alunos em sanar suas dúvidas, pedindo auxilio
aos tutores, tentando absorver ao máximo o conteúdo do curso apresentado.
93
CAPÍTULO 6 – CONCLUSÃO
Neste trabalho foi apresentado que deficientes visuais conseguem
realizar cursos à distância pela internet se o site e o conteúdo do curso
seguirem as recomendações de acessibilidade do W3C, e também, se
existirem pessoas com o papel de tutor, que interajam com os alunos,
estimulando-os a realizem o curso.
Nesse período de 25/07/2009 a 17/10/2009, dos 172 alunos
cadastrados no site, apenas 35 finalizaram todos os capítulos do curso.
Infelizmente não é possível afirmar se o restante dos alunos que não
finalizaram o curso até a data 17/10/2009, ainda estavam realizando o curso,
ou se desistiram de sua realização. Isso só seria possível se houvesse uma
comunicação direta com esses alunos.
Pelos resultados obtidos e pelo estudo apresentado na revisão
bibliográfica, pode-se afirmar que se existisse uma comunicação mais ativa
por parte dos tutores com os alunos, o índice de finalização do curso seria
maior que o apresentado neste trabalho, pois essa comunicação direta
estimularia ainda mais a realização do curso pelos alunos.
Dessa forma, embora o trabalho tenha apresentado resultados
positivos, ainda existem melhorias a serem realizadas, como a criação de
ferramentas para se comunicar mais ativamente com os alunos. Uma das
alternativas para maximizar essa comunicação, seria a criação de um
programa que enviasse e-mails automáticos para os alunos que ficassem
durante alguns dias sem acessar o ambiente do curso, onde esse e-mail
teria mensagens motivacionais, estimulando o aluno a continuar a realização
do curso.
Um ponto que se deve levar em conta no desenvolvimento de sites
que seguem as recomendações de acessibilidade do W3C é o tempo de
desenvolvimento do site, pois é natural que o tempo de desenvolvimento
seja maior, pois cada mudança realizada em uma página do site deve ser
submetida a uma nova validação de acessibilidade.
94
Outro ponto extremamente importante é a formação de professores
especializados na área da educação especial, já que eles que serão os
responsáveis pela criação e adaptação do conteúdo apresentado nos
cursos.
Conforme os objetivos apresentados inicialmente, é fundamental que
existam ambientes de aprendizagem que favoreçam o atendimento e o
ensino de deficientes visuais. Embora o ensino a distância pela internet
tenha se mostrado viável e positiva, ela não é a única alternativa para incluir
socialmente os deficientes visuais, e por isso, não devemos nos limitar em
apenas uma solução.
Para finalizar, mesmo com o resultado positivo obtido na realização
deste trabalho, não é possível afirmar que um deficiente visual consiga
realizar qualquer curso pela internet, mesmo que esse site siga todas as
recomendações do W3C. Alguns cursos têm a necessidade real de recorrer
a cores, imagens, vídeos, e etc., e por isso, o sucesso na realização de um
curso a distância por um deficiente visual dependerá do tema apresentado
no curso. Portanto, na conclusão deste trabalho não é possível definir quais
os tipos de cursos que um deficiente visual consegue realizar. O que é
possível afirmar é que a realização deste curso de HTML pelos deficientes
visuais teve resultado positivo, sendo que os alunos Ricardo Schmidt e
Wallace Cardoso acreditam que diversos outros cursos, como por exemplo,
cursos de linguagem de programação, teriam resultados positivos e
semelhantes aos resultados obtidos neste trabalho.
95
CAPÍTULO 7 – BIBLIOGRAFIA
[1] MACIEL, Maria Regina Cazzaniga. PORTADORES DE
DEFICIÊNCIA a questão da inclusão social. SÃO PAULO EM PERSPECTIVA, 14(2) 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n2/9788.pdf>. Acesso em: 11/10/2008.
[2] BRUMER, Anita; PAVEI , Katiuci; MOCELIN, Daniel Gustavo. Saindo da "escuridão": perspectivas da inclusão social, econômica, cultural e política dos portadores de deficiência visual em Porto Alegre. Sociologias, Porto Alegre, ano 6, nº 11, jan/jun 2004, p. 300-327. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222004000100013>. Acesso em: 27/09/2008.
[3] Delegados da Conferência Mundial de Educação Especial.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf>. Acesso em: 11/10/2008.
[4] Ministério do Trabalho e Emprego. A inclusão de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho. Brasília: MTE, SIT, DEFIT, 2007. 98 p. [5] Ministério do Trabalho e Emprego. Características do Emprego
Formal segundo a Relação Anual de Informações Sociais - 2007. Disponível em:<www.mte.gov.br/rais/resultado_2007.pdf>. Acesso em: 15/10/2008.
[6] Presidência da República. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
DECRETO Nº 914, DE 6 DE SETEMBRO DE 1993. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D0914.htm>. Acesso em: 11/10/2008.
[7] IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo
Demográfico de 2000. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2000/populacao/Brasil/Brasil_deficiencia.zip>. Acesso em: 11/10/2008.
[8] CARDOSO, Fernando Henrique. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf1/proejalei9394.pdf>. Acesso em: 11/10/2008.
