INDUMENTÁRIA - CONCEITOS E EVOLUÇÃO v.02

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Elemento que configuram o conceito e a evolução do uso da roupa, da indumentária a moda.

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HISTÓRIA DA INDUMENTÁRIA E MODA

PROF. ODAIR TUONO

INDUMENTÁRIA CONCEITOS E EVOLUÇÃO

MODA

• O que esta na moda?

• O que é “fashion”?

• Eu e a moda, nossa relação...

• Como escolho a roupa que

estou usando?

• Qual minha cor ou estampa

preferidas?

I. Cremaster, Matthew Barney.

MODA

VESTÚARIO

ESTILO

I. Boris Bidjan Saberi

VESTUÁRIO

INDUMENTÁRIA – Arte do vestuário,

conjunto do vestuário de determinada

época, região ou povo.

ROUPA – Designação genérica das

peças de vestuário; vestes, vestimenta,

indumentária ou traje.

TRAJE – Vestuário habitual, vestuário

próprio de alguma profissão.

VESTIMENTA – Tudo o que se usa para

cobrir o corpo; roupa, vestidura.

VESTUÁRIO – Conjunto de peças das

roupas que se vestem. Traje; roupa

completa.

I. Borchgrave & Brown – FAAP MBA

FLÜGEL – A PSICOLOGIA DAS

ROUPAS

Podemos interpretar 03 princípios básicos

que fundamentam o uso das roupas.

PUDOR – sentimento de desconforto diante

de atos ou eventos que são contrários as

regras morais.

PROTEÇÃO – ação ou resultado de prote-

ger se em relação ao meio ambiente.

PODER – posição de autoridade, influência,

domínio e hierarquia em relação aos outros.

I. Marlene Dietrich

LAVER E SEUS PRINCÍPIOS

A roupa pode apresentar uma função dis-

tinta a sua utilização, tais como:

UTILIDADE – usado para uma finalidade

especifica e condicional.

HIERARQUIA – determina subordinação

em diferentes graus ou categorias.

SEDUÇÃO – poder ou ação de causar

atração, admiração, cativar, encantar ou

fascinar uma pessoa ou grupos.

I. Farrah Fawcet.

HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS

Abraham Maslow (1908*-1970†)

Psicólogo comportamental, ficou

conhecido pela “hierarquia das

necessidades” – 1943.

Apresenta uma pirâmide de neces-

sidades paralela ao ciclo de vida

das pessoas, quando o nível de

necessidades anterior está satis-

feito, passa-se ao seguinte.

A teoria de Maslow é conhecida

como uma das mais importantes

teorias de motivação.

Auto-

realização

Auto-estima

Pertencimento e amor

Segurança e proteção

Comida, água, moradia

INDUMENTÁRIA E A MODA

• 40.000 a.C. – Agulhas de marfim

eram utilizadas para costurar pe-

daços de couro.

• 9.000 a.C. – Evidências da cria-

ção do tear.

• Idade Média (Séc. XIV) – nobres

e burgueses.

• Século XX – industrialização,

diversificação de classes e ascen-

são financeira.

• Século XXI – exposição a infor-

mação, poder da mídia e neces-

sidade individual.

I. Museu Victoria & Albert, Londres.

MODA

A palavra Mode (francês) começou a ser

utilizada no século XV, tendo se desen-

volvido a partir da palavra Modus (la-

tim), que se referia a um sistema de

medida ou maneira de conduzir.

O sentido de “ao modo” ou “à maneira”

passaram a designar gostos, preferên-

cias e também a forma como as pes-

soas se vestiam, bem como seu padrão

estético de formular escolhas.

I. Converse All Star.

MODA

Uso passageiro que rege, de acordo

com o momento, a maneira de viver, de

vestir.

FASHION – Derivado do latim factio,

que significa “a ação ou processo de

fazer”, “modo” ou “maneira”.

A moda é um sistema original de regula-

ção e de pressão sociais: suas mudan-

ças apresentam um caráter constrange-

dor, são acompanhadas do “dever” de

adoção e de assimilação, impõem-se

mais ou menos obrigatoriamente a um

meio social determinado.

