Imunologia - gilcelefasipe.webnode.com · antígeno:anticorpo Ligação da lectina a superfície de...

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Imunologia

Professora: Me. Gilcele Berber

Porquê estudar a imunologia?

Estudo de mecanismos de patogenecidade

Desenvolvimento de vacinas

Doenças causadas por anomalias do sistema imunológico

ALERGIA: Respostas imunológicas a agentes: ex. ASMA

AUTOIMUNIDADE: ex. ESCLEROSE MULTIPLA

Rejeição de transplantes

IMUNODEFICIENCIA: Defeitos da resposta imunológica: ex. SCID

IMUNOSUPRESSÃO: Tratamento de doenças imunológicas

IMUNOREGULAÇÃO: Intervenções imunoterapêuticas

Porquê estudar a imunologia?

I. Introdução:

. Imunologia – estudo do sistema imunológico.

. Reconhecer e reagir contra antígenos (moléculas estranhas).

Cápsula Parede Celular Flagelo Píli

Mecanismos de defesa não específicos:

. 1ª Linha – Pele

Mucosas: . vias respiratórias – muco

. gástrica – HCl

. vaginal – meio ácido

. 2ª Linha – Células:

. Neutrófilos

. Macrófagos fagócitos

Neutrófilos • Neutrófilos: defesa contra infecções bacterianas

e outros pequenos processos inflamatórios. São o tipo mais abundante no sangue humano. Geralmente morrem após a fagocitose, dando origem ao pus.

Eosinófilos • Comuns na mucosa intestinal, atacam

organismos grandes demais para serem fagocitados. Eosinófilos estão envolvidos nas infecções parasitárias e processos alérgicos.

Basófilos • Libera mediadores químicos como a histamina

(substância vasodilatadora) e heparina (anticoagulante). Tem papel importante nas reações alérgicas exacerbadas que culminam nos choques anafiláticos.

• Linfócitos B: Células B produzem plasmócitos para a produção de anticorpos que se ligam ao patógeno para destruição. E o sistema de memória;

• Linfócitos T Auxiliares ou (CD4+): coordena a resposta imune, estimulando a ação dos linfócitos B. (HIV);

• Linfócitos T citotóxicos (ou CD8+): possuem receptores específicos (antígeno). São capazes de destruir células infectadas quando apresentadas por outras células específicas (APC's);

• Linfócitos Natural killers ou NK: Podem destruir células infectadas ou células tumorais;

• Linfócitos T inibidores: inibem o sistema imune, evitando a produção de anticorpos. Importantes para as doenças auto-imunes.

Monócitos • Passam para os tecidos do corpo para combater os

microrganismos, eles são chamados de macrófagos;

• Dependendo do tecido recebem outros nomes, como: células de Kupffer, no fígado; microglia, no sistema nervoso e células de Langerhans, na epiderme.

Macrófagos • Sua função é a fagocitose. Têm núcleo presente.

APC: células apresentadoras de antígenos.

Células dendríticas • Constituem uma população distinta de células

apresentadoras de antígenos (APC), distribuídas em muitos tecidos do organismo;

• Apresentam estes micro-organismos aos linfócitos T ou B.

Mecanismos de defesa específicos – 3º linha de defesa:

Imunidade humoral (adaptativa):

. Anticorpos (imunoglobulinas) no plasma.

macrófagos linfócitos T (T4) linfócitos B plasmócitos

estimula

Produção de

interleucinas e

interferon formação

anticorpos

produção

Anticorpos ligados a células tumorais.

linfócitos B de memória anticorpos

ANTICORPOS e ANTíGENOS

- Anticorpos (Ac) ou imunoglobulinas (Ig):

são glicoproteínas sintetizadas por células plasmáticas derivadas dos linfócitos B, os plasmócitos.

- Atacam proteínas estranhas ao corpo, chamadas de antígenos, realizando assim a defesa do organismo. São produzidos anticorpos específicos contra ele.

Cadeia leve Porção SAB

Cadeia pesada porção FC

Local de ligação do antígeno

Cadeia leve

Cadeia pesada

Anticorpos apresentam 3 modos de ação:

1- Opsonização: marcação do antígeno. 2 – Aglutinação: aglomeração do antígeno. 3- Neutralização de antígenos tóxicos: Ex. Picada de cobra

É uma doença que ocorre quando o sangue de um feto sofre hemólise, ou seja, é aglutinado pelos anticorpos do sangue da mãe

Eritroblastose fetal

IV. Tipos de imunização:

1. Ativa: Duradoura e lenta.

. Produção de anticorpos – células de memória.

. Natural: doença.

. Artificial: vacina – antígenos atenuados.

2. Passiva: Rápida e passageira.

. Inoculação dos anticorpos prontos.

. Natural: pela placenta e amamentação.

. Artificial: soro – anticorpos.