[9] FEBRABAN, Federação Brasileira de Bancos. População com
deficiência no Brasil fatos e percepções. Coleção Febraban de Inclusão Social. Agosto / 2006. Disponível em: <http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/deficiencia_mobilidade_reduzida/aimprensa/0001/Populacao_Deficiencia_Brasil.pdf>. Acesso em: 5/09/2008.
96
[10] MEC, Ministério da Educação e SEESP, Secretaria de Educação Especial. Dados da Educação Especial no Brasil. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brasil.pdf>. Acesso em: 5/10/2008.
[11] SANTAROSA, Lucila Maria Costi; ESTABEL, Lizandra Brasil;
MORO, Eliane Lourdes da Silva. A inclusão social e digital de pessoas com limitação visual e o uso das tecnologias de informação e de comunicação na produção de páginas para a Internet. Ciência da Informação. Ci. Inf., Brasília, v. 35, n. 1, p. 94-101, jan./abr. 2006. Disponível em: <http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/676/582>. Acesso em: 27/09/2008.
[12] TONET, Luisa Hayder. Ferramentas de Acessibilidade
Computacional para Deficientes Visuais e as Recomendações do W3C. Disponivel em: <http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2006/artigos/sistemas/161.pdf>. Acesso em 23/09/2009.
[13] Ministro do Trabalho e Emprego, Secretaria de Inspeção do
Trabalho, Departamento de Fiscalização do Trabalho. A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Brasília: MTE, SIT, DEFIT, 2007. 98 p. Disponível em: <www.mte.gov.br/fisca_trab/inclusao_pessoas_defi12_07.pdf>. Acesso em: 23/09/2009.
[14] SERPRO. Serviço Federal de Processamento de Dados. Acesso
à web e Tecnologia Assistiva . Disponível em: <http://www.serpro.gov.br/acessibilidade/acesso.php>. Acesso em: 23/09/2009.
[15] Jornal da Unicamp. Universidade Estadual de Campinas – 25 a
31 de outubro de 2004. Disponível em: <http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju271pag05.pdf>. Acesso em: 23/09/2009.
[16] Instituto Benjamin Constant. Grafia Braille da Língua Portuguesa.
Disponível em: <http://www.ibc.gov.br/?itemid=348>. Acesso em: 23/09/2009.
[17] Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Grafia
Braille. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiainfo.pdf>. Acesso em: 23/09/2009.
[18] Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do
Ministério do Planejamento . Disponível em <http://www.planobrasil.gov.br/noticia.asp?cod=781>. Acesso em 24/09/2009.
97
[19] ANDRADE, Jorge Márcio Pereira. XX Congresso Nacional da
APAEs, 2001. Avanços Tecnológicos na Educação Especial. Disponível em <http://www.defnet.org.br/Avancos_tec.htm>. Acesso em 20/09/2009.
[20] Acessibilidade Brasil. Disponível em:
<http://www.acessobrasil.org.br>. Acesso em: 20/08/2009. [21] MELO, Amanda Meincke; BARANAUSKAS, M. Cecília. Design
Inclusivo de Sistemas de Informação na Web. Campinas, [S.P.: s.n.], 2007. Disponível em <http://styx.nied.unicamp.br:8080/todosnos/artigos-cientificos/texto_mini_curso_ihc2006.pdf>. Acesso em: 20/09/2009
[22] SPELTA, Lêda Lucia; SIMOFUSA, Miriam Hitomi.
ACESSIBILIDADE NA WEB - Leitores de tela e Recomendações técnicas para criação de páginas Web acessíveis. Faculdade de Saúde Pública. ATIID 2005 – II Oficina ATIID - "Acessibilidade, TI e Inclusão Digital" - São Paulo 5-6/9/2005. Disponível em:<http://www.fsp.usp.br/acessibilidade/cd2005/conteudo/ATIID2005/oficina/AcessibilidadeNaWeb/AcessibilidadeNaWeb.pdf>. Acesso em: 27/09/2008.
[23] SANTAROSA, Lucila Maria Costi; SONZA, Andréa Poletto.
Ambientes digitais virtuais: acessibilidade aos deficientes visuais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. V. 1 Nº 1, Fevereiro, 2003. Disponível em: <www.cinted.ufrgs.br/renote/fev2003/artigos/andrea_ambientes.pdf>. Acesso em: 27/09/2008.
[24] JAWS. Freedom Scientific. Disponível em:
<http://sales.freedomscientific.com/category.aspx?categoryID=11>. Acesso em 25/09/2009.
[25] Virtual Vision. MicroPower. Disponível em:
<http://www.virtualvision.com.br/sobre_projeto.html>. Acesso em: 25/09/2009.
[26] Dosvox. Disponível em
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internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.2, p. 327-340, jul./dez. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022003000200010&script=sci_arttext>. Acesso em: 27/09/2008.
[28] MEC, Ministério da Educação. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1576&catid=210&Itemid=86>. Acesso em: 26/09/2009.
98
[29] MEC, Ministério da Educação. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13688:cursos-a-distancia-contribuem-para-formacao-de-professores&catid=210&Itemid=86>. Acesso em: 26/09/2009.