Lipovetsky.

I. Gareth Pugh.

SISTEMA DA MODA

DESIGN – Princípio de estudar estetica-

mente a linha e a apresentação dos

produtos em série, de embelezar e

harmonizar formas, de seduzir o olhar.

HAUTE COUTURE – Vestuário sob

medida criado por estilistas renomados,

visando a elegância e a imaginação

criadora.

PRÊT-À-PORTER – Pronto para vestir,

tirada da fórmula americana ready to

wear, representa a produção industrial

de roupas em série inspiradas nas infor-

mações de moda.

I. Dior, Haute Couture: Verão 2011.

ESTILO

Manifestação pessoal ou grupal,

exteriorizada através do compor-

tamento, modo de vestir ou de se

expressar. Segue características

próprias ou influenciadas por

uma determinada época.

I. Punk.

ARTE

Fenômeno espiritual e material,

manifestado por meio de ele-

mentos visuais ou táteis, como

linhas, cores, volumes, texturas,

reproduzindo formas da nature-

za ou realizando formas ima-

gináveis.

Toda obra de arte é filha de seu

tempo e, muitas vezes, mãe dos

nossos sentimentos.

Kandinsky

I. Arthur Bispo do Rosário

ARTE VESTÍVEL

Os trabalhos de Wearable Art são

intensamente pessoais, repletos de

iconografias privadas que não contam a

história de vida do artista através de

uma pintura, escultura ou romance, mas

na forma de arte vestível.

“A Arte Vestível significa para mim, a

utilização dos recursos mais genuínos

da arte, aplicando-os para o corpo que é

vida, volume e conteúdo”.

Hedva Megged

I. Jolis Paons, Phone Book. Ulla Milbrath – www.ullam.typepad.com

ESTÉTICA

Palavra grega que significa

“sensível”.

Ciência que trata do Belo em

geral e do sentimento que ele

faz nascer em nós; filosofia das

Belas-Artes.

I. Zumbi Boy

UNIFORMIDADE

A forma extrema de roupa conven-

cional é o traje totalmente determi-

nado pelo outro: o uniforme. Inde-

pendente do tipo – militar, civil ou

religioso, vestir um uniforme é ab-

dicar o direito de agir individual-

mente.

Dress for sucess – John T. Molly.

Livros e revistas que indicam o

que vestir para garantir a aparên-

cia de riqueza, sofisticação e atra-

ção pessoal.

ROUPA MÁGICA

Peças de roupa podem ser trata-

das como se tivessem força sobre-

natural. Usar tais peças mágicas

são especialmente comuns nas

atividades esportivas dando sorte

a quem as veste.

A roupa da sorte é considerada

mais afortunada se colocada de

trás para frente ou pelo avesso.

Segundo a tradição popular – o

avesso das roupas confunde os

demônios e espanta o azar.

ROUPA REGIONAL

Traje utilizado em regiões espe-

cíficas que determinam um grupo

social, uma tribo ou uma gangue

urbana.

Peças de roupa utilizadas em festi-

vidades e reuniões familiares para

resgatar tradições e a existência

do traje nativo.

Em conjunto estas peças criam um

visual folclórico ou étnico distinto

da roupa do cotidiano.

I. Traje típico húngaro.

LINGUAGEM DA ROUPA

Masculinidade – calça, gravata,

ombros largos, tecidos pesados ou

rústicos.

Feminilidade – saia, vestido, bol-

sa, decotes, cintura marca, tecidos

leves e delicados.

Maturidade sexual – roupas jus-

tas, salto alto, tecidos transparente

ou brilhantes.

Imaturidade – roupas desestrutu-

radas e soltas, modelagem ou es-

tampas infantis, cores vivas.

Dominação – uniformes, cor pre-

ta, couro, apliques de metal e

acessórios.

LINGUAGEM DA ROUPA

Inteligência – óculos de leitura,

cores escuras, pasta de documen-

tos.

Rebeldia – vestuário e corte de

cabelo extravagante, tatuagens,

piercings.

Origem – indicadas por roupas da

cidade ou país, vestimentas típicas

ou regionais.