Tipos de resposta imunológica • Inata

– Não requer exposição prévia ao organismo; presente desde o nascimento

– Não é específica para o Antigénio

– Não tem memória

– Usa componentes celulares e humorais

– Pele, Membranas mucosas, Cilios

– Fagocitose

• Adquirida

– Desenvolve-se durante a vida do indivíduo

– Confere imunidade específica

– Tem memória

– Os anticorpos circulantes refletem as infecções a que um determinado indivíduo esteve sujeito

APOPTOSE

Fenômeno espontâneo, como se as células cometessem

suicídio, uma vez que sua função não é mais necessária.

• involução de estruturas embrionárias;

• renovação dos tecidos;

• necroses secundárias a vírus e nas mediadas por imunidade celular;

• dano ao DNA (exposição à radiação ou drogas citotóxicas).

Existem 5 tipos de imunoglobulinas (Ig):

Ig A: proteger o organismo da invasão viral ou bacteriana através das mucosas. Ig D: capaz de ligar-se a basófilos e mastócitos, ativando essas células e estimulando a produção de fatores antimicrobianos Ig E: Alergia Ig G: Infecção crônica Ig M: Infecção aguda

Vacina:

. Jenner (1798) observou que havia 2 tipos de varíola:

- varíola bovina: tipo brando (poucas pústulas).

- varíola humana: tipo maligno (muitas pústulas).

material de pústulas de material de pústulas de

vaca com varíola bovina pessoas com varíola maligna

Pessoas

Não adquiriram a varíola maligna

injetou injetou

Vacinação (vaccinia = de vaca)

Efeitos colaterais da vacina

• São causados pelas citocinas liberadas pelas células de defesa. E, mesmo tendo efeitos colaterais, não há risco de infecção bacteriana secundária e probabilidade de óbito.

• Citocinas: interleucinas (IL), fator de necrose tumoral (TNF), interferons (IFN) e fatores de crescimento (TGF).

• Função: ativar, mediar ou regular a resposta imune

Citocinas

Especificidade, Memória e Autolimitação

Produção de Soro

Vitiligo

Diabetes Tipo 1

-Doença auto-imune órgão-específica, progressiva, que começa anos

antes

do início do quadro clínico (auto-imunidade), acomete as células

das ilhotas de Langerhans e que ao início do quadro clínico já existe

a destruição de 90 a 95 % destas células pelo processo auto-imune.

Genética &

Ambiente Auto-Imunidade e Perda Metabólica M

assa

Cél

s

Pré-Diabetes Diabetes Tempo

Início Clínica

Imunologia de Transplantes

Números do Brasil

• Destaque pelo número e diversidade de transplantes

• 2º lugar em transplantes renais

• Pioneirismo no transplante para doenças autoimunes: diabetes tipo 1.

Tipos de Transplante

• Autólogo (auto-transplante, auto-enxerto): – queimaduras, uso de vasos sanguíneos saudáveis para substituir

artérias coronárias

• Singênico: entre gêmeos idênticos

• Alogênico: dentro da mesma espécie

• Xenogênico: entre espécies diferentes

Principais obstáculos para os transplantes

Compatibilidade no MHC humano (histocompatibilidade)

Órgãos vascularizados:

Rejeição pelo sistema imune

Tempo de isquemia fria (período no qual o órgão retirado é preservado no frio):

Rins: 48 h, fígado: 24 h, coração: 4 h

Genes e antígenos de histocompatibilidade

• Responsáveis pela rejeição de tecidos transplantados: Antígeno do complexo de histocompatibilidade

– Principal função: apresentação de Ag para os

linfócitos T

• Genes secundários de histocompatibilidade

2. Alergias: . Hipersensibilidade a certos antígenos (alergênicos) do meio

ambiente. . Ex.: pólen, poeira, esporos de fungos, substâncias químicas, de

certos alimentos, medicamentos. IgE + antígeno (pólen) adesão à membrana do MASTÓCITO espirros, coriza , liberação de histamina contração da musculatura lisa (dificuldades respiratórias), vermelhidão, coceira dilatação dos vasos sanguíneos alterando sua permeabilidade

Hipersensibilidade

• O termo relacionado a uma resposta imune defensiva exagerada;

• excessivamente sensível. Algumas vezes, em vez de proteger uma pessoa, os anticorpo irritam e causam danos ;

• da natureza da reação imune e o tempo necessário para que ocorra uma reação visível.

SISTEMA COMPLEMENTO

O sistema complemento é composto por proteínas da membrana plasmática e solúveis no sangue, que participam das defesas inatas (natural) e adquiridas (memória) gera respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção.

Via clássica Via da MB-Lectina Via alternativa

antígeno:anticorpo Ligação da lectina a

superfície de

patógenos

superfície de

patógenos

Ativação do

complemento

Recrutamento das

células inflamatórias

Opsonização dos

patógenos Morte dos patógenos

inata

reconhece os carboidratos encontrados na superfície das células bacterianas

Efeitos Biológicos da Ativação do SC

• Resposta Inflamatória;

• Opsonização;

• Remoção de Imunocomplexos

Enzimas do sistema complemento: C1-esterase; C3-convertase