[30] MEC, Ministério da Educação. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13592:numero-de-alunos-saltou-de-1682-para-760599-em-oito-anos&catid=210&Itemid=86>. Acesso em: 26/09/2009.
[31] INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira. Censo da Educação Superior de 2006. Disponível em <http://www.inep.gov.br/imprensa/noticias/censo/superior/news07_01.htm>. Acesso em: 26/09/2009.
[32] SANTAROSA, Lucila Maria Costi; ESTABEL, Lizandra Brasil;
MORO, Eliane Lourdes da Silva. Ambientes Virtuais de Aprendizagem e a formação em EAD das PNEES com Limitação Visual: um estudo de caso utilizando ferramentas de interação. V. 4 Nº 1, Julho, 2006. Disponível em: <www.cinted.ufrgs.br/renote/jul2006/artigosrenote/a19_21170.pdf>. Acesso em: 26/09/2009.
[33] SANTAROSA, Lucila Maria Costi; CARNEIRO, Mara Lucia ,
PASSERINO, Liliana Maria; GELLER, Marlise; CONFORTO, Debora. Formação de Professores: referenciais na construção da acessibilidade para ambientes virtuais de educação a distância. Educação - Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 531-545, set./dez. 2007. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/2748/2095>. Acesso em: 27/09/2008.
[34] PROINESP. Programa de Informática na Educação Especial.
Disponível em: <http://www.proinesp.ufrgs.br>. Acesso em: 26/09/2009. [35] CARDOSO, Fernando Henrique. Lei nº 10.098, de 19 de
Dezembro de 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm>. Acesso em: 25/10/2008.
[36] W3C. Introduction to Web Accessibility. Disponível em:
<http://www.w3.org/WAI/intro/accessibility.php>. Acesso em: 27/07/2008.
[37] TORRES, Elisabeth Fátima , MAZZONI, Alberto Angel e ALVES, João Bosco da Mota . A acessibilidade à informação no espaço digital. Ciência da Informação. Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 3, p. 83-91, set./dez. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19652002000300009&script=sci_arttext>. Acesso em: 27/09/2008.
99
[38] CONFORTO, Débora e SANTAROSA, Lucila M. C., ACESSIBILIDADE À WEB : INTERNET PARA TODOS. Revista de Informática na Educação: Teoria, Prática – PGIE/UFRGS. V.5 N° 2 p.87-102. Nov/2002. Disponível em: <http://pan.nied.unicamp.br/~proinesp/material/arquivos/Semana%203%20-%20Internet%202/Leituras/Leitura%20Complementar%20-%20Acessibilidade/acessibilidade.pdf>. Acesso em: 27/09/2008.
[39] W3C. About the World Wide Web Consortium. Disponível em
<http://www.w3.org/Consortium/>. Acesso em: 07/09/2008. [40] W3C-WAI. Web Content Accessibility Guidelines (WCAG).
Disponível em <http://www.w3.org/WAI/intro/wcag.php>. Acesso em: 07/09/2008.
[41] W3C. Web Content Accessibility Guidelines 1.0. Disponível em <http://www.w3.org/TR/1999/WAI-WEBCONTENT-19990505/>. Acesso em: 03/08/2009.
[42] W3C. Web Content Accessibility Guidelines 2.0. Disponível em
<http://www.w3.org/TR/2008/REC-WCAG20-20081211/>. Acesso em: 03/08/2009.
[43] W3C. List of Checkpoints for Web Content Accessibility
Guidelines 1.0. Disponível em <http://www.w3.org/TR/1999/WAI-WEBCONTENT-19990505/checkpoint-list.html>. Acesso em: 27/07/2008.
[44] W3C. Web Content Accessibility Guidelines 1.0 Conformance
Logos. Disponível em <http://www.w3.org/WAI/WCAG1-Conformance.html.en>. Acesso em: 05/07/2008.
[45] Departamento de Governo Eletrônico (DGE) – Secretaria de
Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).Padrões Brasil e-Gov. Recomendações para Codificação de páginas, sites e portais Versão 2.0. Maio de 2008. Disponível em: <https://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/padroes-brasil-e-gov>. Acesso em: 04/10/2009.
[46] Departamento de Governo Eletrônico. Recomendações para
Codificação de Formulários Acessíveis versão 2.0. Outubro de 2008. Disponível em: < http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/formularios-acessiveis/view>. Acesso em: 27/09/2008.
[47] Departamento de Governo Eletrônico. Recomendações para
Codificação de Texto Alternativo versão 2.0. Outubro de 2008. Disponível em : < http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/o-uso-correto-do-texto-alternativo/view>. Acesso em: 27/09/2008.
100
[48] Departamento de Governo Eletrônico. Guia de Recomendações de Acessibilidade versão 2.0. Maio de 2007. Disponível em: < http://www.governoeletronico.gov.br/biblioteca/arquivos/e-mag-versao-2.0/view>. Acesso em: 25/10/2008.
[49] W3C. My Web site is standard! And yours? Disponível em:
<http://www.w3.org/QA/2002/04/Web-Quality>. Acesso em: 04/08/2009.
101
APÊNDICE A – GLOSSÁRIO
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas: órgão
responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base
necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
AUDIOVISUAL - Audiovisual é todo meio de comunicação expresso
com a utilização conjunta de componentes visuais e sonoros, ou seja, tudo
que pode ser ao mesmo tempo visto e ouvido.