Riqueza – etiquetas famosas,

roupas de pele, jóias, perfume,

bens de luxo.

Saúde – roupa esportiva ou ca-

sual, cortes que revelam o corpo,

tênis.

LINHA DO TEMPO I

LINHA DO TEMPO II

MODA E SOCIEDADE

Alguns fatores devem ser conside-

rados para os desejos e fenôme-

nos de mudança na moda.

• Competição Social

• Desejo de Imitação

• Impulso da Fantasia

• Gosto pelo “Novo”

• Individualismo

• Valorização do Presente

REINVENÇÃO DA MODA

Haute Couture

50’s

Prêt-á-porter

60’s

Grifes

70’s

Super Models

80’s

Bens de Luxo

90’s

Fast Fashion

Séc. XXI

SÉCULO XXI - CONTEXTO

• Globalização

• Terrorismo

• Era Digital

• Bens de Luxo

• Redes Sociais

• Estilo de Vida

• Sustentabilidade

• Diversidade Social

• Responsabilidade Social

• Cataclismo

• Tempos Incertos

I. Canadá Gay Pride Parade.

SÉCULO XXI

Ícones, celebridades,

bens e serviços são

colocados a nossa

disposição para esti-

mular nosso desejo e

consumo.

Assim diversos seg-

mentos da sociedade

pós-industrial acele-

ram sua produção

para atender uma

demanda cada vez

maior.

I. Pessoas e produ-

tos

INTERFACES DA MODA

Diversos elementos e manifestações

interagem com o sistema da moda.

• Tempo

• Cultura

• Estilo

• Arte

• Música

• Cinema

• Mídia

I. Tribo Daasanach, África.

MODA E MÍDIA

As semanas de moda apresentam co-

leções de renomados e novos talen-

tos para eleição do publico consumi-

dor.

www.modeaparis.com – Chambre

Syndicale De La Couture.

www.londonfashionweek.co.uk –

British Fashion Council.

www.cameramoda.it – Camera Na-

tionale Della Moda Italiana.

www.mbfashionweek – Council of

Fashion Designers of America.

ffw.com.br – Grupo Luminosidade,

SPFW, Fashion RIO, Rio Summer.

MODA E MÍDIA

A empresa Global Language Monitor

(Texas, USA), que monitora a ocor-

rência de temas na mídia, apresentou

a lista das semanas de moda em

2013:

1. Nova Iorque

2. Paris

3. Londres

4. Los Angeles

5. Barcelona

6. Roma

7. Berlim

8. Sidney

9. Antuerpia

10. Shangai

SPFW (15º) Fashion Rio (28º).

FILMES DE MODA

Caderno de notas sobre roupas e

cidades (AL, 1988).

Prêt-à-Porter (EUA, 1994).

Abrindo o zíper (EUA, 1994).

Celebridades (EUA, 1998).

Zoolander (EUA, 2001).

O diabo veste Prada (EUA, 2006).

Os delírios de consumo de Becky

Bloom (EUA,2009).

Top Models - conto de fadas

brasileiro (BR, 2009).

MODA

“Enfeitar-se é um ritual tão grave. A

fazenda não é mero tecido, é matéria

de coisa. É a esse estofo que com

meu corpo eu dou corpo. Ah, como

pode um simples pano ganhar tanta

vida?”

Clarice Lispector, O Ritual. Em A

Descoberta do Mundo.

I. 1photos.com

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBARD, Malcolm. Moda e comunicação. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.

BRAGA, João. História da Moda: uma narrativa. São Paulo: Editora Anhembi

Morumbi, 2004.

FEGHALI, Marta Kasznar. As Engrenagens da Moda. Rio de Janeiro: Editora

Senac, 2001.

JONES, Sue Jenkyn. Fashion design – manual do estilista. São Paulo: Cosac

Naify, 2005.

KANDINSKY, Wassily. Do Espiritual na Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino nas socieda-

des modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

LURIE, Alison. A linguagem das roupas. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1997.

POLLINI, Denise. Breve História da Moda. São Paulo: Editora Claridade, 2007.