BRAILLE - Código de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas
cegas.
CSS - Cascading Style Sheets (Folhas de estilo encadeadas) -
Linguagem de estilo utilizada para formatar páginas da internet.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA - Trata-se de uma resolução
apresenta os Procedimentos-Padrões para a Equalização de Oportunidades
para Pessoas Portadoras de Deficiências.
EAD - Ensino a distância: modalidade educacional alternativa para
transmitir informações e instruções aos alunos, sem que alunos e
professores estejam localizados no mesmo espaço físico.
EXCLUSÃO SOCIAL - Exclusão social é de uma forma geral,
dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até a
discriminação de um determinado grupo de pessoas.
HC - Hospital das Clínicas: é um hospital universitário localizado
dentro do campus da Universidade Estadual de Campinas e é considerado
um centro de referência em diversas especialidades médicas, possuindo
excelência reconhecida nacionalmente.
HTML - HyperText Markup Language: Linguagem de marcação
utilizada para produzir páginas da internet.
102
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: fundação pública
que tem atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais,
demográficas e econômicas, o que inclui realizar censos e organizar as
informações obtidas nesses censos, para suprir órgãos das esferas
governamentais federal, estadual e municipal, e para outras instituições e o
público em geral.
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira: Autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) com
objetivo de promover estudos, pesquisas e avaliações periódicas sobre o
sistema educacional brasileiro.
INTERNET - Conjunto de redes de computadores, que se comunicam
por meio dos protocolos TCP/IP. Entre outros serviços, oferece a cópia de
arquivos, correio eletrônico, participação em grupos de discussão e, o
principal deles, o acesso à World Wide Web (WWW).
MEC - Ministério da Educação: Órgão do governo federal que trata de
assuntos ligados as seguintes competências: política nacional de educação;
educação infantil; educação em geral, compreendendo ensino fundamental,
ensino médio, ensino superior, ensino de jovens e adultos, educação
profissional, educação especial e educação a distância, exceto ensino
militar; avaliação, informação e pesquisa educacional; pesquisa e extensão
universitária; e magistério.
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego: Ministério do Governo
Brasileiro que trata de assuntos como: política e diretrizes para a geração de
emprego e renda e de apoio ao trabalhador; política e diretrizes para a
modernização das relações do trabalho; fiscalização do trabalho, inclusive
do trabalho portuário, bem como aplicação das sanções previstas em
normas legais ou coletivas; política salarial; formação e desenvolvimento
profissional; segurança e saúde no trabalho; política de imigração; e
cooperativismo e associativismo urbanos.
103
OMS - Organização Mundial de Saúde: agência especializada em
saúde que tem por objetivo desenvolver ao máximo possível o nível de
saúde de todos os povos.
PNEE - Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais:
Definição utilizada para classificar pessoas que necessitem tratamento
especial na sua educação.
PROINESP - Programa Nacional de Informática na Educação
Especial: Programa nacional que consiste, basicamente, na implantação de
laboratórios de informática em escolas públicas municipais e estaduais e
entidades sem fins lucrativos com vistas à aplicação desses recursos
tecnológicos junto aos alunos especiais.
SOFTWARE - Software é uma seqüência de instruções de
computadores a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação,
redirecionamento ou modificação de um dado/informação.
TECNOLOGIA ASSISTIVA - Ferramenta ou recurso utilizado com a
finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa
com deficiência
TICs - Tecnologias de informação e comunicação: Tecnologias
utilizadas para a comunicação com objetivo de agilizar, horizontalizar e
tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da
comunicação.
UNDP - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento: órgão
da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem por mandato promover
o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo.
UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura: Organização com o objetivo de contribuir para a paz e
segurança no mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as
comunicações.
104
UNICEF - United Nations Children's Fund (Fundo das crianças do
Reino Unido): Agência que tem como objetivo promover a defesa dos
direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e
contribuir para o seu pleno desenvolvimento.
PESSOA VIDENTE - Pessoa que enxerga normalmente, sem
nenhuma deficiência visual.
W3C - World Wide Web Consortium (Consórcio da WWW): Consórcio
formado por instituições comerciais e educacionais, com o objetivo de definir
padrões para as respectivas áreas relacionadas à WWW.
WAI - Web Accessibility Initiative (Iniciativa de acessibilidade para a
web): Iniciativa que tem como missão promover a acessibilidade na internet
para pessoas com deficiência.
WCAG - Web Content Accessibility Guidelines (Recomendações de
acessibilidade para conteúdos web): Documento que serve de referência
mundial para a acessibilidade na internet, onde constam recomendações de
acessibilidade de conteúdo para internet.
XHTML - Extensible Hypertext Markup Language (Linguagem de
marcação extensível): Linguagem originada do HTML que obedece as
regras do XML.
105
APÊNDICE B – ANEXO 1
Neste anexo é apresentado um manual com as orientações de como
utilizar o site www.cursodehtml.com.br. No final deste anexo é apresentada
uma breve explicação sobre a área administrativa do site.
Como utilizar o site
O site www.cursodehtml.com.br tem a proposta de apresentar uma
interface simples e de fácil utilização para que os deficientes visuais
consigam utilizar o site em sua totalidade, sem nenhuma barreira. A seguir é
apresentada a estrutura do site, com a descrição de cada página, e com os
principais fluxos que os alunos encontrarão ao navegar no site.
Mapa do site
Na figura 25 é apresentado o mapa do site, com todas as páginas do
site.
Figura 25 - Mapa com principais funcionalidades do site. Fonte: Criação Própria.
106
Página inicial
Na figura 26 é apresentada a página inicial do site. Esta página é a
primeira página exibida ao acessar o site www.cursodehtml.com.br. No
menu ao lado direito da tela, o usuário tem acesso aos seguintes links:
Cadastre-se
Área do Aluno
O Curso
Conheça o Projeto
Fale Conosco
Página inicial
Este menu é apresentado em todas páginas do site.
Figura 26 - Página principal do site www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação Própria.
107
Realizar cadastro no curso de HTML
A figura 27 apresenta a página com o formulário para realizar o
cadastro no curso de HTML. Esta página é acessada através do link
―Cadastre-se‖ localizado no menu ao lado direito da tela.
Os campos obrigatórios deste formulário são: nome, login, senha e
data de nascimento. Ao preencher esses campos, e clicar no botão ‗realizar
cadastro‘, o usuário já estará cadastrado como aluno, e então poderá
realizar o curso de HTML.
Figura 27 - Formulário de cadastro do site www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação
Própria.
Área do aluno
A página área do aluno é acessada através do link ―Área do aluno‖
localizado no menu ao lado direito da tela.
108
Acessando esta página, usuários já cadastrados podem acessar a
área do aluno, e dar prosseguimento na realização do curso de HTML. Para
isto, o usuário deve preencher seu login e sua senha no formulário
apresentado e clicar no botão ‗Acessar a área do aluno‘.
Nesta mesma página é disponibilizado o link ‗Se você esqueceu sua
senha, clique neste link‘, que deve ser utilizado caso o aluno tenha
esquecido sua senha. Ao clicar nesse link o usuário acessará a página
―Esqueci minha senha‖.
Esqueci minha senha
Esta página deve ser utilizada quando um aluno esquecer sua senha
para acessar a área do aluno. Ao acessar esta página, é apresentado um
formulário com os campos de login e data de nascimento. Ao informar esses
dados no formulário, o sistema irá recuperar a senha do aluno, e exibi-la na
tela.
O Curso
Nesta página são apresentadas informações sobre o curso de HTML:
carga horária do curso, pré-requisitos, informações de como o curso foi
desenvolvido, e etc.
Conheça o Projeto
Nesta página são apresentadas informações de como utilizar o site, e
informações sobre a existência do projeto.
Fale conosco
A página ‗fale conosco‘ apresenta um formulário para que os alunos
entrem em contato com os desenvolvedores do site
109
www.cursodehtml.com.br. O formulário conta com os seguintes campos:
nome, e-mail e mensagem.
Página principal da ‘Área do aluno’
Na figura 28 é apresentada a página exibida quando um aluno realiza
o cadastro no curso de HTML, ou quando o aluno digita seu login e senha na
página ‗área do aluno‘.
Ao acessar esta página o menu apresentado ao lado direito da tela
tem seus links alterados, conforme a seguir:
Iniciar curso
Esclarecer dúvida
Índice do curso
Fale Conosco
Sair do curso
Figura 28 - Página da área do aluno www.cursodehtml.com.br. Fonte: Criação Própria.
Realização do curso
Na figura 29 é apresentado um exemplo de como os capítulos do
curso são apresentadas aos alunos. Após realizar o cadastro, o aluno pode
110
iniciar a realização do curso pelo link ―Iniciar curso‖, disponível no menu da
área do aluno, ou através dos links que são exibidos na página ‗índice do
curso‘.
Para prosseguir para um próximo capítulo, o aluno deve utilizar o link
―Próximo capítulo‖ localizado no menu da área do aluno.
Figura 29 - Modelo de página usada nos capítulos do curso de HTML. Fonte: Criação
Própria.
Índice do curso
A página ―Índice do curso‖ é acessada através do link ―Índice do
curso‖ localizado no menu da área do aluno.
Nesta página é exibida uma lista com todos os capítulos do curso,
permitindo que o aluno conheça o conteúdo programático do curso. Os
capítulos já estudados são apresentados em forma link, permitindo que o
aluno estude novamente o capítulo que desejar.
111
Exercícios
Ao avançar entre os capítulos, são propostos ao aluno exercícios de
fixação do conteúdo estudado no último capítulo.
Na figura 30 é apresentada uma página com um exercício relacionado
a um determinado capítulo estudado pelo aluno. Abaixo do enunciado do
exercício, é apresentado um formulário para que o aluno escreva o código
HTML solicitado no exercício. A realização desses exercícios não é
obrigatória.
Figura 30 – Modelo de página dos exercícios propostos na finalização de cada
capítulo do curso de HTML. Fonte: Criação Própria.
Esclarecer dúvida
A página ―Esclarecer dúvida‖ é acessada através do link ‖Esclarecer
dúvida‖ localizado no menu da área do aluno.
Nesta página é apresentado um formulário onde o aluno digita sua
dúvida, e um botão ‗enviar dúvida‘.
112
Se existir pelo menos uma dúvida do aluno respondida pelos tutores
do curso, é disponibilizado na área do aluno o link ―Respostas das dúvidas‖.
Ao acessar esse link, são apresentadas as respostas enviadas pelo tutores.
Avaliação do curso
Após o aluno concluir os 9 capítulos do curso, é proposto ao aluno a
realização de uma avaliação contendo 10 perguntas, onde cada pergunta
possui 5 alternativas, sendo que apenas 1 alternativa é a correta. Esta
avaliação pode ser acessada através do link ―Responder avaliação‖
localizada no menu da área do aluno.
Na figura 31 é apresentada a página com o formulário de avaliação.
Figura 31 - Formulário de avaliação exibido quando o aluno finaliza todos capítulos
do curso de HTML. Fonte: Criação Própria.
Criar meu site
Após concluir os 9 capítulos do curso, e responder a avaliação, é
exibido ao aluno um link para criar seu site, e hospedá-lo dentro do servidor
113
do site www.cursodehtml.com.br. A criação das páginas do site é realizada
através do link ―Criar meu site‖ no menu da área do aluno.
A figura 32 apresenta a página onde o aluno pode criar seu site.
Figura 32 - Formulário onde o aluno pode criar seu site em HTML. Fonte: Criação
Própria.
Lista de arquivos criados
Para visualizar a lista de páginas HTML criados, o aluno deve acessar
o link ―Listar meus arquivos‖ localizado no menu ―criar meu site‖. O aluno
pode editar os arquivos criados clicando no nome do arquivo.
Área administrativa
A área administrativa do site é acessada através do endereço
http://www.cursodehtml.com.br/systcc/. Ao acessar essa página é exibido um
formulário solicitando um login e uma senha de administrador. Somente os
desenvolvedores do site têm acesso a essa área.
Na área administrativa existem 4 itens no menu. São eles:
Alunos
Avaliações
114
Dúvidas
Relatório
Administração de alunos
Através do link Alunos é exibida uma lista de todos os alunos
cadastrados no curso de HTML. Ao clicar no nome do aluno é possível
visualizar informações sobre o aluno (nome, e-mail, idade, e etc.).
Administração de avaliações
Através do link Avaliações é exibida uma lista de todos os alunos
cadastrados no curso de HTML que responderam a avaliação. Ao clicar no
nome do aluno, é possível visualizar o resultado da avaliação do aluno.
Administração de dúvidas
Através do link Dúvidas é exibida uma lista com todas as dúvidas
enviadas pelos alunos cadastrados no curso de HTML. Abaixo de cada
dúvida existe um formulário para o tutor responder a dúvida do aluno.
Relatório administrativo
Através do link Relatório é exibido um relatório onde é possível
visualizar informações como: total de alunos que concluíram o curso, total de
dúvidas enviadas pelos alunos, total de alunos que responderam a
avaliação, entre outras informações.
115
APÊNDICE B – ANEXO 2
Nas figuras 33 e 34 são apresentadas as perguntas e alternativas que
compõe a avaliação proposta aos alunos que finalizarem os 9 capítulos do
curso de HTML.
Figura 33 - 5 primeiras perguntas da avaliação do curso de HTML. Fonte: Criação
Própria.
116
Figura 34 - Figura 40 - 5 últimas perguntas da avaliação do curso de HTML. Fonte:
Criação Própria.
117
APÊNDICE B – ANEXO 3
O site www.cursodehtml.com.br foi divulgado em diversos sites pela
internet, com o objetivo de difundir o projeto para os deficientes visuais. A
seguir são apresentados alguns dos sites onde o projeto foi divulgado.
Figura 35 - Divulgação do curso de HTML no site www.ethos.org.br. Fonte: Criação
Própria.
118
Figura 36 - Divulgação do curso de HTML no site www.terra.com.br. Fonte: Criação
Própria.
Figura 37 - Divulgação do curso de HTML no site www.lerparaver.com. Fonte: Criação
Própria.
119
Figura 38 - Divulgação do curso de HTML no site www.muitoespecial.com.br. Fonte:
Criação Própria.
Figura 39 - Divulgação do curso de HTML no site www.dasilva.org.br. Fonte: Criação
Própria.
120
Figura 40 - Divulgação do curso de HTML no site www.empresaresponsavel.com.
Fonte: Criação Própria.
Figura 41 - Divulgação do curso de HTML no site www.praxys.com.br. Fonte: Criação
Própria.
121
APÊNDICE B – ANEXO 4
No período de 25/07/2009 a 17/10/2009, o site recebeu um total de 20
mensagens enviadas pelo link ‗enviar dúvidas‘, disponível no menu da área
do aluno. Essas 20 mensagens foram enviadas por 9 alunos deficientes
visuais, cadastrados no curso de HTML. A seguir são apresentados os
nomes dos alunos, a data em que a dúvida foi enviada, e as respectivas
dúvidas, mantidas com o texto original escrito pelos alunos.
Nome: Claudia
Data: 29/08/2009
Dúvida
Meu noivo já está fazendo nosso site, por enquanto já temos um histórico de onde surgiu a
idéia de fazer o site, e também já temos alguns materiais pra postar no site, na verdade eu
quero aprender o básico de html, só quero aprender mesmo a jogar um texto na rede, pois
a parte de formatação meu namorado já vai fazer.... Obrigada!
Nome: Wanderley
Data: 31/08/2009
Dúvida
Olá! Gostaria de saber como faço para rever os exercícios que fiz?
Desde já, meus agradecimentos pela atenção e pelo ótimo curso, estou gostando muito!
Nome: Wanderley
Data: 02/09/2009
Dúvida
Olá!
Bom, não sei se estou utilizando o meio correto para enviar meu depoimento sobre o curso,
conforme solicitado, pelo que me desculpo antecipadamente...
Gostei bastante do curso, está tudo muito bem explicado, parabéns à vocês,
desenvolvedores! Aproveito a oportunidade para perguntar se não há outros cursos do
estilo, baseados nesta mesma plataforma?
Quanto de espasso temos disponível para a criação de sites? É possível realizar upload de
arquivos, para que possamos incluir links para que os visitantes possam fazer downloads?
Seria também, caso possível, bastante interessante uma continuação do curso, uma
espécie de "html mais avançado", visto que, da forma como estão dispostos os 9 capítulos,
fiquei interessado na linguagem html, que eu conhecia pouco, até agora.
Caso surjam outros cursos semelhantes a este (mesmo que não seja html), gostaria de
122
pedir que me informassem, pois gostei realmente da experiência de realizar curso online,
coisa que nunca havia feito até então.
Deixo mais uma vez os meus agradecimentos pelo ótimo curso!
Nome: Gustavo
Data: 05/09/2009
Dúvida
Oi, me chamo gustavo...
Gostaria de perguntar porque que quando clico para ixibir o código fonte que eu fiz com os
exercícios do capítulo, eu não vejo nenhuma página...
Eu consigui colocando no bloco de notas e salvando como index.html.
O problema é que tem alguma coisa errada no meu código, meu nome não está ficando em
negrito, conforme pedido no exercício do capítulo 5...
Gostaria que reparassem meu erro se possível.
O código .é:
<html>
<head>
<title> <b> gustavo torniero </b> </title>
</head>
<body>
<u> <i> Junior, Duda, Almir, etc... </i> </u>
<p align="right"> <font face="verdana" size="5"> David Guetta - Sexy Bitch (Featuring
Akon) [CLUB VERSION] </font> </p>
<hr>
<p> quanta coisa, eim? rsrs </p>
</body>
</html>
O texto ficou meio disconfigurado aqui na página do formulário para mandar para vocês
mas, espero que possam me responder...
Grato...
Nome: Gustavo
Data: 06/09/2009
Dúvida
estou gostando sim do curso.
Tenho mais duas perguntas.
1ª: quantos capítulos tem o curso?
É que eu lembro que la onde estava falando sobre o curso falava que tinha 8 capítulos (se
123
não estou enganado) e eu ja estou no 8... mas, tem mais capítulo 9, quantos capítulos tem
ao total? (desculpe pela pergunta, é que realmente eu não encontrei essa informação no
site)
2º: eu estou com dificuldades no capítulo 8; eu coloquei tudo certinho o código para exibir a
imagem mas, não exibe nada...
Eu não entendi muito bem esse capítulo, ficou meio confuso na minha cabeça.
(eu enxergo um pouco, por isso que consigo saber se a imagem consta na tela, ou não...).
Será que é porque a imagem é muito grande?
Qual a dimenção padrão?
Desculpe por tantas perguntas... é que de imagens, megapichels, eu não entendo muito
bem...
Grato novamente!
Nome: Wanderley
Data: 07/09/2009
Dúvida
Olá!
Tenho uma Dúvida com relação ao elemento "title" nos links. acontece que quando o
insiro, os leitores de tela que uso, o jaws e o orca (este último para linux), não o lêem.. há
algum procedimento específico para que este elemento seja lido?
um exemplo seria:
<a href="http://www.cursodehtml.com.br" title="totalmente gratuito">Curso online de
html</a>
a expressão "totalmente gratuito" não é lida...
Nome: Wander
Data: 12/09/2009
Dúvida
Eu gostaria de tirar uma Dúvida ao seguinte exemplo que vou digitar abaixo da
minha Dúvida .
É obrigatório escrever uma página de HPML com os códigos em certas palavras
acentuadas?
Exemplo:
A palavra página, nos códigos se escreve pá, a palavra acentuação, se
escreve, acentuação.
Esses códigos é necessário em uma página de HPML? Ou tanto faz escrever com os
códigos, ou normal?
Nome: PAULO SÉRGIO
124
Data: 13/09/2009
Dúvida
Olá! Eu estou com uma Dúvida . É a seguinte:
Como eu irei saber se o código html que digitei está certo?
Quem vai avaliar o código? Desde já grato.
Paulo Sérgio.
Nome: douglas
Data: 13/09/2009
Dúvida
gostaria de saber mais sobre título da página, e cabeçalho da página. título e cabeçalho
não são a mesma coisa, qual a diferença? pelo que entendi, estudando o cap. 4, o
cabeçalho da página, deve ter a tag, (<HEAD>, e </HEAD>. A tag <TITLE>, e </TITLEe>.O
serve para o título. me confundiu um pouco, quanto a posição do título e cabeçalho, onde
deve ficar uma e outra dentro da pagina.
Nome: Marise
Data: 14/09/2009
Dúvida
Fiquei com uma Dúvida no tocante a página inicial da criação de um site.
No item 3, foi mencionado que terei que por padrão ter o arquivo inicial da página como:
index.hTML.
Quanto a isso está tudo certinho.
Agora vem minha Dúvida ; o que for digitado após ―index.html‖ que se pudessem fornecer-
me um exemplo ficaria mais esclarecedor para mim.
Vamos supor que vou criar um site abrangendo assuntos diversificados, teria que colocar o
nome relacionado aos arquivos que seriam postados ou poderia criar outro título?
Não sei se consegui ser clara na minha Dúvida .
Cumprimentos
Marise
Nome: Wander
Data: 17/09/2009
Dúvida
Olá amigos!
Amigos, eu vim tirar uma Dúvida sobre atributos, pois eu fiz um teste, e não deu
certo não, ou melhor dizer, o resultado não foi o que eu esperava. eu fiz um teste,
com um time do Brasil. Escoli o Brasil. então fiz:
125
<CAMISA DO BRASIL="Verde e Amarela" VALOR="cem reais"> Camisa oficial a venda.
</CAMISA DO BRASIL>
Amigos estar certo? o atributo.
Nome: douglas
Data: 18/09/2009
Dúvida
creio que ao tentar tirar minha Dúvida sobre o cap. 4, eu tenha me expressado mal, e por
isso, a resposta, me deixou ainda com Dúvida sobre o que é cabeçalho e título. minha
Dúvida na verdade, é onde ficam as dduas, pois não sei porque, me confundi. vou dar um
exemplo, para me fazer mais claro: quando acesso o site www.cegueta.com/, a primeira
coisa que o leitor de tela ler, é a expressão: bem-vindo ao mais novo site para deficientes
visuais. isso é um título, ou um cabeçalho? deixo aqui meu abraço, e parabenizo, pela ideia
da realização do projeto. douglas
Nome: Wander
Data: 20/09/2009
Dúvida
Olá! Será que alguém pode me explicar como se faz esse teste?
Pois é o seguinte, eu não entendi, eu marquei uma, quando deu o resultado, falou
que eu marquei outra.
Será que vcs me explicam?
Eu quero saber, eu gostaria saber, se eu marco a certa, colocando para ativar a
alternativa, ou se eu marco as quatro erradas, e deixo só uma que no caso seria a
certa!
Amigos como eu faço?
não gostei nnn do meu resultado. risos!
Aguardando a resposta!
Nome: Carlos Viana
Data: 22/09/2009
Dúvida
Prezados, gostaria de saber se no final do curso receberemos algum certificado.
Nome: Wander
Data: 22/09/2009
Dúvida
Eu utilizo o monitivox mesmo, e a Webvox.
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Sou pouco experiente com JAWS, e muito menos sei utilizar o NVDA, porém tenho
todos os dois programas de leitores de tela em meu PC!
Será que o erro pode ser em meu leitor, e em minha Webvox?
ObservaÇÃO: utilizar, eu só utilizo o monitivox, só vou no JAWS, quando não
consigo fazer o que quero com o monitivox.
Aguardando complemento da pergunta.
Nome: Wander
Data: 22/09/2009
Dúvida
Ok! Fique tranquilo, isso acontece, as vezes a internet nos impedi de fazer
nossas atividades na Webvox, ou o trabalho que temos pela internet!
Um abração para ti!
Nome: Wander
Data: 22/09/2009
Dúvida
Amigo, mais uma coisa!
Ao criar o meu site, é criado o arquivo Index.HPML.
Aí me bateu a Dúvida , quando eu criar minha página, qual a estrutura do endereço?
Eu vou poder alterar o arquivo Index.HPML?
Digo por que, é disponibilizado, poucas linha para executar a página principal do
site, então eu só encontrei uma saída, fazendo um link, dentro da página criada.
Nome: douglas
Data: 28/09/2009
Dúvida
olá, volto a contactar você para tirar Dúvida s. tentei criar um código html, conforme pedido
no cap. 8, mas quando pressiono o botão correspondente para exibi o que criei, a página
não carrega. é claro que estou fazendo algo errado, mas não sei o que. então, queria ver o
que pode está errado. estou tentando criar usando os códigos do exemplos do cap. 4, que
ensina como criar a base do sitee
Nome: henrique
Data: 13/10/2009
Dúvida
Olá senhores
eu li até o exercício 5 e fui fazer o exercício propósto no site... pois terminado dei enter em
127
visualisar em html os códigos .. mas não pareceu nada...
estava aparessendo todos os códigos que eu fiz.
não tava no formato visualisado em html .. continuava aparecendo os códigos... expero ter
expressado bem a minha pergunta.
o que devo fazer?
Nome: henrique
Data: 15/10/2009
Dúvida
Olá caros amigos e professores
pois bem fiz o exercício pedido e a inda continua mostrando o meus códigos da página
pois cliquei em
Clique neste link para acessar página HTML criada.
e mesmo a sim continua mostrando os códigos feitos.